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Sem merenda: quando férias escolares significam fome no Brasil

Sgt. Kowalski

Lenda da internet
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Sem merenda: quando férias escolares significam fome no Brasil


O pano de prato vermelho adorna há dias a tampa do fogão e não existe expectativa de que ele seja retirado dali em breve: não há comida para preparar no barraco em que Alessandra, de 36 anos, mora com cinco filhos - o mais velho de nove anos e o menor de 16 dias. As crianças, em férias escolares, pulam e correm agitadas, se escondem entre as vielas, e Alessandra sabe que em breve chegará o momento em que elas vão pedir para almoçar.
"Me corta o coração eles quererem um pão e eu não ter. Já coloquei os meninos na escola pra isso mesmo, por causa da merenda. Um pouquinho de arroz sempre alguém me dá, mas nas férias complica", afirma Alessandra, que, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde mora. No dia da entrevista à BBC News Brasil, os filhos de Alessandra iriam recorrer à casa da avó para conseguir se alimentar.

O drama de Alessandra não é incomum. As férias escolares - quando muitas crianças deixam de ter o acesso diário à merenda - intensificam a vulnerabilidade social de muitas famílias em todo o país. Embora variem em conteúdo e qualidade - às vezes são apenas bolacha ou pão, em outras, são refeições completas de arroz, feijão, legumes e carne - as merendas ocupam função importante no dia a dia de certos alunos. Para essas crianças, nos períodos sem aulas é que a fome, uma ameaça ao longo de todo ano, se torna uma realidade a ser enfrentada.

No Paranoá Parque, conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida que fica a 25 minutos de distância do Palácio do Planalto, em Brasília, as crianças passam os dias livres empinando pipa, de estômago vazio. "No final da tarde, elas me pedem, 'tia, tem um pãozinho aí para mim?' Se chega pão de doação, acaba tudo em um minuto", conta Maria Aparecida de Souza, líder comunitária no bairro.

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"No final da tarde elas me pedem, 'tia, tem um pãozinho aí para mim?' Se chega pão de doação, acaba tudo em um minuto", conta Maria Aparecida de Souza (de pé), líder comunitária no bairro. — Foto: Arquivo pessoal

Foi ali que, em 2017, um menino, na época com oito anos, desmaiou de fome durante as aulas e virou notícia nacional. Ele estudava em um colégio a 30 km de distância de sua casa, onde recebia como refeição apenas bolacha e suco. De lá para cá, a situação dos quase 30 mil moradores da área não parece ter melhorado.

"É muito desemprego, mães com cinco, seis ou oito filhos que não têm nada dentro de casa. Nem mesmo colchão, gás para cozinhar ou cobertor para este frio. Nas férias, algumas mulheres não têm o que dar aos filhos. Tenho 48 anos, sempre trabalhei nisso (assistência comunitária), e nunca vi a coisa tão ruim quanto está agora. Temos aqui no bairro 285 famílias em situação de miséria total", diz Souza.

'Se eu pagar a prestação da casa, não temos o que comer'

Embora não haja estudos nacionais que indiquem o tamanho da insegurança alimentar durante o período de férias escolares, uma série de indicadores comprova a evolução da pobreza no país e o modo como ela incide sobre as crianças.

De acordo com a Fundação Abrinq, que fez cálculos a partir de dados do IBGE, 9 milhões de brasileiros entre zero e 14 anos do Brasil vivem em situação de extrema pobreza.

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (Sisvan) identificou, no ano retrasado, 207 mil crianças menores de cinco anos com desnutrição grave no Brasil.

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'Testemunhos de pessoas em áreas de vulnerabilidade social indicam que (a merenda escolar) acaba sendo a garantia de consumo mínimo de alimentos durante o ano letivo para parte das crianças', diz especialista; acima, merenda de escola cearense, em foto de arquivo — Foto: Eduardo Aigner/MDS

A mais recente pesquisa de Segurança Alimentar do IBGE, de 2013, apontava que uma a cada cinco famílias brasileiras tinha restrições alimentares ou preocupação com a possibilidade de não ter dinheiro para pagar comida.

