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Reforma da Previdência - é tudo isso msm?

Ataru

Bam-bam-bam
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Tudo bem mas como eu expliquei acima, vai continuar faltando dinheiro pois o que se poupa com a reforma da previdência, se perde em arrecadação tributária.

Eu apenas fiz o caminho do dinheiro. E fazendo esse caminho, percebo que a reforma da previdência não faz ajuste fiscal.

A menos que eu esteja errado quanto a esse "caminho do dinheiro" que estou fazendo..., mas aí preciso ouvir os argumentos.

Não perde, pois a reforma justamente prevê o aumento da idade mínima, fazendo com a idade da população economicamente ativa - essa sim geradora de riquezas e responsável pela arrecadação- se torne mais longa. As pessoas passam mais tempo trabalhando.

O segundo ponto é que o aposentado DE HOJE não será atingido por um simples fato: o direito adquirido.

Essa economia não será, portanto, feita do aposentado de hoje, mas sim dos aposentados do futuro.
 

mfalan

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Ruim por quê? Não ficou explicado. E isso, por si, não faz o regime de repartição bom.

Segue lista dos contras da capitalização segundo a OIT, aí é de cada um se acha isso bom ou ruim. O próprio Schachida é honesto pra apontar coisas boas da repartição no vídeo.

Lições tiradas com a privatização da Previdência
O estudo da OIT mostra algumas lições “aprendidas” ao longo dessas 3 décadas, com as experiências obtidas com a “privatização dos sistemas de aposentadorias e pensões [que] foi apresentada como uma solução concreta para enfrentar o envelhecimento da população e garantir a sustentabilidade dos sistemas de previdência.” No entanto, acrescenta, “a privatização da previdência não produziu os resultados esperados na prática.” Assim, as privatizações demonstraram que:
  1. as taxas de cobertura estagnaram ou diminuíram;
  2. as prestações previdenciárias se deterioraram;
  3. as desigualdade de gênero e de renda aumentaram;
  4. os altos custos de transição criaram pressões fiscais enormes;
  5. os elevados custos administrativos, tendo como consequência rendimentos e aposentadorias mais baixos;
  6. a governança é frágil;
  7. há elevada concentração no setor de seguros privados;
  8. apenas o setor financeiro se beneficiou das poupanças de aposentadoria das pessoas;
  9. o efeito é limitado nos mercados de capitais dos países em desenvolvimento;
  10. os riscos demográficos e do mercado financeiro foram transferidos para os indivíduos; e
  11. o diálogo social é deteriorado.

Isso não é um defeito do regime, é uma crítica a instabilidade jurídica e legal no Brasil.

Fundos que devem durar 30, 40 anos vão pegar várias crises financeiras, não é se vão quebrar mas quando e acontecendo os gestores ficarão com os lucros e o prejuízo com o povo. Fundos quebram tanto no Brasil como no exterior. A diferença é a punição dos gestores.

Onde houve dinheiro ao alcance, o que fazem políticos e burocratas? Seu post acima respondeu.

Corrupção e incompetência tem tanto no setor publico como no privado quando tem dinheiro envolvido.

NÃO É TÃO RUIM, SÓ É INSUSTENTÁVEL pelo novo arranjo demográfico em curso, ''só'' isso. Vamos pensar com calma, de preferência com bons dividendos de mais bons ainda investimentos privados que garantirão que pensemos com calma enquanto o Titanic Brasil naufraga de vez.

Essa é parte da propaganda, vamos criar um pânico pra ver se o povo aceita tudo que mandamos, tem que ter reforma sim, mas com cuidado como o próprio Schachida diz no vídeo. Essa conversa que os investimentos virão por enquanto é só isso :"conversa". Venderam a Reforma Trabalhista do mesmo jeito.
 

Sharrakor_FO

Mil pontos, LOL!
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Claro que existem os 1000. Por contribuição em parte do trabalhador, outra parte do empregador, e conforme a Constituição Federal, outra parte deve ser pelo próprio Governo que é quem deve definir os outros meios de financiamento necessários (não deve pegar dinheiro emprestado). O déficit na verdade é a parte do governo. A única questão é que esse déficit evidentemente não deve chegar a valores tão grandes e crescer cada vez mais.

