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O jornalismo gamer e a militância política: Hades 2 e a diversidade de corpos

Alberon

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Você acompanhou o caso do ComicGate? Ou melhor, está acompanhando a falta de notícias sobre ele?

Resumidamente, um escritor conservador se quadrinhos decidiu escrever uma estória em quadrinhos "conservadora" (mas só no sentido de não ser SJW, até onde li, estórias de heróis bons e vilaos mais, etc) e apresentou o projeto pra Marvel "Sacumé, vamos testar pra ver se tem público" e eles recusaram.

Até aí, nada de mais.

Só que os editores da Marvel entraram em contato com editores de outras empresas (até concorrentes) pra ninguém dar a chance pro fascista do cara.

Percebe que não é fácil ser corajoso na indústria se os covardes se unem contra você?

"Ah, mas ele poderia publicar de forma independente"...

Ele viu que ninguém queria (obviamente sem saber da trairagem) e tentou publicar de forma independente.

A turma das grandes editoras chegou na empresa que ia distribuir e fez questão de falar pra eles "Olha, vocês distribuem nossos quadrinhos e ganham com isso, se distribuírem os quadrinhos do cara, podemos rever nossa parceria e sabemos quem sairia perdendo" e, o cara não conseguiu publicar sua HQ.

Percebe que não basta ser corajoso? E que não basta tentar lutar sozinho contra covardes poderosos?

"Ah, mas ele poderia publicar via kickstarter e tal".

Nem sei se a revista saiu. Uma hora, alguém chegou pro cara e disse: "Olha, é isso que está acontecendo, esses figurões da indústria dos quadrinhos estão contra você - não importa se vc não fez nada de errado, eles não querem suas ideias sendo propagadas - e olha o monte de emails e de nomes aqui, você não vai conseguir publicar nada e mesmo que publique, ninguém vai distribuir".

Enfim, de repente pra um cara de 20 anos, com pai e mãe bancando, dá pra você ir contra os poderosos (e é engraçado perceber que hoje, os que são poderosos eram os que lutavam contra eles) e até fazer nome.

Mas se você trabalha na indústria e tem família pra sustentar, é totalmente injusto alguém te cobrar que lute contra o sistema da forma como vc acha que deve ser feito.

E, infelizmente, a maioria dos caras de 20 anos que é sustentada pelos pais, justamente tá defendendo essa aporrinha ao SJW.




Ou simplesmente não existe demanda para as histórias desse escritor "conservador".
Ou o pessoal realmente prefere o chorume o progressista.
Eu não acredito nesse "monopólio".
Se uma editora ver que uma história é boa e poderia ser lucrativa, visse a oportunidade de lucrar sozinha com tal história, dúvido que essa editora se dobrasse a chantagem dos "figurōes".
Lembro que locadoras de vídeo games as vezes se organizavam pra fixar um preço, mas sempre tinham algumas que nunca obedeciam o tratado e colocaram a hora do PS2 mais barato.
Voltando, fosse assim, até os mangás e animações japonesas estariam no mesmo barco dos ocidentais.
Pode ser mais difícil sim, mas daria pra liberar alguma coisa. Nem que se fosse um teste, sei lá, uma histórinha grátis para a internet, pra ver se existe uma demanda realmente.

Sobre sustentar a família, cada faz suas escolhas.
Se o cara achou que nesse ramo, que está em decadência no ocidente (e não por culpa da internet) daria para manter mulher e filhos, acredito que ele não fez uma boa avaliação.
Se ele sumiu, pode ser que nem nesse ramo ele esteja mais.

E o Kamiya contínua pouco se lixando para os vermes progressistas.


 

Lost Brother

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Hipocrisia pura pq tem bolha social de direita no exercito, empresariado em geral, religiao, cartorios, foruns de internet, comunidade nerd...

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Uzumaki.Luffy

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Resumidamente, um escritor conservador se quadrinhos decidiu escrever uma estória em quadrinhos "conservadora" (mas só no sentido de não ser SJW, até onde li, estórias de heróis bons e vilaos mais, etc) e apresentou o projeto pra Marvel "Sacumé, vamos testar pra ver se tem público" e eles recusaram.

Até aí, nada de mais.

Só que os editores da Marvel entraram em contato com editores de outras empresas (até concorrentes) pra ninguém dar a chance pro fascista do cara.

Percebe que não é fácil ser corajoso na indústria se os covardes se unem contra você?

"Ah, mas ele poderia publicar de forma independente"...

Ele viu que ninguém queria (obviamente sem saber da trairagem) e tentou publicar de forma independente.

A turma das grandes editoras chegou na empresa que ia distribuir e fez questão de falar pra eles "Olha, vocês distribuem nossos quadrinhos e ganham com isso, se distribuírem os quadrinhos do cara, podemos rever nossa parceria e sabemos quem sairia perdendo" e, o cara não conseguiu publicar sua HQ.

Percebe que não basta ser corajoso? E que não basta tentar lutar sozinho contra covardes poderosos?

"Ah, mas ele poderia publicar via kickstarter e tal".

Nem sei se a revista saiu. Uma hora, alguém chegou pro cara e disse: "Olha, é isso que está acontecendo, esses figurões da indústria dos quadrinhos estão contra você - não importa se vc não fez nada de errado, eles não querem suas ideias sendo propagadas - e olha o monte de emails e de nomes aqui, você não vai conseguir publicar nada e mesmo que publique, ninguém vai distribuir".

