O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


Sem FHC, Plano Real jamais teria saído, diz Bacha

End Of The Line

Bam-bam-bam
Mensagens
8.191
Reações
5.895
Pontos
404
A capacidade de liderança do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi um dos pontos fundamentais do sucesso do Plano Real, lançado há 20 anos, afirmou nesta quinta-feira o economista Edmar Bacha, professor da PUC-Rio, que estava na equipe que implementou o Plano Real. "Se FHC não existisse, esse plano jamais teria saído", declarou Bacha em palestra durante debate sobre os 20 anos do Plano Real, na PUC-Rio.

Segundo o economista, no contexto da elaboração, Fernando Henrique era um intelectual de peso, um político importante e tinha capacidade de "conversar e influenciar" o então presidente Itamar Franco. "Era o único que podia reunir esse bando", disse Bacha, referindo-se, além dele mesmo, aos economistas André Lara Resende, Pérsio Arida e Gustavo Franco, entre outros.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/
 

De Flitsend

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
3.319
Reações
3.208
Pontos
703
Ele foi bom na medida dos piores.

Longe de ser um monstro que destruiu o Brasil como muitos o taxam.
 

Coffinator

Mil pontos, LOL!
Mensagens
63.058
Reações
182.356
Pontos
1.029
Ele destruiu o Brasil mergulhando em crises sem fim e pedindo dinheiro ao FMI e não tinha bolsa família, não tinha pobre ganhando dinheiro, não tinha melhora de vida, salário mínimo de R$100,00, não éramos amigos íntimos de Cuba, Venezuela, aposentado era vagabundo, funcionário público não era respeitado e a seleção ainda era temida.

Pronto, postei todos os argumentos petistas para denegrir a imagem do homem.
 

Pingu77

Mil pontos, LOL!
Mensagens
22.644
Reações
29.812
Pontos
1.114
Devem estar ganhando mais fazendo propaganda para o PSDB do que para o PT.
 

Isaac Meadow

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
3.385
Reações
4.652
Pontos
703
Pode ser, mas um plano econômico que funcionasse sairia cedo ou tarde, com ou sem FHC, até pq a economia dependia disso.
 


yage

Lenda da internet
Mensagens
12.801
Reações
53.499
Pontos
1.613
Uma coisa eu tenho certeza, se fosse o Lulão a gente estaria até hoje com o Cruzeiro.
 

thiago_rariz

Bam-bam-bam
Mensagens
10.743
Reações
8.560
Pontos
454
O plano Real foi um dos acerto do FHC em sua atuação politica. Mas ele era politico e sociólogo, não economista, portanto o papel dele foi apenas esse, politico, e não técnico.
 

edineilopes

Retrogamer
Mensagens
28.634
Reações
97.149
Pontos
1.854
Curioso como mais de uma década depois, o governo FHC ainda é citado constantemente, como se tivesse sido o primeiro presidente desde todo o sempre.

Sobre o tópico, acho interessante, em se falando de Plano Real, mostrar como era a vida do brasileiro antes dele:

Se é para falar do passado, fica aí uma contribuição para quem não viveu a época e não dimensiona a importância do Plano Real:

--1403904430313_956x500.jpg

--1403904429581_956x500.jpg

--1403904428683_956x500.jpg

--1403904427962_956x500.jpg

--1403904427185_956x500.jpg

--1403904425369_956x500.jpg

--1403904423421_956x500.jpg



A inflação era uma doença muito séria e o "remédio" foi bastante difícil de suportar. Povo brasileiro sofreu para conter a inflação.
 

thiago_rariz

Bam-bam-bam
Mensagens
10.743
Reações
8.560
Pontos
454
Curioso como mais de uma década depois, o governo FHC ainda é citado constantemente, como se tivesse sido o primeiro presidente desde todo o sempre. Acho interessante, em se falando de Plano Real, mostrar como era a vida do brasileiro antes dele:

Talvez por ele ter sido o primeiro presidente eleito democraticamente que terminou o mandato, já que Collor sofreu impeachment e Sarney não foi eleito diretamente.
 

edineilopes

Retrogamer
Mensagens
28.634
Reações
97.149
Pontos
1.854
Talvez por ele ter sido o primeiro presidente eleito democraticamente que terminou o mandato, já que Collor sofreu impeachment e Sarney não foi eleito diretamente.
Após a ditadura, sim. Sarney e Itamar eram vices. Pensando nisso, mostra como ainda era frágil a democracia e a credibilidade do país.
 