O governo vai ajustar a previdência, pelo menos em parte, ás custas da própria arrecadação tributária.

Eu não disse que a economia vai parar. Claro que não vai. Eu apenas fiz o caminho do dinheiro. Talvez, como alguns colegas explicaram acima, o dinheiro não volte 100% para o governo, mas grande parte do dinheiro pago em benefícios previdenciários retorna sim, não só para o Governo Federal, mas para os Estados e Municípios.
Você fez um malabarismo pra dizer que o governo tem o dinheiro pra bancar a previdência. O fato é que não tem. Ela não é autosustentavel. O que se arrecada com previdência não se paga. Isso significa que cada vez mais é necessário tirar dinheiro do tesouro pra cobrir o rombo. Considerando que nos últimos anos o país está com déficit e que a previdência é o maior custo dá pra dizer que o governo pega emprestado para pagar a previdência.

De qualquer maneira refraseio, seu raciocínio é inválido, porque parte da premissa de que a previdência é autosustentavel. E isso é uma premissa falsa.
 

DanielMF

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Você fez um malabarismo pra dizer que o governo tem o dinheiro pra bancar a previdência. O fato é que não tem. Ela não é autosustentavel. O que se arrecada com previdência não se paga. Isso significa que cada vez mais é necessário tirar dinheiro do tesouro pra cobrir o rombo. Considerando que nos últimos anos o país está com déficit e que a previdência é o maior custo dá pra dizer que o governo pega emprestado para pagar a previdência.

De qualquer maneira refraseio, seu raciocínio é inválido, porque parte da premissa de que a previdência é autosustentavel. E isso é uma premissa falsa.
Mas eu não estou dizendo que a situação atual da previdência está autosustentavel. Claro que não está. Desde primeiro post estou frisando que uma reforma é necessária.

Estou apenas dizendo que obter sustentabilidade ao diminuir o acesso ao benefício (aumentar de 15 para 20 anos o tempo mínimo de contribuição), reduzir benefícios como o BPC, e outros assistenciais, e mudar o cálculo para diminuir o valor do benefício pago, não faz sentido! São medidas contra o próprio conceito de previdência. E não fazem muito sentido do ponto de vista fiscal.

agora, mexer em aposentadorias precoces, privilegiadas, e alterar alíquotas, são mudanças periodicamente necessárias para a previdência.
 

Baralho

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Quotando por partes, como já diria o filósofo...

  1. as taxas de cobertura estagnaram ou diminuíram;
  2. as prestações previdenciárias se deterioraram;
  3. as desigualdade de gênero e de renda aumentaram;
  4. os altos custos de transição criaram pressões fiscais enormes;
  5. os elevados custos administrativos, tendo como consequência rendimentos e aposentadorias mais baixos;
  6. a governança é frágil;
  7. há elevada concentração no setor de seguros privados;
  8. apenas o setor financeiro se beneficiou das poupanças de aposentadoria das pessoas;
  9. o efeito é limitado nos mercados de capitais dos países em desenvolvimento;
  10. os riscos demográficos e do mercado financeiro foram transferidos para os indivíduos; e
  11. o diálogo social é deteriorado.

