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Robô trans é criada para falar com jovens sobre sexo, gênero e prevenção ao HIV
A "roboa", chamada Amanda Selfie, foi desenvolvida por meio de uma parceria entre a UFMG, a USP e a UFBA. A ideia é falar com jovens entre 15 e 19 anos sobre sexo, prevenção contra DSTs, gênero e orientação sexual
canaltech.com.br
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), criou uma personagem para se aproximar do público jovem e falar de assuntos como gênero, sexualidade e prevenção ao HIV. Trata-se de Amanda Selfie, uma roboa (como ela mesma diz) trans. O objetivo é levar homens gays e mulheres trans ou travestis de 15 a 19 anos a participarem de uma pesquisa de prevenção ao HIV.
A pesquisa consiste, basicamente, na verificação do uso e a eficácia da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) como método preventivo ao vírus. A medicação, que já se encontra disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), atualmente é voltada apenas a maiores de idade. Portanto, a proposta do projeto é que agora a eficácia seja testada entre os jovens, recrutados até o fim do ano. A pesquisa almeja acompanhar um grupo de cerca de 700 jovens.
O projeto se desdobra da seguinte maneira: os jovens participantes vão tomar o medicamento diariamente, durante o período de dois anos. Antes disso, no entanto, acontecem rodas de conversas com especialistas, além de testes frequentes de HIV.
A Faculdade de Medicina da UFMG aponta que o público-alvo da pesquisa não frequenta os serviços de saúde por não se sentir bem acolhido, e isso acaba potencializando o risco de infecção. O papel da Amanda Selfie frente a tudo isso é interagir com os jovens através das redes sociais da pesquisa e tirar dúvidas sobre sexo, prevenção contra as infecções sexualmente transmissíveis (IST), cultura LGBTQI+, gênero e orientação sexual. Uma das maiores características da personagem é o uso de gírias em pajubá (dialeto de origem iorubá usado pela comunidade LGBTQI+).
Vale ressaltar que a indicação do medicamento é feita somente pelos médicos nas unidades de saúde. Critérios como o número de parceiros sexuais, episódios repetidos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e utilização de outros métodos preventivos também são levados em conta.
Fonte: G1