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Sem perspectivas, metade dos jovens quer deixar Brasil

Doug.Exausto

Bam-bam-bam
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O Brasil nunca teve ou terá tantos jovens como agora. Mas o ápice dos cerca de 50 milhões de brasileiros entre 15 e 29 anos revela uma juventude decepcionada em níveis recordes, sem perspectiva de trabalho e insatisfeita com a condução do país.

Se pudesse, quase a metade (47%) dos jovens brasileiros deixaria o país. Isso no auge do chamado bônus demográfico, quando o Brasil teria a chance de acelerar o crescimento contando com uma proporção inédita de pessoas em idade de trabalhar em relação a seus dependentes, como crianças e idosos.

Na prática, se não for alterado, o cenário do mercado de trabalho para essa juventude configurará o desperdício do maior potencial histórico em termos de crescimento e produtividade brasileiros.

Uma série de novas pesquisas quantitativas e qualitativas envolvendo milhares de brasileiros entre 15 e 29 anos revela que nunca foi tão alta a proporção dos que nem trabalham nem estudam (há 27,1% dos chamados “nem-nem”) e que 70% dos jovens têm dificuldade de encontrar trabalho.

Na comparação com a maioria dos países da América Latina, é no Brasil onde os jovens veem menos chances de progredir trabalhando.

Nesse sentido, mais da metade (51,9%) agora enxerga o Brasil como um país pobre.

O salto nessa percepção chega a quase 40 pontos desde 2014, quando o Brasil mergulhou numa recessão que se estendeu até 2016 —seguida de um período de baixo crescimento de 2017 a 2019 e da pandemia, a partir de 2020.

De 2014 a 2019, os jovens já amargavam um retrocesso trabalhista inédito. Enquanto outros grupos tradicionalmente excluídos (analfabetos, negros e moradores do Nordeste e do Norte) tiveram perdas de renda duas vezes maiores do que a média geral, ela foi cinco vezes mais forte para jovens entre 20 e 24 anos; e sete vezes maior para adolescentes que trabalham.

Com a chegada da Covid-19, a desocupação de jovens na faixa de 15 a 29 anos saltou de 49,4% para 56,3%.

Os dados constam do recém-lançado Atlas das Juventudes e de novos estudos da FGV Social. Eles incluem o histórico de pesquisas quantitativas do IBGE (como PnadC e Pnad Covid-19), no Brasil, e números da World Gallup Poll e das Nações Unidas, contemplando vários países, além de levantamentos qualitativos com aproximadamente 2.600 jovens brasileiros.

Do ponto de vista qualitativo, segundo Mariana Resegue, coordenadora do Atlas das Juventudes, se os dados revelam enorme frustração “com um país que não cresce”, eles mostram também que os jovens estão despertando para a realidade atual.

Segundo ela, há mais consciência política e um sentimento de forte exclusão e de preconceitos dirigidos aos jovens periféricos, pobres e negros. Mas há também grande dificuldade de eles encontrarem meios para canalizar frustrações e se engajar politicamente.

É significativo, por exemplo, o fato de muitos jovens eleitores não distinguirem corretamente as esferas de poder e responsabilidades dos diferentes níveis de governo.

Segundo dados do Gallup World Poll, a aprovação dos jovens brasileiros a respeito de como o país é governado despencou de 60,6% até meados da década passada para 12,1% mais recentemente. Na média mundial, a taxa tem se mantido próxima a 57% há quase dez anos.

Para Marcelo Neri, diretor da FGV Social, as pesquisas mostram que os jovens brasileiros ainda vivem um “paradoxo” —e que, no futuro, a frustração pode ser maior.

"Se, por um lado, os jovens despertaram para a grave situação que atravessa sua geração, por outro, individualmente eles seguem até bastante otimistas, com notas de avaliação acima da média mundial. Isso é bom e é, em particular, uma característica do jovem brasileiro. Mas preocupa muito, pois a frustração futura pode ser também muito alta", afirma Neri.
Segundo essas pesquisas e outros estudos de especialistas em trabalho e educação, a pandemia só agravou um cenário anterior de perdas seguidas, aprofundando as cicatrizes para atual “geração Covid” —como vêm sendo chamados os jovens afetados no período.

Há consenso de que o principal efeito negativo da pandemia se deu na educação, apartando os jovens do ensino (sobretudo no setor público) por quase um ano e meio.