1-Se o modelo for de adesão voluntária, de fato a tendência, é que as taxas de cobertura sejam menores. Pode variar, inclusive com sindicatos e organizações de classe, buscando modelos de poupança e/ou capitalização á parte.
2-Isso tem relação com a política monetária dos países, a depender dos governos. De fato, no entanto, pode haver uma influência ao longo do tempo, de solavancos da economia internacional.
3-Isso não é um problema em si. O importante é debelar a pobreza e aumentar a geração de riqueza, e isso tem mais relação com outras áreas, como o poder de compra da moeda e o desempenho demográfico também.
4-Isso exige que o governo seja enxuto nas suas despesas; isso, aliás, é um dos motivos da reforma, de desafogar recursos que poderiam ser dotados pra investimentos e hoje não o são, pois é preciso socorrer os regimes tanto geral quanto estatal {RGPS e RPPS}.
5 e 7-Se o país não se abrir a ''players'' internacionais, o mercado continuará concentrado; o mercado interbancário, por ex, hoje tem menos concorrência que há 20 anos, o Brasil andou na contra mão.
6-Vide insegurança jurídica e institucional crônicos do Brasil, por ex, a reforma previdenciária deve vir acompanhada de outras, como a tributária/fiscal, é uma promessa de campanha desse governo, e deve ser cobrado por isso.
9-Depende, não saberia responder. Tem países em desenvolvimento do tamanho de Panamá ou Colômbia, e outros do tamanho de Rússia e Brasil, a escala e abertura desses mercados provocará efeitos mais rápidos em países menores.
10-Os riscos sempre são dos indivíduos; confiar que um Estado gerido por políticos, demagogos e burocratas garantirá sua aposentadoria futura e os rendimentos dos descontos no seu holerite melhor do que o próprio assalariado só faz concluir que cada sociedade tem o país que merece.
11-Muito vago.

Fundos que devem durar 30, 40 anos vão pegar várias crises financeiras, não é se vão quebrar mas quando e acontecendo os gestores ficarão com os lucros e o prejuízo com o povo. Fundos quebram tanto no Brasil como no exterior. A diferença é a punição dos gestores.

Hoje é assim, os gestores são políticos e estatais, enquanto a sociedade continua arcando com a conta, só reparar na evolução da carga tributária do país desde o plano REAL por exemplo.

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Corrupção e incompetência tem tanto no setor publico como no privado quando tem dinheiro envolvido.

Novamente, cadê a reforma do CP e do CPP, que só vem sendo remendados e clamam por atualização e maior punibilidade com relação a crimes financeiros?

Um mercado amplamente aberto, com livre concorrência pode minorar isso, mas sozinho não dará garantias de autorregulação no sentido de coibir crimes fiscais e contra a ordem econômica, bem como fraudadores de fundos de pensão de estatais não tem sido punidos como deveriam, vide o caso Postalis.

Essa é parte da propaganda, vamos criar um pânico pra ver se o povo aceita tudo que mandamos, tem que ter reforma sim, mas com cuidado como o próprio Schachida diz no vídeo. Essa conversa que os investimentos virão por enquanto é só isso :"conversa". Venderam a Reforma Trabalhista do mesmo jeito.

Não é propaganda, é realidade. Se o regime continuar como está, vai falir e o país vai junto, simples.

E NENHUM outro candidato durante a campanha sequer apresentou uma contra-proposta, lembrar isso é importante, pois os perdedores das urnas em outubro, em sua maioria, seguem em não propor nada de alternativa para socorrer o país.
 

Ronin Ogun

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E NENHUM outro candidato durante a campanha sequer apresentou uma contra-proposta, lembrar isso é importante, pois os perdedores das urnas em outubro, em sua maioria, seguem em não propor nada de alternativa para socorrer o país.

Os principais candidatos falaram da reforma.
Ela é necessária, e isso é consenso. O Brasil mudou, a expectativa de vida e o mercado também.
Dito isso, tem que ver esse esquema do DRU que vai pro governo e é tirado da previdência.
Acho que resolvendo isso, capando velhos privilégios e cortando da carne, teríamos baita reforma, mas aí é inocência demais esperar algo de bom do congresso. Me parece que é um belo tapa buraco, mas que mais pra frente a bomba há de estourar.
De toda forma, a oposição sabe que o Brasil terá um gás, mas é isso. Galera ficou enrolando, enrolando e enrolando pra discutir o assunto e aceitar as mudanças.
 


Metal God

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Reforma da Previdência deveria apresentar apenas dois pontos: (1) TODOS os trabalhadores brasileiros (servidores públicos, policiais, militares inclusos) serão segurados da Previdência Social com as mesmas regas pra se aposentar; (2) idade mínima para aposentadoria, extinguindo a aposentadoria por tempo de contribuição.

