- Mensagens
- 20.110
- Reações
- 7.135
- Pontos
- 1.304
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em sessão nesta quarta-feira (28) o fim do rodízio municipal de veículos, em vigor desde outubro de 1997. O projeto aprovado (PL 15/2006) é de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB) e estava parado na Câmara há sete anos. Para virar lei, a proposta precisa ser sancionada pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que deve vetá-la, já que, em manifestações anteriores, se posicionou contra o fim do rodízio.
Em junho de 2013, por exemplo, os vereadores aprovaram proposta do vereador Mário Covas Neto (PSDB) que substituía a multa do rodízio por uma advertência, exceto para reincidentes. Na ocasião, Haddad vetou a proposta.
Em janeiro deste ano, a prefeitura apresentou um estudo que propõe a ampliação do rodízio, com a inclusão de cerca de 400 novas vias na área de restrição.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo disse que ainda não há um posicionamento sobre a aprovação do fim do rodízio porque a matéria ainda não chegou ao gabinete do prefeito.
"Fiz um gol de letra", diz vereador
O fim do rodízio foi aprovado em votação simbólica, sem contagem de votos, enquanto manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) faziam um protesto em frente à Câmara --durante a sessão, alguns parlamentares estiveram reunidos com representantes do movimento. Via de regra, propostas de grande impacto são apreciadas em votação nominal.
O autor do projeto disse que a aprovação da matéria foi inesperada. "Foi um golaço. Fiz um gol letra", afirmou. "Eu estava sentado, nem fiz aparte, nem nada. Quando leram a proposta, só vi o [Arselino]Tatto [PT] e o [Floriano] Pesaro [PSDB] falando contra e mais ninguém. Daí em seguida aprovaram", disse o vereador em entrevista ao UOL.
O PTB de Amadeu integra a base aliada de Haddad na Câmara. No plano estadual, o partido apoia o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Questionado sobre se jogou peso sobre o prefeito aliado, Amadeu respondeu: "Eu adoro o trabalho do prefeito". "Se ele não sancionar, precisa dar para os senhores jornalistas uma satisfação de rever tudo isso."
17 anos de rodízio
O rodízio foi implantado no primeiro ano da gestão de Celso Pitta com o objetivo de reduzir os congestionamentos e a poluição gerada pelos veículos. A medidarestringe a circulação de carros, conforme a placa e o dia da semana, no centro expandido da capital, das 7h às 10h e das 17h às 20h, nos dias úteis. A multa é de R$ 85,13 e quatro pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Amadeu argumenta que o rodízio incentivou as pessoas a comprarem um segundo carro, subvertendo a ideia original da medida. Para o vereador, outro efeito colateral da medida foi fazer aumentar o número de carros irregulares circulando diariamente na capital.
"Hoje nós estamos com 7,5 milhões de veículos, [dos quais] 2,5 milhões não pagam nada. É algo que tem de ser feito. Tem que unir município e Estado e ver a questão dos carros que estão andando na rua, sem regularização", disse.
Indagado sobre o impacto negativo que o fim do rodízio pode causar no tráfego, o parlamentar respondeu que é preciso "educar" o motorista, e não restringir o tráfego. "Precisamos educar o trânsito, não fazer mais de 19 mil autuações por dia como faz a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Os semáforos não estão funcionando, isso tudo influi no trânsito."
http://noticias.uol.com.br/cotidian...rova-fim-do-rodizio-municipal-de-veiculos.htm
Finalmente [sqn]
Em junho de 2013, por exemplo, os vereadores aprovaram proposta do vereador Mário Covas Neto (PSDB) que substituía a multa do rodízio por uma advertência, exceto para reincidentes. Na ocasião, Haddad vetou a proposta.
Em janeiro deste ano, a prefeitura apresentou um estudo que propõe a ampliação do rodízio, com a inclusão de cerca de 400 novas vias na área de restrição.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo disse que ainda não há um posicionamento sobre a aprovação do fim do rodízio porque a matéria ainda não chegou ao gabinete do prefeito.
"Fiz um gol de letra", diz vereador
O fim do rodízio foi aprovado em votação simbólica, sem contagem de votos, enquanto manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) faziam um protesto em frente à Câmara --durante a sessão, alguns parlamentares estiveram reunidos com representantes do movimento. Via de regra, propostas de grande impacto são apreciadas em votação nominal.
O autor do projeto disse que a aprovação da matéria foi inesperada. "Foi um golaço. Fiz um gol letra", afirmou. "Eu estava sentado, nem fiz aparte, nem nada. Quando leram a proposta, só vi o [Arselino]Tatto [PT] e o [Floriano] Pesaro [PSDB] falando contra e mais ninguém. Daí em seguida aprovaram", disse o vereador em entrevista ao UOL.
O PTB de Amadeu integra a base aliada de Haddad na Câmara. No plano estadual, o partido apoia o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Questionado sobre se jogou peso sobre o prefeito aliado, Amadeu respondeu: "Eu adoro o trabalho do prefeito". "Se ele não sancionar, precisa dar para os senhores jornalistas uma satisfação de rever tudo isso."
17 anos de rodízio
O rodízio foi implantado no primeiro ano da gestão de Celso Pitta com o objetivo de reduzir os congestionamentos e a poluição gerada pelos veículos. A medidarestringe a circulação de carros, conforme a placa e o dia da semana, no centro expandido da capital, das 7h às 10h e das 17h às 20h, nos dias úteis. A multa é de R$ 85,13 e quatro pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Amadeu argumenta que o rodízio incentivou as pessoas a comprarem um segundo carro, subvertendo a ideia original da medida. Para o vereador, outro efeito colateral da medida foi fazer aumentar o número de carros irregulares circulando diariamente na capital.
"Hoje nós estamos com 7,5 milhões de veículos, [dos quais] 2,5 milhões não pagam nada. É algo que tem de ser feito. Tem que unir município e Estado e ver a questão dos carros que estão andando na rua, sem regularização", disse.
Indagado sobre o impacto negativo que o fim do rodízio pode causar no tráfego, o parlamentar respondeu que é preciso "educar" o motorista, e não restringir o tráfego. "Precisamos educar o trânsito, não fazer mais de 19 mil autuações por dia como faz a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Os semáforos não estão funcionando, isso tudo influi no trânsito."
http://noticias.uol.com.br/cotidian...rova-fim-do-rodizio-municipal-de-veiculos.htm
Finalmente [sqn]