Trabalhos internacionais consagrados estimam que cada ano a menos de estudo de um jovem pode representar perda de 10% a 15% em sua renda futura.

Segundo cálculos dos pesquisadores Ricardo Paes de Barros e Laura Muller Machado, do Insper, as perdas futuras para o conjunto dos brasileiros nos ensinos fundamental e médio atingirão R$ 700 bilhões e poderão chegar a R$ 1,5 trilhão caso as aulas não voltem em 2021, mesmo que parcialmente.

O cálculo leva em conta que, na média, os jovens brasileiros de todas as classes sociais que finalizaram o ensino médio acumulam rendimentos de aproximadamente R$ 430 mil ao longo da vida ativa.

Laura Machado diz que, além do aumento da desigualdade devido às oportunidades diferentes de aprendizado entre ricos e pobres na pandemia, os 3,5 milhões de jovens que saem do ensino médio todo ano estarão, desta vez, menos preparados para o mercado.

“Deveria existir algum tipo de acordo com as empresas para que essas pessoas possam reforçar a educação já trabalhando. Quanto aos mais jovens, que ainda têm anos de estudo à frente, é preciso recuperar o tempo perdido, com muito reforço escolar.”

Apesar do avanço das últimas décadas, o engajamento dos brasileiros na educação é baixo: mais da metade (51,2%) das pessoas com 25 anos ou mais não concluiu uma das etapas que compreendem o ensino infantil, fundamental e médio, segundo o IBGE.

O ministro Paulo Guedes (Economia) disse há algumas semanas que o governo estaria preparando um plano para reforçar, com apoio de verbas públicas, a especialização de jovens recém-ingressados no mercado. Ainda não houve, porém, mais detalhes ou estipulação de prazos.

Para José Marcio Camargo, economista e professor da PUC-Rio, seria fundamental o Brasil adotar programas de especialização, sobretudo diante das mudanças tecnológicas no mercado de trabalho.

Segundo ele, a pandemia aprofundou a tendência de os mais escolarizados e conectados ganharem cada vez mais, proporcionalmente, elevando a desigualdade. “Vamos conviver com isso por muito tempo.”

No caso brasileiro, há o agravante de ser muito baixa a formação de alunos em escolas de ensino médio técnico: 8% do total, ante 40% na média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, segundo o relatório Education at a Glance 2019, da própria OCDE.

Para o economista Naercio Menezes, pesquisador do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper, sem políticas estatais para o mercado de trabalho, os jovens menos qualificados estão fadados a encarar um futuro pior e cheio de frustrações.

“Por um lado, não haverá mais tanto trabalho no setor de serviços, já mal remunerado e menos qualificado, pois as pessoas consumirão cada vez mais em casa e circularão menos na rua. Por outro, muitos jovens não têm a educação ou meios tecnológicos para aproveitar essa nova tendência.”

Nesse cenário, de baixa perspectiva futura combinada a crescimento econômico medíocre, Menezes diz entender “perfeitamente” o desejo em nível recorde dos jovens de saírem do Brasil.

Com metodologia e faixas etárias diferentes, o Datafolha apontou, há três anos, que 62% dos jovens de 16 a 24 anos gostariam de deixar o país —ante 43% dos adultos.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/merca...witter&utm_medium=social&utm_campaign=twfolha
 

Sega&AMD

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infelizmente é isso, ou aceitar ''viver'' palha ou sair do país, por exemplo para quem é de classe média é de boa vai arrochar mas ainda da para sonhar agora para quem é pobre para quem sonhava, é duído saber, e o cara sabe, estamos em plena era da informação, que nunca vai ter determinada coisas por mais que se esforce para isso, o cara pode saber poupar e investir mas não pode sequer botar em prática pois não consegue passar o nível básico...o de conseguir a renda inicial, o emprego.

mas esse desejo de sair do país também está relacionado como a elite domina por aqui, ela própria faz com que a pessoa odeie o pais fala que tudo la fora é bom e tudo aqui é ruim, para que o que aqui vive se sinta inferior , há todo um efeito psicológico a nível macro e isso facilita a dominação deles.
 

