jaysonwcs
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Primeiramente, o [3] do título é porque já existem outras duas análises (ambas ótimas) para este jogo:
Do usuário Wolfwood
Do usuário Summo
Escrevi esta análise para o meu blog, sem intensão de postar aqui. Estou fazendo, basicamente, um "Ctrl+C e Ctrl+V" da análise original. Tentei dar uma resumida (o original ta realmente grande!).
Desculpem se pareci pretensioso mas meu objetivo era fazer algo detalhado, contando um pouco das minhas experiências.
Este é minha primeira análise (e tópico também) no fórum. Espero que gostem.
Ficha Técnica
Nome: Star Fox
Gênero: Simulação/Tiro ("Shooter")
Modos de jogo: campanha para um jogador
Ano: 1993
Origem: Japão
Designer: Shigeru Myamoto
Desenvolvimento: Nintendo/Argonaut Software
Distribuição: Nintendo
Sistema: Super Nintendo Entertainment System/Super Famicom
Em 1993, a tecnologia 3D já havia dado seus primeiros passos. Primeiro, nos Arcades, em jogos como Virtua Racing e Virtua Fighter, da Sega (entre outros), que testaram as capacidades de interação que a nova tecnologia oferecia. No ramo de jogos caseiros, consoles como 3DO prometiam gráficos poderosíssimos e jogos mais adultos com a utilização desta tecnologia.
Sinceramente, não sei quem deu o primeiro passo. Independente disto, a Nintendo tinha percebido que, logo logo, estaria perdendo terreno para as empresas rivais, visto que seu console da época, o Super Nintendo – que apesar de graficamente superior ao seu principal rival, o Mega Drive - , tinha uma falha: o processador lento (na casa dos 3 MHz, contra um processador na casa dos 7MHz do Mega Drive).
Se a tecnologia dos cartuchos tem uma vantagem em relação ao CD, ela foi aproveitada quase que ao máximo neste jogo – não digo em relação a puro poder gráfico, mas no que diz respeito ao uso de tecnologia de ponta (pelo menos para a época).
Esta tecnologia era o chip Super FX, que nada mais era do que um processador capaz de processar gráficos "poligonais" – ou seja, tridimensionais -, o que o processador principal do console não era capaz de fazer. Porém, mesmo com este chip, os jogos (comentarei melhor posteriormente) não ofereciam o mesmo desempenho que o da rival Sega. Imagino que a Nintendo tenha percebido isso e, portanto, apostato suas fichas não apenas na tecnologia, mas num novo projeto, todo feito com base neste chip. Este projeto era Star Fox.
O roteiro é simples: o planeta Corneria está sendo invadido pelas tropas de Andolf (posteriormente chamado de Andross). Para isso, o general contata a Star Fox, aparentemente uma equipe de caçadores de recompensa.
O jogador pilotará a nave de uma carismática raposa, chamada Fox, o líder da esquadra, num típico "shooter" de naves espaciais, sendo acompanhado por Falco (um falcão), Slippy (um sapo) e Peppy (um coelho). Agora, porém, o jogo conta com uma diferença crucial: é totalmente tridimensional!
Gameplay
Tudo bem, o fato de ser 3D poderia ser apenas uma jogada de marketing - até porque, como se pode perceber desde o início, a taxa de frames do jogo é baixa, dando a impressão de um jogo pouco fluído. Porém, a Nintendo conseguiu contornar estas falhas.
O jogo explora ao máximo as possibilidades tanto gráficas quanto de jogabilidade, criando uma experiência única.
Quem não se lembra da fase "Sector X", onde a esquadra de Fox percorre um setor no espaço onde existe uma espécie de "lixo espacial"?
Ou então a "Space Armada", onde se encontram várias naves gigantes do inimigo, "esperando" para que o jogador entre nelas, percorra um corredor cheio de obstáculos e destrua-as por dentro? Ou ainda "Titania", um planeta estranho, com mudanças no cenário (neve, deserto e, por último, um lago)?
Além da ação desenfreada, característica principal dos jogos de "shooter", o jogo proporciona uma adrenalina crescente, que vai aumentando até culminar com o chefe final, Andolf. Não só a dificuldade do jogo acentua isto (com uma dificuldade relativamente alta para os não iniciados), como o aspecto visual e sonoro (como comentarei mais para frente).
