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[SEGA 60 anos] Aniversário da empresa dá jogos grátis e descontos. UPDATE Amplitude Studios

sebastiao coelho neto

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Começou semana Amplitude Studios. Além de Wallpapers no site oficial os jogos da desenvolvedora estão com 75% de desconto na Steam.

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Próxima semana, Two Point.


Site oficial da SEGA da comemoração de seus 60 anos de história. Toda semana até o fim do ano terá ofertas da empresa. Começou com Sonic 2 de graça. Esta semana até 20/10:

4 minigames para steam inspirados em clássicos da empresa.

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Próxima semanas, Amplitude Studios
 
Ultima Edição:

sebastiao coelho neto

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Aniversário da Sega tem brindes e polêmica com ex-programador
Em seu 60° aniversário a Sega está fazendo a alegria dos fãs, mas lançamento de um protótipo do Golde Axe tem desagradado ex-funcionários da empresa
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Em 2020 chegamos ao 60° aniversário da chegada do primeiro produto que a Sega lançou para o mercado doméstico, uma jukebox conhecida como Sega 1000 e para comemorar a tão emblemática data, a empresa está organizando um evento que se estenderá pelos próximos dois meses. Basicamente, nele seremos presenteados com diversos títulos que marcaram a história da editora, com o calendário podendo ser acompanhado através do site sega60th.com.

Sega 60 Anos
Mas além de também estar oferecendo bons descontos em diversos títulos vendidos no Steam e uma cópia do Sonic The Hedgehog 2, nesta primeira semana o jogo dado pela Sega para aqueles que se inscreverem no site supracitado será o adorado Nights Into Dreams. Já para quem possui o Total War: Shogun 2 e/ou o Two Point Hospital, os presentes vêm na forma dos DLCs Battle of Kawagoe e SEGA 60th Items, respectivamente.

No entanto, de todos os agrados que eles pretendem nos fazer nos próximos dias, aqueles que considero os mais interessantes são os mini-games baseados em algumas de suas franquias. Disponíveis por um breve período (mas permanecendo nas nossas bibliotecas após serem ativados), serão quatro jogos desenvolvidos por estúdios diferentes, com seus lançamentos já tendo começado. São eles:
  • Armor of Heroes (Relic Entertainment) - Jogo multiplayer de tanque com inspiração retrô, para até quatro jogadores. Disponível de 15 a 19 de outubro.
  • Endless Zone (Amplitude Studios) - O universo Endless e Fantasy Zone colidem neste jogo de tiro com visão lateral. Disponível de 16 a 19 de outubro.
  • Streets of Kamurocho (Sega) - Kiryu e Majima, da aclamada série Yakuza, estão atacando as Ruas de Kamurocho em um jogo no melhor estilo Streets of Rage. Disponível de 17 a 19 de outubro.
  • Golden Axed (Sega) - Compilação de um nunca antes visto projeto chamado Golden Axe: Reborn. Disponível de 18 a 19 de outubro.


Desses, o que mais me interessou para jogar é esta fusão de Yakuza com SoR, mas em se tratando da “história por trás do desenvolvimento”, todos os holofotes estão apontando para esta modernização do clássico Golden Axe. O motivo para isto está relacionado ao tratamento em tom de deboche dado pela editora, um período de produção insano, dois ex-funcionários insatisfeitos e o lançamento do protótipo sem que eles ficassem sabendo.

O primeiro a reclamar da postura da Sega foi o designer Sanatana Mishra, que através do Twitter fez o aviso de que além deles terem trabalhado no jogo por apenas duas semanas, os antigos chefes nem permitiram que se dedicassem a parte de combates. Então foi a vez do programador Tim Dawson dar sua versão para o caso e também usando a rede social, revelou alguns detalhes tão interessantes quanto assustadores.
Um produtor em que confiávamos nos pediu se poderíamos fazer, em cerca de duas semanas, um ‘protótipo polido de jogabilidade’ para uma apresentação interna do Golden Axe para conseguir um segundo projeto. Nós concordamos, porque nos garantiram que a gerência queria que o desenvolvêssemos ‘do nosso jeito’ (ou seja, outro milagre, por favor), mas eles exigiram um Golden Axe mais sombrio e sangrento, com respingos de sangue, decapitações e combate de dois botões. Então, tentamos combinar tudo isso com o espírito do jogo original.
Na época Dawson havia acabado de entregar um protótipo para o remake do Castle of Illusion, jogo que foi aprovado e lançado em 2013, mas mesmo com o tempo tão curto, em uma semana eles conseguiram uma versão jogável do Golden Axe e foram fazer uma apresentação para os executivos da Sega. Com várias pessoas sentadas ao redor de uma mesa, ninguém mostrou empolgação com a demonstração, com o designer chefe afirmando que aquele não era o jogo no estilo God of War que ele queria e alguém até chegou a sugerir que teria sido melhor eles terem mostrado um vídeo pré-renderizado onde o bárbaro enfrentasse um monstro.
Mesmo assim o programador continuou trabalhando naquele projeto, adicionando efeitos e aperfeiçoando o sistema de combate, e quando o apresentou novamente, a recepção foi bem diferente. Ainda assim, Tim Dawson disse ter ficado muito decepcionado com a situação, já que ela fez com que perdesse completamente a confiança nas pessoas que comandavam a empresa.
Ainda de acordo com Dawson, aqueles que tiverem curiosidade devem testar o Golden Axed, mesmo “achando estranho ele ter surgido agora e sob tais circunstâncias.” Já para Sanatana Mishra, mesmo com ele não vendo problemas em protótipos serem lançados, a Sega deveria ter explicado o contexto em que este foi criado e como o projeto mudou tanto desde que ele deixou a companhia, de certa forma ficou feliz por o projeto nunca ter sido concluído e o jogo não ter sido lançado.
Atualização: através da sua assessoria, a divisão europeia da Sega emitiu o seguinte posicionamento sobre o caso:
A SEGA Europe procurou ex-membros da equipe de desenvolvimento Golden Axe: Reborn para produzir o protótipo do jogo para o Steam como parte das comemorações do 60º aniversário. Queríamos trazer à luz o trabalho dos desenvolvedores da época e celebrá-lo como parte de nossa história. Algo que não tivemos a chance de fazer na primeira vez. Certamente não pretendíamos trazer à tona memórias dolorosas para o Sr. Dawson e seus ex-colegas ou parecer desrespeitosos. Removemos o trecho do Steam que poderia ser considerado um insulto ao desenvolvimento e gostaríamos de reafirmar a todos que se tratava de um comentário sobre a build que havíamos exportado para o PC, e não sobre a qualidade do trabalho original. Esperamos que muitos fãs joguem o protótipo e apreciem os esforços que ele e seus colegas colocaram neste desenvolvimento.
Fonte: Videogamer

 

sebastiao coelho neto

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Sega 60 anos: Sonic, Mega Drive e altos e baixos da empresa
Com o primeiro produto lançado pela Sega para o mercado doméstico completando 60 anos, conheça a história de uma das mais amadas empresas dos games.
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Dori Prata 34 semanas atrás

A indústria de games já viu a ascensão e a queda de muitas empresas. Editoras e/ou desenvolvedoras que foram tão adoradas quanto odiadas, companhias cujos executivos se esforçaram ao máximo para garantir mais um dia de funcionamento, mas de todo nos nomes que marcaram essa mídia, talvez nenhuma tenha mostrado tanta resiliência quanto a Sega.


Sega
O início da caminhada… no Havaí

Contar o início de uma empresa tão antiga quanto a Sega não é uma tarefa das mais fáceis, com diversas versões podendo ser encontradas sobre ele. No caso especifico da data de fundação, é possível encontrar informações variadas sobre como tudo começou, mas irei me basear neste recorte de jornal publicado no Havaí.

Segundo ele, em setembro de 1946 Irving Bromberg e o seu filho, Marty Bromley (Martin Jerome Bromberg) fizeram uma parceria com James L. Humpert para que começassem a fabricar máquinas caça-níqueis e fliperamas. O objetivo deles era abastecer as bases norte-americanas que ficaram espalhadas pela Ásia após o término da Segunda Guerra Mundial. Com base em Honolulu, a empresa foi batizada como Service Games.
Aproveitando toda a experiência que Irving havia adquirido montando essas máquinas na década de 30, Martin e James passaram a controlar a companhia, até que em 1951 o governo norte-americano resolvesse banir os caça-níqueis das bases militares. A dupla então enviou o vendedor Richard Stewart e o mecânico Raymond Lemaire para o Japão, onde estes criaram uma divisão japonesa da empresa e após eles passarem a fornecer máquinas para a Europa, logo haviam se tornado um dos principais nomes do ramo.

Alguns anos depois, mais precisamente em 1960, a Service Games, Japan acabou sendo dividida, dando origem à Nihon Goraku Bussan e à Nihon Kikai Seizo. Foi também nesta data em que eles lançaram o primeiro produto que carregaria o seu nome, a jukebox doméstica batizada como Sega 1000.
É por isso que apesar de a própria Sega considerar sua fundação como tendo acontecido em 1951, muitos preferem encarar a sua chegada ao mercado doméstico como o ponto de partida da empresa. No fundo é uma questão de opinião e a minha é de que se não fossem por aquele corajoso trio na década de 40, talvez nada do que vimos depois tivesse acontecido.