Enfim, de repente pra um cara de 20 anos, com pai e mãe bancando, dá pra você ir contra os poderosos (e é engraçado perceber que hoje, os que são poderosos eram os que lutavam contra eles) e até fazer nome.

Mas se você trabalha na indústria e tem família pra sustentar, é totalmente injusto alguém te cobrar que lute contra o sistema da forma como vc acha que deve ser feito.

E, infelizmente, a maioria dos caras de 20 anos que é sustentada pelos pais, justamente tá defendendo essa aporrinha ao SJW.
É por causa de absurdos como esse que eu acho que a Marvel, a DC e qualquer outra grande editora envolvida com SJW tem mais é que se fuder, e muito.

Sinceramente, eu acho que todo nerd, gamer, otaku e etc, deveria boicotar esse lixo.É uma pena que nem todos são conscientes.Quem é realmente fã de super heróis e quadrinhos em geral, vai ter que apelar para o meio underground ou o retro.
 

Ivo Maropo

Bam-bam-bam
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Tanto o tradicional modelo de representação política expirou, quanto "a solução é o autoritarismo!" também é igualmente falha. É preciso que alguém proponha um novo modelo democrático, e não usar isso como desculpa para fechar o Supremo e o Congresso. O atual modelo político-econômico não é forte o suficiente para lidar com os problemas do século XXI. É simples assim.

A insatisfação é pública e notória. E ela continuará indefinidamente, até que as próprias coordenadas do jogo político sejam modificadas. Enquanto o dinheiro for o corruptor de absolutamente tudo, nada mudará. O PT afundou em corrupção, e o governo Bolsonaro governa para os ricos a expensas da população. Nenhum dos dois é sustentável por muito tempo.

É preciso ousar mudar, mas sem repetir as catástrofes do século passado. Precisamos de algo genuinamente novo, que não lhe para trás, para o que já expirou, falhou e faliu seguidas vezes (como o socialismo de Estado). Mas alguém precisa propor um modelo que melhor se adeque às novas tendências do capitalismo, que cada vez mais tende ao "comunismo" (mas sem ser comunista).
 
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rodrigosouzalopes1994

Bam-bam-bam
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O problema é que em meados de 1990 a 2010, quando os jogos começaram a entrar num âmbito mais político e sério, nunca foi imposto um determinado lado nos games. Nunca foi feito um jogo para atacar minorias, nem mesmo a ideologia comunista, já que nos primeiros Cod's, você controlava soldados soviéticos. O padrão seguido por estes estavam nas referências dos anos 80, com protagonistas homens bad ass e até mesmos as mulheres, eram bem construídas e totalmente apolíticas (Jill, Lara Croft, Claire, Manu de Medal of Honor). Agora, tudo é uma bandeira TOTALMENTE descarada ao favor do progressimo. Wolf New Colossus e Young Blood, Gears 5, etc...

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Kyarlada

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o que a jireta militante chama de "lacrar", é nada além de um processo natural do capitalismo informacional, onde a informação sobrepõe a verdade, o que importa é a perspectiva daquele que tem o poder de transmitir a opinião e a informação.
Mas alguém precisa propor um modelo que melhor se adeque às novas tendências do capitalismo, que cada vez mais tende ao "comunismo" (mas sem ser comunista).
excesso de comunismo seria utópico?
 


Uzumaki.Luffy

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o que a jireta militante chama de "lacrar", é nada além de um processo natural do capitalismo informacional, onde a informação sobrepõe a verdade, o que importa é a perspectiva daquele que tem o poder de transmitir a opinião e a informação.

excesso de comunismo seria utópico?
Não, o que a direita/conservadores chamam de lacrar, é o ativismo chato e forçado que a "isquerda" progressista fica enfiando goela abaixo de todo mundo.
 

Kyarlada

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@Axel_DM
as narrativas paranoides que a isquerda enfia goela abaixo desde "local de fala" até "racismo reverso" nada se diferem das narrativas da jireita desde "dominação comunista" até "islamização" entre outros.

capitalismo informacional é isso aí, gente usando da informação pra propagar suas próprias ideologias. desde filmes, músicas até livros. Sejam de isquerda ou jireta. O problema é que quem está inserido nestes grupos só consegue enxergar a desinformação do lado oposto. Qual a diferença de um esquerdista militante que chama todo mundo de fascista, nazista e um direitista bitolado que chama todo mundo de comunista, petista? Não vejo alguma.
 

Uzumaki.Luffy

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@Axel_DM
as narrativas paranoides que a isquerda enfia goela abaixo desde "local de fala" até "racismo reverso" nada se diferem das narrativas da jireita desde "dominação comunista" até "islamização" entre outros.

capitalismo informacional é isso aí, gente usando da informação pra propagar suas próprias ideologias. desde filmes, músicas até livros. Sejam de isquerda ou jireta. O problema é que quem está inserido nestes grupos só consegue enxergar a desinformação do lado oposto. Qual a diferença de um esquerdista militante que chama todo mundo de fascista, nazista e um direitista bitolado que chama todo mundo de comunista, petista? Não vejo alguma.
Eu até concordo com a parte em negrito, mas discordo de todo o resto.

Você fala de capitalismo informacional e propagar ideologias, mas é fato que a isquerda é muito maior que a "jireita", quando o assunto é militância através dos meios de entretenimento e comunicação.
 

