Estou finalizando Castlevania Order of Eclesia, do DS, no emulador...
Bom, basicamente, é mais um jogo inspirado em Symphony of the Night e isso é ótimo, mas também é péssimo.
Tudo nesse jogo é de alta qualidade, a atmosfera sombria que todo mundo adora, boa trilha sonora, a linda protagonista, o gameplay suave. A unica reclamação que tenho é sobre como é cansativo conseguir certos itens, muito recorrente na franquia. Desanimei de fazer 100% por causa disso, se tornou muito incômodo passar horas liquidando um determinado inimigo pra ele dropar algum item especifico. É muito chato e muitas vezes a recompensa não vale a pena.
Na trama, a familia Belmont desapareceu, e entidades foram criadas afim de estudar uma forma de combater um eventual retorno de Dracula. Shanoa e seu amigo de infancia Albus, são estudantes de uma dessas entidades, a Ordem de Eclesia. A menina havia sido escolhida pelo lider do grupo pra ser o receptáculo de um novo poder mágico, que vem do proprio Dracula, e que poderia derrotar o vampirão. Porem durante o ritual de transferencia desse poder, Albus, decepcionado por não ter sido o escolhido, invade o local, rouba o poder pra sí mesmo e foge. Por causa da interrupção do ritual, Shanoa acaba perdendo a memória e agora precisa perseguir seu amigo de infancia por varios niveis ao longo do jogo e recuperar o poder magico que ele roubou, enquanto descobre os verdadeiros motivos que o levaram a fazer isso.
Uma coisa que achei legal no jogo é que a ação não se concentra só no castelo de Dracula, o jogo tem um mapa universal e você vai abrindo fases nele. Algumas fases são curtas, outras bem longas. Algumas tem chefes, outras não. Você pode retornar nas fases que já terminou quantas vezes quiser, pra conseguir algum item novo ou abrir alguma passagem antes indisponivel. E ao longo das fases você deve encontrar 13 pessoas que foram sequestradas por Albus. Essas pessoas são habitantes da Vila de Wygol, uma das fases do game. Conforme você for salvando eles, eles retornam pra suas casas na vila e passam a te ajudar em sua jornada.
Basicamente, eles te dão missões, e se você as cumprir, algum novo item estará disponivel na loja do game, que fica na vila. As missões são bobinhas, e sempre envolvem vc trazer algum item pra eles e é aí que vem a parte chata que eu mencionei de ter e ficar horas matando inimigos, esperando dropar esses itens. Então tipo assim, um dos habitantes que você salva é um cozinheiro, se vc o ajudar trazendo o que ele pede, algum item novo de recuperar HP fica disponivel na loja pra vc comprar. E tem uma cartomante(meio perva) que se você ajudar, ela criará brincos e acessórios que aumentam suas skills e tudo mais. E tem um fotografo que vai te pedir pra tirar fotos de algum inimigo especifico, pra ele poder publicar as fotos no jornal, tarefa chatíssima aliás. Um deles é um compositor ou algo assim, se você cumprir as tarefas que ele pede, poderá comprar na loja discos que vc pode usar pra alterar as musicas originais das fases, fazendo tocar no lugar algo que parecem ser temas antigos da franquia, bem legal. Enfim... cada um dos 13 habitantes tem sua personalidade, suas missões, suas recompensas e tudo mais. Alguns deles são carismáticos e é engraçado o modo como interagem com a protagonista, especialmente porque Shanoa não tem memória e é muito séria. Eles foram sequestrados por Albus porque o vilão acreditava que os habitantes de Wygol eram parentes longinquos da familia Belmont e queria fazer experimentos com eles. É interessante conversar com esses aldeões, as vezes eles falam umas coisas legais que trazem a tona seu parentesco com a familia matadora de vampiros, mas tudo nas entrelinhas...
Você não precisa fazer as missões deles, mas é obrigado a salvar os 13 pra poder liberar a ultima fase do game, que é o castelo de Dracula. Se você abrir uma determinada passagem no castelo do vampiro, abrirá duas fases extras. Uma delas é uma sala de treinamento que testará sua habilidade em saltar plataformas, e a outra é só um local cheio de inimigos bem fortes pra você lutar(e um novo chefe). E há recompensas aleatórias no final dessas fases, o que estimula você terminá-las várias vezes. Se puder, claro. São dificílimas.
O sistema de combate é legalzinho, mas no geral eu acho que não funciona muito bem. Shanoa pode equipar um poder(Glifo) em cada mão, e um em suas costas. Você pode por exemplo equipar a garota com uma espada numa mão e um golpe flamejante na outra. Ou um machado numa mão e um poder de gelo na outra, e por aí vai... alguns Glifos diferentes quando equipados juntos ainda podem ser combinados pra um super golpe especial e tal. E você pode criar três configurações e ficar alternando entre elas. Tipo assim, na configuração A vc tem o martelo numa mão e um poder de raio na outra. Na B você tem um poder de gelo numa mão e um de fogo na outra e assim por diante. São três configurações possiveis, A, B e C. Pra mim isso mais atrapalha do que ajuda, não é muito pratico ficar alternando durante as lutas, especialmente porque numa mesma tela vc terá inimigos que são quase invenciveis contra a rapieira, outros fortes contra elemento fogo... então será comum vc adentrar a sala já com alguma arma que seja ''util'' contra todos os inimigos do recinto pra que não tenha que ficar trocando durante o combate.
Os gráficos não são um espetaculo, mas estão bons. No geral, são inferiores a Symphony of the Night. Duas coisas que não gostei nesse ponto, a Shanoa mesmo sendo tão pequena na tela, não parece muito bem animada. E os inimigos são a maioria sprites reciclados de Symphony of the Night, com uma animação pior. Mas tudo bem, o jogo no geral é muito divertido. Não atoa finalizei a aventura principal com Shanoa em 17 horas. E agora estou começando um novo jogo com Albus, que pode ser habilitado e tem um gameplay bem diferente em relação a Shanoa. Ele é muito overpower, mas não pode usar itens de cura e é estático. Não sei se vou percorrer tudo denovo com ele, mas acho que vai dar mais umas 4 horas aí de jogatina.