Lembrei de uma história. Não é muito vergonheira, mas fiquei constrangido com meu chefe.
Quando eu tinha 20 anos, peguei um trabalho de meio período que era uma parceria da prefeitura da cidade com a universidade onde eu estudava.
Aí tá, dentre as coisas que me explicaram no meu primeiro dia, uma foi "quando você entrar e sair, tem que assinar seu nome numa folha do livro ponto", e a pessoa disse onde ficava esse livro. Só isso, mais nada.
Pois bem, todo dia, durante dias, eu assinava meu nome nesse livro. Tinha escolhido uma folha em branco, só pra mim, é claro. Até que um dia meu chefe me chamou pra conversar. Ele começou perguntando "você conhece a fulana de tal?". E eu disse que a única pessoa que conhecia com esse nome era uma ex namorada. Aí ele disse: "a fulana trabalha aqui na parte da tarde e reclamou que você todo dia assina seu nome na folha de ponto dela, aí ela foi obrigada a usar outra". Então ele me mostrou a folha que eu tava usando e realmente tinha o nome dela lá, não lembro em que parte, mas tinha, e o cego aqui não viu.
Acho que aquela folha tinha o nome dela, mas tava em branco, porque ela ia recém começar lá também. Pior que eu nem vi o nome dela mesmo. E pensei que era só pegar uma folha em branco e pronto. Não pensei muito na hora, haha. Nunca tinha pego um trampo de marcar o ponto assinando, só usando crachá mesmo.
Pior que até hoje essa ex deve pensar que eu fiz de sacanagem, até porque a gente teve um namoro cheio de brigas e terminados brigados. E acho que meu chefe nem acreditou em mim. Deve ter pensado que fiz pra sacanear a guria mesmo.
Foi constrangedor porque fiquei parecendo um cara infantil que usa o local de trabalho pra zoar a ex namorada. Eram coincidências demais contra mim.