Vei pescador

Mil pontos, LOL!
Mensagens
23.533
Reações
18.517
Pontos
1.464
Carta aberta a Fernando Henrique Cardoso


Meu caro Fernando,

Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete comtudo este debate teórico. Esta carta assiada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).
Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.
O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartir com você... Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.
No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?
Conclusões: O plano real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.
E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. UM GOVERNO QUE CHEGOU A PAGAR 50% AO ANO DE JUROS POR SEUS TÍTULOS, PARA EM SEGUIDA DEPOSITAR OS INVESTIMENTOS VINDOS DO EXTERIOR EM MOEDA FORTE A JUROS NORMAIS DE 3 A 4%, NÃO PODE FUGIR DO FATO DE QUE CRIOU UMA DÍVIDA COLOSSAL SÓ PARA ATRAIR CAPITAIS DO EXTERIOR PARA COBRIR OS DÉFICITS COMERCIAIS COLOSSAIS GERADOS POR UMA MOEDA SOBREVALORIZADA QUE IMPEDIA A EXPORTAÇÃO, AGRAVADA AINDA MAIS PELOS JUROS ABSURDOS QUE PAGAVA PARA COBRIR O DÉFICIT QUE GERAVA. Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. VERGONHA FERNANDO. MUITA VERGONHA. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identifica com o seu governo...te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito - Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.
Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar... Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este pais.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.
Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.
Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço

Theotonio Dos Santos​


Theotonio dos Santos Júnior (Carangola, 11 de novembro de 1936) é um economista e cientista político brasileiro. Um dos formuladores da Teoria da Dependência. Hoje é um dos principais expoentes da Teoria do Sistema Mundo. Mestre em Ciência Política pela UnB e doutor "notório saber" pela UFMG e pela UFF. Professor emérito da UFF. Presidente da Cátedra e Rede UNESCO-Universidade das Nações Unidas (UNU) de "Economia Global e Desenvolvimento Sustentável" - REGGEN.
 

Makenshi

Mil pontos, LOL!
Mensagens
8.548
Reações
8.466
Pontos
1.124
O plano Real foi um dos acerto do FHC em sua atuação politica. Mas ele era politico e sociólogo, não economista, portanto o papel dele foi apenas esse, politico, e não técnico.


Eu ia postar isso:

bJFWNm4.jpg

http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,itamar-diz-que-psdb-nao-e-o-pai-do-plano-real,396314


Mas daí continuei pesquisando e achei isso:

MZzhE2d.jpg

http://20anosdoreal.epocanegocios.globo.com/entrevistarubensricupero.html


Se o próprio Ricupero admite a importância de FHC para o Real ter dado certo e reduz a própria, desmentindo o velho Itamar... quem sou eu pra contestar? Mesmo que ele tenha dito isso pra colocar panos quentes no assunto, minha obrigação é obedecer Jesus e dar a César o que é de César... :kmaroto
 

Warlocker

Mil pontos, LOL!
Mensagens
7.490
Reações
10.077
Pontos
1.364


Essa parada de que a deflação foi estupidamente natural e ocorreu por ocorrer foi uma das maiores insanidades que eu ja li.

"Sabe aquele problema economico devastador que atingia-nos de forma cada vez mais severa por decadas? Acabou por acabar, nao acredite nesses economistas que disseram que sao responsaveis por isso so porque botaram outra moeda e tentaram reeducar os rumos da economia"... HUE..

O FHC não é um mago salvador da patria, o real nao é la uma estrategia exatamente diferente de outras tentativas anteriores, nem é uma ideia que fugia do obvio, foi apenas melhor planejado e bem feito. O que e muito se comparado a serie de fracassos anteriores do Collor e outros. O fato que deu certo, e não é como se o Lula e o PT apoiassem, naquela epoca eles jogavam areia, repudiavam, goravam e o escambal. Que bom que eles admitiram que estavam errados ne?