Fusão, aquisição e um submarino
Mas enquanto os olhos da Sega estavam voltados para as jukebox, um americano chamado David Rosen e que havia servido na Guerra da Coreia começou a se tornar um magnata dos fliperamas no Japão. Com presença em mais de 200 estabelecimentos no arquipélago, a Rosen Enterprises fazia muito sucesso graças a genialidade do engenheiro Hisashi Suzuki e após uma negociação com Bromley, em 1965 eles decidiram se unir para fundar a Sega Enterprises Ltd.
Foi dali que nasceu o primeiro grande sucesso da companhia em relação a jogos, um fliperama eletro-mecânico que imitava um submarino e se chamava Periscope. Nele o jogador tinha que olhar por um periscópio para poder atirar em navios e com tamanho interesse por parte do público, a Sega passou a chamar a atenção de outras empresas.
Uma delas foi o conglomerado de mídia Gulf+Western, que em 1969 acabou fechando um acordo para comprar a Sega. O negócio fez com que cinco anos depois a Sega se tornasse uma empresa americana de capital aberto e por ter se aproximado tanto do ramo de entretenimento, mirar nos videogames seria o caminho óbvio a se seguir. Naquela época a Atari vinha faturando muito com o Pong e ao fazer uma parceria com a Gremlin Industries, chegava a hora deles testarem este novo terreno.
O desempenho da Sega no mercado de games começou a mostrar resultados, com títulos como Turbo e Zaxxon agradando os consumidores e a distribuição do Frogger nos Estados Unidos tendo sido uma aposta acertada. Porém, devido a problemas financeiros pelos quais vinha passando a então dona da Sega, ela acabou sendo vendida para a Bally Midway, que optou por interromper o desenvolvimento de jogos nos EUA.
Rosen não gostou da decisão e enxergando potencial no mercado de games, em 1984 juntou-se a Hayao Nakayama e Isao Okawa para comprar o braço japonês da companhia e com aquele movimento a empresa voltava a ser japonesa.
A aposta nos consoles
Mas antes mesmo de passar para as mãos dos novos donos, a Sega viu na produção de consoles uma boa oportunidade e em 1983 lançou o seu primeiro videogame. Com o nome de SG-1000, embora ele não tenha sido considerado um grande sucesso, conseguiu vender mais de dois milhões de unidades em todo o mundo. Na mesma época eles ainda lançaram o SC-3000, que apesar de ter um hardware muito parecido com o do SG-1000, vinha equipado com um teclado e era vendido como um computador doméstico de 8-bit.
Tais aparelhos serviram para a empresa ganhar experiência, até que em 1986 lançasse aquele que foi o responsável por permitir o primeiro contato de muitos ocidentais com os jogos da companhia, o Sega Mark III — ou como é mais conhecido, o Master System! Surgindo como um adversário de peso para o Nintendinho, o console fez um enorme sucesso em territórios que pareciam irrelevantes para a Nintendo, como o Brasil ou a Europa Ocidental.
Contado com gráficos muito bonitos para época e nos permitindo jogar em casa versões mais simples (mas nem por isso menos divertidas) de vários sucessos dos arcades, o Master System rapidamente se tornou o sonho de consumo de muitas crianças brasileiras na década de 80, com mais de 20 milhões de unidades tendo sido vendidas desde então.
O gênese de uma guerra

Mas se com o Master System a Sega mostrou que poderia desafiar a Nintendo, foi com o seu sucessor que ela mostrou que queria conquistar o mundo. Lançado no Japão em 1988 — e um ano depois nos EUA, como Sega Genesis — o Mega Drive contou com uma campanha de marketing agressiva, com a fabricante deixando claro que estava disposta a entrar numa guerra.
Comandada por Michael Katz, a Sega of America instituiu duas etapas para conseguir conquistar a região: uma campanha publicitária que tentava mostrar o quão próximo dos fliperamas estava aquele console, de onde surgiu o lendário slogan “Genesis does what Nintendon't”; já a segunda parte foi o investimento na criação de jogos que fossem facilmente reconhecíveis por usar o nome e aparência de celebridades, personagens famosos e atletas.
De certa forma a estratégia traçada por Katz obteve sucesso, com o Mega Drive tendo vendido mais de 40 milhões de unidades (sendo metade disso só nos EUA) e principalmente, tendo registrado uma taxa de jogos vendidos x console impressionante, com 16:1. Isso fez com que ele conseguisse a melhor proporção de todos os tempos, um número duas vezes maior que o alcançado pelo Super Nintendo.
Parte disso deve ser creditado aos muitos ótimos jogos lançados para o “Sega Genesis”, entre eles o Sonic the Hedgehog 2. Além de ser apontados por muitos como o ápice da franquia, o título tem uma importância muito grande para a indústria, pois foi graças a sua campanha de divulgação que usava a frase “Sonic 2sday” (um trocadilho com a palavra tuesday), que criou-se a tradição de grandes lançamentos acontecerem na terça-feira.
Mas mesmo com um bom desempenho comercial e tendo recebido duas extensões não tão bem sucedidas assim (o Sega CD e o 32X), a batalha em que o Mega Drive se meteu deixou cicatrizes. Além de ter encarado dois videogames da Nintendo (NES e SNES), ele ainda precisou dividir espaço com o TurboGrafx-16, com o NeoGeo e com o Atari Jaguar. Isso fez com que aquele console não vendesse tanto quando poderia e com a iminente chegada de uma nova concorrente, a Sega se via obrigada a cravar um sucesso ainda maior.
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Na beira do precipício
E foi assim que em 1994 a companhia colocou nas lojas japonesas o seu novo console, o Saturn. Usando o CD como mídia, ele trazia um hardware muito mais poderoso que o seu antecessor, mas devida a sua arquitetura, apresentava um novo desafio muito grande aos desenvolvedores.
Na época não tínhamos muita noção disso, mas desde o início o Sega Saturn dava indícios de que não teria um bom desempenho. Com o seu lançamento nos EUA tendo sido antecipado devido ao anúncio da chegada do PlayStation, a fabricante foi incapaz de manter os estoques das lojas abastecidos e pior do que isso, não tinha uma linha de jogos que motivasse as pessoas a investirem US$ 399 na sua aquisição.
Porém, como nada está tão ruim que não possa piorar, na mesma E3 em que foi revelado que o Saturn já estava disponível houve um anúncio ainda mais bombástico. Disposta a conquistar o público, a Sony revelou que o preço do seu console de estreia seria de apenas US$ 299, praticamente acabando ali com qualquer chance que a Sega pudesse ter no ocidente.
Os anos foram passando e o Saturn nunca conseguiu se mostrar um competidor a altura. Sabendo que aquela geração estava perdida, restava à Sega mirar num novo console e em novembro de 1998 eles lançaram o Dreamcast. Parecia que a empresa havia voltado aos velhos tempos, com um aparelho extremamente poderoso e repleto de novidades interessantes, como um controle que contava com uma tela ou a possibilidade de disputarmos partidas pela internet.

Contando com uma biblioteca repleta de ótimos jogos, o Dreamcast foi um videogame espetacular, sendo muito difícil encontrarmos uma pessoa que teve um e que não o admira até hoje. Contudo, aquele foi o videogame certo, lançado no momento errado, já que pouco depois a Sony nos apresentou a aquele que viria a se tornar o console mais vendido da história, o PlayStation 2.
Qualquer pessoa que acompanhasse a indústria de games na época sabia que a Sega estava em maus lençóis, mas isso não foi o suficiente para nos preparar para algo impensável: através de uma notícia publicada no jornal Nihon Keizai Shimbun em 21 de janeiro de 2001, o mundo ficou sabendo que a empresa estava saindo do mercado de venda de consoles.
Apesar da informação ter sido negada num primeiro momento, depois os executivos da Sega acabaram admitindo a decisão e que com isso eles passariam a desenvolver jogos para outros videogames, incluindo aí o próprio PS2. Para os fãs daquela companhia tão antiga a estratégia pareceu uma traição, mas com o tempo eles entenderam que ou era isso, ou fechar as portas.
A Sega no Brasil e a parceria com a Tectoy
Se no Brasil a Sega sempre teve uma presença muito forte, isso s deve a parceria feita com uma empresa fundada em setembro de 1987, a Tectoy. Focando inicialmente em brinquedos de alta tecnologia, ela viu no Master System uma ótima oportunidade de negócios e em 1988 lançou a Zillion, uma pistola que se tornou um enorme sucesso comercial, o que posteriormente acabou abrindo as portas para que o videogame passasse a ser fabricado por aqui.
Mas esta é apenas a parte da história contada pelo ponto de vista dos negócios. Do lado do consumidor, o que ficou foi a lembrança das muitas campanhas publicitárias encomendadas pela Tectoy; o serviço telefônico Hot Line, que nos fornecia dicas; o clube de sócios Master Clube e o programa Master Dicas, que ia ao ar nos intervalos da Sessão Aventura, na rede Globo.
Porém, eu sempre lembrarei da Tectoy pelo excepcional trabalho de localização e adaptação que a empresa fez em alguns jogos, tanto para o Master System quanto para o Mega Drive. Se hoje sou um apaixonado por RPGs, isso se deve a oportunidade que tive de jogar o Phantasy Star em português lá no final da década de 80. Também há de se elogiar o trabalho feito em jogos como Mônica no Castelo do Dragão, Férias Frustradas do Pica-Pau ou mesmo por levar o Street Fighter II para o Master System.
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sebastiao coelho neto

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10 jogos que marcaram o Master System
Muito querido pelos brasileiros, o Master System pode não ter feito muito sucesso no Japão e nos EUA, mas ganhou alguns excelentes jogos que marcaram época


Início da década de 80. Enquanto a indústria de videogame se recuperava do crash causado pela Atari, a SEGA via naquele mercado um potencial de faturamento muito maior do que ela vinha obtendo nos fliperamas. Mas para ter alguma chance ali, a empresa precisava de um bom console e assim deu início a um projeto que culminou em um dos videogames mais queridos pelos brasileiros, o Master System.


Master System
Mas antes de chegarmos ao icônico modelo preto e vermelho que pode ser visto acima, precisamos falar sobre os seus precursores. O ano era 1983, quando no mesmo dia em que a chegava às lojas o Famicom, a SEGA lançava o seu primeiro videogame doméstico, o SG-1000. Sem que ele conseguisse atrair a atenção do grande público, a fabricante chegou à conclusão de que o melhor seria criar uma revisão visual e poucos meses depois nascia o SG-1000 II ou, Mark II.

Contudo, mesmo com algumas mudanças importantes de design, como os controles que podiam ser removidos, aquela tentativa também acabou se mostrando em vão e dois anos depois a empresa surgiu com outro modelo, o SG-1000 Mark III. Desenvolvido pela mesma equipe responsável pelo anterior — incluindo aí Masami Ishikawa, que posteriormente também ajudaria a criar o Mega Drive — aquele console tinha como objetivo se aproximar dos arcades e para isso a SEGA precisava fazer uma mudança importante no hardware.

Insatisfeitos com o chip gráfico TMS9918 que equipava o SG-1000 e o Mark II, eles optaram por desenvolver internamente o novo chip e para isso usaram como modelo a placa System 2, que dava vida aos jogos da empresa nos fliperamas. O resultado foi um videogame capaz de exibir até 64 cores na tela, contra as 16 do Nintendinho, fazendo a SEGA acreditar que agora eles poderiam encarar o extremamente bem-sucedido videogame da Nintendo.