Tirn_Aill

Ser evoluído
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Minha perspectiva de jovem: Meu mundo interior é inundado pela chuva que cai constantemente, o sol não sai mais, até a lua se recusa a iluminar a noite escura, neste meu mundo escuro eu me pergunto o que é o dia, mas lembro que não me importo, eles me dizem como caí na escuridão e eu simplesmente respondo: "Caí? Não... é exatamente onde eu deveria estar..."
 
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SolidEdgard

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parece que eu não to sozinho nessa
Somos três hehe

O que me falta é experiência em certas áreas que lá fora estão em falta, mas estou empenhado para até o fim do ano seguir nesse projeto, que vai me dar mais chances de sair daqui e nem olhar pra trás


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Ryu-san

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Para José Marcio Camargo, economista e professor da PUC-Rio, seria fundamental o Brasil adotar programas de especialização, sobretudo diante das mudanças tecnológicas no mercado de trabalho.

Segundo ele, a pandemia aprofundou a tendência de os mais escolarizados e conectados ganharem cada vez mais, proporcionalmente, elevando a desigualdade. “Vamos conviver com isso por muito tempo.”

Mas na internet e inclusive aqui no fórum continuam replicando que "faculdade não dá em nada"

E cada vez se criam mais gaps entre quem tem faculdade e quem não tem
 


O Rei Rubro

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infelizmente é isso, ou aceitar ''viver'' palha ou sair do país, por exemplo para quem é de classe média é de boa vai arrochar mas ainda da para sonhar agora para quem é pobre para quem sonhava, é duído saber, e o cara sabe, estamos em plena era da informação, que nunca vai ter determinada coisas por mais que se esforce para isso, o cara pode saber poupar e investir mas não pode sequer botar em prática pois não consegue passar o nível básico...o de conseguir a renda inicial, o emprego.

mas esse desejo de sair do país também está relacionado como a elite domina por aqui, ela própria faz com que a pessoa odeie o pais fala que tudo la fora é bom e tudo aqui é ruim, para que o que aqui vive se sinta inferior , há todo um efeito psicológico a nível macro e isso facilita a dominação deles.

A elite domina em qualquer lugar.
Torne-se Elite. Não existe sociedade nem socialista e nem capitalista onde não existe quem manda e quem obedece.

Sobre os jovens: o que você vê hoje, é uma teoria que eu já vinha amadurecendo desde 2010: quando eu comecei no mercado, os mais velhos tinham muito medo da minha geração tomar o lugar deles. E isso realmente aconteceu.

Hoje eu sou "o mais velho", e não tenho medo algum da geração mais nova pegar a minha cadeira. Simplesmente porque são despreparados, não querem "sangrar" mais, querem tudo pronto, querem viajar na maionese dos "direitos e da vida plena sem sacrifícios" e por aí vai.

Bom...não é a toa que estou tentando preencher uma vaga de 3k, e o mínimo que eu preciso para esta vaga é que o cidadão consiga ler e escrever em inglês e consiga falar ao telefone na dita língua sem precisar de google tradutor. Nada especial...não precisa fazer discurso...apenas entender e se fazer entendido. E uma noção básica de custos e processo de procurement. Mas bem básico mesmo...tipo "qual a diferença entre preço e custo"?

De 14 candidatos que eu entrevistei semana passada...mas nem o inglês foi possível. Quanto mais a noção básica de procurement. A pessoa simplesmente não consegue responder qual a diferença entre preço e custo...e ainda coloca no currículo "x anos de experiência na área"...dá vontade de chorar.
 

Sega&AMD

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Mas na internet e inclusive aqui no fórum continuam replicando que "faculdade não dá em nada"

E cada vez se criam mais gaps entre quem tem faculdade e quem não tem

uma mentira, a faculdade no grupo social certo é uma coisa no grupo social errado é outra, mas sem ela, a pessoa fica restrita a trabalhos braçais o que também estão em baixa, em breve comer os resto será o caminho de muitos desses jovens aí que sonham com estados unidos e afins.
 

Raazy

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A elite domina em qualquer lugar.
Torne-se Elite. Não existe sociedade nem socialista e nem capitalista onde não existe quem manda e quem obedece.

Sobre os jovens: o que você vê hoje, é uma teoria que eu já vinha amadurecendo desde 2010: quando eu comecei no mercado, os mais velhos tinham muito medo da minha geração tomar o lugar deles. E isso realmente aconteceu.