O resto que está sendo tratado na PEC deveria ser analisado em outros momentos, especialmente, a questão referente à Assistência Social, que não tem o menor cabimento de ser misturado com a Previdência Social.
 

Ronin Ogun

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Alguém aqui leu sobre a DRU e não uso desse encargo na hora de calcular o déficit da previdência?
Quanto mais leio sobre, mais fica esquisito porque o governo não insere esse valor na mutreta.
A reforma é necessária demais, por motivos óbvios, mas gostaria de entender melhor porque o governo não coloca em conta as contribuições sociais.
 

Metal God

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Alguém aqui leu sobre a DRU e não uso desse encargo na hora de calcular o déficit da previdência?
Quanto mais leio sobre, mais fica esquisito porque o governo não insere esse valor na mutreta.
A reforma é necessária demais, por motivos óbvios, mas gostaria de entender melhor porque o governo não coloca em conta as contribuições sociais.
Sobre a DRU. Em tese, o governo não é obrigado a usar a DRU pra sacar dinheiro da Previdência. É uma faculdade/opção. Por isso que depende do viés ideológico do vivente que faz o cálculo descontá-la ou não. Sobre as contribuições sociais, nem todas são destinadas para a Previdência Social.
 

Ronin Ogun

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Sobre a DRU. Em tese, o governo não é obrigado a usar a DRU pra sacar dinheiro da Previdência. É uma faculdade/opção. Por isso que depende do viés ideológico do vivente que faz o cálculo descontá-la ou não. Sobre as contribuições sociais, nem todas são destinadas para a Previdência Social.

Eu queria ver esses estudos e projeções.
Seria tão bom com isso em números bonitinho.
 

Ataru

Bam-bam-bam
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https://www.infomoney.com.br/blogs/...9AyblYEfRnONM90T1Z-t07IZv1TpySdxzHv5K0GER4-V8

8 argumentos para você derrubar as falácias contra a Reforma da Previdência

Não há dúvida de que, hoje, a aceitação da reforma da previdência é muito maior pela sociedade brasileira. No entanto, existem ainda grupos de interesses contrários à reforma, que não querem perder seus privilégios, e propagam uma série de falácias sobre a previdência, a fim de manter suas benesses às custas da desinformação de inocentes úteis. Este artigo visa desmascarar todas estas falácias.

Falácia 1: Não há necessidade de reforma porque a Seguridade Social é superavitária.

Antes de desmascarar esta falácia, precisamos entender que a Seguridade Social é composta por três componentes: Previdência, Assistência Social e Saúde.

De acordo com a tabela abaixo, extraída do Relatório de Execução Orçamentária - auditado pelo TCU e aprovado pelo Congresso Nacional -, em 2018, a Seguridade Social teve um déficit de 280,6 bilhões de reais, e a previdência um déficit de 289,4 bilhões de reais. Contra fatos e dados não há argumento: a Previdência e a Seguridade Social são deficitárias.

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Falácia 2: Se não existisse a DRU (Desvinculação de Receitas da União), não haveria necessidade de reforma da previdência.

Nosso orçamento é muito engessado devido às regras colocadas pela Constituição Federal de 1988. Na pratica, existem despesas obrigatórias – mesmo que não haja necessidade – e tributos destinados a financiar apenas determinado tipo de gasto. É evidente que essas características tornam nosso orçamento muito engessado. Pense, na sua casa, se você não tivesse nenhuma flexibilidade em como gastar o seu salário. Por exemplo, se uma lei te obrigasse a gastar todo mês 20% do seu salário com remédios, mesmo que você não estivesse doente. Não faz sentido, certo? Então, é isso que ocorre com boa parte do nosso orçamento.

Para evitar essa rigidez, a DRU permite mobilização das receitas da União de uma área para outra no limite de 30% da arrecadação. Até 2015, a DRU era de 20%. Em 2016, ainda no governo Dilma, esse limite passou para 30%.