E não, nossa economia nao era forte, putaquepariu, nossa economia estava individada em frangalhos por decadas, ces acham mesmo que nos teriamos uma economia forte instantaniamente depois que resolvemos um dos principais problemas? Como diabos voces acham que uma economia funciona? Que o planalto tem um botao magico "deixar a economia forte" e isso acontece?

Mas conseguimos base pra termos uma economia decente atraves dos proximos anos, e isso aconteceu sim. Uma economia cheio de remendos, como ja era esperado, mas uma economia que progredia pelo menos.

Dai o Lula assumiu e que surpresa que os rumos da economia dele eram identicos em muitos sentidos aos da economia anterior, mexendo nas mesmas taxas, "apertando os mesmos botoes", como se a maquina nao tivesse mudado de operador.
 

edineilopes

Retrogamer
Mensagens
28.634
Reações
97.149
Pontos
1.854
Eu ia postar isso:

Se o próprio Ricupero admite a importância de FHC para o Real ter dado certo e reduz a própria, desmentindo o velho Itamar... quem sou eu pra contestar? Mesmo que ele tenha dito isso pra colocar panos quentes no assunto, minha obrigação é obedecer Jesus e dar a César o que é de César... :kmaroto
Um plano desses não é uma de uma pessoa só.

Mas a carga "impopular" das medidas caíram principalmente no colo do FHC, junto com algum mérito que tentam de todas as formas tirar. Itamar estava bastante magoado e enciumado com o fato do FHC ter virado o "pai" do Real, até quase desestabilizou a economia, querendo decretar calote em Minas.
 

Flame Vicious

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
33.306
Reações
75.522
Pontos
744
Como se a inflação naquela época era o dobro da de hoje?


Os números de hoje são extremamente maquiados.

Putz, naquela época com R$100 dava pra fazer o que com R$500 não se faz hoje!

E pera la...100 reais? OK, o salário mínimo era muito mais baixo naquela época, mas se bem me lembro, era um pouco maior que 100 reais.
 

thiago_rariz

Bam-bam-bam
Mensagens
10.743
Reações
8.560
Pontos
454
Os números de hoje são extremamente maquiados.



E pera la...100 reais? OK, o salário mínimo era muito mais baixo naquela época, mas se bem me lembro, era um pouco maior que 100 reais.
E naquela época não eram maquiados?
O IBGE é uma instituição séria. A FIPE também.

Em 95 eram exatamente 100 reais o minimo.
 

Flame Vicious

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
33.306
Reações
75.522
Pontos
744
E naquela época não eram maquiados?
O IBGE é uma instituição séria. A FIPE também.

Em 95 eram exatamente 100 reais o minimo.


Podiam ser também, não tinha consciência de economia naquela época, era uma criança. Agora, hoje quem vai num super mercado sabe que os preços estão maiores e cada vez mais é difícil se consumir o que se consumia.
 

End Of The Line

Bam-bam-bam
Mensagens
8.191
Reações
5.895
Pontos
404
Podiam ser também, não tinha consciência de economia naquela época, era uma criança. Agora, hoje quem vai num super mercado sabe que os preços estão maiores e cada vez mais é difícil se consumir o que se consumia.

Não.
Eram sim mais caro.
Problema e que estamos comparando períodos diferentes.
A moeda perde valor com o tempo.

Basta olhar para o dólar em épocas diferentes.
 

edineilopes

Retrogamer
Mensagens
28.634
Reações
97.149
Pontos
1.854
Talvez por ele ter sido o primeiro presidente eleito democraticamente que terminou o mandato, já que Collor sofreu impeachment e Sarney não foi eleito diretamente.
Só um adendo, esqueci de comentar, isso deveria expressar o quanto ele pegou um país em situação precária e atrasada.

E imagina o ridículo que seria o FHC, em vez de enfrentar os vários problemas do Brasil que tinha para administrar, ficar reclamando do passado, da época do Figueiredo, ou culpando a mídia pelas notícias ruins...
 

Duolks

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
4.235
Reações
7.106
Pontos
703
Como se a inflação naquela época era o dobro da de hoje?