O SG-1000 (na parte superior da foto) e o SG-1000 Mark III
Faltava levar o aparelho para outros mercados e para isso, a fabricante optou por alterar o seu nome e aparência, dando origem assim ao Master System que viríamos a conhecer por aqui. Segundo a lenda, o nome foi escolhido após um grupo de funcionários da SEGA of America atirar dardos em um quadro onde havia diversas sugestões e para convencer o presidente da empresa na época, Isao Okawa, lhe foi dito que seria uma referência à competitiva indústria de games e às artes marciais, onde só um poderia ser o “Mestre”. Já em relação ao design futurista, a ideia era se adequar ao gosto dos ocidentais, com os quadriculados da sua caixa tendo se inspirado nos produtos produzidos pela Apple.

Havia também outra grande mudança em relação as versões lançadas no Japão e no resto do mundo, que era o chip de som YM2413. Ausente no modelo vendido deste lado do mundo, ele entregava uma qualidade sonora muito superior, chegando a aproximar o SG-1000 Mark III a aquilo que só ouviríamos anos depois, no Mega Drive. Em alguns jogos essa diferença era absurda e um exemplo pode ser ouvido no vídeo abaixo:
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Brasil, TecToy e a força da publicidade
Mas se no Japão e nos Estados Unidos o Master System nunca conseguiu fazer frente ao Nintendinho, por aqui durante muito tempo ele foi quase sinônimo de videogame. Lançado no Brasil em 4 de setembro de 1989, o console contou com uma campanha de publicidade massiva, graças a empresa que ficou responsável pela sua distribuição no nosso país, a TecToy.
Foram veiculadas propagandas em revistas, canais de televisão e principalmente, a criação de uma comunidade que colocava os jogadores em contato através de um clube e de um serviço telefônico que servia para tirar dúvidas e fornecer dicas. A ideia era parecida com o que a Nintendo fazia nos Estados Unidos e ajudou muito a fazer com que o Master System rapidamente se tornasse muito popular no Brasil.
Grande parte deste sucesso também se deve ao esforço da TecToy para localizar jogos para o nosso público. Aquilo fez com que recebêssemos jogos em português, além de alguns que tiveram enredo e gráficos adaptados com personagens populares entre o público mais jovem, como A Turma da Mônica, Chapolim e Pica Pau. Isso sem falar na impressionante versão do Street Fighter II.
No fim, mesmo tendo sofrido com uma biblioteca muito inferior a do seu principal concorrente, muito devido aos acordos de exclusividade que a Nintendo assinava com as editoras, o Master System recebeu diversos jogos muito bons e graças a maneira como a TecToy tratou ele e o seu sucessor por aqui, não é de se estranhar que o Brasil seja considerado uma realidade paralela no mercado de games, uma onde a SEGA enfim conseguiu derrotar a Nintendo.

Alex Kidd in Miracle World
Sendo o primeiro contato da maioria dos brasileiros com um jogo da SEGA, Alex Kidd in Miracle World é certamente o jogo mais conhecido do Master System e o motivo é simples: foi esse o título escolhido para vir na memória do console vendido por aqui e assim muita gente se apaixonou por ele.
Com uma jogabilidade variada e bastante desafiadora, era preciso passarmos 17 estágios até chegar ao seu final, com a aventura ainda nos oferecendo trechos em que controlávamos alguns veículos e nos oferecendo alguns quebra-cabeças. Mesmo sem nunca ter se tornado tão popular quanto o principal mascote da Nintendo, aquele título conseguiu superar a primeira aventura do Mario em alguns aspectos, como os gráficos ou algumas mecânicas mais elaboradas.
Para os que nunca tiveram a oportunidade de jogar este clássico ou que simplesmente adorariam revivê-lo, a boa notícia é que uma remasterização está prevista para ser lançada em 2021.
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Phantasy Star
Se você gosta de RPGs e teve um Master System, é muito provável que dois fatores tenham sido fundamentais para isso: Phantasy Star e a TecToy. Primeiro título do gênero a ter sido traduzido por aqui, muitas pessoas tiveram contato com jogos assim com esta criação para o Master System e para várias delas, foi amor a primeira vista.
Com uma jogabilidade típica dos JRPGs, gráficos muito bonitos e uma história fascinante que só pôde ser bem aproveitada por muitas gente graças a localização feita pela empresa brasileira, talvez o pessoal que fez este trabalho na época nem tivesse noção disso, mas foram eles os responsáveis por criar toda uma geração de apaixonados por role-playing games. E por isso, só posso dizer uma coisa: obrigado TecToy!
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Sonic The Hedgehog 2
Desenvolvido pela Aspect e tendo sido lançado para Master System e Game Gear, esta segunda aventura do ouriço é bem diferente daquele que apareceu no Mega Drive, mas nem por isso menos divertida (ok, talvez um pouco). Com designs de fases diferentes, mas uma qualidade visual impressionante e um nível de dificuldade bem alto, ele ajudou a consolidar o Sonic como principal nome da SEGA.
Há dois detalhes interessantes em relação a esse jogo: o primeiro é que ele só foi lançado na Europa e no Brasil, locais em que o console da SEGA fazia mais sucesso. Já o segundo é em relação a personagem Tails, pois como esse jogo saiu alguns meses antes da versão para Mega Drive, foi nele que a raposa estreou.
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Golden Axe Warrior
Alguns jogos são tão impactantes que logo dão início a uma onda de imitações — ou pelo menos títulos fortemente inspirados neles. Um que causou isso foi o The Legend of Zelda e quando a SEGA tentou dar uma resposta ao jogo da Nintendo, ela veio como o Golden Axe Warrior. Aproveitando o nome de uma das franquias mais populares da empresa, ele colocava um jovem guerreiro para explorar cavernas e se preparar para encarar o temido Death Adder.
Apesar de contar com uma jogabilidade sólida e uma boa história, onde ele realmente se destacava era nos gráficos, muito mais coloridos do que na fonte de inspiração, além de oferecer mais detalhes nos cenários e animações para os personagens. Este pode não ser o caso de um discípulo superando o mestre, mas ainda assim é um jogo muito divertido.
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Master Of Darkness
E por falar em cópias… Aqui temos a tentativa da SEGA de aproveitar outro título que fazia muito sucesso no NES, o Castlevania. Em Master Of Darkness assumíamos o papel do Dr. Ferdinand Social e o nosso objetivo era derrotar ninguém menos do que o Conde Drácula, figura responsável por uma série de assassinatos em Londres e que antes eram associados a Jack, o estripador.
Porém, ao invés de termos um chicote à nossa disposição, nele existiam diversas armas primárias e secundárias, de machados a bengalas, passando por pistolas, bombas e bumerangues.
Caberia então ao jogador atravessar cinco estágios, todos repletos de aberrações como zumbis, magos e esqueletos, com o principal destaque indo para os personagens grandes e muito bem animados.
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Land of Illusion Starring Mickey Mouse
Eu sei que muita gente possui um carinho especial pelo Castle of Illusion, seja de Mega Drive ou de Master System, mas no caso da versão para o console de terceira geração da SEGA, houve um título que o superou em tudo, o Land of Illusion Starring Mickey Mouse. Com uma jogabilidade simples e 14 estágios muito bem construídos, era o tipo de jogo perfeito para passarmos uma tarde de sábado sentados diante da TV.
Sendo mais um belo trabalho da SEGA ao aproveitar uma franquia tão poderosa, o jogo chegou a fazer com que muito donos de uma Mega Drive sentissem uma pontinha de inveja daqueles que ainda não tinham mudado de geração, afinal o jogo só apareceu no Master System e no que pode ser considerado a sua versão portátil, o Game Gear.
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Wonder Boy III: The Dragon’s Trap
Pegue um jogo de plataforma, adicione alguns elementos de RPGs a ele e situe-o num mundo semi-aberto: pronto, isso era Wonder Boy III: The Dragon’s Trap! Com seus eventos se passando logo após o fim do Wonder Boy in Monster Land, nele o nosso personagem era transformado num dragão e precisaria encontrar uma forma de quebrar o encanto. A vantagem é que durante o caminho ele podia se transformar em outros animais, para assim vencer diversos obstáculos.
Por aqui o título ficou mais conhecido como Turma da Mônica em: O Resgate, num ótimo trabalho de modificação e adaptação realizado pela TecToy, que fazia com que cada animal do original fosse alterado para um personagem criado por Maurício de Souza. Um clássico nacional, que na minha opinião só foi superado pelo Turma da Mônica na Terra dos Monstros, este para Mega Drive.
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Psycho Fox
Outro ótimo jogo de plataforma, Psycho Fox foi desenvolvido pela Vic Tokai e chegou com exclusividade ao Master System em 1989. Nele o protagonista precisava derrotar uma raposa conhecida como Madfox e para isso contaria com o poder de se transformar em outros animais, cada um com suas próprias habilidades. Entre eles tínhamos um hipopótamo que podia quebrar blocos, um macaco que conseguia pular mais alto e um tigre que era capaz de se mover mais rapidamente.
Anos depois a TecToy usou sem conhecimento para adaptar o jogo para o mercado brasileiro, transformando-o no Sapo Xulé: Os Invasores do Brejo, personagem criado pelo ilustrador Paulo José e que foi inspirado na música infantil O sapo não lava o pé.
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Ninja Gaiden
Embora seja mais comumente associada ao Nintendinho, a franquia Ninja Gaiden chegou a receber um jogo para o Master System e que não ficou devendo em nada ao rival. Na verdade ele até superava a versão rival em alguns aspectos, como nos gráficos ou nas mudanças na jogabilidade, que nos permitia saltar de uma parede para outra. Mas acima de tudo, aquela versão contava com algo que era marca registrada da série: um nível de dificuldade de arrancar os cabelos!
O problema é que como ele só saiu em 1992 e a SEGA já havia abandonado o console nos Estados Unidos e no Japão, infelizmente o jogo não chegou a ser lançado nesses territórios, fazendo com que muitas pessoas não tivesse contato com este excelente jogo. Se você gosta da série e não chegou a jogar este, saiba que perdeu um ótimo Ninja Gaiden.
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Asterix
Embora a diferença de poderio para o Mega Drive seja bem grande, alguns jogos ousaram se aproximar do irmão mais novo do Master System e um deles foi o Axterix. Aproveitando a capacidade do console de mostrar um bom número de cores, muito da genialidade encontrada neste jogo se deve ao fato de que parte da equipe responsável por ele trabalhou na criação de outra obra de arte, o Castle of Illusion.
Um dos destaques do jogo estava na possibilidade de escolhermos jogar como Asterix ou Obelix, com o design das fases mudando de acordo com o personagem escolhido, já que cada um contava com habilidade únicas. Com isso tínhamos uma fator replay elevado, que é acrescido por um grande número de passagens secretas e itens a serem descobertos.
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30 anos: veja alguns dos melhores jogos de Mega Drive
Com o "SEGA Genesis" tendo recém-completado 30 anos, esta é uma boa hora para lembrarmos a história do console e alguns dos melhores jogos de Mega Drive.
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Dori Prata 1 ano atrás

Daqui a duas semanas chegará às lojas a tão aguardada miniatura do Mega Drive e como recentemente aconteceu o 30º aniversário do lançamento do videogame original nos Estados Unidos, nada melhor do que comemorar este momento com uma lista com os melhores jogos de Mega Drive.


