Summo
Ei mãe, 500 pontos!
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Ao ler algumas postagens sobre o tema em outras discussões (inclusive uma nostálgica menção do @Legiao-RJ aos clássicos CDs prensados da Players, tive a ideia de abrir esse tópico, com o seguinte questionamento: como foi (ou ainda é) a relação de vocês com a pirataria nos consoles antigos?
Já adianto que objetivo aqui não é o de estimular o uso desses métodos, nem de discutir os aspectos legais, morais e éticos da prática. O propósito é reunir histórias interessantes, relatos e curiosidades envolvendo o fabuloso mundo dos jack sparrows!
Vou começar, dividindo os "causos" por épocas:
ERA 8 E 16 BITS - "PRIMEIRO CONTATO":
ERA PS1 e PS2 - "A CASA CAIU":
SÉTIMA GERAÇÃO - A REDENÇÃO DE UM PIRATEIRO:
Já adianto que objetivo aqui não é o de estimular o uso desses métodos, nem de discutir os aspectos legais, morais e éticos da prática. O propósito é reunir histórias interessantes, relatos e curiosidades envolvendo o fabuloso mundo dos jack sparrows!
Vou começar, dividindo os "causos" por épocas:
ERA 8 E 16 BITS - "PRIMEIRO CONTATO":
Na época dos 8 e 16 bits, eu assumi a famosa figura do "rato de locadora", porque em casa sequer tínhamos condições de adquirir um console. Portanto, eu não conhecia e nem tinha interesse em saber sobre a pirataria nos games. De fato, fui conhecê-la a fundo depois de ganhar o Super Nintendo e meu pai descobrir que o cartucho que eu mais desejava - o Super Mario All-Stars - custava a bagatela de R$ 80 reais . Ele me deu o jogo, mas procurando alternativas mais baratas, descobriu os camelôs do centrão de BH. Dessa época, guardo vários piratinhas com imenso valor sentimental (e por incrível que pareça, de boa qualidade física), como F-Zero e Mega Man X .
ERA PS1 e PS2 - "A CASA CAIU":
Mas na era do PS1, meus amigos... "a casa caiu". Como só adquiri o console uns anos após o lançamento, arrisco dizer que o meu cinzento velho de guerra JAMAIS teve o prazer de ler uma mídia original (além daquele CDs de demos que acompanhava o console - Interactive, alguém lembra deles?). Qualquer trocado era cuidadosamente economizado para gastar nos camelôs do centrão de BH, e a chegar nas "bancas" era um momento de extrema alegria e satisfação. Todos os vendedores tinham o mesmo esquema: jogos organizados em forma de escadinha em prateleiras, televisão pequena para testar na hora, preço tabelado de R$ 10. Troca em três dias, em caso de defeito. Com o tempo (e a falta de espaço) os jogos iam sendo acondicionados naquelas bolsas/estojos de CDs, geralmente "consultadas" pelos amigos durante visitas de jogatina.
Um dia particularmente interessante foi quando meu pai comprou um gravador de CD lá pra casa (da Creative), quando eles ainda eram extremamente incomuns. Quando eu descobri que eu poderia pegar jogos emprestados dos colegas e tê-los para mim, minha cabeça literalmente explodiu. Foram tubos e tubos de CDs virgens e qualquer tranqueira que me emprestavam era inevitavelmente copiada. Com o tempo, comecei a revender na escola (por R$ 8), e com o dinheiro eu comprava jogos novos nas bancas, para retroalimentar o esquema.
Na época do PS2, a tendência continuou a mesma: até poucos anos atrás, o leitor do negão nunca tinha passado uma mídia original. Era Thunder e Matrix na veia! Com o advento da internet banda larga e dos gravadores de DVD, não precisava nem de empréstimos ou compras - era só baixar e gravar. Teve coisa que gravei e nunca devo ter jogado mais de 10 minutos.
PONTOS NEGATIVOS:
1. Eu terminava poucos jogos. Como a oferta era grande, qualquer coisa mediana era solenemente ignorada depois de meia hora de jogatina.
2. O leitor do PS1 ia estragando com o tempo. Passei a jogar com ele de cabeça pra baixo, abrindo e fechando tampa, com CGs dando "travadinhas"...
Um dia particularmente interessante foi quando meu pai comprou um gravador de CD lá pra casa (da Creative), quando eles ainda eram extremamente incomuns. Quando eu descobri que eu poderia pegar jogos emprestados dos colegas e tê-los para mim, minha cabeça literalmente explodiu. Foram tubos e tubos de CDs virgens e qualquer tranqueira que me emprestavam era inevitavelmente copiada. Com o tempo, comecei a revender na escola (por R$ 8), e com o dinheiro eu comprava jogos novos nas bancas, para retroalimentar o esquema.
Na época do PS2, a tendência continuou a mesma: até poucos anos atrás, o leitor do negão nunca tinha passado uma mídia original. Era Thunder e Matrix na veia! Com o advento da internet banda larga e dos gravadores de DVD, não precisava nem de empréstimos ou compras - era só baixar e gravar. Teve coisa que gravei e nunca devo ter jogado mais de 10 minutos.