Se a pesquisa fosse feita hoje, a família da faxineira Marinalva Maria de Paula, de 57 anos, se enquadraria nessa condição. Com uma renda de R$ 360 mensais para três adultos e uma criança, ela se vê cotidianamente frente a decisões dramáticas:

"Se eu pagar a prestação do apartamento ou a conta de água, não temos o que comer. Quando a situação aperta, prefiro dar comida pra minha neta e durmo com fome", conta Marinalva, que teme despejo do prédio do Conjunto Habitacional (COHAB) em que mora, em São Paulo, por falta de pagamento do valor do imóvel e do condomínio.

A vasilha de arroz funciona como um termômetro da aflição de Marinalva: no dia da entrevista, restavam apenas dois dedos de cereal no pote. Com as férias da criança, de 3 anos, a comida que avó consegue manter nos armários acaba mais cedo e é preciso partir em busca de doações. O fenômeno que acontece na casa da faxineira já havia sido identificado pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) em 2008, quando um terço dos titulares do Bolsa Família declaravam em pesquisa que a alimentação da família piorava durante as férias escolares.

"Quando minha filha me deu essa neta pra criar, ela me disse: 'mãe, ou você pega a menina, ou eu vou matar ela de fome'. Eu aceitei e agora estou nessa situação. Passo as noites acordada pensando, vou vivendo de pinguinho. Minha neta levanta de manhã e quer o pão dela, e eu me viro e me rebolo, porque na escola ela recebe e em casa eu não posso dizer pra ela que não tem pão."

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Marinalva e a neta em busca de doações para garantir a alimentação da família — Foto: Mariana Sanches/BBC News Brasil

Marinalva não consegue emprego formal há quatro anos. Ela está muito longe de atingir a renda mínima familiar, estimada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em R$ 4.214, 62, para suprir sem carências as necessidades com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência dos quatro integrantes da casa. O valor, calculado em julho, equivale a quatro vezes o salário mínimo atual, de R$ 998.


Fome e obesidade nas escolas públicas


Na outra ponta do problema, professores e gestores escolares em diferentes partes do país confirmaram presenciar situações de fome à BBC News Brasil. A pedido dos profissionais, alguns entrevistados não serão identificados para não expor ou estigmatizar escolas e alunos.

"De fato há uma crise no país e a percepção de que o aluno vai para a escola para comer é real, a gente é que aproveita a ida dele para ensinar", afirmou Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato dos professores da rede estadual paulista (Apeoesp) e deputada estadual (PT-SP).

Na favela carioca do Complexo da Maré, a coordenadora do Projeto Uerê, Yvonne de Mello, que oferece refeições e aulas complementares a alunos de 6 a 18 anos, corrobora as palavras de Maria Izabel: "Neste ano e no ano passado, tenho recebido crianças que não conseguem aprender de maneira nenhuma. Não porque têm deficiência mental, mas porque não se alimentaram direito. Tive duas crianças no Uerê que desmaiaram. (A criança) começa a passar mal, a vomitar. Quando vai ver, não houve alimentação no dia anterior", relata.

Na periferia de Belém (PA), Lilia Melo, professora do ensino médio, conta que a colônia de férias da escola pública onde ensina ganhou adesões depois que passou a oferecer lanches.

"Esses dias, servi bolo com suco e vi um dos alunos levantando em direção a sua mochila. Depois percebi que ele deixou de comer para guardar para mais tarde. Perguntei por que, e ele não disse nada. Dei mais um pedaço e ele comeu. Na saída ele revelou: 'professora, tô levando pro meu irmão'. Ele tem um irmão de quatro anos. Então, há aqueles que levam 'para mais tarde' mas que no fundo querem garantir para seus familiares."

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Nove milhões de crianças brasileiras entre zero e 14 anos do Brasil vivem em situação de extrema pobreza; acima, iniciativa de 2010 em Belo Horizonte que ofereceu merenda a alunos durante as férias — Foto: Gercom Barreiro/Prefeitura de Belo Horizonte

Em escolas de São Paulo, a insegurança alimentar aparece mesmo durante o ano letivo, após poucos dias sem aula. "Percebo que na segunda-feira os alunos chegam com muita fome, não comeram o suficiente no fim de semana. O cardápio da segunda não é um dos preferidos deles, mas, ainda assim, as crianças comem mais do que a média dos outros dias", afirma o diretor de uma unidade de ensino na zonal sul.