Os melhores jogos de Mega Drive

Mas antes de listar os jogos, vale a pena contar brevemente a história deste que é um dos melhores e mais importantes consoles de todos os tempos. Sendo o terceiro videogames da SEGA e sucessor direto do Master System, o Mega Drive foi lançado no Japão no dia 29 de outubro de 1988, chegando aos Estados Unidos em 14 de agosto do ano seguinte e ao Brasil em 1º de setembro de 1990.

Desenvolvido a partir de uma placa de fliperama da própria SEGA e que era conhecida como System 16, ele tinha como processador o lendário chip Motorola 68000 e chamou a atenção das pessoas na época por conseguir reproduzir com grande fidelidade vários títulos que faziam sucesso nos arcades.
Tendo encontrado muita resistência no Japão devido a forte concorrência do Super Famicom (o SNES japonês) e do PC Engine (que por aqui ficou conhecido como TurboGrafx-16), o Mega Drive teve muito melhor sorte deste lado de cá do planeta, fazendo muito sucesso na Europa, no Brasil e nos Estados Unidos. Um detalhe importante é que na terra do Tio Sam o aparelho teve o seu nome alterado para Genesis e a especulação é que isso tenha acontecido devido a uma disputa por marca registrada.

Outra característica marcantes do Mega Drive foram os add-ons criados para ele, com os mais importantes tendo sido o Mega CD (ou SEGA CD nos EUA) e o 32X. O curioso é que mesmo com ambos melhorando consideravelmente o poder do console, as vendas não foram boas e poucos jogos acabaram sendo lançados para serem utilizados com essas expansões.
Também vale citar as muitas versões que o videogame recebeu ao longo dos anos. Do Mega Drive portátil conhecido como Nomad até um que trazia o console junto com um Mega CD, o Genesis CDX (ou Multi-Mega na Europa), havia ainda modelos lançados por diversas fabricantes, como JVC, Aiwa e Pioneer Corporation, sem falar é claro nos clones que surgiram depois.

De acordo com as estimativas, cerca de 35 milhões de Mega Drives foram vendidos na últimas três décadas, sendo que só a Tec Toy seria responsável por quase 10% deste número. Porém, esta não deverá ser a base instalada final, já que além da empresa brasileira, a Majesco e a AtGames são outras que continuam fabricando aquele fantástico videogame até hoje — e sem dar indícios que pararão tão cedo.

Feita esta breve descrição da história do videogame, chegou a hora de escolher os 10 melhores jogos de Mega drive e como sempre acontece nessas situações, eu me vi obrigado a deixar muita coisa boa de fora. São jogos fantásticos como The Revenge of Shinobi, Mortal Kombat (e o seu macete para torná-lo tão violento quanto nos arcades), Road Rash e outros que marcaram minha vida, como Flashback: The Quest for Identity ou Ayrton Senna's Super Monaco GP II.
Por se tratar de um videogame que recebeu tantos clássicos, cada pessoa que criasse uma lista como essas acabaria incluindo algumas coisas e removendo outras, portanto não há certo ou errado nessa história. Da minha parte, o único critério foi que o título tivesse ficado mais conhecido no Mega Drive ou nos outros aparelho da SEGA, como o Game Gear ou o Master System. Portanto, vamos aos escolhidos:
Comix Zone
Podendo ser considerado um dos jogos visualmente mais fantásticos da sua época, Comix Zone contava a história de Sketch Turner, um artista que estava criando uma revista em quadrinhos e se viu preso na sua própria obra. O que o destacava era o fato de toda a aventura se passar como se realmente estivéssemos num gibi, com cada tela sendo um quadrinho e até as falas sendo feitas através de balões.
Com uma jogabilidade muito boa e um nível de dificuldade digno de nos querer fazer querer jogar o controle na parede, na época eu tinha a sensação de que o jogo não tinha feito tanto sucesso quanto merecia, talvez por a nova geração já estar chegando, mas aos poucos ele foi alavancado ao status de clássico cult e até hoje sonho com a possibilidade do Comix Zone ganhar uma continuação.
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Castle of Illusion Starring Mickey Mouse
Mostrando que a SEGA também era capaz de entregar jogos de plataforma tão lúdicos quanto a Nintendo, Castle of Illusion fazia parte da segunda leva de games para o Mega Drive e ao lado do Sonic foi um dos responsáveis por consolidar o videogame entre o público mais jovem nos Estados Unidos.
Com gráficos muito bonitos, uma jogabilidade acessível e estrelado por um dos personagens mais adorados do planeta, este foi o primeiro jogo que terminei e por isso tenho um carinho especial por ele. Destaque também para a sua continuação, o excelente World of Illusion Starring Mickey Mouse and Donald Duck e para o remake que ele recebeu em 2013, com versões para PC, Xbox 360 e PlayStation 3.
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Sonic the Hedgehog 2
Se você viveu a virada da década de 80 para a de 90 e gostava de videogames, muito provavelmente levou um choque ao ver o Sonic the Hedgehog rodando pela primeira vez. As cores, a velocidade, a trilha sonora marcante, a jogabilidade frenética… Tudo naquele título impressionava, sendo um belíssimo exemplo de como a criatividade dos profissionais da época fazia a diferença.
Aí veio uma tão aguardada continuação e o que parecia impossível aconteceu: Sonic the Hedgehog 2 conseguia superar o seu antecessor em todos os aspectos e se você for falar sobre os melhores jogos de Mega Drive, obrigatoriamente terá que citar essa obra de arte. Um clássico que se mantêm divertido mesmo após tantos anos.
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Shining Force II
Para mostrar que nem só de jogos mais infantis vivia o Mega Drive, em 1991 a SEGA se juntou a Climax Entertainment para lançar o Shining in the Darkness. Sendo um dungeon-crawler, nele tínhamos que explorar labirintos em 3D enquanto enfrentávamos os inimigos em batalhas por turnos.
No ano seguinte o Mega Drive recebeu uma continuação, esta chamada Shining Force e com uma jogabilidade diferente, funcionando como um jogo de estratégia em tempo real. Porém, foi com o Shining Force II que considero que a série atingido o seu ápice, com a sua campanha sendo muito maior, o enredo mais elaborado e o mundo aberto nos permitindo voltar a partes visitadas anteriormente a qualquer momento.
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Gunstar Heroes
Com uma mecânica parecida com a de outros run and guns, como Contra, Sunset Riders e Metal Slug, o jogo de estreia da Treasure serviu para termos uma bela ideia do que esse estúdio formado por ex-funcionários da Konami poderia nos dar.
Na verdade o desenvolvimento do Gunstar Heroes iniciou quando aquele pessoal ainda trabalhava na casa do Castlevania, mas devido a conflitos de interesse eles decidiram sair e após uma acordo com a SEGA, conseguiram criar não só um dos melhores jogos de Mega Drive, mas de toda a geração 16-bit. Belos gráficos, uma jogabilidade apurada e uma nível de dificuldade na medida só poderiam resultar num clássico.
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Landstalker: The Treasures of King Nole
Apesar de não ser tão cultuado quanto os outros jogos desta lista, eu sempre terei um carinho especial pelo Landstalker: The Treasures of King Nole. Com sua visão isométrica e uma jogabilidade muito legal, eu adorava explorar os calabouços desse jogo e lembro de ter passado muitas tardes grudado na TV apenas para tentar chegar ao seu final.
Apesar do ângulo de visão fazer com que algumas sequências de plataformas fossem irritantemente difíceis, o jogo brilhava por nos colocar para achar diversos itens que seriam imprescindíveis para a progressão e ainda contava com um enredo interessante. Só acho uma pena que o remake que estava previsto para chegar ao PSP nunca tenha sido lançado.
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QuackShot Starring Donald Duck
Se o Mickey e o seu Castle of Illusion foram responsáveis por conquistar alguns consumidores para a SEGA, foi o Pato Donald quem recebeu um dos mais sensacionais jogos de Mega Drive. Colocando o personagem como um explorador no melhor estilo Indiana Jones, ele nos entregava uma aventura simplesmente memorável.
Além dos gráficos belíssimos, o grande destaque do QuackShot estava na sua jogabilidade, já que apesar dele ser um típico jogo de plataforma, os estágios só poderiam ser concluídos se tivéssemos os itens corretos. Descobrir qual arma utilizar em uma determinada área trazia um elemento de estratégia muito legal ao gênero e que o diferenciava de tudo o que existia na época.
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Phantasy Star IV
Embora o Super Nintendo sempre tenha sido apontado como um dos melhores consoles quando se trata de RPGs, o Mega Drive também recebeu suas pérolas e a principal delas provavelmente é o quarto capítulo da série Phantasy Star. Servindo com o desfecho para a série principal, ver o término da saga do Sistema Algol ainda hoje deve deixar os fãs emocionados.
Mantendo a maioria dos elementos vistos nos jogos anteriores, como as batalhas por turnos ou a exploração com visão aérea quando estávamos fora dos calabouços, a lamentar apenas o fato do Phantasy Star IV nunca ter sido traduzido para o português pela Tectoy, o que havia acontecido com os antecessores.
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Out Run
Desenvolvido pelo mestre Yu Suzuki e tendo chegado aos arcades em 1986, Out Run era um jogo de corrida simplesmente espetacular. Com uma jogabilidade simples mas desafiadora, nele o nosso objetivo era desviar do tráfego e tentar chegar ao final dos estágios antes do tempo acabar. Mas acredite, como aquilo era divertido!
Depois de passar pelo Master System, em 1991 o Out Run finalmente chegou ao Mega Drive e como era bom ter uma versão tão parecida com a dos fliperamas disponível no conforto do nosso lar. Este é sem dúvida uma das lendas dos games e mais marcante que a Ferrari vermelha que pilotávamos em Out Run, talvez apenas a inesquecível trilha sonora composta por Hiroshi Kawaguchi.
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Streets of Rage 2
Eu já falei bastante do Streets of Rage 2 na lista sobre alguns Beat 'Em Up que você precisa conhecer, mas como apontar os melhores jogos de Mega Drive e não citar esta verdadeira obra de arte? Contando com uma campanha maior, gráficos mais bonitos e uma jogabilidade muito melhor que a do seu antecessor, esse é o típico caso de um jogo que já nasceu como um clássico.
O único aspecto que considero que ele não foi capaz de superar o primeiro — e aqui provavelmente serei duramente criticado por isso — foi na trilha sonora. O próprio Yuzo Koshiro já afirmou que a trilha do Streets of Rage 2 foi o melhor trabalho de sua carreira, mas eu ainda gosto mais do estilo das músicas do anterior e isso não quer dizer que ache a trilha do segundo jogo ruim.
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Menção Honrosa: Pier Solar and the Great Architects
Embora só tenha sido lançado no final de 2010, portanto muitos anos depois do antigo console da SEGA ter sido deixado de lado, Pier Solar and the Great Architects é um jogo que deveria ser experimentado por todos, principalmente por quem gosta de RPGs.
Criado por um grupo de pessoas que frequentavam o site Eidolon's Inn, aos poucos o projeto foi ficando maior e para garantir que todo o conteúdo fosse aproveitado, a equipe precisou lançar o Pier Solar num cartucho de 64 Mega, fazendo dela o maior que o Mega Drive já viu.
Alguns anos depois o jogo foi adaptado para diversas outras plataformas, mas como foi legal ver um novo (e bom) título chegando ao videogame quando já tínhamos PlayStation 3, Xbox 360 e Wii dominando o mercado.
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10 jogos do SEGA Saturn que você precisa jogar
Mesmo sem a popularidade do seu principal concorrente, o SEGA Saturn recebeu diversos bons jogos e aqui relembraremos alguns que ainda podem ser adquiridos
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Dori Prata 16 semanas atrás