Como a DRU permite a mobilização de receitas da Previdência para outras áreas, respeitando o limite de 30%, algumas pessoas alegam que a Previdência, sem este mecanismo, seria superavitária. Novamente, recorrendo a tabela 1 acima, verificaríamos que, sem a DRU, o déficit da Seguridade Social seria de R$171 bilhões e da previdência de R$180 bilhões.

Além disso, a utilização da DRU não significa que, na prática, a Previdência ficou sem recursos, tanto é que todo mundo continua a receber suas aposentadorias. Nesse caso, a DRU é utilizada para permitir necessidades financeiras diante de desencaixes temporais de fluxo de caixa em outras áreas.

Conforme falamos, sem a DRU, o déficit seria menor, mas ainda muito grande. Portanto, discutir o fim da DRU para amenizar o déficit da previdência e atenuar a reforma não faz sentido. Primeiro, porque, mesmo sem a DRU, haveria um grande déficit da Previdência e da Seguridade Social (R$171 bilhões e R$180 bilhões), tornado a reforma inevitável. Segundo que, sem a DRU, levaríamos provavelmente o Brasil a um colapso das contas públicas, dado que ela é um instrumento essencial de flexibilização e execução orçamentária. Terceiro, mesmo que não existisse a DRU e utilizássemos todos os recursos do Tesouro para cobrir a Previdência, poderíamos zerar o déficit da previdência, mas teríamos déficit em todas as outras áreas, como saúde, educação, etc. E por quê? Porque o dinheiro do governo é fruto do dinheiro da sociedade arrecadado por meio de impostos. Você pagará a conta do mesmo jeito. Nesse caso, em vez de chamarmos de déficit da previdência, chamaríamos de déficit do Tesouro. O nome mudaria, mas quem pagaria a conta (eu e você), não!

Falácia 3: Existem dívidas das empresas com a previdência; não havendo necessidade de reforma.

As dívidas previdenciárias das empresas somam em torno de R$450 bilhões de reais. R$450 bilhões resolvem o déficit da previdência por 1 ano e meio apenas. Há uma confusão entre os conceitos de "dívida" e de "déficit". Déficit é um fluxo. Hoje, o déficit da previdência é na ordem R$289,4 bilhões de reais. Em outras palavras, ficam faltando R$289,4 bilhões de reais todo ano para cobrir o rombo da previdência. Hoje, este rombo é coberto com impostos que poderiam estar sendo utilizados para educação, saúde e segurança pública.

Falácia 4: Se não tivesse corrupção, não precisaria de reforma

É evidente que a corrupção é um mal e deve ser combatida independentemente da reforma. No entanto, mesmo sem corrupção, haveria necessidade de reforma. De acordo com os dados da Operação Lava Jato, houve R$150 bilhões de reais desviados no esquema do Petrolão. Isso daria para resolver apenas meio ano de previdência. Além disso, a discussão em termos hipotéticos não adianta nada para resolver concretamente o problema.

Falácia 5: A expectativa de vida do brasileiro é de 75,5 anos; tem município que as pessoas vão morrer antes de se aposentar

A expectativa de vida é uma média de quantos anos uma pessoa vive. Dizer que a expectativa de vida é de 75 anos não quer dizer que alguém viverá exatamente 75 anos, mas que, na média, as pessoas vivem 75 anos (cada um poderá viver mais ou menos do que a média). A expectativa de vida é influenciada pela mortalidade infantil. Se a mortalidade infantil é alta, a expectativa de vida cai. No Brasil, alguns municípios têm baixa expectativa de vida não pela elevada fatalidade em idosos, mas porque a mortalidade infantil é alta. No entanto, para o debate da previdência o que interessa é a expectativa de vida do idoso. A razão é óbvia: a pessoa só se aposentará a partir de determinada idade (55 anos mulheres e 60 homens, de acordo com as regras atuais). Assim, para a aposentadoria, o que interessa é a expectativa média de sobrevida, isto é, dado que uma pessoa chegou aos 50 anos, quanto tempo ela tem de vida. Nesse caso, de acordo com os dados do IBGE, a expectativa média é de 83 anos, com pequena variação entre os estados brasileiros e próxima dos países desenvolvidos.