Hoje eu sou "o mais velho", e não tenho medo algum da geração mais nova pegar a minha cadeira. Simplesmente porque são despreparados, não querem "sangrar" mais, querem tudo pronto, querem viajar na maionese dos "direitos e da vida plena sem sacrifícios" e por aí vai.

Bom...não é a toa que estou tentando preencher uma vaga de 3k, e o mínimo que eu preciso para esta vaga é que o cidadão consiga ler e escrever em inglês e consiga falar ao telefone na dita língua sem precisar de google tradutor. Nada especial...não precisa fazer discurso...apenas entender e se fazer entendido. E uma noção básica de custos e processo de procurement. Mas bem básico mesmo...tipo "qual a diferença entre preço e custo"?

De 14 candidatos que eu entrevistei semana passada...mas nem o inglês foi possível. Quanto mais a noção básica de procurement. A pessoa simplesmente não consegue responder qual a diferença entre preço e custo...e ainda coloca no currículo "x anos de experiência na área"...dá vontade de chorar.
A realidade nua e crua! Pensa numa geração de peso morto, é essa atual, a empresa q presto serviço ficou desde janeiro atrás de "novos talentos" para a área de desenvolvimento, sabe quantos conseguiram? NENHUM! Teve caso de uns ainda questionarem os requisitos "exagerados" que nada mais era que....Conhecer o basico de sql(para conexões) e reger documentação de soft apenas isso, os bonitos queriam pegar algo mastigado, não é possível, no fim, no mês passados contrataram 4 caras (eram 12 vagas) que ja tem um tempo de mercado inclusive um com 51 anos e os caras tiraram de letra e tão la dando conta tranquilamente, eu me formei em 2010 e não sei oque aconteceu nas faculdades de lá para cá, mas do que tem de nó cego formado não ta escrito no manga do One Piece, aqui mesmo tem um jovem aprendiz que se você conversar com o cara parece q ele ta contando um capitulo novo de Narnia
 

Sega&AMD

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Hoje eu sou "o mais velho", e não tenho medo algum da geração mais nova pegar a minha cadeira. Simplesmente porque são despreparados, não querem "sangrar" mais, querem tudo pronto, querem viajar na maionese dos "direitos e da vida plena sem sacrifícios" e por aí vai.

Bom...não é a toa que estou tentando preencher uma vaga de 3k, e o mínimo que eu preciso para esta vaga é que o cidadão consiga ler e escrever em inglês e consiga falar ao telefone na dita língua sem precisar de google tradutor. De 14 candidatos que eu entrevistei semana passada...mas nem o inglês foi possível. Quanto mais a noção básica de procurement. A pessoa simplesmente não consegue responder qual a diferença entre preço e custo...e ainda coloca no currículo "x anos de experiência na área"...dá vontade de chorar.

Não se trata só de despreparo, garanto que hoje há mais pessoas preparadas do que antes, o macro também influencia e estamos com uma economia em frangalhos por exemplo os 14 que tu dispensou seja lá qual foi os critérios, se a economia tivesse aquecida bateriam em outra porta e seriam dispensados, bateriam em outra porta e seriam contratados e assim seria com os 14 até que todos tivessem absorvidos pelo mercado.

o meu ponto vai além, o pessoal não é materialista mas também não é cachorro, ninguém quer trabalhar apenas para prover o de comer, os jovens hoje de todas as classes veem pela a internet países melhores e ver em tempo real pelos vlogueiros como é a vida lá fora e confronta com a vida aqui, se o cara é de classe media seu temor é de cair de nível e ele sente que isso pode ocorrer, se o cara é pobre por outro lado sabe que vai passar pela linha temporal da vida na mesma, antes isso ocorria só que eles não sabiam, nutriam ilusões agora não mais e a pesquisa aí reforça essa tese.
 

Johnzim

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Tem que ler a reportagem pra saber que esse movimento não é de agora, mas vem desde 2014.
Particularmente, conheço umas 15 pessoas que vazaram dessa pocilga entre 2014 e 2016, boa parte foi para Portugal, outras para a Inglaterra (passando pela Itália por conta da cidadania) e algumas para os EUA.
 

Alexandre O Pato

Supra-sumo
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Conheço muitos da minha idade ( na faixa dos 20~25) que estão desempregados, ou em empregos que não são da sua área de formação.