Um professor da rede pública paulistana relembra o caso de uma aluna do período noturno que, sem comida em casa, trazia o filho menor para também se servir da merenda. "Com certeza algumas crianças no período de férias ficam desprovidas de uma refeição", conclui.

"Testemunhos de pessoas em áreas de vulnerabilidade social realmente indicam que (a merenda escolar) acaba sendo a garantia de consumo mínimo de alimentos durante o ano letivo para parte das crianças", explica à reportagem Elisabetta Recine, professora e coordenadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília. "Considerando as projeções de que a pobreza e extrema pobreza devem aumentar, as crianças devem sofrer as consequências disso."

Simultaneamente à fome, há outro problema a ser enfrentado: as crianças brasileiras estão cada vez mais obesas, incluindo as de baixa renda. O excesso de peso não revela uma alimentação de qualidade. É, na verdade, sinal do contrário disso - há um aumento expressivo do consumo de alimentos baratos e ultraprocessados, ricos em calorias mas pobres em nutrientes, aponta um estudo publicado neste mês pela Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia.

Com isso, uma parte ainda pequena, mas preocupante das crianças de baixa renda, enfrenta uma dupla carga: a desnutrição aliada à obesidade.

"A obesidade tem crescido e vem atingindo cada vez mais a população menos favorecida socioeconomicamente", diz em comunicado Natanael Silva, um dos autores da pesquisa.

"A insegurança alimentar transcende a quantidade de comida", agrega Maria Paula de Albuquerque, pediatra nutróloga do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (Cren), entidade que atua em São Paulo.


Desnutrição atrapalha o ensino?


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Em conjunto habitacional do DF, há 'mães que não têm o que dar de comer aos filhos nas férias'; acima, merenda em escola brasiliense — Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Para evitar que alunos famintos tenham dificuldade de aprendizagem, algumas escolas instituem um rápido lanche antes do início das aulas, assim as crianças conseguem esperar pelas refeições sem perder o foco no conteúdo em classe.

Diferentes pesquisas acadêmicas indicam que o acúmulo de deficiências nutricionais - seja causado pela fome, seja pelo consumo de alimentos de baixa qualidade - pode causar impacto na habilidade de aprendizado infantil. "É difícil afirmar que a nutrição seja a causa específica e única de problemas no desenvolvimento infantil, quando a criança sofre também com um sistema educacional que não é adequado e com a falta de estímulos. Mas é um entre tantos fatores desse ciclo de pobreza cruel", aponta Albuquerque.

Ela ressalta, porém, que esse ciclo pode ser rompido, permitindo que mesmo crianças em situação de extrema vulnerabilidade atinjam seu potencial. "Ainda que viva em situações adversas, a criança é um infinito de possibilidades. Seu cérebro tem enorme plasticidade para absorver novos hábitos. É importante, porém, fortalecer também quem cuida delas. Não conseguimos melhorar a condição de uma criança sem melhorar também a situação de sua família."
 

Megabyte 2.0

Bam-bam-bam
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Tinha época que eu ia para escola e via meus amigos felizes para a hora da merenda, triste era ver que na hora da merenda -- que deveria ser sopa ou alguma comida que desse mais sustância -- era suco com bolacha, e isso ainda quando tinha merenda. Triste saber que um país "rico" como nosso ainda tenha gente passando fome, por isso que o Brasil não deve nem estar entre os top 10 ricos entre os mais ricos, caso fôssemos considerar por renda média.
 

X_1010_

Ei mãe, 500 pontos!
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"É muito desemprego, mães com cinco, seis ou oito filhos que não têm nada dentro de casa."

Imaginem uma sociedade dividida em dois, onde ambas as partes controlam a mesma quantidade de recursos. Só tem um porém: Uma metade da população se reproduz três vezes mais que a outra enquanto que os recursos permanecem os mesmos. Depois de 300 anos, qual das partes dessa sociedade vai ter uma qualidade de vida melhor? Quantidade ou qualidade?