Pior que dava mesmo... não preciso nem voltar tanto, em 2000 eu já tinha 16 anos e se comparar com hoje a diferença já é grotesca... qto mais voltando mais 5 anos qdo entrou...
 

Knives

Mil pontos, LOL!
Mensagens
8.161
Reações
3.249
Pontos
1.369
Entrei só pra postar isso:
Plano Luca Pacioli – O Paper Que Resultou no Plano Real

ADMINISTRAÇÃO DAS NAÇÕES ECONOMIA ECONOMIA BRASILEIRA HISTÓRIA ADMINISTRATIVA DO BRASIL O BRASIL QUE DÁ CERTO — 24 February 2014


O Plano Real completa 20 anos, com os elogios de sempre da imprensa tucana e a modéstia singela dos seus formuladores.
O Plano Luca Pacioli foi uma proposta que serviu de inspiração para o Plano Real.
Foi elaborado por Professores de Contabilidade da USP, daí o nome Luca Pacioli. Não tinha autor e circulou anonimamente.
Anonimamente porque este professores sabiam que ninguém do governo jamais implanta ideias dos outros, especialmente de contadores.
Circulou a partir de 1992 nos meios acadêmicos e entre alguns jornalistas, como Ricardo Galuppo da Veja, e Roberto Muylaert da TV Cultura.
Este inclusive o entregou pessoalmente a FHC, para alertar das modificações incorretas introduzidas no Real e que não existiam na ideia original.
Como por exemplo o artigo 8 do Plano Real. Enquanto todos os setores da economia eram obrigados a usarem a URV, o setor financeiro teve mais 4 meses de lucros inflacionários, a seguir:
§ 1º – Os cheques, notas promissórias, letras de câmbio e demais títulos de crédito e ordens de pagamento, continuarão a ser expressos exclusivamente em cruzeiros reais, até a emissão do Real.
Enquanto o Plano Luca Pacioli rezava:
F. Todos os depósitos e contas bancárias serão convertidos em dólar no primeiro dia do plano, primeiro de junho. Todos os DOCs e transferências bancárias serão feitos em dólar. Os bancos perderão os seus ganhos inflacionários, e as pessoas deixarão de perder 1% ao dia, resgatando a confiança e credibilidade do sistema financeiro.
Preocupado com o que Roberto Muylaert apontava, FHC até pediu nomes de Contadores de Custos proeminentes, que assustadoramente nenhum havia sido até então consultado, e os nomes do Prof. Eliseu Martins e do Prof. Antoninho Marmo Trevisan foram adiantados e devidamente anotados por FHC, mas não procurados.
Não se sabe qual “mutação”do Plano Luca Pacioli foi usada pela equipe e quem a apresentou, ou se foi somente uma daquelas coincidências, “estava no ar”.
Estava no ar entre contadores, mas seu ponto inovador, que diferia radicalmente de todos os outros três planos fracassados, é que argumentava que um país precisava primeiro ter uma Contabilidade Forte e não uma Moeda Forte para acabar com a inflação, tese de todos os planos anteriores.
Não é a moeda de um país que precisa ser forte. É a contabilidade de uma nação que deve ser forte e precisa.
Todo país requer um sistema de referência confiável, que permita aos indivíduos registrar e comparar preços.” Plano Luca Pacioli
Foi esta ideia “inovadora” que resultou na URVinização nos quatro meses que anteciparam a troca da moeda de Cruzado para Real.
Nenhum outro plano tinha sequer pensado nisto antes.
Inovadora está entre aspas, porque contadores de multinacionais fazem um Plano Real todo dia. É algo corriqueiro. Óbvio.
Multinacionais sempre contabilizam em dólar, e portanto sempre tiveram uma contabilidade forte e estável, apesar de operarem num país de moeda fraca, o próprio Real de hoje. Assustador é que nenhum dos formuladores do Plano Cruzado, Plano Bresser, Plano Collor, pensaram nisto antes.
Escreve Gustavo Franco em 20 anos do real:
“Depois de 20 anos, a adoção generalizada da URV ainda está cercada de uma aura de mistério e fascinação”
De fato. Ninguém sabe até hoje de quem é aquele Plano anônimo. A tática do anonimato deu certo.
Miriam Leitão e Maria Clara do Prado, nos seus livros sobre o Real, nunca mencionaram que contadores, como Antonio Lopes Sá, assessor do Itamar, discutiam entre si o Plano Luca Pacioli.