Falácia 6: A reforma da previdência vai prejudicar o mais pobre.

Pelo contrário, a reforma será favorável aos mais pobres. Primeiro, porque de acordo com as regras atuais, apenas quem tem mais dinheiro consegue se aposentar antes da idade mínima (aposentadoria por tempo de contribuição). O mais pobre continua trabalhando mesmo depois da idade mínima. Segundo, porque os fartos benefícios (aposentadorias de R$20.000) estão no funcionalismo público estatal. Como o sistema é altamente deficitário, significa que toda a sociedade, inclusive os mais pobres, estão financiando essas aposentadorias milionárias. Como nosso sistema tributário é altamente regressivo, na prática, tira-se dos mais dos mais pobres para financiar a aposentadoria dos mais ricos. Vale lembrar que mais dinheiro para as aposentadorias fartas é menos recurso para saúde, educação e segurança pública. Além de sobrar mais dinheiro para essas áreas, a reforma trará otimismo para os empresários, o que levará ao aumento da renda e do emprego, favorecendo principalmente os mais pobres.

Falácia 7: Funcionário público contribuiu com mais, portanto, deve ter uma reforma mais branda.

É verdade que os servidores que ingressaram no serviço público antes de 2013 contribuem com mais em relação ao trabalhadores do setor privado. No entanto, o déficit per capita gerado por eles, comparativamente ao do setor privado, é muito maior, conforme demonstrado, com dados, por esses artigos Funcionário público paga mais, mas gera maior déficit na previdência e Reforma da Previdência pune servidor público (é por isso que você deveria apoiá-la)

Falácia 8: As contas da Previdência devem ser auditadas

Esta é aquela típica falácia para estimular inocentes úteis conspiratórios a repetirem clichês desconectados da realidade. Os dados da Previdência são púbicos, divulgados pelo Tesouro Nacional, auditados pelo TCU e seguem os padrões de contabilidade internacional do IPSAS.

Além disso, nenhum presidente, desde FHC, negou o problema previdenciário; claro, enquanto estiveram no governo. Pelo contrário, alguns fizeram reformas (FHC e Lula); outros tentaram, mas foram impedidos pelas circunstâncias de vazamentos (Temer), e Bolsonaro tenta emplacar uma das reformas mais importes para a sociedade brasileira dos últimos tempos.

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Alan Ghani é economista, PhD em Finanças e professor de pós graduação
 

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Pura desinformação.
Os políticos, oposição e situação, em vez de se juntarem e fazerem uma reforma viável, pensando no bem do país, ficam de briga e vai acabar não saindo nada. Ontem, na tv, o comentário é que parlamentares do nordeste estão ressentidos com seus governadores porque estes são a favor da reforma da previdência, já que o caixa do estado ficará melhor e renderá louros ao governador. No entanto, os deputados, por apoiarem a reforma, ficarão com a pecha de malvados porque apoiaram a reforma e por isso estão trancando pé. Estão preocupado somente com sua carreira política. NÃO TEM COM DAR CERTO dessa maneira!

A reforma da previdência não vai resolver absolutamente nada a curto prazo, como o governo mente todos os dias, contudo, a longo prazo, se não passar, vai dar problema.

Com o crescimento da expectativa de vida e diminuição da população ativa, o desajuste da previdência só aumenta.

Na minha opinião, a reforma da previdência deveria focar apenas e unicamente na fixação de idade mínima de 65/62 PRA TODO MUNDO, SEM EXCEÇÃO, deixando de lado essa ideia de regime de capitalização, que é bonito só no papel.
 

Axones

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Só pra saber, os apoiadores da reforma proposta daqui tem conhecimento sobre o formato atual sem contribuição patronal?