Kyarlada

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então me diga, qual a diferença da lacração da isquerda pra lacração dos terraplanistas? do pessoal que acredita em islamização? que acredita em dominação judia? em dominação comunista? em illuminati?

nenhuma. Eles apenas tentam difundir sua ideologia, é a guerra da informação, uma característica do capitalismo informacional.Se tu volta pro SEC XIX ainda naquela época assuntos deste cunho eram majoritariamente discutidos em grupos esotéricos de intelectuais.

se vc acha que o fato da lacração da isquerda ser maior que a da jireta torna a da jireta menos abjeta, então vc não pode reclamar quando um esquerdista por exemplo, negar o racismo com brancos porque o racismo com negros é maior. Ou dizer que é menos importante por causa disso. Ambos argumentos se baseiam nos mesmos preceitos.
 

Ivo Maropo

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o que a jireta militante chama de "lacrar", é nada além de um processo natural do capitalismo informacional, onde a informação sobrepõe a verdade, o que importa é a perspectiva daquele que tem o poder de transmitir a opinião e a informação.

excesso de comunismo seria utópico?
O interessante é que temos várias tendências que parecem sinalizar para um possível "pós-capitalismo", mas que ainda assim poderá ser reprivatizado.

Algo como o Netflix já decididamente funciona nesta direção: muito embora a "gratuidade" do compartilhamento online nos seja predominante, o serviço Netflix habilmente consegue nos convencer à comodidade do streaming, onde as coisas não nos pertencem, mas apenas nos são alugadas pelo tempo em que ainda somos assinantes do serviço.

Mas o fato de que multibilionários corporativos (como Mark Zuckerberg) cada vez mais falem, hoje, como socialistas deveria nos preocupar, sim. Eles já perceberam uma radical mudança das coisas em curso.
 

Uzumaki.Luffy

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então me diga, qual a diferença da lacração da isquerda pra lacração dos terraplanistas? do pessoal que acredita em islamização? que acredita em dominação judia? em dominação comunista? em illuminati?

nenhuma. Eles apenas tentam difundir sua ideologia, é a guerra da informação, uma característica do capitalismo informacional.Se tu volta pro SEC XIX ainda naquela época assuntos deste cunho eram majoritariamente discutidos em grupos esotéricos de intelectuais.

se vc acha que o fato da lacração da isquerda ser maior que a da jireta torna a da jireta menos abjeta, então vc não pode reclamar quando um esquerdista por exemplo, negar o racismo com brancos porque o racismo com negros é maior. Ou dizer que é menos importante por causa disso. Ambos argumentos se baseiam nos mesmos preceitos.
Quanto filmes, hqs, e jogos com militância direitista existem atualmente? Nenhum.

Cara, o meu argumento é com base em fatos.Se você não concorda, paciência, é um direito seu, mas é fato, quer você goste ou não, que a militância de esquerda controla os meios de entretenimento.

Sobre a trecho em negrito, a militância de direita é restrita aos fóruns e chans da vida, bem diferente da de esquerda, que apela até para desenhos infantis, por isso, eu acho que ela é sim menos pior.E sim, eu vou continuar reclamando quando um esquerdista negar a existência de racismo vinda de outros grupos étnicos que não sejam os brancos.
 

Kyarlada

Bam-bam-bam
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@Ivo Maropo
é uma visão transcendentalista... aceleracionismo? transhumanismo? :kpensa

@Axel_DM
pra mim esse papo de dominação isquerdista lacração etc... nada se difere da isquerda q pega atentados antissemitas e racistas pra corroborar a narrativa da ascensão do nazismo. Mesmo simplismo ideológico de sempre.
 

sux

soteropolitano
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Apanha aí o Greedfall comendo pela beirada
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Uzumaki.Luffy

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pra mim esse papo de dominação isquerdista lacração etc... nada se difere da isquerda q pega atentados antissemitas e racistas pra corroborar a narrativa da ascensão do nazismo. Mesmo simplismo ideológico de sempre.
É sério que você acha mesmo que a opinião de gente que posta em fóruns e chans é tão nociva quanto a militância/engenharia social que fazem em um desenho infantil, por exemplo?

Eu só vou dar razão para o que você diz no dia que a direita for tão covarde e inescrupulosa como a esquerda na hora de fazer militância.
 

Darkx1

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O cenário de hoje é apenas reflexo do que a industria passou durante esses anos.

Lembro bem quando a Jade Raymond tava em evidencia e tinha que ver coisas como isso aqui.
jaderaymond.jpg
 

Kyarlada

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@Axel_DM
o problema é que essa "isquerda" aí é nada além de um espantalho no qual a jireta vive batendo incessavelmente para corroborar sua perspectiva ideológica da realidade. da mesma forma que a "jireta fascista" é o espantalho da isquerda. Tipo dominação comunista, venezualização, é a promoção através do medo: "dólar vai ficar 10 reais", "brasil vai virar venezuela", "gays vao dominar tudo".

é inegável que os esquerdistas estão por trás de muitas dessas lacrações. Mas a coisa começa a tornar-se complexa quando por exemplo, a DC lança um filme com protagonistas feministas e é taxada como "lacração esquerdista". Nem tudo é lacração esquerdista, assim como nem tudo é militância direitista. Esse simplismo ideológico não é saudável e ser conivente com ele só aumenta a sandice.