Alguns videogames marcaram nossas vidas por estarem entre os melhores que tivemos, outros por terem conseguido nos entregar uma infinidade de ótimos games. Mas e quando um console passou pelo mercado sem causar muito alarde, sem nunca ter conseguido bater de frente com o líder da geração? O SEGA Saturn é um destes casos, mas será que isso quer dizer que ele não tenha recebido alguns bons jogos?


Jogos do SEGA Saturn
Lançado no Japão no final de 1994, o SEGA Saturn tinha duas complicadas missões pela frente: suceder o extremamente popular Mega Drive e conseguir encarar um monstro que estava nascendo, o PlayStation. Para isso, a SEGA desenvolveu um console que usaria um processador central duplo, o SuperH RISC Engine (ou SH-2) e foi aí que os problemas começaram.

Conseguir tirar tudo o que aquele aparelho tinha a oferecer não era uma tarefa simples, o que fez com que muitos jogos do SEGA Saturn tivessem sua produção atrasada ou até mesmo cancelada. Para piorar, só no último momento a SEGA conseguiu perceber o quão poderoso era o PlayStation para lidar com gráficos em 3D e embora eles tenham tentado consertar isso fazendo alterações no projeto do aparelho, era tarde demais.
Só para ilustrar a situação, no caso de um jogo como o Virtua Fighter, a solução encontrada para manter a performance foi dedicar uma CPU para cada personagem. Já no NiGHTS Into Dreams, a equipe precisou usar uma CPU para os ambientes 3D, enquanto a outra ficava responsável pelos objetos 2D.

Mas se explorar os meandros do Saturn era algo que incomodava até os funcionários de estúdios da SEGA, imagine aqueles que também podiam lançar seus jogos no principal concorrente, que por sinal vinha aumentando sua base instalada num ritmo alucinante?
Os clássicos ainda disponíveis
Contudo, por mais que o SEGA Saturn não tenha recebido uma biblioteca de jogos tão grande e impactante quanto a do seu rival, muita coisa interessante acabou aparecendo nele. Aproveitando muito bem a fama que a fabricante tinha feito nos arcades, ele foi lar de boas adaptações, mas a plataforma também abriu espaço para títulos exclusivos.
Pensando nisso, decidimos criar uma lista com alguns dos melhores jogos que apareceram no SEGA Saturn, mas com uma regra importante: para aparecer aqui, tais títulos ainda precisam estar disponíveis em algum meio de distribuição digital, pois de nada adianta indicar um game que não pode ser jogado atualmente. Sendo assim, é por isso que você não verá diversos títulos que considero muito legais, como Sega Rally Championship, Shining Force III, Virtua Cop ou Die Hard Arcade.

Explicações feitas, vamos aos escolhidos (sem ordem de preferência):
Guardian Heroes
Como um grande fã dos beat 'em up, esta provavelmente foi uma das escolhas mais fáceis da lista. Mas mesmo que se enquadre no gênero, este título desenvolvido pela Treasure conquistou muitos admiradores justamente pela sua complexidade e por trazer uma série de elementos típicos de outros estilos.
Descrito como um, “fighting RPG”, Guardian Heroes contava com um enredo elaborado e um sistema de evolução de personagens, além de nos permitir executar golpes como se estivéssemos jogando um Street Fighter. Mesmo após quase duas décadas e meia após seu lançamento, praticamente nenhum título de “briga de rua” conseguiu entregar tanta qualidade quanto ele, o que certamente o coloca entre os melhores jogos de todos os tempos.
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Plataformas disponíveis: Xbox 360 e Xbox One (via retrocompatibilidade).
NiGHTS Into Dreams
Eu preciso confessar que nunca fui muito fã do NiGHTS Into Dreams, mas como falar do SEGA Saturn e não citar um dos seus jogos mais adorados? Visto por muitos como “o Sonic que o Saturn não teve”, a semelhança com os jogos do ouriço se devia ao fato do jogo ter sido criado pelo Sonic Team, mas isso não quer dizer que ele fosse uma mera cópia.
Com uma jogabilidade em duas dimensões, mas mostrando cenários em 3D, o jogo tinha gráficos muito bonitos, uma excelente trilha sonora e uma jogabilidade inovadora, que inclusive fez com que a SEGA lançasse um controle especifico para ele. Por tudo isso, NiGHTS Into Dreams acabou se tornando uma das principais caras daquele videogame, sendo até hoje reverenciado pelos seus fãs.
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Plataformas disponíveis: PC (via Steam), Xbox 360, Xbox One (via retrocompatibilidade) e PlayStation 3.
Panzer Dragoon
Se me permitem a liberdade, aqui eu trapacearei um pouco para incluir este jogo tão espetacular. Digo isso porque a versão original do Panzer Dragoon não está disponível em nenhuma plataforma digital, mas sim através de um remake para o Nintendo Switch e que deverá chegar também ao PC.
Conseguindo levar o console ao limite, este jogo foi a maneira encontrada pela SEGA para mostrar ao mundo que o Saturn poderia fazer frente ao PlayStation e embora isso nunca tenha acontecido de fato, ele conseguiu se tornar um dos títulos tecnicamente mais impressionantes daquela geração.
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Plataformas disponíveis: Nintendo Switch.
Radiant Silvergun
Se houve um gênero em que o SEGA Saturn se saiu muito bem, foi nos shoot 'em ups e entre os muitos jogos assim lançados para o console, Radiant Silvergun costuma ser apontado como o melhor de todos. Mais uma das pérolas da Treasure, ele trazia gráficos belíssimos, uma trilha sonora fantástica e uma campanha muito maior do que normalmente vemos em jogos assim.
Com um nível de dificuldade elevado, um dos seus principais destaques estava no seu sistema de power-up, que era baseada na nossa pontuação. Ou seja, quanto mais tempo você permanecesse vivo, mais forte ficaria a sua nave, o que nos forçava/incentiva a decorar o padrão de ataques dos inimigos e premiava aqueles que tinha reflexos mais apurados.
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Plataformas disponíveis: Xbox 360 e Xbox One (via retrocompatibilidade).
Darius Gaiden
E já que estamos falando de shoot 'em ups, vamos mudar da progressão vertical para a horizontal, com um dos melhores capítulos da franquia Darius. Nos colocando novamente no controle da Silver Hawk, o jogo contava com 27 estágios, sempre com eles terminando em um confronto com seres aquáticos como peixes, lulas ou caranguejos — uma marca registrada da série.
Nascido originalmente nos fliperamas, o console da SEGA recebeu uma adaptação praticamente impecável, com mudanças mais nítidas podendo ser ouvidas na trilha sonora. Isso fez com que ele se tornasse o jogo mais bem-sucedido da Taito para o SEGA Saturn e o colocou entre os melhores shmups que tiveram versões para o console.
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Plataformas disponíveis: PlayStation 4 e Nintendo Switch (através da coletânea Darius Cozmic Collection – Arcade Edition).
Street Fighter Alpha 2
Outro tipo de jogo que fez muito sucesso no SEGA Saturn foi o de luta e um dos poucos que ainda podem ser adquiridos digitalmente é o Street Fighter Alpha 2. Embora nunca tenha se tornado tão popular quanto a série principal, sempre gostei desta por considerar seus gráficos muito bonitos e por a sua jogabilidade ser mais acessível.
Funcionando tanto como uma continuação quanto como um remake do Street Fighter Alpha, o jogo mantinha muitos dos elementos introduzidos pelo antecessor, como a barra de Super Combo, os Alpha Counters ou os bloqueios aéreos, mas ele também trouxe mecânicas novas, como o sistema de Custom Combos.
Embora também tivesse aparecido no PlayStation, no SEGA Saturn o jogo tinha como vantagem a presença de personagens como Evil Ryu, EX Dhalsim e EX Zangief, além de acesso a uma galeria de artes e a um modo survival.
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Plataformas disponíveis: PC (via GOG); PlayStation 3, PSP e PS Vita (via retrocompatibilidade); Xbox One, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC (através da coletânea Street Fighter 30th Anniversary Collection).
Virtua Fighter 2
Mas apesar dos ótimos jogos de luta 2D, a SEGA sabia que precisava de um competidor nas arenas em três dimensões e ele surgiu com a criação da série Virtua Figther. Contando com uma jogabilidade refinada e personagens que se movimentavam de maneira muito realista, a série logo caiu nas graças dos apaixonados pelo gênero.
Eu sei que com isso arrumarei uma tremenda briga com os fãs de Tekken, mas para mim, os Virtua Fighters sempre foram superiores. Ver duas pessoas habilidosas se enfrentando em um desses jogos é, guardadas as devidas proporções, como estar assistindo uma luta de verdade, com os reflexos e timing fazendo toda a diferença entre ganhar ou perder. Hoje lembro com saudade do orgulho que sentia por poder jogar esta maravilha no conforto do meu lar.
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Plataformas disponíveis: PlayStation 3, Xbox 360 e Xbox One (via retrocompatibilidade).
Duke Nukem 3D
Depois de passar muitas horas na versão de Duke Nukem 3D para Mega Drive, encarar o jogo no SEGA Saturn foi como levar um soco na boca do estômago. Tudo bem, ela não tinha a mesma qualidade que os jogadores de PC receberam, mas esta adaptação era bastante divertida e tinha lá suas vantagens.
Uma delas era que ao utilizar uma engine própria, a Lobotomy Software conseguiu implementar um sistema de iluminação dinâmica, além de entregar alguns efeitos mais bonitos, como na água. O jogo ainda foi um dos poucos a aparecer no console e que faziam uso do Netlink, o que possibilitava a realização de partidas multiplayer através da internet.
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Plataformas disponíveis: PC, PlayStation 3, PlayStation 4, PS Vita, Xbox 360, Xbox One e Nintendo Switch.
Resident Evil
Talvez alguns não acreditem no que direi agora, mas a verdade é que o meu primeiro contato com o Resident Evil não foi num PlayStation, mas sim no SEGA Saturn que eu possuía na época. A atmosfera, a jogabilidade, os gráficos… Tudo naquele jogo era muito legal e por mais que o console da SEGA costumasse ser esquecido por muitas desenvolvedoras multiplataforma, foi uma alegria ter acesso a este clássico (mesmo que tanto tempo depois do jogo aparecer no PS1).
Hoje sua jogabilidade estilo tanque me incomoda muito, por isso considero o remake lançado em 2015 muito superior e simplesmente imperdível. Porém, se você quiser ver como foi o início da franquia, uma opção seria recorrer à versão para PlayStation que está disponível na PSN.
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Plataformas disponíveis: PlayStation 3, PSP e PS Vita (via retrocompatibilidade).
Tomb Raider
Outro jogo que se tornou quase um sinônimo do primeiro console da Sony, mas que felizmente também deu as caras no Saturn. Porém, o calcanhar de Aquiles do videogame da SEGA sempre foi os jogos em 3D e aqui esse problema se torna bem claro. Com a versão do Tomb Raider tendo ficado visualmente melhor no PlayStation, esta era uma das principais cartas utilizadas por quem tinha o aparelho da Sony quando queria contar vantagem.
Ainda assim, considero que o jogo rodava bem no SEGA Saturn, principalmente por esta versão apresentar uma boa taxa de frames por segundo. Contudo, se você quiser conhecer o início da carreira da Lara Croft, recomendo ficar com o remake lançado em 2007, o Tomb Raider: Anniversary.
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Plataformas disponíveis: PC (via Steam e GOG); PlayStation 3, PSP e PS Vita (via retrocompatibilidade).

