Curti muito a ambientação de praticamente todo o jogo, os gráficos são excelentes, o trabalho de som é fora de sério.
A progressão do dia conforme se avança no jogo é um ponto muito legal, e foi muito bem aplicada.
A vila é muito bacana, o castelo é excelente, a casa Beneviento é diferente, mas bem tensa, o reservatório é simples, mas efetivo.
O castelo é uma mistura de RE1 com
RE4. Os cenários pomposos, com muitas decorações chiques e pomposas, lustres e luminárias, inevitavelmente remetem à Mansão Spencer, e ao castelo do Salazar. O ponto alto aqui é a presença da sra. Dimitrescu (pun intended), por várias razões. Uma delas é o papel de Mr. X/Nemesis que ela desempenha em determinado trecho, e que remete muito bem aos jogos anteriores.
A casa Beneviento, como eu já tinha comentado antes, vai por um lado ainda não explorado na série Resident Evil e é umas partes mais tensas de toda a franquia.
É sem dúvidas um dos pontos altos do jogo. Mesmo eu não curtindo esses jogos de terror em que vc não consegue se defender dos inimigos e só pode se esconder, eu curti essa parte.
A parte do reservatório talvez seja a mais fraca, mas ainda assim eu curti bastante.
E a fábrica talvez tenha sido a parte que eu mais gostei. Junto com o castelo, é a área que mais lembra o level design dos REs clássicos, e aqui a RE Engine mostra a sua força nas sombras e na iluminação, contribuindo para formar uma das áreas mais opressivas dá série. As paredes cheias de canos metálicos e fiações elétricas, os vapores saindo das ventilações, as salas escuras com apenas alguns focos de luz forte. Sem mencionar o sons, com toda uma "orquestra mecanizada", que só fortalece a atmosfera do lugar. Talvez seja o melhor cenário de "laboratório" que já teve na série!
Eu só achei o level design no começo do jogo meio linear demais, e ele demora um pouco pra engrenar. Mas depois que começa a parte do castelo, aí fica bem melhor.
E esse sistema de hub central é excelente e acho que encaixa muito bem na série. Só acho que eles não deviam ter fechado os caminhos pra voltar pras áreas. Creio que seria bacana poder voltar ao castelo e pegar itens que ficaram pra trás ou então enfrentar mais inimigos secretos, por exemplo.
A história meio que atira pra todo lado e, como é de se esperar quando se utiliza essa tática, acerta em alguns pontos, e falha em outros.
Eu curti bastante que a vila e o fungão lá sejam a inspiração para que o Spencer criasse a Umbrella, inclusive utilizando o símbolo e tal.
Mas a motivação da Mother Miranda e aquele negócio dela ser imortal e tal, é... bem forçado. E nesse balaio da forçada de barra entra ela fingindo ser a Mia, o lance dos 4 filhos/lordes e por aí vai.
Ainda não sei o que acho deles terem matado o Ethan... O personagem é meio sem cara (literalmente nesse jogo, já que nem nas artworks eles fizeram uma cara pra ele) mas acho que tinha potencial.
Os inimigos no geral são bons, e coerentes com o lore da série. Mas tem alguns destaques negativos.
O primeiro que me vem à mente é o motor de avião com pernas lá da fábrica... Mas que m**** é aquilo?!
E na fábrica, além dele, tem os Hsu Hao-mãos-de-furadeira (pelo menos não é uma motosserra), alguns inclusive equipados com turbinas a jato.
Se por um lado a fábrica é um dos melhores cenários, por outro é onde tem os piores inimigos, incluindo o pior chefão.
O Heisenberg é um personagem legal, mas a transformação é tosca, a boss fight é super fácil, e os poderes de Magneto dele são bem nada a ver.
Por outro lado, eu curti o monstrão que parece um "Steve 2.0", o altão com um machadão na mão, e aqueles super-lobisomens que aparecem em alguns pontos da vila. Das boss fights, eu curti a da Dimitrescu (apesar de não ser fã da transformação dela) e a do Moreau (esse sim tem uma transformação legal).
Falando em transformação tosca, mas que m**** de mania é essa de querer meter monstrão gigante pra tudo quanto é lado? Isso e o monstro "parede de carne" são as piores merdas que enfiaram nos RE nos últimos. Birkin G5 era legal, mas depois começou a ficar ridículo.
E como já dito, o jogo bebe muito da fonte do
RE4. Algumas dessas influências eu não curti muito desde que foram anunciadas, como o lance da maleta de inventário e o mercador (prefiro o esquema de gerenciar itens e explorar para achar armas e itens), mas não comprometem o jogo de forma alguma. O mercador, por sinal, é um personagem interessante e atuante na história, o que é até um ponto bem positivo.
E outras influências tbm caíram muito bem aqui. A vila, o castelo, a fábrica (que corresponde à ilha do 4), tudo é muito bem feito e se encaixa de forma natural aqui.
Bem, acho que já escrevi bastante. O game é longo, e é difícil de lembrar tudo o que aconteceu.
Mas, definitivamente, é um excelente título da série, e apesar de não achar que seja o melhor, não creio ser exagero dizer que ele está entre os melhores.