Um exemplo é a cena da entrada do caça de Fox na nave gigante que representa o chefão da "Space Armada", que demonstra a enorme dimensão da nave inimiga. Posso citar, também, a conclusão da "Asteroid Field", em que vemos um efeito visual semelhante ao de Guerra nas Estrelas, quando as naves entram na Velocidade da Luz, ou ainda a entrada da fase final, "Venom", que mostra a descida do caça de Fox ao planeta.
Para os que ainda estão perdidos, o jogo, apesar de tridimensional, é linear. O caça de Fox avança sempre para frente, sendo que o jogador pode movimentá-la para os quatro lados da tela, além de poder frear ou dar um turbo, para desviar dos tiros e obstáculos. A movimentação da nave lembra a de um avião, sendo que para subir e descer, os comandos são invertidos. O jogo permite, também, a inclinação lateral da nave (com os botões L e R) o que facilita a movimentação lateral na hora de desviar dos tiros inimigos.
Pra ajudar (ou atrapalhar) o jogador é acompanhado pelos outros membros da esquadra, que, às vezes, tentam ajudá-lo, e acabam por passar na frente. Se o jogador derrubar um companheiro sem querer perde a "ajuda", além de não poder completar 100% da fase.
Como todo bom Arcade que se preze, o jogo oferece itens para ser coletados durante o jogo – itens, aliás, que utilizam abusivamente do 3D, com designs intuitivos. Entre os itens, o jogo conta com anéis que carregam a energia da nave, bombas (podem ser atiradas a qualquer momento, com uma larga área de impacto), aumento da potência dos tiros, entre outros.
Ah, e como não poderia faltar, tem um item que recupera asas perdidas, caso o jogador perca uma delas. Veja, com este exemplo, que os criadores se atentaram a vários detalhes, com a preocupação de fazer um jogo de qualidade.
No aspecto dificuldade, pode ser considerado um jogo difícil para não iniciados, e médio para quem já está acostumado com este tipo de jogo. A dificuldade é crescente. Porém, pelo fato de o jogo ser Arcade – e, portanto, rápido para ser finalizado – a aprendizagem é um pouco demorada. É praticamente impossível ir muito longe na primeira tentativa.
Se o conceito do jogo foi brilhante e muito bem pensado, o resto teria de acompanhar. Felizmente é o que acontece. A caracterização dos personagens é boa, sendo eles carismáticos. O visual geral do game, apesar de "quadradão", é bem claro. Dá pra distinguir claramente os objetos de cenário.
As músicas combinam com os momentos em que são tocadas, como, por exemplo, a música da primeira fase ("Corneria") que remete a um filme de ação, misturando Hard Rock com fundo orquestrado. Ou , ainda, a música do "Sector Y", uma valsa suave, dando uma leve sensação de "viagem", combinando com a situação surreal em que se apresenta - o espaço sideral se assemelha a um oceano nessa fase, com animais aquáticos flutuando no céu.
Simples e direto, até simplista. Não há necessidade de algo muito mais rebuscado.
Visual:
Apesar de "quadradão", o game contorna o problema com polígonos coloridos e claros, além dos Sprites e imagens de fundo bem desenhadas.
Música:
Trilha sonora emocionante, além de combinar com o momento em que são tocadas e com o visual do game. As músicas grudam na cabeça, depois de uma boa partida.
Jogabilidade:
O game explora ao máximo as situações proporcionadas pela tridimensionalidade. Nada como um jogo de ação de naves para aproveitar o potencial da tecnologia.
Fator "replay":
A alta dose de adrenalina torna o jogo viciante, além das opções de dificuldades, que contam com fases diferentes.
Dificuldade: Alta
Difícil. Para os iniciados, é questão de tempo. Porém, é praticamente impossível ir muito longe logo na primeira tentativa.
Conceito geral:
Referências:
Disponível em: http://outerspace.ig.com.br/retrospace/
25 de maio de 2009.
Postado originalmente neste blog.
PS.: não tenho certeza de algumas informações. Alguns lugares dizem que o compositor é Hajime Hirasawa, outros que é Koji Kondo. Se tiver informações erradas, por favor, me corrigam.
Abraços!
Do usuário Wolfwood
Do usuário Summo
Escrevi esta análise para o meu blog, sem intensão de postar aqui. Estou fazendo, basicamente, um "Ctrl+C e Ctrl+V" da análise original. Tentei dar uma resumida (o original ta realmente grande!).
Desculpem se pareci pretensioso mas meu objetivo era fazer algo detalhado, contando um pouco das minhas experiências.