 


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10 jogos que transformaram o Dreamcast numa lenda
Soulcalibur, Shenmue, Ikaruga... Relembre conosco alguns jogos que foram lançados para um dos mais adorados consoles de todos os tempos, o Dreamcast
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Dori Prata 18/08/2020 às 12:03

Quem nasceu depois do ano 2000 está acostumado a ver uma “guerra” entre Sony, Microsoft e Nintendo pela preferência dos gamers quando se trata de consoles, mas houve uma época em que outra gigante estava nesta disputa, a SEGA. Tendo conquistado uma legião de fãs com os seus videogames, hoje iremos falar sobre o Dreamcast, um aparelho que recebeu poucos, mas excelentes jogos.

Top 10 jogos de Dreamcast
Após ter registrado um desempenho muito fraco com o Saturn, a SEGA sabia que precisaria acertar com o seu próximo console. Para isso eles decidiram apostar em uma máquina cujo custo de produção fosse o menor possível e que não fosse tão complicado de desenvolver jogos quanto no seu antecessor.

Então, em 1997 o CEO da divisão americana da companhia, Shoichiro Irimajiri, escolheu 11 pessoas para dar início a um ambicioso projeto que contava com a colaboração da 3dfx e da Microsoft, tendo ficado conhecido internamente como Blackbelt. Porém, do outro lado do mundo uma equipe diferente aproveitava o conhecimento da NEC para também tentar criar um console, projeto este que foi batizado em homenagem a personagem da série Virtua Fighter, Dural.
A ideia de pessoas “competindo” para entregar o melhor aparelho possível podia ser interessante na teoria, mas alguns fatores acabaram atrapalhando os americanos. Um deles foi a intenção de usar uma Voodoo 2 como placa de vídeo, pois assim que a 3dfx passou a oferecer suas ações na bolsa de valores, a empresa viu-se obrigada a revelar seu contrato com a SEGA. Aquilo revoltou a porção japonesa da fabricante de consoles, fazendo com que eles rompessem o contrato e escolhessem a solução oferecida pela NEC.

O problema é que no meio desta disputa estava a Electronic Arts, uma empresa que contava com franquias muito importante, mas que não gostava da ideia de desenvolver para a arquitetura PowerVR. No entanto, a possibilidade de perder uma aliada tão poderosa não parece ter assustado os executivos japoneses e em 1998 eles renomearam o projeto como Katana.
Conforme o desenvolvimento prosseguia, eles decidiram adicionar um modem de 33.3 kbps em cada unidade — mesmo com isso encarecendo o custo do console em US$ 15. Além disso, graças a aquela proximidade com a Microsoft, optaram por utilizar uma versão customizada do Windows como sistema operacional e o DirectX como API, o que facilitaria a adaptação de jogos de PC para o console.


Por fim, graças a uma parceria com a Yamaha, eles optaram pelo GD-ROM como mídia. Embora parecesse um CD, aquele disco podia armazenar até 1 GB de dados, mas ao contrário do que a SEGA esperava, a mídia proprietária não impediu que a pirataria fosse comum no seu videogame.
Mas e quanto ao nome que seria utilizado? Para isso eles criaram uma competição, onde mais de 5 mil opções foram sugeridas. A escolha acabou sendo por Dreamcast, uma mistura das palavras Dream e Broadcast, para mostrar como aquele aparelho poderia trazer a internet para a casa das pessoas.
Ao todo, estima-se que foram gastos algo entre 50 e 80 milhões de dólares no desenvolvimento do Dreamcast, além de outros US$ 200 milhões nos jogos e mais US$ 300 milhões na divulgação. Porém, nem esta exorbitante quantia nem o fato do console ter chegado ao mercado um ano e meio antes dos concorrentes foram suficiente para garantir o seu sucesso, fazendo com que em março de 2001 a SEGA anunciasse que além de estar encerrando prematuramente o ciclo de vida do aparelho, iria deixar de participar do mercado de hardware.
Foi um melancólico fim para um videogame que estava a frente do seu tempo em diversos aspectos, mas que felizmente deixou uma biblioteca com alguns jogos espetaculares.