Se vc discorda de mim, é direito seu, respeito sua opinião. Mesmo pq eu já tive uma opinião bem próxima da sua, logo consigo compreender a sua perspectiva da coisa.
 

Uzumaki.Luffy

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@Axel_DM
o problema é que essa "isquerda" aí é nada além de um espantalho no qual a jireta vive batendo incessavelmente para corroborar sua perspectiva ideológica da realidade. da mesma forma que a "jireta fascista" é o espantalho da isquerda. Tipo dominação comunista, venezualização, é a promoção através do medo: "dólar vai ficar 10 reais", "brasil vai virar venezuela", "gays vao dominar tudo".

é inegável que os esquerdistas estão por trás de muitas dessas lacrações. Mas a coisa começa a tornar-se complexa quando por exemplo, a DC lança um filme com protagonistas feministas e é taxada como "lacração esquerdista". Nem tudo é lacração esquerdista, assim como nem tudo é militância direitista. Esse simplismo ideológico não é saudável e ser conivente com ele só aumenta a sandice.

Se vc discorda de mim, é direito seu, respeito sua opinião. Mesmo pq eu já tive uma opinião bem próxima da sua, logo consigo compreender a sua perspectiva da coisa.
Olha cara, eu detesto essa guerra de espantalhos da esquerda e da direita.As vezes, eu sinto saudade da época que os meios de entretenimento ficavam de fora dessa loucura.É foda ter que aguentar esse ativismo chato na hora do lazer.

As pessoas jogam videogame, leem hqs e etc justamente para fugir um pouco da realidade e do stress, e não para se conscientizar com problemas sociais e etc.O que os SJW fazem não tem perdão.

Ps: Mas se é feminista, automaticamente é esquerdista.:klolz

Feminista que não é de esquerda ficou no século passado(infelizmente).
 

johnwolque

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Eu me considero com perfil mais a direita,se é pra ter um estado ,que seja se metendo o mínimo na minha vida e roubando o mínimo possível em impostos

Por isso que me oponho a esquerda porque amam o estado

Mas uma coisa que eu acho chato por parte dos consevadores é fazer uma cruzada contra os games dizendo que são violentos,que influenciam as crianças etc ,essa narrativa tambem é comprada pela mídia,que como sabemos é majoritariamente progressista
 

Ivo Maropo

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pra mim esse papo de dominação isquerdista lacração etc... nada se difere da isquerda q pega atentados antissemitas e racistas pra corroborar a narrativa da ascensão do nazismo. Mesmo simplismo ideológico de sempre.
A quê você se refere na sua pergunta como potencialmente aceleracionista, etc? A uma potencial tendência intrínseca ao capitalismo, em seu atual estágio de desenvolvimento, ao "comunismo" (ou à comunalidade)? Caso sim, talvez.

Até onde eu sei, aceleracionismo diz respeito a uma aceleração ainda maior da modernidade/lógica do capitalismo até as suas últimas consequências, onde um dos interesses políticos intrínsecos seria o de fazer emergir o comunismo das próprias entranhas ou contradições internas do capitalismo - e não de uma ameaça externa comunista via revolução, mas via interna, presente já na própria lógica de reprodução e desenvolvimento do sistema em si.

E é aqui onde a tragicomédia política explode, pois a direita tende sempre a colocar a culpa numa mácula/corrupção externa ao sistema, individualizando a culpa numa abordagem racional-legal, ao passo que a esquerda tenderá a colocar a culpa da refutação do sistema capitalista no próprio natural desenvolvimento das contraditórias lógicas deste sistema.
 

ChaosRaptor

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Eu me considero com perfil mais a direita,se é pra ter um estado ,que seja se metendo o mínimo na minha vida e roubando o mínimo possível em impostos

Por isso que me oponho a esquerda porque amam o estado

Mas uma coisa que eu acho chato por parte dos consevadores é fazer uma cruzada contra os games dizendo que são violentos, que influenciam as crianças etc ,essa narrativa tambem é comprada pela mídia,que como sabemos é majoritariamente progressista
FATO: nao são conservadores e sim ex juvenis que ainda são progressistas loucos e MAMAES Piranhas de futebol, vulgo soccer moms, que acham que sabem 100% sobre a educação do filho, quando este ja é um vagabundo revoltado devido a pessima criação dessas pessoas, pois essas deixam o filho roubar doçe de supermercado desde pequeno so para passar a mão na cabeça depois para não punir ele.

outra que essa turminha antes de virar mãe, se agarrava com todo o macho da escola e da faculdade antes de cometer um deslize com o primeiro idiota que ela casou a força.
Essa turminha deu luz aos millenials pés no saco e vagabundos que assolam a indústria hoje em dia.

esperem o choro nuclear por conta do doom eternal, FF7Remake e o RE3R, pois ja faz um tempo que essa turma surta por conta desses 3 jogos.

FATO2: essa mesma turminha esta chorando por conta do CoH2 e o Command and conquer ultimamente por conta dos sovieticos.
 