Aí depois perguntam por que existe desigualdade social. A pessoa tem cinco filhos, cada um já vem puxando o cordão umbilical do próximo, mesmo sem ter a menor condição de se sustentar. Aí cabe ao pai Estado a responsabilidade de dar um rumo a essas crianças, mas como o Estado não é um pai muito competente boa parte delas continua na m****. Enquanto isso tem gente, que nem precisa ser rica necessariamente, que vai contra o próprio instinto natural de reprodução e tem só um ou dois filhos, talvez até nenhum, pra poder dar para a sua família uma qualidade de vida melhor. Como que vai haver igualdade num paradigma desses?

Aí dizem que a culpa é do capitalismo e de quem acumula riquezas. E cadê a responsabilidade de quem as dilui?
 


The End.

Ei mãe, 500 pontos!
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Lembro que na escola pública da minha cidade (interior de MG) tinha gente que só ia pensando na merenda mesmo. Costumavam até repetir sempre que possível. Frequentemente tinha até briga na fila.

Mas algumas crianças ficavam brincando de "guerra de pão" em protesto quando não davam "comida de verdade". Teve um dia que sobrou até para a professora.
 

Askeladd

Bam-bam-bam
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Se gastasse o bolsa família em comida isso não aconteceria.
Saco de arroz para toda essa turma deve durar 1 semana. O carro do ovo é 30 por R$ 10,00.

Mora em Paraisopolis só ir no bom prato e fazer uma refeição descente por dia R$ 1,00 por pessoa.
 

antonioli

O Exterminador de confusões
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Bom, isso é real. Infelizmente também ocorre o contrário. Em uma escola onde trabalho passou a haver almoço e janta e há muito desperdício. Infelizmente alunos preferem sair cedo do que almoçar, alguns tem vergonha de almoçar na escola e n outras coisas e deve chegar no máximo a 1/3 o número de alunos que come. Dependendo do que é ofertado (tipo moela) menos até. A noite a procura é maior porque muitos chegam do trabalho e tal, mas de manhã e especialmente de tarde é bem aquém do que deveria. É claro que também tivemos mães chorando de agradecimento por garantir que o filho tenha um lanchinho e almoço.

Uma outra coisa é que pelo menos 1/4 faz parte do programa bolsa família. Alguns nem comparecem e só vão fazer provas para segurar a vaga e o sistema só gasta e tira vagas de outros com pessoas que nunca aparecem. E quando dá m**** por causa das faltas a mãe vem put* da vida e cheia de razão por causa da injustiça.

Esse lance da alimentação ser escassa mas gerar obesidade faz sentido. Os lanchinhos feitos por "nutricionistas" são biscoitos, pão com margarina, bebida láctea ou suco com açúcar, etc. no fim sendo carboidratos simples e açúcar em maior parte. Embora seja ótimo ter almoço e janta, vejo também uma porção miserável de carne e muito arroz e feijão.

Enfim, é uma situação triste e não está pior agora. Sempre foi assim.
 

Chris Redfield

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Não tenho empatia nesses casos de pencas de filhos que vão para a escola para comer.

O choro é livre, assim como o planejamento familiar.

Planejamento familiar, assim como a qualidade das opiniões postadas nas redes, é proporcional a qualidade da educação a qual a pessoa tem acesso e acho que não precisaria dizer mas famílias de baixa renda são as que menos tem acesso a educação de qualidade.
 

Death Knight

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Como trabalho em escola pública, posso confirmar que em certas escolas em áreas mais carentes muitas crianças frequentam principalmente pela merenda. Já cansei de ver casos das crianças a tarde quase desmaiando por não terem comido nada, sendo a merenda (15:30 ~15:45 da tarde) a primeira refeição do dia.

A realidade em certas partes do país, inclusive nas áreas mais pobres das regiões metropolitanas é muito mais cruel para alguns do que a maioria imagina.