Shenmue
Para mim, é impossível falar sobre o Dreamcast e não lembrar imediatamente de um dos melhores jogos de todos os tempos, o Shenmue. Idealizado por Yu Suzuki, a história de vingança protagonizada por Ryo Hazuki me fascinou de uma maneira que eu nunca imaginei que seria possível e por isso ainda tenho um carinho especial por ele.
Hoje em dia o Shenmue pode não ter o mesmo impacto de quando foi lançado, mas para quem teve a oportunidade de jogá-lo naquela época, era incrível a maneira como ele funcionava como um “simulador de vida”. Trabalhar, treinar, precisar dormir ou simplesmente andar pela cidade para conversar com as pessoas ou jogar um pouco de fliperama... Coisas simples, mas que não era comum vermos em jogos.
Por ter sido tão revolucionário, não espanta a obra prima de Suzuki ter se tornado referência para muitos outros jogos que vieram depois.
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Power Stone 2
Pegue diversos lutadores, coloque quatro eles para se enfrentarem em vários lugares e deixe o caos acontecer. Se isso te lembrou um série de sucesso da Nintendo, tudo bem, mas em Power Stone os confrontos aconteciam em arenas 3D (o que na minha opinião deixava tudo muito mais divertido).
O primeiro jogo foi legal, mas com o segundo a Capcom conseguiu elevar a diversão a um novo patamar, conseguindo melhorar quase tudo o que existia no antecessor. Parecia então que estava nascendo uma franquia que nos daria muitos capítulos, mas infelizmente isso não aconteceu e até hoje vemos muita gente pedindo por um Power Stone 3.
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Resident Evil: Code Veronica
Lançado exclusivamente para o Dreamcast, por algum tempo o Code Veronica foi um dos jogos que mais deram orgulho a quem possuía o console. Mantendo muito do que havia transformado a série em sucesso, este capítulo ainda contava com uma novidade muito legal: cenários totalmente feitos em 3D.
Porém, a Capcom sabia que a pequena base instalada do videogame da SEGA não seria suficiente para fazer com que o título se saísse bem comercialmente e um ano depois ele acabou chegando ao PlayStation 2 e mais para frente, até no GameCube. Ainda assim, como foi bom ser dono de um Dreamcast e ter a oportunidade de jogar antes de quase todo mundo um dos melhores jogos da franquia.
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Ikaruga
Um dos títulos mais conhecidos e respeitados do gênero, Ikaruga nasceu nos arcades, mas foi no Dreamcast que ele ganhou popularidade. A primeira vista aquele título podia ser considerado mais um mero Shoot 'em up, mas a maneira como ele nos colocava para alternar entre duas cores para evitarmos os disparos inimigos (e os acertarmos) era algo simplesmente genial.
Aquela mecânica conseguia adicionar uma camada de estratégia que os jogos do estilo não possuíam, fazendo com que o título seja reverenciado ainda hoje e continue tão divertido quanto antes. Felizmente esta maravilha criada pela Treasure está disponível em diversas plataformas — do PC ao PlayStation 4, passando até mesmo pelo Nintendo Switch.
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Phantasy Star Online
Se lá pelos últimos anos da década de 90 alguém me dissesse que um dia eu poderia ligar meu videogame para jogar um RPG com pessoas que moravam do outro lado do mundo, eu provavelmente duvidaria da sua sanidade. Porém, foi justamente isso o que um Dreamcast conectado a internet e com uma cópia do Phantasy Star Online nos possibilitava.
Hoje em dia, jogar online é algo comum, praticamente obrigatório em muitos títulos, mas nunca esquecerei de ter que ficar acordado até de madrugada só para poder me ligar à web e assim enfrentar algumas missões ao lado de jogadores que nem sabia quem eram. Saudosismo da limitação técnica eu não tenho, mas de sentir como se eu estivesse vivendo no futuro, disso tenho sim.
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Skies of Arcadia
Uma coisa temos que reconhecer: para quem gosta de RPGs, o Dreamcast não pode ser considerado uma boa plataforma, mas isso não quer dizer que ele não tenha recebido alguns bons jogos assim. E entre eles, eu não tenho a menor dúvida em apontar o Skies of Arcadia como o melhor de todos.
Nele controlamos Vyse, um pirata que a bordo do seu navio voador precisará fazer o possível para impedir que o Império Valuan destrua o mundo. Com gráficos bonitos, uma história interessante e deixando de lado alguns paradigmas dos JRPGs (batalhas por turnos, pontos de experiência, etc), trata-se de um jogo que infelizmente foi jogado por muito menos pessoas do que deveria e que precisa urgentemente de um relançamento.
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Quake 3 Arena
Lembra quando falei sobre a experiência de jogar o PSO via internet? Agora imagine poder disputar frenéticas partidas de Quake 3 da mesma maneira. Pois com o saudoso videogame da SEGA isso não só era possível, como era praticamente obrigatório! Tudo bem, muitas vezes a conexão não ajudava, com o lag prejudicando consideravelmente as partidas, mas nem isso me impediu de passar um bom tempo neste FPS.
Na época eu utiliza meu Dreamcast para me dividir entre os mata-matas online dele e do Unreal Tournament e se hoje não consigo ver muita graça em jogos assim, foi muito legal poder ter um vislumbre do que só se tornaria mais comum vários anos depois.
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Marvel vs Capcom 2: New Age of Heroes
Alguns poderão dizer que este nem foi o melhor jogo de luta a aparecer naquele console, título que poderia ser dado ao Garou: Mark of The Wolves, ao Capcom vs. SNK 2 ou ainda ao Street Fighter III: 3rd Strike, mas caramba, como eu me diverti com o MvC2!
Depois de ter torrado tanto dinheiro nos fliperamas, era muito bom ter a oportunidade de jogar esta maravilha no conforto da minha casa e por isso este deve ter sido um dos GDs que mais tempo ficou no meu videogame. Talvez seja por isso que ainda hoje aponto este como mais do que um dos destaques do Dreamcast e sim como um dos mais divertidos jogos de luta já criados.
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Jet Set Radio
Quando o Jet Set Radio (ou Jet Grind Radio) foi lançado, ele trouxe consigo uma novidade muito interessante e que seria aproveitada por inúmeros títulos depois: gráficos no estilo cel-shading. A maneira como aquela direção artística fazia parecer estarmos vendo uma revista em quadrinho em movimento era algo muito bacana e logo o título se destacou.
No entanto, não pense no JSR como apenas uma carinha bonita. Além de contar com uma trilha sonora inesquecível, sua jogabilidade era muito divertida, funcionando como um inusitada mistura entre as séries Crazy Taxi e Tony Hawk. Curiosamente, a última vez que a série recebeu um novo capítulo foi em 2002, quando o Jet Set Radio Future foi lançado para o Xbox.
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Soulcalibur
E se eu comecei a lista falando de um jogo que é praticamente sinônimo de Dreamcast, a terminarei da mesma maneira. Sendo uma continuação do Soul Blade, foi com o Soulcalibur que a série ganhou mais popularidade e um dos motivos para isso foi a maneira como ele mostrou ao mundo do que a aquela geração seria capaz.
Visualmente impecável, ver aqueles lutadores se movendo pela tela era uma experiência impressionante e por isso até quem não gostava muito de jogos de luta resolvia dar uma chance a ele. É claro que se colocado ao lado dos capítulos mais recentes, o Soulcalibur pode não parecer nada demais, mas mesmo com toda a tecnologia atual, nenhum deles conseguiu causar o mesmo impacto que aquelas batalhas com armas brancas causaram ao chegar no Dreamcast.
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carloshfc

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Com o primeiro produto lançado pela Sega para o mercado doméstico completando 60 anos, conheça a história de uma das mais amadas empresas dos games.
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Dori Prata 34 semanas atrás

A indústria de games já viu a ascensão e a queda de muitas empresas. Editoras e/ou desenvolvedoras que foram tão adoradas quanto odiadas, companhias cujos executivos se esforçaram ao máximo para garantir mais um dia de funcionamento, mas de todo nos nomes que marcaram essa mídia, talvez nenhuma tenha mostrado tanta resiliência quanto a Sega.


Sega
O início da caminhada… no Havaí

Contar o início de uma empresa tão antiga quanto a Sega não é uma tarefa das mais fáceis, com diversas versões podendo ser encontradas sobre ele. No caso especifico da data de fundação, é possível encontrar informações variadas sobre como tudo começou, mas irei me basear neste recorte de jornal publicado no Havaí.

Segundo ele, em setembro de 1946 Irving Bromberg e o seu filho, Marty Bromley (Martin Jerome Bromberg) fizeram uma parceria com James L. Humpert para que começassem a fabricar máquinas caça-níqueis e fliperamas. O objetivo deles era abastecer as bases norte-americanas que ficaram espalhadas pela Ásia após o término da Segunda Guerra Mundial. Com base em Honolulu, a empresa foi batizada como Service Games.
Aproveitando toda a experiência que Irving havia adquirido montando essas máquinas na década de 30, Martin e James passaram a controlar a companhia, até que em 1951 o governo norte-americano resolvesse banir os caça-níqueis das bases militares. A dupla então enviou o vendedor Richard Stewart e o mecânico Raymond Lemaire para o Japão, onde estes criaram uma divisão japonesa da empresa e após eles passarem a fornecer máquinas para a Europa, logo haviam se tornado um dos principais nomes do ramo.

Alguns anos depois, mais precisamente em 1960, a Service Games, Japan acabou sendo dividida, dando origem à Nihon Goraku Bussan e à Nihon Kikai Seizo. Foi também nesta data em que eles lançaram o primeiro produto que carregaria o seu nome, a jukebox doméstica batizada como Sega 1000.
É por isso que apesar de a própria Sega considerar sua fundação como tendo acontecido em 1951, muitos preferem encarar a sua chegada ao mercado doméstico como o ponto de partida da empresa. No fundo é uma questão de opinião e a minha é de que se não fossem por aquele corajoso trio na década de 40, talvez nada do que vimos depois tivesse acontecido.


Fusão, aquisição e um submarino
Mas enquanto os olhos da Sega estavam voltados para as jukebox, um americano chamado David Rosen e que havia servido na Guerra da Coreia começou a se tornar um magnata dos fliperamas no Japão. Com presença em mais de 200 estabelecimentos no arquipélago, a Rosen Enterprises fazia muito sucesso graças a genialidade do engenheiro Hisashi Suzuki e após uma negociação com Bromley, em 1965 eles decidiram se unir para fundar a Sega Enterprises Ltd.
Foi dali que nasceu o primeiro grande sucesso da companhia em relação a jogos, um fliperama eletro-mecânico que imitava um submarino e se chamava Periscope. Nele o jogador tinha que olhar por um periscópio para poder atirar em navios e com tamanho interesse por parte do público, a Sega passou a chamar a atenção de outras empresas.
Uma delas foi o conglomerado de mídia Gulf+Western, que em 1969 acabou fechando um acordo para comprar a Sega. O negócio fez com que cinco anos depois a Sega se tornasse uma empresa americana de capital aberto e por ter se aproximado tanto do ramo de entretenimento, mirar nos videogames seria o caminho óbvio a se seguir. Naquela época a Atari vinha faturando muito com o Pong e ao fazer uma parceria com a Gremlin Industries, chegava a hora deles testarem este novo terreno.
O desempenho da Sega no mercado de games começou a mostrar resultados, com títulos como Turbo e Zaxxon agradando os consumidores e a distribuição do Frogger nos Estados Unidos tendo sido uma aposta acertada. Porém, devido a problemas financeiros pelos quais vinha passando a então dona da Sega, ela acabou sendo vendida para a Bally Midway, que optou por interromper o desenvolvimento de jogos nos EUA.
Rosen não gostou da decisão e enxergando potencial no mercado de games, em 1984 juntou-se a Hayao Nakayama e Isao Okawa para comprar o braço japonês da companhia e com aquele movimento a empresa voltava a ser japonesa.
A aposta nos consoles
Mas antes mesmo de passar para as mãos dos novos donos, a Sega viu na produção de consoles uma boa oportunidade e em 1983 lançou o seu primeiro videogame. Com o nome de SG-1000, embora ele não tenha sido considerado um grande sucesso, conseguiu vender mais de dois milhões de unidades em todo o mundo. Na mesma época eles ainda lançaram o SC-3000, que apesar de ter um hardware muito parecido com o do SG-1000, vinha equipado com um teclado e era vendido como um computador doméstico de 8-bit.
Tais aparelhos serviram para a empresa ganhar experiência, até que em 1986 lançasse aquele que foi o responsável por permitir o primeiro contato de muitos ocidentais com os jogos da companhia, o Sega Mark III — ou como é mais conhecido, o Master System! Surgindo como um adversário de peso para o Nintendinho, o console fez um enorme sucesso em territórios que pareciam irrelevantes para a Nintendo, como o Brasil ou a Europa Ocidental.
Contado com gráficos muito bonitos para época e nos permitindo jogar em casa versões mais simples (mas nem por isso menos divertidas) de vários sucessos dos arcades, o Master System rapidamente se tornou o sonho de consumo de muitas crianças brasileiras na década de 80, com mais de 20 milhões de unidades tendo sido vendidas desde então.
O gênese de uma guerra

