doutordoom
Lenda da internet
- Mensagens
- 33.543
- Reações
- 26.687
- Pontos
- 1.954
Pra ver algo decente vamos ter que esperar os filmes de games começarem a dar tão certo quanto os filmes de hqs. Ou algo semelhante. AInda são vistos como produto de segunda linha.
Bem por aí. Senta que lá vem textão.
Esse tipo de avaliação sobre como as coisas funcionam precisa ser feita deixando todo o viés de fã de lado. NO fim um filme é um produto e nós somos consumidores desse produto. O sucesso financeiro sempre é o objetivo de qualquer produto. Mas se formos tentar avaliar um filme como uma obra, que ainda assim quase sempre terá seu intrínseco valor comercial, temos dois parâmetros mais objetivos a serem observados:
Público e crítica.
O Primeiro é sempre relativo a bilheteria e faturamento no geral. Ele se condiciona a expectativa de lucros de um filme. Filmes com baixo investimento, como os de Resident Evil, buscam lucros proporcionais ao baixo investimento. E no caso de um Star Wars, que permite um investimento bem maior, se espera lucros na mesma proporção já que falamos de uma franquia com público cativo de décadas.
A franquia Resident Evil encontrou seu público e se mostrou um sucesso para a SOny. Ainda que os fãs dos jogos, em sua maioria, não gostem. Mesmo assim o público está lá rendendo uma boa grana pra SOny que não vê necessidade de fazer muita coisa diferente pra ver seu investimento retornar. O filme pode se dar ao luxo de ser divisivo e ter críticas ruins, desde que se mantenha agradando seu público cativo (que obviamente gosta da fórmula da franquia). Nesse ponto, um inegável sucesso de público.
A franquia Star Wars já tem um nível mais alto de qualidade, um público bem maior e mais exigente e como um dos maiores Blockbusters da história do cinema, não pode se dar ao luxo de ser divisiva (ainda mais em tempos de redes sociais capazes de fazer tanto barulho). Eles ousaram muito no segundo filme da nova trilogia e isso o fez divisivo entre os fãs. Não dá pra falar de percentual, não existem dados nesse sentido, mas a quantidade de fãs insatisfeitos é grande o suficiente para gerar um barulho que incomoda quem quer ver lucros cada vez maiores. Daí aquele filme final tentando agradar todo mundo e falhando miseravelmente. No máximo entregaram uma aventura padrão e sem alma.
AINDA ASSIM, os três filmes novos de Star Wars foram capazes de fazer juntos mais de 4 bilhões em bilheteria. Fora todo o material relacionado. Isso sob qualquer aspecto é um sucesso de público. Nenhum dos filmes fez menos de um bilhão no cinema. NO máximo podemos dizer que seria possível fazer ainda mais tendo em vista que o primeiro filme, que não ousa muito, chegou aos 2 bilhões.
De qualquer maneira, uma franquia com tantos fãs vai precisar se mantendo conservadora para não perder seu potencial. Daí o Mandaloriano e a enxurrada de séries com um apelo conservador para o público. Mas o ponto aqui é que criar uma trilogia divisiva entre os fãs, coisa que o Lucas já tinha feito, não tirou a lucratividade absurda da franquia. Somente uma insistência em mudanças polêmicas poderia ameaçar o futuro da franquia e isso não vai ocorrer.
E dito tudo isso sobre público, sobra o parâmetro crítica. E é aqui que temos o reconhecimento do valor técnico e artístico de uma obra. Resident Evil e seus filmes baixo orçamento, ou Transformers e seus filmes alto orçamento, são exemplos de obras que não se importam nem um pouco em agradar críticos. Eles só querem agradar o seu público dentro do contexo exposto acima. Já Star Wars precisa muito ter um equilíbrio agradando público e crítica. Um meio termo, pois para manter suas cifras astronômicas precisa agradar o máximo de pessoas possíveis (vale o mesmo para os filmes da Marvel, por exemplo). Toda publicidade negativa é ruim e tem algum efeito na bilheteria. E é claro que temos também filmes com um alto valor artístico e que pouco se importam em fazer grande público. São o oposto de Resident Evil e Transformers.
Logo, Star Wars e Resident Evil, cada um dentro do seu contexo e da sua proposta, são sim sucessos de público.
