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STJ usa precedente do Supremo e abre inquérito de ofício para apurar mensagens da Lava Jato

constatine

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Lula e cia?

Isso é ouro puro para o bonoro

Se tentaram armar pequeno podem ter feito coisa grande (não se deve confiar em gente do judiciário por default), e digo isso pelo tom que o papo foi levado.
Olha o nível da coisa para incriminar o cara por pescar peixes. Até lembrei de um senhor de idade que foi algemado, preso e multado por tirar um poudo de cascas de uma arvore para fazer chá para sua esposa doente. Esse é o nível dessa galera!
 

Bebidão

Bam-bam-bam
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Se tentaram armar pequeno podem ter feito coisa grande (não se deve confiar em gente do judiciário por default), e digo isso pelo tom que o papo foi levado.
Olha o nível da coisa para incriminar o cara por pescar peixes. Até lembrei de um senhor de idade que foi algemado, preso e multado por tirar um poudo de cascas de uma arvore para fazer chá para sua esposa doente. Esse é o nível dessa galera!


Você ta muito emocionado no Bolsonarismo, ta levando print de conversa que nem sabem se existe como provas de algo que não aconteceu, ele não foi incriminado de nada.


Isso ai é só narrativa e fumaça, o mictor ta dando pra vocês mais um espantalho pra ficar batendo enquanto o filhão dele ta saindo pela tangente com o anus cheio de corrupção.
 

constatine

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Você ta muito emocionado no Bolsonarismo, ta levando print de conversa que nem sabem se existe como provas de algo que não aconteceu, ele não foi incriminado de nada.


Isso ai é só narrativa e fumaça, o mictor ta dando pra vocês mais um espantalho pra ficar batendo enquanto o filhão dele ta saindo pela tangente com o anus cheio de corrupção.

Relaxa que você pegou um bonde andando, Temos um tópico sobre á Vaja-Jato, lá você encontrara minha posição sobre isso.
 

Denrock

Ei mãe, 500 pontos!
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Em diálogo, procuradores admitem ter obtido material do exterior de forma ilegal

Com o objetivo de reagir a uma publicação da ConJur sobre um atalho usado pelo Ministério Público Federal para obter documentos internacionais fora das hipóteses descritas em lei, integrantes da "lava jato" confirmaram o conteúdo da reportagem e admitiram aproveitamento de material obtido fora dos canais oficiais.

premio-lava-jato.jpeg
Procuradores de Curitiba confirmaram em diálogo que material captado foi usado, conforme antecipou a ConJur em 2015
Leonardo Prado/Secom/MPF
É o que indica a defesa do ex-presidente Lula nos novos diálogos enviados ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (22/2). As mensagens entre procuradores foram apreendidas no curso da investigação de hackers que invadiram celulares de autoridades. A ConJur manteve eventuais erros de digitação e ortografia presentes nas mensagens.

O diálogo ocorreu em 2015. Antes de publicar as informações com exclusividade, a ConJur acionou o MPF. Nas mensagens, os procuradores avaliam que não é prudente confirmar a entrega dos documentos, que chegaram ao grupo sem passar pela autoridade central responsável pela cooperação jurídica entre Brasil e Suíça.

Quando a reportagem é publicada, uma pessoa identificada como Renata afirma que "Não ficou bom, pq está parecendo que escondemos algo". Ela sugere dizer que o grupo não usou nada que não tenha vindo por meio de cooperação e via diplomática.

O diálogo segue, e a resposta do procurador Vladimir é o que confirma o uso de informações obtidas fora dos canais oficiais. "Melhor nao dizer nada, pois não é "toda" a verdade. Eles usaram. Não no proceso, mas usaram."

Leia o diálogo

16:01:28 Renata Claro
19:43:15 http://www.conjur.com.br/2015-nov-05/documentos-trazidossuica-mpf-colocam-lava-jato-risco
19:43:23 Acabaram publicando...
19:44:44 Não ficou bom, pq está parecendo que escondemos algo. Pra tentar melhorar, acho que devemos dizer (pois não está dito com todas as letras) que não usamos nada que não tenha vindo por meio de cooperação e via diplomática
19:45:37 Do jeito que está dá interpretação de que podemos ter utilizado algo irregular
19:45:56 Aguardo posição pra me movimentar aqui.
19:59:43 Receio que isso vai pautar 247, luis nassif e companhia
21:06:27 Alguém?