A mesma feita no Chile antigamente e já entrando numa nova reforma para adicionar esse aspecto "misto"? (https://www.reuters.com/article/us-...rm-plan-in-bid-to-boost-payouts-idUSKCN1N304H)

Novamente, é sobre a proposta e não sobre o "deve ou não deve reformar". Isso acaba sendo um ponto meio morto na discussão sendo que o sistema atual é antigo e não comporta a estrutura social atual. (envelhecimento populacional, automação industrial em larga escala, etc)
 

NEOMATRIX

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abcdario

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Fique tranquilo
Pra virar Argentina a Dilma, a Dilma teria de ter completado o mandato.
Agora, bota uma fonte confiavel ai pa noix!


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Se a Dilma tivesse completado o mandato já seríamos a Argentina, quanto a previsão de recessão você pode ver notícias referentes há isto em diversas fontes, só procurar, todo mundo está falando da decepção que será o pib deste ano, e a própria reforma da previdência não servirá de motor para fazer isto daqui girar, me lembro muito bem que as argumentações eram as mesmas na época da reforma trabalhista ou da eleição do Bolsonaro, o nosso problema é muito mais grave e intenso do que imaginamos, há uma ausência de demanda total, depois desta reforma irão cobrar a tributária e assim sucessivamente, se até o final do mandato dele estivermos crescendo 3 porcento estarei feliz demais.
 

mfalan

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Capitalização falhou em 60% dos países que mudaram Previdência, diz estudo


Do UOL, em São Paulo
28/05/2019 04h00


O sistema de capitalização, previsto na reforma da Previdência apresentada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, falhou em 60% dos países que o adotaram, de acordo com estudo publicado no ano passado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Na capitalização, o trabalhador faz a própria poupança para sua aposentadoria. Entre 1981 e 2014, 30 países modificaram seu sistema --seja completamente ou uma parte dele - para adotá-la, segundo o estudo. Até o ano passado, 18 desses países já haviam feito uma nova reforma, revertendo ao menos em parte as mudanças.


"Com 60% dos países que privatizaram aposentadorias públicas obrigatórias tendo revertido a privatização, e com evidências acumuladas de impactos sociais e econômicos negativos, é possível afirmar que o experimento fracassou", afirma o estudo.
Foram múltiplas as razões que levaram a essa falência, como os altos custos fiscais e administrativos do novo sistema, além do baixo valor das aposentadorias, segundo os autores Isabel Ortiz, Fabio Durán-Valverde, Stefan Urban, Veronika Wodsak e Zhiming Yu, membros da OIT.
Os 18 países que tentaram a capitalização, mas fizeram novas reformas, foram: Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Nicarágua, Bulgária, Cazaquistão, Croácia, Eslováquia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Macedônia, Polônia, República Tcheca, Romênia e Rússia.
Os demais foram: Colômbia, Chile, Peru, Uruguai, México, El Salvador, Costa Rica, República Dominicana, Panamá, Armênia, Nigéria e Gana.
O estudo tem dados somente os países onde a capitalização não deu certo. Não dá detalhes sobre as experiências onde funcionou até agora.


Aposentadorias mais baixas

A recomendação da OIT é de que o valor da aposentadoria seja de pelo menos 40% do salário-base de cada trabalhador após 30 anos de atividade. Diversos países que adotaram a capitalização, porém, tiveram queda nos valores das aposentadorias, que ficaram abaixo desse padrão.
Os pesquisadores citam entre os exemplos a Bolívia, onde as pensões passaram a corresponder em média a 20% do salário que o trabalhador teve durante a carreira.
Outro problema apontado é que o número de pessoas cobertas pela Previdência caiu na maioria dos países, contrariando o discurso de que a possibilidade de maiores rendimentos aumentaria a atratividade para que os trabalhadores contribuíssem.

