Diferentes nomes da superstição futebolística: "continuidade", "técnico estudioso", "nova geração", "vai dar certo!", "vamos dar uma chance a ele!", "só precisa de uma oportunidade!", etc e etc. O que é bizarro, é este padrão de apostas subsequentes (Eduardo Baptista, Alberto Valentim, Roger Machado...) precisamente num clube que prega o planejamento racional, e que, segundo dizem, "tem grandes ambições". Eu também vivia repetindo aqui que preferiria o Luxa à manutenção do Roger.
De qualquer maneira, seria muito interessante observar a sua volta, agora, ao "poderoso" Palmeiras, pois não haveria mais qualquer desculpa para o seu fracasso - seria "ou vai, ou racha" (o que sobrou do elenco, e da sua carreira junto). Chamem de "curiosidade mórbida", de "loucura injustificada", ou o que seja (eu chamaria de um "risco calculado" para quem já perdeu o ano). Mudando um pouco de assunto, eu ainda me surpreendo com a relativa falta de consideração com o Willian.
O cara não é só "o reserva quebra-galhos mil e uma utilidades do Miguel Borja", mas também um cara sem frescura alguma (fica no banco "numa boa"), não se contunde fácil, foi barato, e é uma verdadeira multifuncional futebolística. Atua de falso 9 tão bem quanto o próprio Borja, e, é claro, também é tecnicamente muito melhor do que o colombiano, com um bom passe e boas assistências. Ainda assim, não é valorizado como deveria.
Foi a melhor contratação "em geral" do Palmeiras, e uma das menos comemoradas e prestigiadas. Sim, a torcida gosta muito do Willian, mas não é a mesma coisa (não há aquele mesmo "hype" - ele permanece sendo um querido, confiável e eficiente reserva faz-tudo, mas que, embora querido, ainda assim não é tão prestigiado). Lhe falta a grife que um jogador modesto e um pouco mais low-profile acaba não adquirindo.