Tinha época que eu ia para escola e via meus amigos felizes para a hora da merenda, triste era ver que na hora da merenda -- que deveria ser sopa ou alguma comida que desse mais sustância -- era suco com bolacha, e isso ainda quando tinha merenda. Triste saber que um país "rico" como nosso ainda tenha gente passando fome, por isso que o Brasil não deve nem estar entre os top 10 ricos entre os mais ricos, caso fôssemos considerar por renda média.

Se levar em conta o PIB per capita, o Brasil não fica entre os maiores sequer na América Latina. Os indicadores socioeconômicos do Brasil não deixam dúvida, nosso país é pobre, embora tenha melhorado bastante nas últimas décadas.
 
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lucifeh

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Planejamento familiar, assim como a qualidade das opiniões postadas nas redes, é proporcional a qualidade da educação a qual a pessoa tem acesso e acho que não precisaria dizer mas famílias de baixa renda são as que menos tem acesso a educação de qualidade.
Mas precisa de quanto de educação para saber que catando latinha não dá para sustentar 5 filhos :kpensa?
 

ReInan

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Planejamento familiar, assim como a qualidade das opiniões postadas nas redes, é proporcional a qualidade da educação a qual a pessoa tem acesso e acho que não precisaria dizer mas famílias de baixa renda são as que menos tem acesso a educação de qualidade.
Passada de pano, uma pessoa não precisa mais do que um Q.I. de dois dígitos pra saber como funcionam as coisas.
 

RodrigoANBR

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obrigação de alimentar os filhos é dos pais.

ninguém mais ninguém menos.

nao tem o que comer mas esta dando pra alguem comer ne?

nao tenho pena nenhuma desse tipo de pessoas... tenho pena apenas das crianças.
 

Larva Maligna

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Estão criticando e debochando dos pais da criança e dos pobres, mas o maior culpado de todos ninguém comentou nada, que são os políticos/governantes que desviam dinheiro público todo dia, deixando de direcionar tais recursos para serem usados na educação (que envolve a questão da merenda escolar apontada na notícia). Essa questão engloba a corrupção, a má administração pública, a desídia do Estado, desinteresse dos governantes eleitos, etc.

Vocês esqueceram que isso ocorre em todos os lugares do país? Isto é: o desvio constante de verba pública a tal ponto de deixar desamparado as pessoas que necessitam de assistência e auxílio. Lembram por exemplo do escândalo de corrupção envolvendo merenda escolar em São Paulo?


Investigação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu que alunos de 30 municípios paulistas receberam merenda de qualidade inferior, devido ao cartel de empresas que atuava há pelo menos 20 anos no desvio de dinheiro público. Segundo a PF, os recursos eram desviados do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do governo federal. No total, a estimativa é que 65 contratos suspeitos tenham envolvido mais de R$ 1,6 bilhão.

Existem dois fatores muito graves nessa história que contribuem para essa situação, e um deles o pessoal expôs muito bem, de uma maneira brilhante, que é a falta de planejamento familiar e como muitas pessoas não pensam e acabam tendo filhos sem ter a mínima condição de sustentar elas. Pessoas de renda baixa que não pensam na questão de terem filhos e de como é difícil atender as necessidades básicas delas tendo pouco dinheiro.

Mas e os pais que tem apenas uma criança? Que vão na mesma escola miserável que os filhos da "família Buscapé"? Eles também entram nessa discussão de falta de planejamento familiar e controle de natalidade? E os pais que ganham um salário melhor mas os filhos sofrem com a questão da merenda nas escolas? Acho errado ficarem criticando apenas um lado da moeda, sendo que um dos maiores, se não o maior responsável, o Estado falido e corrupto, simplesmente é deixado de fora dessa situação toda.

Enfim, essa notícia só mostra o quão doentio e cruel são esses políticos e os demais envolvidos, a ponto de deixar crianças passando fome.
 
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PicaPauBiruta

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1- pobre como sempre , não tem condições de ter nem um cachorro de estimação, mas tem uma porrada de filhos, afinal camisinha, sexo anal ou gozar fora pra quê né ???

