Onimusha: Warlords (PC, 2019)
Primeiramente quero falar da versão remaster desse game, pelo que acompanhei em demais discussões, além dos gráficos hd ( o que qualquer emulador faz nativamente hoje em dia) a única mudança de impacto no game é adaptar a gameplay para funcionar nos analógicos, mudando a configuração "tanque" de se movimentar original de fábrica, por isso, acredito que o valor cobrado esta bem acima do que deveria ser, 20 dólares ou na steam sendo convertido 80 mangos, é jogo no máximo para custar 10 doletas ou 50 reais em valor cheio, capcom muy mercenária (e apesar disso, acho que o game vendeu bem na steam pelo número de reviews.)
A série onimusha passou totalmente abaixo do meu radar todos esses anos nessa industria vital que é a de videogames, talvez pq quando criança na era de ps2 todo mundo jogava apenas os "clássicos" do ps2 no brasil, e tmb pelo fato de
resident evil 4 ter matado qualquer jogo anterior de ação com controles tankes ou cenário estático, fora o fato do jogo original ser de 2001, época que ps2 no Brasil era algo para ricaços, a série que voltou a tona com os remasters e anúncio da volta da franquia, pelo meu pequeno conhecimento sobre, era para ser um resident evil clássico com uma pegada de samurais, por isso tanta semelhança, e tecnicamente é um jogo que joga e se parece com eles.
O que me fez gostar do game, e de ser até agora o meu segundo jogo preferido jogado no ano no retrojogo do mês é o fato do game ser divertido e descomplicado em sua gameplay, dar espadadas em demônios, finalizar eles no chão, pequenos combos, quebras de ataque, tudo é funcional e divertido, junto a isso temos um mapa pequeno e fácil de decorar para as indas e vindas que o game pede, puzzles bem acessíveis, uma dificuldade bem tranquila, mas com bosses divertidos e com desafio na medida certa.
Os maiores problemas do game são aqueles que denunciam sua idade, é um jogo de 2001 e com bastante mentalidade de games da era ps1/n64, os pontos de save são mal distribuídos pelo mapa, tendo diversas partes do game descobertas de um checkpoint próximo, esses pontos de save são os mesmos que servem para dar upgrade nas espadas, uma grande tolice, pois deveríamos poder upar em qualquer lugar, alguns lugares precisamos upar nossas espadas para destravar portas e aí temos que voltar todo o mapa para dar upgrade nela em um ponto de save, além disso, aqueles velhos incômodos com a câmera fixa, inimigos te golpeando fora da câmera, virar a esquina do cenário dando de cara com inimigos do nada, e teve uma luta com um boss em cima de um telhado, cada vez que mudava o lado do telhado a câmera invertia de lado, e meu cérebro animalesco não acompanhava a mudança dando um leve delay. Não é nada que estrague o game, mas são problemas factíveis e fácil de enxergar.
Em algumas reviews tem reclamações do tempo de jogo e historia, para mim são dois pontos okay, o tempo de duração é compatível com a estrutura do jogo, para mim foram cerca de 6/7 horas jogadas e fiquei satisfeito, mais enrolação estragaria o game, claro que, se pensarmos que ele custa 80 reais atualmente vai parecer um pouco curto mesmo, mas tirando isso sem reclamações, a história, nada de mais, acho que sustenta o game, o mundo dos demônios contado nos livros é a parte mais interessante, os personagens são meio sem sal, mas acredito que tem um fechamento até que interessante, veremos se as continuações abordam o final dessa história.
Onimusha Warlords foi uma experiência agradável nas suas 7 horas de gameplay, não é uma masterpiece, mas um game ótimo e bem feito, principalmente na era de transição ps1/ps2, onde as empresas ainda deviam estar aprendendo, recomendo a todos que querem jogar um jogo de ação da era ps2. Nota Final 7,7/10