Eu parto do princípio de que a própria visão de mundo na moral cristã reconhece tanto a virtude como a miséria humana em sua forma mais primitiva e até selvagem/animalesca.
Em termos mais simples, é alicerçar bases muito mais seguras e realistas ao pensamento conservador, que assume com muito mais naturalidade posturas humildes, prudentes e de autopreservação espiritual e material, defendendo conceitos e idéias que se consolidaram a partir da tentativa e erro, da observação contínua e dos aprendizados sólidos da trajetória humana.
Um conservador trabalha com a realidade fria, um esquerdista jamais. O primeiro jamais irá duvidar da crueldade intrínseca ao ser humano, e lidará com isso de forma mais direta e racional. O segundo não acredita nessa dialética, para ele o ser humano não possui a capacidade de ser mal por si, mas apenas e sempre por culpa de fatores e agentes externos.
Não vejo de forma nenhuma a conceituação esquerda/direita no mesmo patamar de comparação. Dá para comparar e deduzir certos comportamentos irrisórios e superficiais, que são presentes em qualquer grupo humano, mas não há paralelo comparável na essência intrínseca às duas visões das coisas. Apenas 1 desses conceitos é "ideologia" [no sentido necessariamente negativo da palavra].
Os princípios e valores são absolutamente díspares. Tanto é natural ser do sexo masculino ou do sexo feminino como é natural respirar, existir e nascer. Para apenas 1 dos lados, você existe antes de nascer. Para o outro, você só existe depois que nasce, só tem sexo depois que escolhe, só tem vida se respira por si só.
O esquerdista convicto, identificado com cada uma das partes do todo, correspondentes entre si dentro do meticuloso e manufaturado arcabouço das ideias de esquerda, é o emissário do antinaturalismo e do antimaterialismo, escravo do exercício de sugerir a realidade sem nunca retratá-la objetivamente, a menos que fazê-lo seja benéfico a construir uma narrativa favorável à ideologia.
Como a necessidade de “desconstrução” das ideias e de tudo usando a desculpa de “questionar” é incontrolável, essas pessoas esvaziam o sentido de “valor” e “preço”, subtraindo o valor moral dos seres e o preço material das coisas, para tornar tudo e qualquer coisa ao mesmo tempo gratuito, banalizado, permissível e negociável. Tudo deve valer nada para que cada coisa e ideia possa ser reconstruída numa nova visão revolucionária em que o valor e o gênero sejam neutros e classificados ao sabor das circunstâncias e dos desejos de cada um.
O conservador argumenta apontando os fatos e o mau caráter. O esquerdista argumenta apontando sugestões da realidade ou narrativas criadas por si mesmo e relativizando responsabilidades e culpas. O conservador entende de forma natural e óbvia que a força e a capacidade de ação do homem foi prevalente para que a preservação das mulheres fosse determinante para a sobrevivência da espécie humana desde a pré-história, passando por toda a antiguidade e além. O esquerdista vê isso como “injusto, irreal, opressão, patriarcado, almôndegas.”
O homem é a força motriz por trás do desenvolvimento e do aperfeiçoamento material e tecnológico durante toda a trajetória humana, desde os fundamentos da filosofia até o advento do foguete e além. Isso é fruto do ímpeto inventivo e virtuoso do ser humano [homens e mulheres], mas a iniciativa é mais caracterizada no sexo masculino. “Não. Isso na verdade é injusto, irreal, opressão, patriarcado, nhoques.”
O conservador assume que não sabe de todas as coisas, mas entende as regras e aceita jogar o jogo. O esquerdista, justamente por se arrogar conhecimento superior da natureza e dos fatos humanos, não aceita as regras e só quer apertar RESET toda hora porque “não valeu”.
Quer dizer, nada para eles “valeu”. São a negação de tudo. Promovem e defendem justamente ideias nesse sentido: negação do próprio sexo, negação da própria aparência, ódio aos pais, às tradições, às regras, à responsabilidade, ao bem público, ao bem privado, ao trabalho, ao mérito, ao capitalismo, à pobreza, ódio e negação da realidade defendido e explicado na ponta da língua com o verniz da literatura “superior” recomendada por sociólogos e intelectuais de esquerda.
Tem que jogar tudo fora todo dia e recomeçar a humanidade do zero, de preferência com todo mundo igual, pensando igual e, se possível, com a mesma cor de pele, por favor. Porque já viu, né.. onde houver uma ou mais famílias brancas, haverá opressão, preconceito e ódio. Por parte destes, claro.
Acho que ser esquerdista depois dos 20 anos revela certo gosto a qualquer coisa de infantil ou egoísta. Sim, justamente egoísta, totalitário e forçoso. Aos esquerdistas "de coração", saibam que desprezo e combato ANTES o amarramento dessas ideias do que as pessoas que as adotam como compreensão da realidade.