21:09:09 Vladimir Exato
21:10:15 São sacanas. Não dá para esperar nada melhor do Conjur. A pauta é sempre enviesada

21:11:19 Renata Concordo. Mas vamos deixar assim mesmo? No vale explicar, mesmo sendo redundante, que as informações prévias não foram utilizadas no processo
21:11:35 *nao vale?

21:11:50 Vladimir Melhor nao dizer nada, pois não é "toda" a verdade. Eles usaram
21:12:17 Não no proceso, mas usaram

21:13:24 Renata Ok. Vou ver a repercussão dessa matéria. Conforme for, conversamos amanhã.






Polícia Federal forjou depoimentos para ajudar 'lava jato', mostram diálogos

No intuito de colaborar com a atuação da chamada "lava jato", delegados da Polícia Federal forjaram e assinaram depoimentos que jamais ocorreram. E tudo com a anuência dos procuradores de Curitiba.


É o que indicam os novos diálogos enviados ao Supremo Tribunal Federal pela defesa do ex-presidente Lula nesta segunda-feira (22/2). As mensagens entre procuradores foram apreendidas no curso de investigação contra hackers que invadiram celulares de autoridades. A ConJur manteve eventuais erros de digitação e ortografia presentes nas mensagens.

A constatação consta de diálogo mantido entre os procuradores Deltan Dallagnol e Orlando Martello Júnior em janeiro de 2016. Nele, eles relatam o que contou uma delegada da Polícia Federal chamada Erika — provavelmente a delegada Erika Marena, que era a responsável pelos casos da "lava jato".



"Como expõe a Erika: ela entendeu que era pedido nosso e lavrou termo de depoimento como se tivesse ouvido o cara, com escrivão e tudo, quando não ouviu nada... Dá no mínimo uma falsidade... DPFs são facilmente expostos a problemas administrativos", disse Deltan.

Orlando Martello Júnior mostra preocupação com a possibilidade de esses problemas administrativos levarem ao descrédito da força-tarefa de Curitiba. Diz que "se deixarmos barato, vai banalizar".

Então propõe uma saída: "combinar com ela de ela nos provocar diante das notícias do jornal para reinquiri-lo ou algo parecido. Podemos conversar com ela e ver qual estratégia ela prefere. Talvez até, diante da notícia, reinquiri-lo de tudo. Se não fizermos algo, cairemos em descrédito".

A sequência do diálogo, segundo a defesa de Lula, mostra que o uso de depoimentos forjados era algo reiterado pelo grupo de procuradores de Curitiba. O diálogo segue na mensagem de Martello Júnior a Deltan Dallagnol.

"O mesmo ocorreu com padilha e outros. Temos q chamar esse pessoal aqui e reinquiri-los. Já disse, a culpa maior é nossa. Fomos displicentes!!! Todos nós, onde me incluo. Era uma coisa óbvia q não vimos. Confiamos nos advs e nos colaboradores. Erramos mesmo!", diz.

A preocupação é, também, com a eficiência das colaborações premiadas que a força-tarefa fez uso. "Se os colaboradores virem uma reação imediata, vão recuar. O Moura quer ficar bem com JD e demais, ao mesmo tempo em q se da de bobo e nada acontece com ele. À prova, igualmente, fica prejudicada", complementa Martello Júnior.

"Concordo, mas se o colaborador e a defesa revelarem como foi o procedimento, a Erika pode sair muito queimada nessa... pode dar falsidade contra ela... isso que me preocupa", responde Deltan.

A STF, a defesa de Lula destaca que ao Ministério Público cabe fazer o controle externo da atividade policial, conforme determinação da Constituição Federal. Em vez disso, o uso de termos de depoimentos forjados no intuito de atender aos interesses da "lava jato" era algo contumaz, admitido e tolerado por seus membros.