Fora os desempregados que estão sendo sustentados pelos pais.

Faculdade não é garantia de emprego, principalmente num país onde tem gente que sai do ensino médio sem saber fazer um regra de 3.

Muitos se formam, mas não sabem fazer nada na área.
 

O Rei Rubro

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Não se trata só de despreparo, garanto que hoje há mais pessoas preparadas do que antes, o macro também influencia e estamos com uma economia em frangalhos por exemplo os 14 que tu dispensou seja lá qual foi os critérios, se a economia tivesse aquecida bateriam em outra porta e seriam dispensados, bateriam em outra porta e seriam contratados e assim seria com os 14 até que todos tivessem absorvidos pelo mercado.

o meu ponto vai além, o pessoal não é materialista mas também não é cachorro, ninguém quer trabalhar apenas para prover o de comer, os jovens hoje de todas as classes veem pela a internet países melhores e ver em tempo real pelos vlogueiros como é a vida lá fora e confronta com a vida aqui, se o cara é de classe media seu temor é de cair de nível e ele sente que isso pode ocorrer, se o cara é pobre por outro lado sabe que vai passar pela linha temporal da vida na mesma, antes isso ocorria só que eles não sabiam, nutriam ilusões agora não mais e a pesquisa aí reforça essa tese.

Não cara...estão completamente despreparados. Um cidadão de 26 anos, em 2021, que não saiba ler inglês (não precisa ser fluente) e que esteja procurando vaga na indústria...é completamente despreparado. E não, você não sabe do que está falando. Eu lidero pessoas a quase duas décadas, eu vejo diariamente o nível educacional e o nível de comprometimento ir baixando...ano a ano.

Mas se esse pessoalzinho quer "procurar a vida lá fora", boa sorte. Boa sorte mesmo.
 

AzraelR

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Não cara...estão completamente despreparados. Um cidadão de 26 anos, em 2021, que não saiba ler inglês (não precisa ser fluente) e que esteja procurando vaga na indústria...é completamente despreparado. E não, você não sabe do que está falando. Eu lidero pessoas a quase duas décadas, eu vejo diariamente o nível educacional e o nível de comprometimento ir baixando...ano a ano.

Mas tem também o fato de que com a economia destruída, as pessoas andam sem grana pra investir e fazer cursos (seja técnico, online, faculdade, não importa)

Eu mesmo faz uns 3 anos que não gasto nem mesmo 1 centavo com cursos (que no caso ultimamente eu estava fazendo cursos online, vários deles foi na Udemy)
só estou procurando material de "graça" pela internet e assistindo video aulas pelo youtube

E isso é até ruim porque você entra num "loop". Você não tem dinheiro pra fazer cursos e se qualificar = logo não se qualificando, não consegue concorrer a vagas boas e portanto aumentando o risco de continuar desempregado.

Num país com economia bombando onde tem mais empregos as pessoas rapidamente conseguem fazer dinheiro (mesmo sem qualificação), e com esse dinheiro, conseguem gastar em cursos, e gastando em cursos... mais qualificação e portanto mais chance de pegar empregos melhores.

Uma coisa leva a outra.
 

Baneman

Discípulo de São Jorge
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Olha, pode parecer cuzao, mas alguém que não tem perspectiva no Brasil, vai conseguir algo em outro país como?

A menos que tu queira ir pra fora pra trabalhar de Uber Eats (ou qualquer outro emprego de baixa complexidade), não vejo opções para pessoas com baixa escolaridade ou já fora do mercado de trabalho de conseguir um bom emprego na área de desejo.

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Bonk

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Essa pocilga tá falida a anos, geração pão com b*sta que só sabe reclamar das coisas tá fadada ao fracasso.
Tenho 26 anos e falo com conhecimento de causa, mais da metade da galera que formou comigo é um bando de analfabeto funcional, sou considerado "estudioso" sendo que faço o básico, galera se contenta em ser mediano e depois coloca a culpa no país ou na economia, em qualquer um menos nele.

Se tem uma vida m**** aqui, vão ter uma vida m**** lá fora.
 