Este é minha primeira análise (e tópico também) no fórum. Espero que gostem.
Ficha Técnica
Nome: Star Fox
Gênero: Simulação/Tiro ("Shooter")
Modos de jogo: campanha para um jogador
Ano: 1993
Origem: Japão
Designer: Shigeru Myamoto
Desenvolvimento: Nintendo/Argonaut Software
Distribuição: Nintendo
Sistema: Super Nintendo Entertainment System/Super Famicom
Em 1993, a tecnologia 3D já havia dado seus primeiros passos. Primeiro, nos Arcades, em jogos como Virtua Racing e Virtua Fighter, da Sega (entre outros), que testaram as capacidades de interação que a nova tecnologia oferecia. No ramo de jogos caseiros, consoles como 3DO prometiam gráficos poderosíssimos e jogos mais adultos com a utilização desta tecnologia.
Sinceramente, não sei quem deu o primeiro passo. Independente disto, a Nintendo tinha percebido que, logo logo, estaria perdendo terreno para as empresas rivais, visto que seu console da época, o Super Nintendo – que apesar de graficamente superior ao seu principal rival, o Mega Drive - , tinha uma falha: o processador lento (na casa dos 3 MHz, contra um processador na casa dos 7MHz do Mega Drive).
Se a tecnologia dos cartuchos tem uma vantagem em relação ao CD, ela foi aproveitada quase que ao máximo neste jogo – não digo em relação a puro poder gráfico, mas no que diz respeito ao uso de tecnologia de ponta (pelo menos para a época).
Esta tecnologia era o chip Super FX, que nada mais era do que um processador capaz de processar gráficos "poligonais" – ou seja, tridimensionais -, o que o processador principal do console não era capaz de fazer. Porém, mesmo com este chip, os jogos (comentarei melhor posteriormente) não ofereciam o mesmo desempenho que o da rival Sega. Imagino que a Nintendo tenha percebido isso e, portanto, apostato suas fichas não apenas na tecnologia, mas num novo projeto, todo feito com base neste chip. Este projeto era Star Fox.
O roteiro é simples: o planeta Corneria está sendo invadido pelas tropas de Andolf (posteriormente chamado de Andross). Para isso, o general contata a Star Fox, aparentemente uma equipe de caçadores de recompensa.
O jogador pilotará a nave de uma carismática raposa, chamada Fox, o líder da esquadra, num típico "shooter" de naves espaciais, sendo acompanhado por Falco (um falcão), Slippy (um sapo) e Peppy (um coelho). Agora, porém, o jogo conta com uma diferença crucial: é totalmente tridimensional!
Gameplay
O jogo explora ao máximo as possibilidades tanto gráficas quanto de jogabilidade, criando uma experiência única.
Quem não se lembra da fase "Sector X", onde a esquadra de Fox percorre um setor no espaço onde existe uma espécie de "lixo espacial"?
Ou então a "Space Armada", onde se encontram várias naves gigantes do inimigo, "esperando" para que o jogador entre nelas, percorra um corredor cheio de obstáculos e destrua-as por dentro? Ou ainda "Titania", um planeta estranho, com mudanças no cenário (neve, deserto e, por último, um lago)?
Além da ação desenfreada, característica principal dos jogos de "shooter", o jogo proporciona uma adrenalina crescente, que vai aumentando até culminar com o chefe final, Andolf. Não só a dificuldade do jogo acentua isto (com uma dificuldade relativamente alta para os não iniciados), como o aspecto visual e sonoro (como comentarei mais para frente).
Um exemplo é a cena da entrada do caça de Fox na nave gigante que representa o chefão da "Space Armada", que demonstra a enorme dimensão da nave inimiga. Posso citar, também, a conclusão da "Asteroid Field", em que vemos um efeito visual semelhante ao de Guerra nas Estrelas, quando as naves entram na Velocidade da Luz, ou ainda a entrada da fase final, "Venom", que mostra a descida do caça de Fox ao planeta.
Para os que ainda estão perdidos, o jogo, apesar de tridimensional, é linear. O caça de Fox avança sempre para frente, sendo que o jogador pode movimentá-la para os quatro lados da tela, além de poder frear ou dar um turbo, para desviar dos tiros e obstáculos. A movimentação da nave lembra a de um avião, sendo que para subir e descer, os comandos são invertidos. O jogo permite, também, a inclinação lateral da nave (com os botões L e R) o que facilita a movimentação lateral na hora de desviar dos tiros inimigos.