EvfhGUmWYAEdBVa



Evd6O47XcAAon7p




Procuradora da República sugeriu forjar provas para tentar incriminar Bolsonaro



Leia mais: https://www.jornaldacidadeonline.co...orjar-provas-para-tentar-incriminar-bolsonaro



velhos

essa pourra é extremamente grave

os caras falsificando tudo, criando e inventando tudo, com alvos específicos (enquanto protejem outros pra não "milindrar apoio importante")

os FDPs são 100% políticos, ZERO isenção
 


GadoMuuuuu

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O KKKKKKKKKassio, indicado de Bolsonaro, acabou de dar o voto decisivo seguindo Gilmar para arquivar todas as denúncias dos roubos gigantescos do PP na Petrobras.

Lindo, não?
 

Chris Redfield jr

Lenda da internet
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Delegado da PF perseguido por lavajatistas pede acesso aos diálogos

Rotulado por delegados da Polícia Federal e procuradores como "dissidente da lava jato" por se rebelar contra os métodos do consórcio de Curitiba, Mário Renato Castanheira Fanton ingressou com requerimento no Supremo Tribunal Federal para ter acesso aos diálogos entre os membros da força-tarefa.

O delegado da PF foi um dos primeiros a denunciar os métodos lavajatistas e sofreu retaliações por isso. Foi processado criminalmente e civilmente por improbidade administrativa e administrativamente em processo disciplinar. E absolvido por falta de provas em 1ª e 2ª instâncias no processo criminal. Também foi inocentado em 1ª instância da acusação de improbidade administrativa sem recurso de apelação. Por fim, teve processo administrativo disciplinar anulado pela 1ª Vara Federal de Bauru (SP).

Na petição em que pede acesso aos diálogos entre procuradores, a defesa de Fanton sustenta que, enquanto a defesa do ex-presidente Lula tenta demonstrar a imparcialidade do ex-juiz Sérgio Moro, o delegado busca a validação de fatos graves, como a realização de escuta ambiental ilegal como meio de prova em ações penais da "lava jato", ocultação de "escuta" ambiental ilegal em sindicância falsa e perseguição de servidores inocentes que não concordavam com as ilegalidades praticadas pelas pessoas à frente da operação da PF.

As primeiras denúncias de Fanton foram feitas entre 4 e 7 de maio de 2015. A partir daí, ele passou a responder a uma série de procedimentos investigativos divulgados pela imprensa. Em uma das notícias veiculadas ele é chamado de "delegado que tentou sabotar a 'lava jato'".

Grampos irregulares
Uma das denúncias de Fanton diz respeito ao uso de grampos irregulares na sede da Polícia Federal em Curitiba. A informação foi confirmada pelo doleiro Alberto Youssef, que disse em depoimento, no dia 27 de junho de 2019, na Corregedoria da Polícia Federal, que foram encontradas escutas na carceragem da corporação em Curitiba, quando foi preso, em março de 2014. Segundo ele, os grampos não foram autorizados pelo então juiz Sergio Moro e estavam gravando, conforme publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

As escutas irregulares também foram confirmadas pelo agente Dalmey Werlang na Sindicância 04/2014. Ele disse que instalou a interceptação ambiental na cela dos presos da "lava jato" e todos os dias baixava os áudios captados num pen drive e os entregava aos delegados Márcio Adriano Anselmo e Erika Marena, como forma de ajudar na instrução de "bastidores" que faziam na operação.

Diálogos recentes enviados ao STF pela defesa do ex-presidente Lula apontam que procuradores do MPF do Paraná se mobilizaram para proteger uma delegada da Polícia Federal chamada Erika — provavelmente Erika Marena, que era a responsável pelos casos da "lava jato" — após ficarem sabendo que ela teria forjado e assinado um depoimento que nunca aconteceu.