PONTOS NEGATIVOS:
1. Eu terminava poucos jogos. Como a oferta era grande, qualquer coisa mediana era solenemente ignorada depois de meia hora de jogatina.
2. O leitor do PS1 ia estragando com o tempo. Passei a jogar com ele de cabeça pra baixo, abrindo e fechando tampa, com CGs dando "travadinhas"...
SÉTIMA GERAÇÃO - A REDENÇÃO DE UM PIRATEIRO:
Nessa altura do campeonato, eu achava que a pirateação era um caminho sem volta. Na sétima geração, peguei um DS com flashcard e, posteriormente, um PSP e um XBOX 360 desbloqueados.
Todavia, nos tempos do 360, comecei a achar uma m**** o trabalhão que a pirataria dava: não podia jogar online, console tinha que estar numa versão X, tinha que baixar a ISO do site sei lá qual, gravar usando a mídia marca "megaplusespecífica" com código XYZ que é melhor e não fode o leitor, usar o aplicativo Isogravador versão 5.41.4.4.5. passar um programa pra evitar de flaguear e banir o console... daí saía um jogo com uma tecnologia nova, precisava atualizar a m**** toda e os tutoriais da internet são pra quem tem tempo, disposição e paciência.
Nessa época, eu gravava trocentos jogos usando essas mutretagens e, por causa da falta de tempo, não finalizava 2. Diferente da época de PS1 e PS2, que eu estava na infância e adolescência e tinha tempo pra jogar muitos, mesmo gravando centenas de milhares de piratinhas.
O "turning point" da minha vida foi quando precisou atualizar o desbloqueio do meu X360. Com uma inocência juvenil, fiz um questionamento na pasta específica aqui do fórum e os manjadores me indicaram um tópico que tinha "tudo sobre desbloqueio". O problema é que o tal tópico tinha 500 páginas, os postadores eram "iniciados" que usavam termos e linguagens das quais eu não entendia bulhufas e ficava tudo bagunçado num mar de informação desestruturada. Nessa época, tinha começado a ganhar um salário razoável, daí perdi a paciência e comprei o PS3 bloqueadinho pra ver como eu me daria com a originalidade. Curti demais poder usar todos os serviços, o online, ter tudo registrado, poder fazer as atualizações. Passei a jogar tudo que comprava ao máximo e descobri coisas ótimas assim! O 360 continuou destravado por um tempinho, porque tive medo de ter uma recaída, mas nenhuma mídia pirata tornou a entrar no branquelo. Uns meses depois, "originalizei" ele fazendo um dos updates oficiais.
Agora, em regra, não uso mais piratas em relação aos consoles "novos": PS4 e 3DS não sabem o que é isso. O PSP ainda é desbloqueado - mais pela emulação do que pelos jogos dele - o que também estou pensando em fazer com o Wii, pela mesma finalidade. Nos antigos, costumo recorrer à pirataria quando necessário, até porque é difícil achar originais com preço justo hoje em dia!
Todavia, nos tempos do 360, comecei a achar uma m**** o trabalhão que a pirataria dava: não podia jogar online, console tinha que estar numa versão X, tinha que baixar a ISO do site sei lá qual, gravar usando a mídia marca "megaplusespecífica" com código XYZ que é melhor e não fode o leitor, usar o aplicativo Isogravador versão 5.41.4.4.5. passar um programa pra evitar de flaguear e banir o console... daí saía um jogo com uma tecnologia nova, precisava atualizar a m**** toda e os tutoriais da internet são pra quem tem tempo, disposição e paciência.
Nessa época, eu gravava trocentos jogos usando essas mutretagens e, por causa da falta de tempo, não finalizava 2. Diferente da época de PS1 e PS2, que eu estava na infância e adolescência e tinha tempo pra jogar muitos, mesmo gravando centenas de milhares de piratinhas.
O "turning point" da minha vida foi quando precisou atualizar o desbloqueio do meu X360. Com uma inocência juvenil, fiz um questionamento na pasta específica aqui do fórum e os manjadores me indicaram um tópico que tinha "tudo sobre desbloqueio". O problema é que o tal tópico tinha 500 páginas, os postadores eram "iniciados" que usavam termos e linguagens das quais eu não entendia bulhufas e ficava tudo bagunçado num mar de informação desestruturada. Nessa época, tinha começado a ganhar um salário razoável, daí perdi a paciência e comprei o PS3 bloqueadinho pra ver como eu me daria com a originalidade. Curti demais poder usar todos os serviços, o online, ter tudo registrado, poder fazer as atualizações. Passei a jogar tudo que comprava ao máximo e descobri coisas ótimas assim! O 360 continuou destravado por um tempinho, porque tive medo de ter uma recaída, mas nenhuma mídia pirata tornou a entrar no branquelo. Uns meses depois, "originalizei" ele fazendo um dos updates oficiais.
Agora, em regra, não uso mais piratas em relação aos consoles "novos": PS4 e 3DS não sabem o que é isso. O PSP ainda é desbloqueado - mais pela emulação do que pelos jogos dele - o que também estou pensando em fazer com o Wii, pela mesma finalidade. Nos antigos, costumo recorrer à pirataria quando necessário, até porque é difícil achar originais com preço justo hoje em dia!
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