Ryo_Sakazaki

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Se o cara não consegue se esforçar aqui. Dificilmente vai desenrolar um trabalho legal em outro país. Por experiência própria, trabalhar de peão nos Estados Unidos é mil vezes pior que aqui. O ritmo de trabalho, os horários é tudo pior. Fora que lá você vai pegar trampo com outros imigrantes que não vão pensar duas vezes antes de cagar na sua cabeça. Então, antes de sair daqui, ao menos tenha certeza de que o problema é realmente o país, e não você.
 

O Rei Rubro

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Mas tem também o fato de que com a economia destruída, as pessoas andam sem grana pra investir e fazer cursos (seja técnico, online, faculdade, não importa)

Eu mesmo faz uns 3 anos que não gasto nem mesmo 1 centavo com cursos (que no caso ultimamente eu estava fazendo cursos online, vários deles foi na Udemy)
só estou procurando material de "graça" pela internet e assistindo video aulas pelo youtube

E isso é até ruim porque você entra num "loop". Você não tem dinheiro pra fazer cursos e se qualificar = logo não se qualificando, não consegue concorrer a vagas boas e portanto aumentando o risco de continuar desempregado.

Num país com economia bombando onde tem mais empregos as pessoas rapidamente conseguem fazer dinheiro (mesmo sem qualificação), e com esse dinheiro, conseguem gastar em cursos, e gastando em cursos... mais qualificação e portanto mais chance de pegar empregos melhores.

Uma coisa leva a outra.

Se o gap fosse de 3 anos pra cá...ok. Mas não estamos falando desse tempo pequeno.
 

antonioli

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Querem uma solução estatal para os problemas que o Estado cria.

A maioria dos jovens não quer estudar, vive o dia inteiro com o celular tocando funk e quando sai do ensino médio praticamente analfabeto ainda quer um emprego esperando de braços abertos.

Somando a situação péssima do país, ainda tem o lance da indústria do diploma que forma todos os anos centenas de milhares de pessoas que provavelmente ficara desempregada.

Ninguém mais que fazer um SENAI/ SENAC, ser marceneiro, azulejista, pedreiro, fazer curso para dirigir trator, etc...
 

JFR City

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A maioria dos jovens não quer estudar, vive o dia inteiro com o celular tocando funk e quando sai do ensino médio praticamente analfabeto ainda quer um emprego esperando de braços abertos.

E quer emprego no ramo X sendo que a Região que ele mora só abrange a área A, B, C e D.
E ainda quer botar a culpa no cargo mais alto sendo que ele não tem nada a ver com a realidade da região que o cidadão mora.

Ninguém mais que fazer um SENAI/ SENAC, ser marceneiro, azulejista, pedreiro, fazer curso para dirigir trator, etc...

Não esquece que tem também mecânico, hidráulico, eletricista, etc...

Millenial vai morrer se levar um choquinho ou sujar a mão de graxa.

A tendencia das coisas é ir de mal a pior, não adianta nem se enganar mais.
O jeito agora é começar a correr atrás de redução de danos pois quando a m**** explodir, vai explodir primeiro na cara deles e por último na nossa.
 

Dark Goomba

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Esses que não trabalham e nem estudam, torço para que consigam sair o mais rápido possível do país. Para os demais, se for algo realmente consciente e bem pensado, é ruim para o Brasil, mas boa sorte.

.
.
.

Espero que o jornalista tenha usado a palavra "acordo" no sentido de algo facultativo mesmo. Conhecendo essa gente, o mais provável é que deseje colocar mais uma pica estatal para fazer os empresários arcarem com mais custos e ferrar mais ainda a situação do mercado de trabalho brasileiro :facepalm

“Deveria existir algum tipo de acordo com as empresas para que essas pessoas possam reforçar a educação já trabalhando. Quanto aos mais jovens, que ainda têm anos de estudo à frente, é preciso recuperar o tempo perdido, com muito reforço escolar.”
 

Darkx1

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A minha pergunta é "Vão pra onde?".
Tem pelo menos dez paises que estão entre as maiores qualidades de vida.

  1. Suíça
  2. Dinamarca
  3. Holanda
  4. Finlândia
  5. Áustria
  6. Austrália
  7. Islândia
  8. Alemanha
  9. Nova Zelândia
  10. Noruega


Brasil nessa mesma lista esta em 62


Se hoje houvesse uma gestão eficiente das coisas, as chances de termos resultados praticos viriam em pelo menos na metade da década. Do jeito que está hoje?
No minimo a gente perdeu uma geração no quesito educação.
 