A defesa de Fanton apresenta trechos de diálogos entre procuradores em que o delegado é citado. Em um deles fica explícita a preocupação dos procuradores em relação ao caso da escuta ilegal na cela de Alberto Youssef. A conversa é de 21 de janeiro de 2016. Veja abaixo:

20:21:55 Deltan CF disse que ia falar com Vc e falariam juntos com Marlus. Posso testemunhar a seu favor, Cf. É só sair a feijoada da casa da mãe prometida há tanto tempo quanto a denúncia do cartel
20:25:32 Roberson MPF.pdf 20:26:24 Paulo Resumo! 20:27:00 Roberson MPF Olhem o email da Olhem a peticao do RA na acao...
20:25:36 Sobre escuta AY
20:25:56 186423folha 9
20:28:08 Mais uma coisa que vai dar pano pra manga
21:07:32 Talvez seja preciso divulgar as alegações finais contra a ODEBRECHT. Isso faria notícia é voltaríamos à ofensiva


O grampo clandestino na cela de Youssef foi alvo de sindicância, mas defesa dos acusados da "lava jato" jamais tiveram acesso aos autos da nova operação. Moro, antes da conclusão, homologou acordo de delação em que os réus concordaram em abrir mão do processo e da discussão de eventuais nulidades em instâncias superiores.

Operação caça-fantasma
Fanton também aparece em outro diálogo. Nele, os procuradores tratam da operação batizada de "caça-fantasma". Em seu bojo, o tio de Mário Fanton, Edson Fanton, sofreu condução coercitiva e foi acusado de estar envolvido em um esquema de abertura de offshores relacionadas ao banco panamenho FPB Bank.

Em conversa, procuradores tratam da operação contra o tio do delegado e revelam que a delegada responsável pela investigação era Erika Marena, denunciada por Fanton como coautora dos grampos clandestinos na cela de Youssef. A conversa é de 3 de junho de 2016. Veja:

14:23:53 Deltan http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1777768- secretaria-de-temer-integrou-articulacaocriminosa-diz-pgr.shtml?mobile
17:03:07 1. Divisao tarefas - referendada mas pode ser revista qdo da reunião sobre rumos 2. Reunião com calma de rumos dia 23, 9h 3. Novas fases A. Novo CENPES - da para cumprir prox semana a depender de decisão. CF vera isso. B. Denuncia Genu prazo mais 20 dias C. QG - degravacao - aguardando. Está para entregar. D. Sargent, Subsea 7, sealtite, trafigura, GM Marine, Maersk e Vacareza (Paulo e Tata) - 30 dias para protocolar E. Pasadena (Laura) - em estudo para ver se chegou material de contas Baiano Liechtenstein E2. - Isabel olhando Petros F. BR (Paulo e Tata) G. FGTS (não logo - Jerusa) H. Fanton e Banco Panamenho do tio - esperar descer triplo X - CF falará c Erika para ver essa questão I. Crachá 2 - trabalhando J. Marketing - PF está trabalhando K. AIA Gim Argelo - fazendo já L. Ação anticorrupção contra Engevix M. Isabel olhará a primeira ação das sondas para ver quando consegue oferecer, e incluirá Cunha N. Welter - denúncia Meire 4. Reuniões PF-ok e JF-ok 5. Prioridade denúncia Claudia 6. Osorio - aguardar. Orlando ligará para Adonis. 7. Depoimentos Cervero que foram para o Rio e agora filho FHC - deixar lá em pp. Deltan Vera c ESPEI filho FHC


Em outro trecho, os procuradores voltam a citar Mário Fanton e dão a entender que adotariam o ponto de vista de Sergio Moro (identificado como russo) em relação ao "dissidente" da "lava jato". A conversa é de 7 de junho de 2016. Leia:

13:46:57 Jerusa pessoal, sobre o caso do Fanton, precisamos decidir se vamos, ou não, nos manifestar!
13:48:16 WelterPrr Jerusa No 737?
13:48:38 Qual a questao?
13:49:06 Jerusa não, Welter, sobre o caso do banco FPB, do tio do delegado Fanton
13:49:21 autos 5026655-62
14:39:42 Por mim, adotamos o ponto de vista do russo a respeito do caso Fanton.
14:51:07 Deltan Jerusa, dá uma contextualizada? Qual a questão e qual a posição do juiz?
14:53:23 Jerusa Sobre a representação da PF com relação ao banco panamenho FPB, utilizando as provas obtidas na BA do caso MOSACK, ja´que o Moro remeteu o IPL da MOSACK para o STF.
14:55:06 WelterPrrhttp://noticias.uol.com.br/politica/ultimasnoticias/2016/06/07/conselho-de-etica-adia-analise-deparecer-que-pedecassacao-de-eduardo-cunha.htm
14:55:09 Jerusa mas sobre a representação específica ele disse algo do tipo "ninguém irá perceber" (sic)
14:56:31 Diogo isso é bom pra gente..
15:25:22 Deltan 15:25:22 Saiu no Ancelmo Gois hj. E estão avaliando um editorial do Globo sobre o assunto.
15:25:36 Jerusa está correta.


Em diálogo do dia 7 de julho, Deltan se mostra incomodado com o nome de uma operação escolhido por agentes da PF por acreditar que iria dar a entender que "haveria perseguição" contra o delegado. "Péssimo o nome da nova operação... quase liguei para a PF para pedir para não colocarem nada com "fantasma", mas pensei: óbvio que não vão colocar isso. Vai parecer vingança (sic)", escreveu.

Representante de Fanton na esfera criminal, o advogado José Augusto Marcondes de Moura Jr. diz acreditar que os diálogos podem provocar investigações e punições acerca da conduta de delegados e agentes da Polícia Federal. "No final do filme, vai ficar demonstrado que os mocinhos na verdade era os vilões da lei", sustenta o advogado.

Marcondes de Moura Jr. lembra que não é cometendo ilegalidades que se faz Justiça e que pretendo tomar todas as medidas cabíveis. "Essas denúncias já têm anos. O Mário Fanton foi perseguido implacavelmente pelos Ministério Público Federal de Curitiba e por alguns delegados que faziam parte dessa operação. E agora com a revelação dessas conversas entre procuradores está comprovado que os mocinhos não eram mocinhos", sustenta.

Ele explica que uma das razões do pedido é que existem ainda resquícios de perseguição a Fanton e a todos que se opuseram aos métodos da "lava jato". Durante seu trabalho na operação "lava jato", Fanton participou de investigações importantes. Sua primeira grande tarefa foi presidir o Inquérito 136/2015, que investigava fiscais do Ministério da Agricultura suspeitos de aceitarem propinas de frigoríficos e revendedores de carnes.

O caso acabou sendo assumido posteriormente pelo delegado Maurício Moscardi Grillo e acabou culminando na operação que se tornou conhecida como "carne fraca", e abalou a economia brasileira.

 

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O KKKKKKKKKassio, indicado de Bolsonaro, acabou de dar o voto decisivo seguindo Gilmar para arquivar todas as denúncias dos roubos gigantescos do PP na Petrobras.

Lindo, não?

O sentimento é o mesmo ao lembrar que os estorvos foram colocados lá por outros estorvos.
Me doí saber que um dos ex presidentes (que acho que foi um dos melhores atualmente) fodeu toda uma nação ao escolher um entojo por que a mulher do mesmo adora tirar umas fotos mais "artísticas".
 

constatine

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Delegado da PF perseguido por lavajatistas pede acesso aos diálogos

Rotulado por delegados da Polícia Federal e procuradores como "dissidente da lava jato" por se rebelar contra os métodos do consórcio de Curitiba, Mário Renato Castanheira Fanton ingressou com requerimento no Supremo Tribunal Federal para ter acesso aos diálogos entre os membros da força-tarefa.

O delegado da PF foi um dos primeiros a denunciar os métodos lavajatistas e sofreu retaliações por isso. Foi processado criminalmente e civilmente por improbidade administrativa e administrativamente em processo disciplinar. E absolvido por falta de provas em 1ª e 2ª instâncias no processo criminal. Também foi inocentado em 1ª instância da acusação de improbidade administrativa sem recurso de apelação. Por fim, teve processo administrativo disciplinar anulado pela 1ª Vara Federal de Bauru (SP).

