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Resident Evil 2: Remake

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Talvez o Remake mais aguardado da década. Será que é o melhor dos mundos? Supera o original? Eleva o nível? É isso que iremos ver.

O Antigo e o Novo

Resident Evil 2: Remake é uma nova releitura do clássico original de 1998. Essa que é uma das minhas séries favoritas e um jogo que marcou a minha adolescência. RE2 conseguiu não apenas ser tão bom quanto o seu antecessor de 1996, mas trouxe ainda mais fôlego e algumas novidades em relação ao jogo original. Já o seu remake, foi um jogo tão aguardado pela comunidade que muitos fãs se dispuseram a fazer o trabalho que a própria Capcom pareceria não querer fazer, que era justamente retornar com um dos grandes jogos do década de 90 utilizando todo o poder que as gerações atuais possam proporcionar, aumentando assim a experiência daqui que já era quase perfeito.

O que mudou?

Mesmo que para mim um jogo de câmera fixa e uma jogabilidade um pouco travada pode funcionar muito bem, é notório que esse estilo de jogo não vende, não em proporções que um grande estúdio se espera dele. Tendo isso mente e a necessidade criada com base nos jogos atuais. Era mais do que lógico em pensar que o Remake não seguiria com o estilo original de jogabilidade que consagrou a série. Fazer uma releitura é isso, é tomar a liberdade de trazer elementos novos num jogo antigo e que ele faça sentido aos dias atuais. Não podemos correr ao anacronismo, aqui não seria diferente e obviamente o RE2: Remake toma essa liberdade.

Os aspectos da inovação, contudo, não se resumem apenas ao modo como jogamos; os gráficos, obviamente, deram um salto enorme e conseguiram criar com maestria e detalhe todo o ambiente da Raccon City e, em especial, todos os ambientes que fizeram parte do jogo original. Já que estamos falando de ambiente, vale lembrar que o jogo não segue completamente a risca sala por sala, cômodo por cômodo da forma como o clássico tem e, ainda bem, que se toma a liberdade de inovar, mudando coisas de posição, criando cômodos novos (a exemplo do banheiro que não tinha na delegacia da versão clássica ¯\(ツ)/¯) e ajustando coisas para não deixar um jogo apenas ctrl+c e ctrl+v. O jogo traz mudanças significativas nesse aspecto.

Mas nem tudo são flores

Apesar que RE2: Remake cumpre muito bem o seu papel, há algumas falhas nesse novo jogo que, na verdade, é muito mais pela ausência do que pela a sua implementação. É meio complicado julgar e criticar um jogo por algo que ele não é ou deixou de fazer, pode parecer um pouco prolixo me posicionar dessa forma porque o ideal é julgar aquilo que nós experienciamos, aquilo que vivemos e temos como resultado de um jogo já finalizado. Contudo, justamente por esse não ser um jogo qualquer e ser uma releitura do clássico que foi lançado para o PSX, DreamCast e alguns outros consoles, é um pouco frustrante em perceber que a Capcom sim, poderia ter entregado um pouco a mais e recheado o jogo com mais possibilidades e conteúdo.

Depois de eu zerar e conseguir desbloquear todas as armas que o jogo tem à sua disposição - até mesmo aquelas malditas Minigun e Rocket Launcher que deram um put* trabalho para pegar - o jogo acaba não lhe disponibilizando tanto conteúdo a mais assim. O jogo lhe disponibiliza para a campanha 3 metralhadoras diferentes, vou repetir: três metralhadoras diferentes, sendo que, duas delas apenas via NG+ fazendo determinadas tarefas para desbloqueá-las. Eu achei isso exaustivo e falta de inovação. Pra que repetir o mesmo estilo de arma se nesse momento poderia ter inserido armas com mecânicas diferentes? Não me faz sentido. Cadê a besta que a Claire tinha no original? Cadê a possibilidade de deixar as próprias armas que encontramos durante as campanhas com munição infinita (como ocorre no RE7 e RE5)? Por que não aproveitar o ensejo e criar um modo onde possamos definir todas a munição de uma determinada arma desde o início e jogar assim com ela até o final? Por que não criar um modo aleatório onde tanto o conteúdo do jogo mudasse de posição, assim como a quantidade de armas e munição e também os inimigos? Por que não criar inimigos novos e que ninguém esperasse?

Há o modo com o Hunk (The 4th Survivor), há o modo com o Tufu malucão (The Tofu Survivor) e o modo com os sobreviventes que vemos (ou não) tanto na campanha do Leon quanto da Claire (The Ghost Survivors) - esse último modo foi adicionado gratuitamente no jogo semanas depois do seu lançamento -. Todos esperavam que poderíamos jogar com o Marvin Branagh - o policial que tá desde o clássico e que ajuda você durante a sua campanha -, mas não foi isso que aconteceu. Também muitos especularam se a Capcom dessa vez iria estender o original trazendo ambientes novos, mas, novamente, não foi isso o que aconteceu.

E por fim, a suposta câmera fixa seria uma bela adição ao jogo, principalmente para os veteranos de guerra.

Conclusão

Resident Evil 2: Remake é uma experiência de jogo incrível. Conseguiu recriar a nostalgia fazendo uma releitura do clássico de 98 para que as gerações mais novas pudessem também ter acesso a esse grande jogo da história dos vídeo-games. O jogo poderia ter tido um pouco mais de conteúdo e não ter repetido tanto assim algumas outras coisas, mas, no geral, é uma experiência completamente satisfatória e gratificante.

NOTA FINAL: 8 / 10 (ótimo)

+ Visualmente muito bonito;
+ Ambientação clássica
remodelada para a nova geração;
+ Boa jogabilidade.
  • A estória foi estendida numa nova releitura com alguns novos elementos;
  • Conseguiu ser tão bom quanto o clássico mantendo boa parte do conteúdo que deu certo e melhorando outros aspectos

- Sem ambientes novos;
- Sem a possibilidade de jogar com o Marvin Branagh;
- Armas destraváveis pouco inovadoras e sendo duas delas na mesma família de armas;
- Poderia ter modos de jogos extras que alterassem o conteúdo da campanha e não somente algo extra paralelo, mas não o fez;
- Modos extras são legais no início, mas depois de completá-los perdem mais a graça e até mesmo seu propósito.

Plataformas: PS4 (jogado e zerado)
 
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