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Ivo Maropo

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Eu me considero com perfil mais a direita,se é pra ter um estado ,que seja se metendo o mínimo na minha vida e roubando o mínimo possível em impostos

Por isso que me oponho a esquerda porque amam o estado

Mas uma coisa que eu acho chato por parte dos consevadores é fazer uma cruzada contra os games dizendo que são violentos,que influenciam as crianças etc ,essa narrativa tambem é comprada pela mídia,que como sabemos é majoritariamente progressista
A esquerda não ama o Estado. O Estado é obviamente repleto de vícios abjetos, de corrupção e de ineficiência. Mas pior erro ainda do que a crença na necessidade permanente do Estado, é a crença na sua não-necessidade (ou apenas mínima relevância). O anarquismo não funciona, assim como é falho e problemático o anarco-capitalismo, ou mesmo o anarco-sindicalismo. Jamais houve uma reunião anárquica de indivíduos na história de fato duradoura e que funcionasse como se prega na teoria. Há sempre um enorme "porém". Sempre.

Sem falar que mesmo os países ditos liberais (como os Estados Unidos) são todos intensamente intervencionistas. É apenas que a esquerda tende mais a um "esperançoso pessimismo" onde o ser humano tende ao egoísmo e precisa de uma intervenção externa burocratizada para regulá-lo. O problema, é claro, é como fazer este burocrático Estado intervencionista mais eficiente e menos corrupto.

Não há solução humana sem problemas. Ponto. O mundo é (e sempre foi) uma m****. A questão deveria residir em apenas um ponto fundamental: o que se quer da vida? O que se concebe como sendo absolutamente fundamental à existência humana? Seria uma vida minimamente segura, feliz, livre, produtiva e confortável? Caso sim, devemos perseguir a solução menos ruim da história.

Neste caso, eu vou arriscar que o modelo foi o social-democrático da Suécia (bem como o da Escandinávia em geral) dos anos 60 e pelas décadas subsequentes em que ela se manteve. JAMAIS houve época na história da huumanidade com maior combinação entre segurança, liberdade, produtividade, felicidade e conforto do que neste período histórico (e ele foi de esquerda).
 

Kyarlada

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@Ivo Maropo
esquerda mais estado e direita menos estado é uma falácia anistórica criada pela jireita moderna.

o anarquismo é mais uma filosofia transcendentalista do que uma concepção política, numa sociedade cuja ética é baseada em princípios capitalistas, evidentemente uma sociedade que transcende tais princípios não pode existir.
 

Ivo Maropo

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@Ivo Maropo
esquerda mais estado e direita menos estado é uma falácia anistórica criada pela jireita moderna.

o anarquismo é mais uma filosofia transcendentalista do que uma concepção política, numa sociedade cuja ética é baseada em princípios capitalistas, evidentemente uma sociedade que transcende tais princípios não pode existir.
Eu vejo com reservas este ponto de vista. Eu o vejo com a mesma reserva crítica com que eu vejo a tese de Ayn Rand de que "nós jamais fomos propriamente liberais" e por isso não podemos julgar a sua eficiência com propriedade. Eu tenho a mesma crítica pelo anarquismo.

É muito fácil puxar a carta do "a ideia é boa, ela apenas ainda não pôde ser implementada como deveria". Eu não acredito num largo agrupamento espontâneo de indivíduos vivendo uma vida razoavelmente feliz, autônoma/livre e segura sem Estado. Sou um pessimista.
 

Goris

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Bom, algo meio off-topic.

Acabo de baixar e ler a HQ Strange Adventures, da DC, estrelada (nesta primeira edição) pelo herói Adam Strange.

Strange Adventures

strangeadventures.jpg


A estória acontece em dois momentos, o presente e o passado.

Inicialmente vemos o herói, Adam Strange, vendendo seus livros de memória no presente. O livro conta parte de suas aventuras em Rann. É bem interessante essa pegada. É como se Batman ou Superman fossem heróis reais e eles (ok, o morcegão não) tivessem que pagar contas e fizessem aqueles encontros de autógrafos pros leitores. Adam tenta ser simpático, é um tiozão nos seus 40-50, mas é aquele ritual de sempre, alguém chega com o livro pra ele autografar, fala algo de como o livro o marcou e vai embora. E é engraçado pensar que é assim mesmo, tem a pessoa que leu e amou, a pessoa que leu e quer seu autógrafo, a pessoa que leu e tá lá só pra contestar que nada daquilo pode ter acontecido e, finalmente, surge um cara falando "Você matou os vilões na guerra de conquista que eles tavam fazendo, você é um criminoso de guerra, não um herói".

O segundo momento é o passado, mostrando a invasão de guerreiros ao planeta Rann... Estamos falando de um exército de invasão, não um time de vilões. Até que o impensável acontece e Rann é conquistada. É a parte mais interessante pro fã normal de quadrinhos por ter mais ação e tal.

No geral, curti o gibi. Na verdade, o gibi em si é bem legal pra quem é fã do personagem (e eu sou um dos 17 fãs que ele tem no Brasil). Adam Strange tem uma pegada diferente dos heróis comuns. Ele é um homem comum, ou apenas ligeiramente acima da média, que calhou de ser transportado para um planeta distante (sua sina/poder é que ele vive entre a Terra e Rann, nunca ficando tempo suficiente em nenhum dos dois e, na verdade, sentindo sua estada na Terra mais como a parte chata de sua vida) cujo povo, ainda que extremamente avançado cientificamente, se tornou tão fraco e decadente por máquinas fazerem todos os seus serviços, que se tornaram incapazes de se auto-defenderem e que calhou a Strange pegar armas de laser, um traje de combate (bem ao estilo Inglaterra anos 1800) e salvar todo o povo de todo tipo de ameaças, desde rannianos que decidiram mexer com o ocultismo em busca de novos segredos a desvendar (sempre dando m****), resquícios de erros do passado de Rann (ciborgues desativados há séculos, descendentes de povos escravizados mil anos antes, robôs querendo tomar o poder e corrigir o planeta e, claro, aliens querendo uma conquista fácil).