Na petição em que pede acesso aos diálogos entre procuradores, a defesa de Fanton sustenta que, enquanto a defesa do ex-presidente Lula tenta demonstrar a imparcialidade do ex-juiz Sérgio Moro, o delegado busca a validação de fatos graves, como a realização de escuta ambiental ilegal como meio de prova em ações penais da "lava jato", ocultação de "escuta" ambiental ilegal em sindicância falsa e perseguição de servidores inocentes que não concordavam com as ilegalidades praticadas pelas pessoas à frente da operação da PF.

As primeiras denúncias de Fanton foram feitas entre 4 e 7 de maio de 2015. A partir daí, ele passou a responder a uma série de procedimentos investigativos divulgados pela imprensa. Em uma das notícias veiculadas ele é chamado de "delegado que tentou sabotar a 'lava jato'".

Grampos irregulares
Uma das denúncias de Fanton diz respeito ao uso de grampos irregulares na sede da Polícia Federal em Curitiba. A informação foi confirmada pelo doleiro Alberto Youssef, que disse em depoimento, no dia 27 de junho de 2019, na Corregedoria da Polícia Federal, que foram encontradas escutas na carceragem da corporação em Curitiba, quando foi preso, em março de 2014. Segundo ele, os grampos não foram autorizados pelo então juiz Sergio Moro e estavam gravando, conforme publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

As escutas irregulares também foram confirmadas pelo agente Dalmey Werlang na Sindicância 04/2014. Ele disse que instalou a interceptação ambiental na cela dos presos da "lava jato" e todos os dias baixava os áudios captados num pen drive e os entregava aos delegados Márcio Adriano Anselmo e Erika Marena, como forma de ajudar na instrução de "bastidores" que faziam na operação.

Diálogos recentes enviados ao STF pela defesa do ex-presidente Lula apontam que procuradores do MPF do Paraná se mobilizaram para proteger uma delegada da Polícia Federal chamada Erika — provavelmente Erika Marena, que era a responsável pelos casos da "lava jato" — após ficarem sabendo que ela teria forjado e assinado um depoimento que nunca aconteceu.

A defesa de Fanton apresenta trechos de diálogos entre procuradores em que o delegado é citado. Em um deles fica explícita a preocupação dos procuradores em relação ao caso da escuta ilegal na cela de Alberto Youssef. A conversa é de 21 de janeiro de 2016. Veja abaixo:

20:21:55 Deltan CF disse que ia falar com Vc e falariam juntos com Marlus. Posso testemunhar a seu favor, Cf. É só sair a feijoada da casa da mãe prometida há tanto tempo quanto a denúncia do cartel
20:25:32 Roberson MPF.pdf 20:26:24 Paulo Resumo! 20:27:00 Roberson MPF Olhem o email da Olhem a peticao do RA na acao...
20:25:36 Sobre escuta AY
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20:28:08 Mais uma coisa que vai dar pano pra manga
21:07:32 Talvez seja preciso divulgar as alegações finais contra a ODEBRECHT. Isso faria notícia é voltaríamos à ofensiva


O grampo clandestino na cela de Youssef foi alvo de sindicância, mas defesa dos acusados da "lava jato" jamais tiveram acesso aos autos da nova operação. Moro, antes da conclusão, homologou acordo de delação em que os réus concordaram em abrir mão do processo e da discussão de eventuais nulidades em instâncias superiores.

Operação caça-fantasma
Fanton também aparece em outro diálogo. Nele, os procuradores tratam da operação batizada de "caça-fantasma". Em seu bojo, o tio de Mário Fanton, Edson Fanton, sofreu condução coercitiva e foi acusado de estar envolvido em um esquema de abertura de offshores relacionadas ao banco panamenho FPB Bank.