Mas se com o Master System a Sega mostrou que poderia desafiar a Nintendo, foi com o seu sucessor que ela mostrou que queria conquistar o mundo. Lançado no Japão em 1988 — e um ano depois nos EUA, como Sega Genesis — o Mega Drive contou com uma campanha de marketing agressiva, com a fabricante deixando claro que estava disposta a entrar numa guerra.
Comandada por Michael Katz, a Sega of America instituiu duas etapas para conseguir conquistar a região: uma campanha publicitária que tentava mostrar o quão próximo dos fliperamas estava aquele console, de onde surgiu o lendário slogan “Genesis does what Nintendon't”; já a segunda parte foi o investimento na criação de jogos que fossem facilmente reconhecíveis por usar o nome e aparência de celebridades, personagens famosos e atletas.
De certa forma a estratégia traçada por Katz obteve sucesso, com o Mega Drive tendo vendido mais de 40 milhões de unidades (sendo metade disso só nos EUA) e principalmente, tendo registrado uma taxa de jogos vendidos x console impressionante, com 16:1. Isso fez com que ele conseguisse a melhor proporção de todos os tempos, um número duas vezes maior que o alcançado pelo Super Nintendo.
Parte disso deve ser creditado aos muitos ótimos jogos lançados para o “Sega Genesis”, entre eles o Sonic the Hedgehog 2. Além de ser apontados por muitos como o ápice da franquia, o título tem uma importância muito grande para a indústria, pois foi graças a sua campanha de divulgação que usava a frase “Sonic 2sday” (um trocadilho com a palavra tuesday), que criou-se a tradição de grandes lançamentos acontecerem na terça-feira.
Mas mesmo com um bom desempenho comercial e tendo recebido duas extensões não tão bem sucedidas assim (o Sega CD e o 32X), a batalha em que o Mega Drive se meteu deixou cicatrizes. Além de ter encarado dois videogames da Nintendo (NES e SNES), ele ainda precisou dividir espaço com o TurboGrafx-16, com o NeoGeo e com o Atari Jaguar. Isso fez com que aquele console não vendesse tanto quando poderia e com a iminente chegada de uma nova concorrente, a Sega se via obrigada a cravar um sucesso ainda maior.
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Na beira do precipício
E foi assim que em 1994 a companhia colocou nas lojas japonesas o seu novo console, o Saturn. Usando o CD como mídia, ele trazia um hardware muito mais poderoso que o seu antecessor, mas devida a sua arquitetura, apresentava um novo desafio muito grande aos desenvolvedores.
Na época não tínhamos muita noção disso, mas desde o início o Sega Saturn dava indícios de que não teria um bom desempenho. Com o seu lançamento nos EUA tendo sido antecipado devido ao anúncio da chegada do PlayStation, a fabricante foi incapaz de manter os estoques das lojas abastecidos e pior do que isso, não tinha uma linha de jogos que motivasse as pessoas a investirem US$ 399 na sua aquisição.
Porém, como nada está tão ruim que não possa piorar, na mesma E3 em que foi revelado que o Saturn já estava disponível houve um anúncio ainda mais bombástico. Disposta a conquistar o público, a Sony revelou que o preço do seu console de estreia seria de apenas US$ 299, praticamente acabando ali com qualquer chance que a Sega pudesse ter no ocidente.
Os anos foram passando e o Saturn nunca conseguiu se mostrar um competidor a altura. Sabendo que aquela geração estava perdida, restava à Sega mirar num novo console e em novembro de 1998 eles lançaram o Dreamcast. Parecia que a empresa havia voltado aos velhos tempos, com um aparelho extremamente poderoso e repleto de novidades interessantes, como um controle que contava com uma tela ou a possibilidade de disputarmos partidas pela internet.

Contando com uma biblioteca repleta de ótimos jogos, o Dreamcast foi um videogame espetacular, sendo muito difícil encontrarmos uma pessoa que teve um e que não o admira até hoje. Contudo, aquele foi o videogame certo, lançado no momento errado, já que pouco depois a Sony nos apresentou a aquele que viria a se tornar o console mais vendido da história, o PlayStation 2.
Qualquer pessoa que acompanhasse a indústria de games na época sabia que a Sega estava em maus lençóis, mas isso não foi o suficiente para nos preparar para algo impensável: através de uma notícia publicada no jornal Nihon Keizai Shimbun em 21 de janeiro de 2001, o mundo ficou sabendo que a empresa estava saindo do mercado de venda de consoles.
Apesar da informação ter sido negada num primeiro momento, depois os executivos da Sega acabaram admitindo a decisão e que com isso eles passariam a desenvolver jogos para outros videogames, incluindo aí o próprio PS2. Para os fãs daquela companhia tão antiga a estratégia pareceu uma traição, mas com o tempo eles entenderam que ou era isso, ou fechar as portas.
A Sega no Brasil e a parceria com a Tectoy
Se no Brasil a Sega sempre teve uma presença muito forte, isso s deve a parceria feita com uma empresa fundada em setembro de 1987, a Tectoy. Focando inicialmente em brinquedos de alta tecnologia, ela viu no Master System uma ótima oportunidade de negócios e em 1988 lançou a Zillion, uma pistola que se tornou um enorme sucesso comercial, o que posteriormente acabou abrindo as portas para que o videogame passasse a ser fabricado por aqui.
Mas esta é apenas a parte da história contada pelo ponto de vista dos negócios. Do lado do consumidor, o que ficou foi a lembrança das muitas campanhas publicitárias encomendadas pela Tectoy; o serviço telefônico Hot Line, que nos fornecia dicas; o clube de sócios Master Clube e o programa Master Dicas, que ia ao ar nos intervalos da Sessão Aventura, na rede Globo.
Porém, eu sempre lembrarei da Tectoy pelo excepcional trabalho de localização e adaptação que a empresa fez em alguns jogos, tanto para o Master System quanto para o Mega Drive. Se hoje sou um apaixonado por RPGs, isso se deve a oportunidade que tive de jogar o Phantasy Star em português lá no final da década de 80. Também há de se elogiar o trabalho feito em jogos como Mônica no Castelo do Dragão, Férias Frustradas do Pica-Pau ou mesmo por levar o Street Fighter II para o Master System.
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Matéria bem rasa sobre essa jornada da SEGA amenizando tanto os pontos positivos quanto as cagadas da empresa.

Sobre esse Street de Master System, acho engraçado. O jogo só é algo meio raro e tem umas telas bonitas, porém É INJOGAVEL! Golpes simplesmente não saem e não existem. Tirando o visual, aquilo não é Street Fighter, wqualquer coisa, menos algo que lembre de longe a sensação de se jogar Street Fighter e até os clones piratinhas de NES são melhores.

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sebastiao coelho neto

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Matéria bem rasa sobre essa jornada da SEGA amenizando tanto os pontos positivos quanto as cagadas da empresa.

Sobre esse Street de Master System, acho engraçado. O jogo só é algo meio raro e tem umas telas bonitas, porém É INJOGAVEL! Golpes simplesmente não saem e não existem. Tirando o visual, aquilo não é Street Fighter, wqualquer coisa, menos algo que lembre de longe a sensação de se jogar Street Fighter e até os clones piratinhas de NES são melhores.

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acho que qualquer matéria que tente resumir 60 anos de uma empresa em poucos parágrafos será sempre rasa. Mas o ponto de partida está aí, pra que o tópico seja enriquecido com a contribuição dos usuários.

Quanto ao caso do SF do MS, vale mais pelo esforço da Tec Toy em deixar seu console de maior sucesso sempre em evidência que em louvar o game como algo próximo a um GOTY..
 

rjorge

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Algo assim da Nintendo é impossível de sair.
Mais fácil aumentar os preços em aniversário da empresa.

A Sega sempre respeitou mais os fãs.
Espero que a Microsoft continue a política atual e siga como a sucessora da melhor empresa japonesa de games.
 

Sega&AMD

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pobre vitima espero e desejo que o universo conspire a seu favor SEGA, quem se sabe se
 

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Vou dar uma olhada nas promos, vi CoH2 por 1 real, talvez compre a edição completa, também tem DoW3 por 10 pila, será que arisco?
Warhammer 2 é mais parecido com Civ ou é mais difícil/complexo? Sou dos RTS.
 

Devon_

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Vou dar uma olhada nas promos, vi CoH2 por 1 real, talvez compre a edição completa, também tem DoW3 por 10 pila, será que arisco?
Warhammer 2 é mais parecido com Civ ou é mais difícil/complexo? Sou dos RTS.
Dos RTS que joguei, Dawn of War 2 me lembra um Warcraft 3 com mais foco nos heróis. Do que me lembro o jogo mal tem basebuilding.

Dessa promo devo pegar o Dawn of War 3.

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Landstalker

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Fico feliz por eu ter sido lembrado como o melhor RPG de todos os tempos.
 

Fatofi

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Esse Golden Axed é bem divertido pra um protótipo, uma pena que foi cancelado :(

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O erro dos produtores foi insistir em colocar uma pegada God of War com uma equipe bem pequena. Bastava seguir o estilo de Dragon’s Crown que já ficaria bom...
 

rjorge

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Vou dar uma olhada nas promos, vi CoH2 por 1 real, talvez compre a edição completa, também tem DoW3 por 10 pila, será que arisco?
Warhammer 2 é mais parecido com Civ ou é mais difícil/complexo? Sou dos RTS.
Comprei aquele Core Collection que vem os 3 DoW sem as expansões por 22 reais.
Sempre tive curiosidade nessa franquia.

Aproveitei e peguei o Alien Colonial Marines. Instalei os patches dos fãs para corrigir a m* que a Gearbox fez.
 

lorenço

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Esse Golden Axed é bem divertido pra um protótipo, uma pena que foi cancelado :(

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Curti pra caramba também. Gostei muito da jogabilidade é bem simples mas satisfatória.

Pelas imagens achei q ia ser um jogo travado mas não é, é bem ágil na movimentação.

Uma pena q só tem um estágio pra jogar
 

rogermaximal

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O Golden Axe foi uma boa surpresa. Só senti falta das magias. Apertei tudo quanto é botão no controle e nada.

E pensei que enfrentaria o BOSS, mas passou batido....
 

DarkVoid

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Comprei aquele Core Collection que vem os 3 DoW sem as expansões por 22 reais.
Sempre tive curiosidade nessa franquia.

Aproveitei e peguei o Alien Colonial Marines. Instalei os patches dos fãs para corrigir a m* que a Gearbox fez.

Se puder recomendo pegar as expansões, sempre ouvi que Dark Crusader é melhor que o DoW padrão, mas só pega o que realmente for vantagem, claro.
 

Devon_

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Se puder recomendo pegar as expansões, sempre ouvi que Dark Crusader é melhor que o DoW padrão, mas só pega o que realmente for vantagem, claro.
O básico e o Winter Assault joguei muito, junto do Dark Crusade. Os 3 são ótimos, a campanha do básico e do DC são muito boas. Já o Soulstorm tenho aqui só que joguei muito pouco. Estando barato eu pegaria, Dawn of War é sempre bom.

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DarkVoid

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Peguei CoH2 Master Collection, DoW3, coleção do Mega e Genesis, Sonic de corrida e Motorsport Manager, achei boa a promo e felizmente está acabando, gastei demais.
 

sebastiao coelho neto

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Semana Amplitude Studios. Walpappers no site oficial e 75% de desconto nos jogos da desenvolvedora no Steam

 
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