Strange então é um daqueles heróis na pegada de Flash Gordon, Buck Rogers e Perry Rhodan, que luta por um mundo melhor, tem aquele sorriso de superioridade que muita gente odeia, dá a mão para o vilão que está prestes a cair do precipício dando a ele a chance de se render e sobreviver... Até mesmo consigo enxergar muito dele (ao menos na personalidade) do He-Man raiz dos anos 80 (que muita gente acha xarope). Eu diria que, em termos de desenho, o Space Ghost dos anos 70 era o mais proximo a ele, e isso que Space Ghost é bem violento pros dias de hoje.

E esse é o maior mal do herói. Ele é um herói de um tempo passado, que mesmo tendo excelentes histórias aqui e ali (curto muito Mistério no Espaço, dos anos 00) nunca se encaixa no restante do universo, a menos que apareça como coadjuvante em outras histórias, onde ou é totalmente apagado ou acaba tomando a dianteira e meio que ofuscando os heróis (afinal, imaginem Batman em Rann, o cara pode ser o maior detetiva da Terra, mas em Rann, é Strange quem sabe de tudo)...

Feito meu textão obrigatório e minha sincera homenagem a um de meus super-heróis favoritos da DC, vem a crítica:

Toda a HQ é escrita naquele senso de releitura. Adam é apresentado como um herói condecorado (por serviços à Terra, à Rann e aos EUA) que se aposenta e, ao escrever suas memórias (memórias de uma pessoa que teve que lutar e matar para sobreviver e defender seu "país") é logo caçado pelos SJWs como assassino de pobres árabes, de pobres iranianos, xenófobo e o escambau. Não, a pegada não está nesta primeira edição, nesta ele é o herói (até quase o final da edição, mas aí é spoiler) mas você sente claramente que a pegada é essa, o soldado que retornou do VietnãAfeganistão e, ao invés de ser tratado como herói (ou sobrevivente) é tratado como peão malvado das forças capitalistas contra os pobres islâmicos da religião da paz, como um joguete de milionários capitalistas.

Bom, quando se dá um herói um super-herói) conservador nas mãos de Social Justice Warriors, dá pra se ter medo. Eu estou vendo de longe a versão dele terminando como o bandido da história e os invasores aliens como vítimas. Se, daqui 4 meses, a estória terminar diferente disso, vou admitir que ainda tem jeito a indústria dos quadrinhos nos EUA.
 

Kyarlada

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@Ivo Maropo
mas quando vc por exemplo, lê Nietzsche e o ubermensch, vc não liga se é algo factível, funcional ou que um dia existirá, pois é uma filosofia transcendental. Enxergo o anarquismo do mesmo jeito.
 

Ivo Maropo

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@Ivo Maropo
mas quando vc por exemplo, lê Nietzsche e o ubermensch, vc não liga se é algo factível, funcional ou que um dia existirá, pois é uma filosofia transcendental. Enxergo o anarquismo do mesmo jeito.
Entendo. Você vê "anarquismo" como um "X", uma espécie de placeholder cuja hora ainda não chegou. Algo parecido talvez também possa ser dito do comunismo de Badiou como uma "hipótese" que necessariamente se sustenta indefinidamente.

Mas eu tenho as minhas dúvidas. Há sempre o problema da "ideia em si" versus a sua concreta (e falha) implementação nas condições histórico-objetivas a priori dadas pela nossa sociedade. Mas a minha tendência é a de culpar a própria ideia em si pela sua frequente implementação errônea.

Mas, sim, talvez ainda possamos deixar o anarquismo como um placeholder do (e de) futuro à la Übermensch nietzschiano (embora eu ainda desconfie de que as duas coisas não habitem a mesma esfera ontológica, e assim não sejam correspondentes nas suas pretensões "utópicas").
 

Uzumaki.Luffy

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Eu me considero com perfil mais a direita,se é pra ter um estado ,que seja se metendo o mínimo na minha vida e roubando o mínimo possível em impostos

Por isso que me oponho a esquerda porque amam o estado

Mas uma coisa que eu acho chato por parte dos consevadores é fazer uma cruzada contra os games dizendo que são violentos,que influenciam as crianças etc ,essa narrativa tambem é comprada pela mídia,que como sabemos é majoritariamente progressista
Verdade.Eu mesmo me considero conservador, mas repudio esse exagero.O conservadorismo exagerado é tão nocivo quanto o progressismo.

Na minha opinião, um meio termo entre conservadorismo e liberalismo é o ideal.
 

ChaosRaptor

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Bom, algo meio off-topic.

Acabo de baixar e ler a HQ Strange Adventures, da DC, estrelada (nesta primeira edição) pelo herói Adam Strange.

Strange Adventures

strangeadventures.jpg


A estória acontece em dois momentos, o presente e o passado.