Pra ajudar (ou atrapalhar) o jogador é acompanhado pelos outros membros da esquadra, que, às vezes, tentam ajudá-lo, e acabam por passar na frente. Se o jogador derrubar um companheiro sem querer perde a "ajuda", além de não poder completar 100% da fase.
Como todo bom Arcade que se preze, o jogo oferece itens para ser coletados durante o jogo – itens, aliás, que utilizam abusivamente do 3D, com designs intuitivos. Entre os itens, o jogo conta com anéis que carregam a energia da nave, bombas (podem ser atiradas a qualquer momento, com uma larga área de impacto), aumento da potência dos tiros, entre outros.
Ah, e como não poderia faltar, tem um item que recupera asas perdidas, caso o jogador perca uma delas. Veja, com este exemplo, que os criadores se atentaram a vários detalhes, com a preocupação de fazer um jogo de qualidade.
No aspecto dificuldade, pode ser considerado um jogo difícil para não iniciados, e médio para quem já está acostumado com este tipo de jogo. A dificuldade é crescente. Porém, pelo fato de o jogo ser Arcade – e, portanto, rápido para ser finalizado – a aprendizagem é um pouco demorada. É praticamente impossível ir muito longe na primeira tentativa.
Se o conceito do jogo foi brilhante e muito bem pensado, o resto teria de acompanhar. Felizmente é o que acontece. A caracterização dos personagens é boa, sendo eles carismáticos. O visual geral do game, apesar de "quadradão", é bem claro. Dá pra distinguir claramente os objetos de cenário.
Trilha Sonora
Além disso, tem a ótima trilha sonora, composta por Hajime Hirasawa, bem marcante, adicionando emoção aos principais momentos do jogo. As músicas são ótimas, utilizando de forma bem interessante o sintetizador do console. É interessante perceber que o timbre de alguns instrumentos do arranjo sonoro (agudos, semelhantes à xilofone ou piano) lembra o aspecto visual "limpo" dos polígonos do jogo.
As músicas combinam com os momentos em que são tocadas, como, por exemplo, a música da primeira fase ("Corneria") que remete a um filme de ação, misturando Hard Rock com fundo orquestrado. Ou , ainda, a música do "Sector Y", uma valsa suave, dando uma leve sensação de "viagem", combinando com a situação surreal em que se apresenta - o espaço sideral se assemelha a um oceano nessa fase, com animais aquáticos flutuando no céu.
Fator "Replay"
Para concluir, o jogo oferece um "fator replay" altíssimo. Por ser um jogo rápido, estilo Arcade, oferece uma alta dose de adrenalina, o que torna o jogo altamente viciante. Além disso, o jogo conta com três níveis de dificuldade. Porém, em cada um deles, o trajeto muda e, portanto, as fases também. Como se não bastasse, têm as fases secretas, que se encontram no caminho do "Black Hole" (Buraco Negro).
Conclusão
Como podemos ver, a Nintendo não poupou esforços e criatividade para seu Star Fox, criando um jogo emocionante, criativo e viciante. Mesmo com a falha da lentidão do processador, a Nintendo conseguiu contornar o problema criando não apenas um jogo bom, mas um verdadeiro clássico do mundo dos games!
Simples e direto, até simplista. Não há necessidade de algo muito mais rebuscado.
Visual:
Apesar de "quadradão", o game contorna o problema com polígonos coloridos e claros, além dos Sprites e imagens de fundo bem desenhadas.
Música:
Trilha sonora emocionante, além de combinar com o momento em que são tocadas e com o visual do game. As músicas grudam na cabeça, depois de uma boa partida.
Jogabilidade:
O game explora ao máximo as situações proporcionadas pela tridimensionalidade. Nada como um jogo de ação de naves para aproveitar o potencial da tecnologia.
Fator "replay":
A alta dose de adrenalina torna o jogo viciante, além das opções de dificuldades, que contam com fases diferentes.
Dificuldade: Alta
Difícil. Para os iniciados, é questão de tempo. Porém, é praticamente impossível ir muito longe logo na primeira tentativa.
Conceito geral:
Referências:
Disponível em: http://outerspace.ig.com.br/retrospace/
25 de maio de 2009.
Postado originalmente neste blog.
PS.: não tenho certeza de algumas informações. Alguns lugares dizem que o compositor é Hajime Hirasawa, outros que é Koji Kondo. Se tiver informações erradas, por favor, me corrigam.
Abraços!