2- o estado como SEMPRE f**end0 em tudo no que toca, rouba do pobre, pra depois dar uma esmola pra deixá-lo no "cabresto" e ter assim um curral eleitoral, fora que impede que o pobre cresça profissionalmente através de mil e uma regulamentações inúteis que só ajudam aos parasitas públicos e de "sindigado", além de meter imposto até na comida, dificultando em algo tão essencial a vida.

3- escola é lugar de se estudar, quem vai pensando na merenda ou no recreio, tá pouco se f**end0 em aprender, ao voltamos ao ato 2, aonde o estado fode com tudo, deixa os pobres mais fudidos, roubando e deixando eles sem dinheiro para se alimentarem decentemente, e as crianças sofrem, o que também volta ao ato 1 que o pobre não tem condições alguma mas ainda assim tem uma penca de filhos.

Repita o ciclo várias vezes e temos a situação atual do Brasil !!!


Enquanto isso os "representantes do povo" tem auxílio até pra cagar, comem e bebem feitos deuses, NUNCA passaram nescessidades e a população acha isso perfeitamente normal, afinal eles são políticos [emoji1751][emoji1751][emoji1751][emoji1751][emoji1751][emoji1751][emoji1751][emoji1751][emoji1751][emoji1751][emoji1751][emoji1751]

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Rodrigo4tro

Supra-sumo
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Ja sabe que a situação tá phoda, e Ir no postinho pra pegar preservativo de graça não vai.
Claro que esse não é o problema, mas falta analisar a situação.

Existem muitas outras famílias com "N" problemas, mas no final também passam por essa situação. As vezes por falta de planejamento e as vezes por falta de oportunidade. E tem uma minoria que passa aperto porque quer, porque não quer trabalhar e quer viver apenas de "bolsa".
 

Setzer1

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Ja sabe que a situação tá phoda, e Ir no postinho pra pegar preservativo de graça não vai.
Claro que esse não é o problema, mas falta analisar a situação.

mtos nem sabem que fornece de graça e mtos postos não tem.
A verdade que campanhas mostrando isso praticamente sumiram da TV.

E camisinhas rasgam. E muito. (14-15%) .

Matéria do NY times mostrando a chance de falha de cada preservativo após 10 anos de uso continuo.
https://www.nytimes.com/interactive/2014/09/14/sunday-review/unplanned-pregnancies.html


Resumo: Chance de uma mulher engravidar após 10 anos de uso com....

Ou seja: Maior % = Filho.

Espermicida -> 96% chance
Gozar fora -> 92%
Tabelinha -> 94%
"esponja" -> 94% (após ter filho)
Camisinha (F) -> 91%
Camisinha (M) -> 86%
Diafragma -> 72%

"esponja" -> 72% (Antes de ter filho)
Pilula -> 61%
Injetavel -> 46% (custa bastante no médico)
DIU de cobre -> 8% (Custa 1000 reais + Médico e meio difícil de achar)
Esterilização (F) -> 5% (3000 a 5000 reais)
DIU de hormonio -> 2% (1500 + médico e tem mesmos problemas do anticoncepcional pra quem tem problemas com hormônio que é maioria das mulheres)
Esterilização (M) -> 2% (5000 reais ultima vez que tentei me cobraram :khuh )
Implante hormonal -> 1% (esse não sei quanto custa :/).

Pessoas se enganam d+ com o "3% de chance de falha". Isso é só pro primeiro ano de uso da camisinha ignorando-se erros de uso e falhas do produto.
A chance real é por volta de 15% apenas no primeiro ano.

Ou seja. Estatisticamente, com camisinha. Em 23 anos de idade sexual. A uma boa chance de ter 3-4 filhos :kjoinha.


Se duvida pegue um dado de 10 lados. Jogue 23 vezes (1 pra cada ano).
Se tirar 1 (10% ), congratulations, você é pai XD.

http://morrer.virtuworld.net/
pra quem quer brincar ^^.

Nos dados eu tive 1 :klol. Dei sorte XD. (Mas vai que são gêmeos :eek:)
 
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Clums

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Planejamento familiar, assim como a qualidade das opiniões postadas nas redes, é proporcional a qualidade da educação a qual a pessoa tem acesso e acho que não precisaria dizer mas famílias de baixa renda são as que menos tem acesso a educação de qualidade.
Mas, mas, agora pobre faz até faculdade...