Aumento da desigualdade

Outra consequência observada em países que adotaram a capitalização foi o aumento da desigualdade de renda.
Os sistemas de seguridade social, quando bem elaborados, servem para distribuir a renda entre a população de duas formas, segundo o estudo.
Primeiro, com a transferência de dinheiro das empresas para os trabalhadores, já que em muitos casos elas colaboram com uma fatia da contribuição previdenciária do indivíduo.
Segundo, com a distribuição de renda dos mais ricos para os que ganham menos, e de pessoas aptas a trabalhar para aquelas que têm algum impedimento, seja por alguma doença, deficiência, ou que param por um período, como mulheres durante a maternidade.
Com a capitalização, essa redistribuição diminuiu.
Como nesse formato as contas são individuais, quem tinha renda mais baixa ou não podia trabalhar --mesmo que temporariamente-- acabou poupando menos e, consequentemente, terminou com uma aposentadoria menor, diz o estudo.

Rombo não foi resolvido

A maior preocupação dos países que reformam sua Previdência costuma ser o equilíbrio das contas públicas.
No caso do Brasil, por exemplo, sucessivos governos, incluindo o atual, afirmaram que as mudanças são necessárias porque as pessoas estão vivendo mais e tendo menos filhos.
Como no sistema atual o dinheiro de quem está trabalhando financia as aposentadorias de quem já parou, esse envelhecimento da população acaba aumentando o rombo nas contas.
No caso dos países que optaram pela mudança para a capitalização, porém, o alívio nas contas não veio, por causa dos custos da mudança.
Os trabalhadores pararam de contribuir para sustentar as pensões de quem estava aposentado, já que mudaram para o sistema de contas individuais. Ou seja, o governo teve que bancar essas aposentadorias com outros recursos, aumentando abruptamente os gastos com a Previdência até que toda a população estivesse na capitalização.
Segundo o estudo, os gastos com a transição foram bem maiores do que o previsto inicialmente.
Ele cita o caso da Argentina, onde o custo foi inicialmente estimado em 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto), mas que foi revisto após a mudança para a capitalização, aumentando 18 vezes, para cerca de 3,6% do PIB.

O Brasil vai adotar a capitalização?

O sistema de capitalização é defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como forma de proteger gerações futuras e criar empregos.
A proposta de reforma da Previdência que o governo enviou ao Congresso e que atualmente está sendo analisada na Câmara prevê a capitalização, mas não dá detalhes de como ela seria, nem de como aconteceria a transição.
O governo diz também que ainda não sabe qual seria o custo da transição.

https://economia.uol.com.br/noticia...orma-previdencia-capitalizacao-estudo-oit.htm
 

Metal God

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Capitalização, pra dar certo, necessitada que o país tenha pleno emprego e crescimento sustentável, tudo que o Brasil nunca teve e dificilmente terá. Acredito que para pessoas que possuem salários altos e não tenham problema com desemprego (funcionários públicos de alto gabarito, médicos, entre outros que não sofrem com a falta de emprego) irão se beneficiar com esse sistema. O coitado que vive na iniciativa privada, com vida de peão, tem grande chance de se ferrar. apesar da PEC garantir remuneração mínima a ser paga por Fundo Soberano, que não se sabe como e de onde ser formará.
 

Ultima Weapon

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Hoje vi citarem na rádio a CPI presidida pelo senador Paulo Paim. Qual matemágica essa CPI montou pra chegar à conclusão de que é superavitária? Procurei detalhes mas não achei alguém a desmontando.
 

Ultima Weapon

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Hoje vi citarem na rádio a CPI presidida pelo senador Paulo Paim. Qual matemágica essa CPI montou pra chegar à conclusão de que é superavitária? Procurei detalhes mas não achei alguém a desmontando.
Ah tá, achei alguns dados e entendi o esquema, eles consideraram toda a seguridade social, somando o que é gasto com saúde e assistência social, deixando assim a conta no azul. No mínimo desonesto e tem gente que ainda levanta essa bandeira do Paim.
 

firulero

Ei mãe, 500 pontos!
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Pra defender a capitalização a pessoa só pode ser duas coisas: burra ou mal informada.
 

abcdario

Bam-bam-bam
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Não aguento mais ver tanto nego trabalhando contra o país, ontem até discuti no grupo da sala com os esquerdistas, estou perdendo a paciência e ficando pior do que na época da eleição.
 
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