Achar que Itamar deu carta branca a FHC para fazer um plano deste é subestimar o então Presidente, mineiro e desconfiado como todos.
Continua Gustavo Franco:
Entre os especialistas(sic) o Real é lembrado como uma das experiências de estabilização mais engenhosas que a humanidade já conheceu”.
Não entre os modestos contadores de multinacionais, que faziam isto todo dia. E notem o ato falho de Gustavo Franco: uma das experiências (novas usando seres humanos) mais engenhosas. Economia brasileira tem sido uma série de experiências econômicas usando seres humanos sem prévio consentimento.
Não, o Plano Luca Pacioli não foi uma experiência nova usando seres humanos. Foi algo já feito e testado por contadores de multinacionais, daí a certeza de seu sucesso por parte dos tais professores.
Todos os outros planos de combate à inflação, Plano Cruzado, Plano Bresser, Plano Collor, partiam da premissa que o país precisava de uma Moeda Forte, que a inflação era causada por uma Moeda Fraca que ninguém mais confiava, e por isto a insistência de juros altos. E, no caso do Real, a malfadada âncora cambial.
Mas como se vê no artigo de Gustavo, que sequer captou o espírito do Plano e continua a insistir na necessidade de uma moeda forte, agora definida como estável.
“A URV era uma “moeda estável”, ou uma unidade de conta protegida da inflação”, diz Franco.
Não, não foi isto que a URV proporcionou ao Brasil.
A URV proporcionou o que multinacionais sempre tiveram, uma contabilidade forte num país de moeda fraca.
Isto por sinal trazia uma vantagem competitiva às multinacionais, que continuavam a se concentrar nos seus negócios.
Nas empresas brasileiras com contabilidade fraca, elas se concentravam em ganhar com a inflação. Tanto é que o Diretor Financeiro foi o rei neste período, o que não ocorria com as multinacionais que mantinham foco no seu negócio.
Tragicamente, o Plano Real somente permitiu ao povo brasileiro uma contabilidade forte por quatro meses.
Pedro Malan iria mais tarde, como parte do Plano Real, proibir as empresas brasileiras de usar uma contabilidade forte, proibindo a indexação da contabilidade das empresas, achando que contabilidades fortes causam inflação.
Fica tragicamente claro que os formuladores copiaram a Plano Luca Pacioli sem entender a sua essência, somente a sua mecânica.
E nem a mecânica acertaram, pois a ideia de que os preços em Reais seriam a média dos quatro meses anteriores em URVs foi um erro monumental, razão do pedido para que FHC conversasse com Contadores de Custos que saberiam a fórmula correta. O anonimato dos autores originais se provou um erro, mas talvez sem eles o plano nunca teria sido copiado.
Se você é um historiador, economista ou contador de custos, vale a pena analisar exatamente onde os dois planos diferem entre si.
Para ver onde ele foi deturpado e que setores foram favorecidos, como o Setor Financeiro que já vimos antes.
O Plano Real, ao contrário do Plano Pacioli, estendeu mais quatro meses de lucros de float e lucros inflacionários.
Percebe-se pela sua leitura que o Plano Luca Pacioli era conceitualmente superior e muito mais internamente consistente que o Plano Real.
O Plano Real seguiu ipsis litteris de A até H como se pode notar, mas não aceitaram os itens I e J, razão dos problemas que temos até hoje.
Notem uma frase do Plano Luca Pacioli devolver ao povo brasileiro a noção de preços, do que realmente é caro e barato“, usada por FHC no anúncio do Plano Real.
Aqui transcrevo o Plano Luca Pacioli original, que desmistifica o que a imprensa tucana fala do Plano Real. Num artigo próximo falarei dos oito erros do Plano Real que perduram até hoje, e que fazem do Plano Real um fracasso a longo prazo, apesar do seu sucesso a curto prazo. Aguardem.
PLANO LUCA PACIOLI
A inflação destrói todo tipo de referencial de caro e barato, o que por si a realimenta.
Uma das razões para se eliminar a inflação é justamente resgatar o referencial de preços ao sistema de produção.