Inicialmente vemos o herói, Adam Strange, vendendo seus livros de memória no presente. O livro conta parte de suas aventuras em Rann. É bem interessante essa pegada. É como se Batman ou Superman fossem heróis reais e eles (ok, o morcegão não) tivessem que pagar contas e fizessem aqueles encontros de autógrafos pros leitores. Adam tenta ser simpático, é um tiozão nos seus 40-50, mas é aquele ritual de sempre, alguém chega com o livro pra ele autografar, fala algo de como o livro o marcou e vai embora. E é engraçado pensar que é assim mesmo, tem a pessoa que leu e amou, a pessoa que leu e quer seu autógrafo, a pessoa que leu e tá lá só pra contestar que nada daquilo pode ter acontecido e, finalmente, surge um cara falando "Você matou os vilões na guerra de conquista que eles tavam fazendo, você é um criminoso de guerra, não um herói".

O segundo momento é o passado, mostrando a invasão de guerreiros ao planeta Rann... Estamos falando de um exército de invasão, não um time de vilões. Até que o impensável acontece e Rann é conquistada. É a parte mais interessante pro fã normal de quadrinhos por ter mais ação e tal.

No geral, curti o gibi. Na verdade, o gibi em si é bem legal pra quem é fã do personagem (e eu sou um dos 17 fãs que ele tem no Brasil). Adam Strange tem uma pegada diferente dos heróis comuns. Ele é um homem comum, ou apenas ligeiramente acima da média, que calhou de ser transportado para um planeta distante (sua sina/poder é que ele vive entre a Terra e Rann, nunca ficando tempo suficiente em nenhum dos dois e, na verdade, sentindo sua estada na Terra mais como a parte chata de sua vida) cujo povo, ainda que extremamente avançado cientificamente, se tornou tão fraco e decadente por máquinas fazerem todos os seus serviços, que se tornaram incapazes de se auto-defenderem e que calhou a Strange pegar armas de laser, um traje de combate (bem ao estilo Inglaterra anos 1800) e salvar todo o povo de todo tipo de ameaças, desde rannianos que decidiram mexer com o ocultismo em busca de novos segredos a desvendar (sempre dando m****), resquícios de erros do passado de Rann (ciborgues desativados há séculos, descendentes de povos escravizados mil anos antes, robôs querendo tomar o poder e corrigir o planeta e, claro, aliens querendo uma conquista fácil).

Strange então é um daqueles heróis na pegada de Flash Gordon, Buck Rogers e Perry Rhodan, que luta por um mundo melhor, tem aquele sorriso de superioridade que muita gente odeia, dá a mão para o vilão que está prestes a cair do precipício dando a ele a chance de se render e sobreviver... Até mesmo consigo enxergar muito dele (ao menos na personalidade) do He-Man raiz dos anos 80 (que muita gente acha xarope). Eu diria que, em termos de desenho, o Space Ghost dos anos 70 era o mais proximo a ele, e isso que Space Ghost é bem violento pros dias de hoje.

E esse é o maior mal do herói. Ele é um herói de um tempo passado, que mesmo tendo excelentes histórias aqui e ali (curto muito Mistério no Espaço, dos anos 00) nunca se encaixa no restante do universo, a menos que apareça como coadjuvante em outras histórias, onde ou é totalmente apagado ou acaba tomando a dianteira e meio que ofuscando os heróis (afinal, imaginem Batman em Rann, o cara pode ser o maior detetiva da Terra, mas em Rann, é Strange quem sabe de tudo)...

Feito meu textão obrigatório e minha sincera homenagem a um de meus super-heróis favoritos da DC, vem a crítica:

Toda a HQ é escrita naquele senso de releitura. Adam é apresentado como um herói condecorado (por serviços à Terra, à Rann e aos EUA) que se aposenta e, ao escrever suas memórias (memórias de uma pessoa que teve que lutar e matar para sobreviver e defender seu "país") é logo caçado pelos SJWs como assassino de pobres árabes, de pobres iranianos, xenófobo e o escambau. Não, a pegada não está nesta primeira edição, nesta ele é o herói (até quase o final da edição, mas aí é spoiler) mas você sente claramente que a pegada é essa, o soldado que retornou do VietnãAfeganistão e, ao invés de ser tratado como herói (ou sobrevivente) é tratado como peão malvado das forças capitalistas contra os pobres islâmicos da religião da paz, como um joguete de milionários capitalistas.

Bom, quando se dá um herói um super-herói) conservador nas mãos de Social Justice Warriors, dá pra se ter medo. Eu estou vendo de longe a versão dele terminando como o bandido da história e os invasores aliens como vítimas. Se, daqui 4 meses, a estória terminar diferente disso, vou admitir que ainda tem jeito a indústria dos quadrinhos nos EUA.

Escrito pelo TOM "Cara eu trabalhei pra cia, PTSD" King e o pedofilio do Bendis.
O bom é que a industria dos quadrinhos esta morrendo e rapido nos EUA, tanto que a lacroesfera começou a cruzada contra os mangas nas redes sociais.
 

Kyarlada

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@Ivo Maropo
vc está certo, nao possuem a mesma natureza ontológica de forma estrita, mas em sua natureza epistêmica sim.

não sou anarquista, não entenda mal. Apenas não gosto dessa perspectiva realista e objetivista de que não funciona. Ela exprime muito empirismo, materialismo e dogmatismo, esquecendo a natureza ampla da filosofia que se estende além dessas concepções da realidade.
 