JFR City

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Metade dos jovens quer sair, mas 80% dos jovens não tem onde cair morto, 18% vivem de mesada do papai e 2% ganham sua grana e realmente tem condições de sair.

Visualizar anexo 195473

E 95% deles não sabem nem sequer a própria língua.

Enquanto isso um vovô de 70 anos afrodescendente que não sabe ler tá rindo da cara deles no quarto ao ver matérias na TV falando de igualdade e a m**** toda e irritadinhos por causa de um "bom dia".

Isso se chama analfabetismo funcional.

E esse problema é global hein, tem maluco no Reino Unido que não suporta nem um meme que faz textão.
 

Abdullah Al-Papai

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Não é só uma questão de ter ou não perspectiva. Brasil é um país grande com muitas diferenças entre regiões, mas no geral ruim de morar.

Até quem realmente tem dinheiro aqui, querendo ou não, sempre vai ter uma preocupação a mais do que teria fora pela questão da violência urbana.

Olha, pode parecer cuzao, mas alguém que não tem perspectiva no Brasil, vai conseguir algo em outro país como?

A menos que tu queira ir pra fora pra trabalhar de Uber Eats (ou qualquer outro emprego de baixa complexidade), não vejo opções para pessoas com baixa escolaridade ou já fora do mercado de trabalho de conseguir um bom emprego na área de desejo.

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Depende do que é "perspectiva" também. Pra média vai ser melhor um trabalho de colarinho azul em países desenvolvidos que boa parte dos trabalhos aqui.

Conheço uma mulher que era faxineira na Suiça. Voltou pra cá com dinheiro, comprou um apartamento e tal. Fez uma faculdade e passou num concurso "básico". Se arrepende amargamente de ter voltado pro Brasil.

Tenho também uns parentes que trabalham em fábrica no JP. Trabalho pesado, mas sequer cogitam voltar pra cá. Com o salario de operário lá eles conseguem comprar uma quantidade bem maior de bens de consumo, viajar de vez em quando e juntar um dinheiro maior do que seria o salario mensal deles aqui.

Enfim...
 

Felipe1459

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Eu ajudo a pagar a passagem de alguns.

Geração que nasceu com a internet, que acredita em influencer de instagado e youtoba. Não sabem fazer uma regra de 3 ou a diferença entre mais e mas, sem habilidade alguma pra trabalho, acham que vão sobreviver no exterior.
 

JFR City

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"faculdade não dá em nada"

Disse "Rafaelzinho" de 35 anos, obeso mórbido, usuário frequente de maconha e com demencia prematura, revoltado por não conseguir emprego como Engenheiro Civil, residente de Tomatópolis na região de Raio que o Parta, interior de MG, cujo foco são serviços manuais, RH e Contabilidade.

Fonte: Grupo de Zipty Zopterson onde Rafaelzinho vive esquecendo que é Admin.
 

JFR City

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Tenho também uns parentes que trabalham em fábrica no JP. Trabalho pesado, mas sequer cogitam voltar pra cá. Com o salario de operário lá eles conseguem comprar uma quantidade bem maior de bens de consumo, viajar de vez em quando e juntar um dinheiro maior do que seria o salario mensal deles aqui.

Isso sem contar no fator qualidade de vida.
 

Abdullah Al-Papai

Ei mãe, 500 pontos!
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Isso sem contar no fator qualidade de vida.

Exatamente. Esse acho o ponto principal. E aí isso vale não só pros "sem perspectivas".

Tenho quatro amigos bem formados que foram embora do Brasil nos últimos dois/três anos. Dois foram pra Inglaterra trabalhar de dev, outro foi pra Alemanha trabalhar com Data Science, outro pro Canadá (também data science).

Todos eles estavam profissionalmente estabilizados e tinham empregos aqui que rondavam a casa dos 7~10k mensais. Mesmo assim decidiram picar a mula já na beira dos 30 (o do Canadá tinha mais de 30, inclusive). Sendo muito sincero, estou em situação semelhante a deles e às vezes também cogito seguir esse caminho. A questão maior é ter família (minha e da minha esposa) que depende da gente (em diferentes formas, mas ainda assim dependem).

O "querer sair do Brasil" é uma desesperança com o país até mais do que com a situação econômica.
 
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