Nunca se pensou o contrário: Resgatar o referencial de preços como uma precondição para a eliminação da inflação.
Não é a moeda de um país que precisa ser forte.
É a contabilidade de uma nação que deve ser forte e precisa.
Todo país requer um sistema de referência confiável, que permita aos indivíduos registrar e comparar preços.
Não que nossos economistas não soubessem disso, mas achavam que a única saída era lutar por uma moeda forte, o que traria como consequência uma contabilidade forte. Nunca deu certo.
Ao devolver ao povo brasileiro a noção de preços, do que realmente é caro e barato, esta é a precondição para o combate à inflação.
Apesar de se noticiar que o pão subiu 28% no mês, nenhum leitor é capaz de dizer se de fato o preço do pão é mais caro ou mais barato do que um ano atrás, uma situação que por si só gera inflação.
Devolver à economia uma proporcionalidade entre os preços, entre o pão e o leite, e que reflita a relativa escassez dos produtos entre si.
Os congelamentos de preços fizeram justamente o contrário, distorceram o mecanismo de preços como efetivos sinalizadores da escassez dos produtos.
O plano que resolveria estas questões e tiraria pelo menos a inflação inercial funcionaria em linhas gerais assim:
A. Dia primeiro de setembro, por exemplo, uma data previamente divulgada com um mês de antecedência, todos os preços seriam transformados em dólar.
Os preços não seriam congelados, seriam simplesmente cotados em dólar, ao nível de mercearia e supermercados inclusive.
O pagamento seria em cruzeiros pela taxa de câmbio do dia anterior.
Não seria uma dolarização da moeda, como na Argentina, o dólar não circularia, nem parcialmente.
Nem tampouco seria uma âncora cambial, onde contratos em cruzeiros possuiriam cláusula de correção cambial, por não se tratar de um indexador de contratos financeiros.
Não é a estabilidade da moeda que se procura aqui, mas a estabilidade da forma pela qual os preços são contabilizados.
O que se procura é resgatar a estabilidade dos preços e não da moeda, resgatar a noção de caro e barato, elemento fundamental para uma estabilização efetiva da economia.
B. Num primeiro momento os preços em dólar deverão cair, na medida que as empresas criarem confiança de que não se trata de um congelamento, nem a preparação de um congelamento do câmbio. O governo atual possui credibilidade para tanto. Caso contrário haverá uma pequena inflação inicial nos preços em dólar.
A tendência porém é de queda. Supermercados por exemplo, que embutiam cinco dias de inflação para produtos que ficavam cinco dias nas prateleiras, embutirão somente um dia de inflação, por utilizarmos o câmbio do dia anterior. Isto significaria uma queda dos preços em dólar de 4%.
Os preços a prazo cairão 30%, uma vez que em dólar o preço a prazo é praticamente igual ao preço à vista. Não haverá por esta razão perigo de uma inflação em dólar. O câmbio não será congelado.
C. No terceiro ou quarto mês, dependendo da reação popular, as pessoas voltarão a ter uma noção de preços.
Voltarão a ter a noção de que um hamburguer custa entre 2,80 a 3,10 dólares, dependendo do local. Voltaremos a ter esta noção de preços sem traumas e congelamentos artificiais.
D. No quarto mês ocorre o ponto diferente do plano.
Cria-se uma moeda nova, o cruzeiro verde, ou outro nome apropriado.
O hamburger de 2,80 dólares passa a custar 2,80 CVs. As notas de cruzeiros antigos deixam de ter valor, e ao contrário dos planos anteriores, não poderão ser usadas.
Precisarão ser trocadas efetivamente nos bancos por cruzeiros verdes à taxa de câmbio do dia D da conversão. Exemplo: 1 cruzeiro verde para cada 87 cruzeiros antigos.
E. A reforma monetária é a parte final do plano, não a parte inicial do plano, como foi feito erradamente nos demais planos.
Embora o plano tenha alguns outros detalhes que veremos em seguida, percebe-se que não houve congelamento, e ao mesmo tempo os preços relativos da economia se ajustaram nos três primeiros meses do plano, ao contrário dos outros planos, onde os preços relativos de dispersaram.