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SANS_NOM

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Eh de partir o caracao :ksnif

Ainda mais quando olho ao meu redor, meu filhinho de 2 anos rejeitando alguma comida, enquanto milhares de criancas no mundo dariam tudo para ter aquele resto de comida.

Como deve ser para uma mae dessas, 5 filhos nao planejados (obviamente), com todas dificuldades imaginaveis e outras que jamais entenderei ou passarei perto da experiencia? Nao consido nem imaginar como deve ser.

O coracao parte mais ainda quando leio noticias que safados desviavam verbas que deveriam ir para comida nas escolas.

O mundo esta doente
 

Soldado!

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Com pobre não tem aquele lance das mulheres só quererem macho alfa...

Nego mete filho mesmo.
 

Godot

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Eu tenho pena demais dessas crianças. É muito triste essa situação. O que me dá raiva é que nada justifica nesse país tão rico, ter pessoas ainda que passam fome.


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-Drope-

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na escola que estudava a galera ficava desesperada pra pegar comida quando havia alguma festinha. Depois que fui em uma escola particular, fiquei impressionado como o comportamento era diferente. Não parecia que a galera estava esfomeada. Aliás, nessa escola nem havia merenda, né, cada um levava ou comprava seu lanche.

Lembro que quando havia merenda na escola estadual onde estudei, o lanche não era algo nutritivo. Eram alimentos com grandes quantidades de açúcar, tipo bolinho e achocolatado em caixinha. Cara, deveria haver um alimento mais "saudável" para a promoção de uma mente mais capaz de aprender. Se você dá um montão de alimento com açúcar refinado pra cacete, a glicose desse açúcar será facilmente absorvida. Ou seja, haveria um pico de energia muito alto, mas em pouco tempo. Ridículo como a própria educação desse país não tem "educação".
 

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
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na escola eu costuma pegar a minha merenda pra repassar, só ficava com o chá.

Nesse ponto pelo menos o destino não avacalhou minha vida.
 

Málocco Meeeermo

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Independente das escolhas que muitos pais dessa matéria fizeram, é patético entrar aqui e ver monte de comentários sem o mínimo de empatia e compaixão com crianças que estão passando FOME. Nós estamos falando de fome, porra! Quando a nossa mais essencial necessidade (alimento) não é atendida.

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Guirdo

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Independente das escolhas que muitos pais dessa matéria fizeram, é patético entrar aqui e ver monte de comentários sem o mínimo de empatia e compaixão com crianças que estão passando FOME. Nós estamos falando de fome, porra! Quando a nossa mais essencial necessidade (alimento) não é atendida.

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Normal pra gente que nunca passou fome ou nunca lidou diretamente com pessoas de baixa renda.
Coisas que parecem extramente óbvias para nós não são assim tão óbvias para outros com baixa educação.

Mal se vê campanha do governo para planejamento familiar (não lembro de nenhuma nos últimos 20 anos), essa galera que tem 5 filhos não tem nem TV em casa, mal vê jornal, não sabe ler nem escrever, o buraco é bem mais embaixo... Controle de natalidade deveria ser uma prioridade no Brasil para daqui a 15 ou 20 anos os níveis de violência e pobreza reduzirem bastante.
 

Not REal presence!

Bam-bam-bam
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a muié ta com a cicatriz de cesária ainda e o cabroco bufando em cima...

aqui na cidade tem uma invasão com cerca de 3 mil familias...e vejo moça de lá com 2,3 pequeninos e mais 1 na barriga...
já fiz muito trabalho em regiões carentes e familias pobres, visitei barracos com cheiro e condições insuportáveis, e é sempre a mesma temática...vários filhos... e vai tocando, muitos não se esforçam pra mudar sua própria situação...é meio que "cultural"...tipo, tá ruim mas tá bom
nisso fui mudando um pouco minha visão em certas situações... sei lá jogar nas costas do estado pra cuidar é muito tosco, primeiro faça sua parte = DEVERES X DIREITOS
 
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