Ivo Maropo

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@Ivo Maropo
vc está certo, nao possuem a mesma natureza ontológica de forma estrita, mas em sua natureza epistêmica sim.

não sou anarquista, não entenda mal. Apenas não gosto dessa perspectiva realista e objetivista de que não funciona. Ela exprime muito empirismo, materialismo e dogmatismo, esquecendo a natureza ampla da filosofia que se estende além dessas concepções da realidade.
Entendo. Mas ela também deposita muita fé no próprio conceito em si. Na ideia de que há uma infinita potencialidade à qual nós, seres humanos finitos, não possuímos acesso em nosso sempre parcial desenvolvimento histórico. Eu acredito, sim, que existem ideias "erradas", e não somente execuções erradas "do que ainda não se conhece". Mas gosto da sua atitude de se manter cético tanto para o sim, quanto para o não.
 

Goris

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A não ser que seja algo que vá contra alguma pauta que a "direita" apoia.
Eu não disse "Perdedores de esquerda", disse?

Eu disse perdedores.

Acho que você está muito no Política e Religião, Dark, está vendo política em tudo e todo lugar. Dê um tempo no Vale Tudo, esse lugar aqui não é pra pessoas do bem como você. E não falo por mal, estou vendo essa politicagem toda te fazendo mal.
 

Ivo Maropo

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@Kyarlada

Meu caro, andei pensando um pouco melhor sobre os seus posts e decidi por bem ampliar as minhas respostas a eles (perdão pelo textão).

Eu continuo achando que a equiparação do além-homem nietzschiano com o conceito de anarquia é problemática. O anarquismo foi testado em diversas ocasiões na história. Jamais funcionou como deveria. A livre-associação autônoma de indivíduos sempre tinha uma "secreta" estrutura autoritária, uma certa "chefia" implícita. A própria falha sequencial de sua realização já deve ser incluída como imanente indício conceitual de sua insuficiência.

Eu insisto aqui na analogia com o liberalismo de Ayn Rand, bem como com a noção de comunismo do século passado: o fato de que jamais tivemos a sua exibição "propriamente dita" (de ambos liberalismo e o comunismo) já deve ser computado como fissura imanente que atravessa o seu conceito. Não é apenas uma limitação da sua expressão histórico-temporal, mas sim uma atrofia implícita ao próprio conceito de anarquismo em si.

O além-homem de Nietzsche é uma paradoxal espécie de "apontamento puro" que é, ao mesmo tempo, também "bem fundamentado"; isto é, que claramente intui como certo que a modernidade fatalmente nos empurrará a potenciais becos sem saída existenciais, para os quais possivelmente emergirá um além-homem que levará adiante a nietzschiana "filosofia póstuma de futuro". Se pegarmos o exemplo do comunismo, ele foi, como todos nós aqui sabemos, inúmeras vezes demonstrado "falho" (para se gentil) na história. Já não podemos mais brincar de que "a ideia é boa, e foi somente a sua execução que foi equivocada".

Eu acho o além-homem de Nietzsche, principalmente agora, que enfrentamos o prospecto de um pós-humanismo que nos bate a porta, algo muito mais factível como pura indicação futura do que qualquer forma que seja de anarquismo. O ser humano irá, sim, enfrentar a sua própria autossuperação, as suas convicções metafísicas mais arraigadas, etc, mas não há qualquer indicação quanto ao anarquismo. Eu sinceramente não vejo a ligação aqui. Sinceramente falando.

Já sobre a esquerda não querer dizer necessariamente "mais Estado", você está certo, mas é preciso saber que isto é especialmente verdadeiro na "política de subtração", que permeou (e ainda permeia) boa parte da tradição intelectual francesa. Estou falando aqui de toda uma tradição intelectual francesa do século passado que vê o Estado com desconfiança, indo de Michel Foucault até Alain Badiou, passando por Louis Althusser, Jacques Rancière, Étienne Balibar e a lista é praticamente infindável neste mesmo sentido básico.

A ideia que esta tradição carrega é de que a política "autêntica" é aquela que se trava ao se demarcar uma distância clara e segura para com o Estado, considerado um ente eminentemente problemático em várias frentes teorias (como alienação, corrupção e dominação burocráticas; como o espaço preenchido e dominado pela burguesia e sua lógica capitalista, etc). Mas o que esta distância para com o Estado mais representa hoje são as tentativas de uma "democracia local direta não-representativa", onde nós mesmos politicamente nos organizamos quanto às coisas de nosso dia a dia.

Mas a democracia local direta é muito mais um sonho que se cultiva e pratica limitadamente (inclusive, toda democracia direta, de modo a funcionar minimamente, também precisa do suporte de um Estado minimamente organizado). Aqui, fica clara a ligação entre a sua persistência pela ideia de anarquismo e o fato de que sublinhou a tradição não-estatista da esquerda, essencialmente representada por este sonho da democracia local direta.

Nossos problemas são cada vez mais globais (ou supra-estatais, em termos da lógica de estado-nação), o que extrapola a alçada de uma democracia local direta não-representativa. Fora que, esta democracia, como eu já falei, ainda depende de um Estado minimamente funcional e organizado para sobreviver. Sem falar que eu não suportaria ter constantes reuniões para decidir sobre as coisas mais triviais do cotidiano.

Talvez seja, ao contrário, uma noção de Estado, burocracia e alienação que urge reinventar para o século XXI. Devemos brigar não pela autêntica participação direta, mas sim pela autêntica alienação. O Estado precisa ser reinventado e ter uma elasticidade transnacional para o mundo cada vez mais globalizado em que vivemos hoje. Chega de ingênuos sonhos locais comunalistas.
 
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