A população adquiriu um sentimento de valor e preços sem um custo maior para a economia e sem o artificialismo do congelamento de preços.
A inflação inercial foi eliminada sem grandes traumas. Não há a circulação de duas moedas ao mesmo tempo.
Provavelmente este plano não eliminará a retomada da inflação, pois todas as causas ainda não foram eliminadas. Mas ao contrário dos outros planos, este não gera inflação reprimida, que normalmente explodia na parte final dos outros planos, no descongelamento.
Estaremos reduzindo a inflação de 30% para 1% ao mês, patamar inclusive apropriado para levar as demais medidas a bom termo.
Vamos continuar.
F. Todos os depósitos e contas bancárias serão convertidos em dólar no primeiro dia do plano, primeiro de junho. Todos os DOCs e transferências bancárias serão feitos em dólar. Os bancos perderão os seus ganhos inflacionários, e as pessoas deixarão de perder 1% ao dia, resgatando a confiança e credibilidade do sistema financeiro.
Não haverá necessidade de correr para ativos reais, nem colocar em fundos indexados.
G. Todos os pagamentos serão feitos em cruzeiros. Todas as retiradas bancárias serão feitas em cruzeiros, convertidos à taxa de câmbio do dia anterior. A moeda nacional continua o cruzeiro. Aos bancos será permitido cobrar uma taxa de serviço entre compra e venda, para amenizar e reduzir as resistências ao plano. Em troca terão de arcar com os prejuízos possíveis de um descolamento e descasamento entre ativos e passivos nos três meses da fase de transição.
H. Os contratos a rigor não precisarão ser refeitos. Bastaria converter a UFIR, o IGP-M, e a maioria dos indexadores de contratos de aluguel etc. Não será necessário refazer todos os contratos. Os contratos indexados em IGP não precisariam ser indexados pelo dólar. Este plano é um plano contábil mais do que outra coisa. Ele se estende a toda economia, o que já ocorre no setor de imóveis, carros importados, consultaria, etc.
I. Depois da conversão de cruzeiros para cruzeiros novos, mantém-se intacto os mecanismos de correção monetária. Tiramos somente a inflação inercial e ainda não é o momento de destruir as pontes como nos planos anteriores. Provavelmente este plano terá de ser efetuado mais de uma vez, num processo de sintonia fina. Nosso primeiro passo é efetuar a sintonia bruta, para depois efetuar a sintonia fina.
J. A forma de acabar com a indexação não passa pela sua eliminação pura, como foi feito em alguns planos anteriores. A eliminação da indexação se faz pela dilatação do período de indexação, de mensal para bimensal, para semestral, para anual e assim por diante.
Os depósitos à vista crescerão e o recolhimento compulsório ao Banco Central idem. O Governo reduzirá a sua dívida onerosa, boa parte desta dívida em outros países é simplesmente moeda. Isto deverá reduzir o deficit público pela metade, boa parte causado pelos juros elevados da dívida pública.
Os bancos que perdem assim o seu lucro inflacionário, poderão aumentar o seu float para uma semana ou até duas, como ocorre nos Estados Unidos, auxiliando neste intento de transformar dívida em moeda em circulação.
K. O índice geral de preços passa a ser coletado com base nos preços a vista das principais matérias primas o IGP/C. C de Contábil. Isto elimina as distorções dos índices coletados, que superestimaram a inflação nos demais planos, e causaram a sua derrocada.
Ao contrário do que se pensa, o que fracassou nos demais planos foi o efeito de superestimação da inflação que ocorre na saída de um congelamento, e que gerou uma rápida bola de neve de inflação ascendente.
A maioria dos economistas atribui esta escalada da inflação ao fracasso dos inúmeros planos, e não a um erro na metodologia empregada na coleta de preços que não prevê nem congelamentos nem descongelamentos.
 
Topo Fundo