Em conversa, procuradores tratam da operação contra o tio do delegado e revelam que a delegada responsável pela investigação era Erika Marena, denunciada por Fanton como coautora dos grampos clandestinos na cela de Youssef. A conversa é de 3 de junho de 2016. Veja:

14:23:53 Deltan http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1777768- secretaria-de-temer-integrou-articulacaocriminosa-diz-pgr.shtml?mobile
17:03:07 1. Divisao tarefas - referendada mas pode ser revista qdo da reunião sobre rumos 2. Reunião com calma de rumos dia 23, 9h 3. Novas fases A. Novo CENPES - da para cumprir prox semana a depender de decisão. CF vera isso. B. Denuncia Genu prazo mais 20 dias C. QG - degravacao - aguardando. Está para entregar. D. Sargent, Subsea 7, sealtite, trafigura, GM Marine, Maersk e Vacareza (Paulo e Tata) - 30 dias para protocolar E. Pasadena (Laura) - em estudo para ver se chegou material de contas Baiano Liechtenstein E2. - Isabel olhando Petros F. BR (Paulo e Tata) G. FGTS (não logo - Jerusa) H. Fanton e Banco Panamenho do tio - esperar descer triplo X - CF falará c Erika para ver essa questão I. Crachá 2 - trabalhando J. Marketing - PF está trabalhando K. AIA Gim Argelo - fazendo já L. Ação anticorrupção contra Engevix M. Isabel olhará a primeira ação das sondas para ver quando consegue oferecer, e incluirá Cunha N. Welter - denúncia Meire 4. Reuniões PF-ok e JF-ok 5. Prioridade denúncia Claudia 6. Osorio - aguardar. Orlando ligará para Adonis. 7. Depoimentos Cervero que foram para o Rio e agora filho FHC - deixar lá em pp. Deltan Vera c ESPEI filho FHC


Em outro trecho, os procuradores voltam a citar Mário Fanton e dão a entender que adotariam o ponto de vista de Sergio Moro (identificado como russo) em relação ao "dissidente" da "lava jato". A conversa é de 7 de junho de 2016. Leia:

13:46:57 Jerusa pessoal, sobre o caso do Fanton, precisamos decidir se vamos, ou não, nos manifestar!
13:48:16 WelterPrr Jerusa No 737?
13:48:38 Qual a questao?
13:49:06 Jerusa não, Welter, sobre o caso do banco FPB, do tio do delegado Fanton
13:49:21 autos 5026655-62
14:39:42 Por mim, adotamos o ponto de vista do russo a respeito do caso Fanton.
14:51:07 Deltan Jerusa, dá uma contextualizada? Qual a questão e qual a posição do juiz?
14:53:23 Jerusa Sobre a representação da PF com relação ao banco panamenho FPB, utilizando as provas obtidas na BA do caso MOSACK, ja´que o Moro remeteu o IPL da MOSACK para o STF.
14:55:06 WelterPrrhttp://noticias.uol.com.br/politica/ultimasnoticias/2016/06/07/conselho-de-etica-adia-analise-deparecer-que-pedecassacao-de-eduardo-cunha.htm
14:55:09 Jerusa mas sobre a representação específica ele disse algo do tipo "ninguém irá perceber" (sic)
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15:25:22 Deltan 15:25:22 Saiu no Ancelmo Gois hj. E estão avaliando um editorial do Globo sobre o assunto.
15:25:36 Jerusa está correta.


Em diálogo do dia 7 de julho, Deltan se mostra incomodado com o nome de uma operação escolhido por agentes da PF por acreditar que iria dar a entender que "haveria perseguição" contra o delegado. "Péssimo o nome da nova operação... quase liguei para a PF para pedir para não colocarem nada com "fantasma", mas pensei: óbvio que não vão colocar isso. Vai parecer vingança (sic)", escreveu.

Representante de Fanton na esfera criminal, o advogado José Augusto Marcondes de Moura Jr. diz acreditar que os diálogos podem provocar investigações e punições acerca da conduta de delegados e agentes da Polícia Federal. "No final do filme, vai ficar demonstrado que os mocinhos na verdade era os vilões da lei", sustenta o advogado.

Marcondes de Moura Jr. lembra que não é cometendo ilegalidades que se faz Justiça e que pretendo tomar todas as medidas cabíveis. "Essas denúncias já têm anos. O Mário Fanton foi perseguido implacavelmente pelos Ministério Público Federal de Curitiba e por alguns delegados que faziam parte dessa operação. E agora com a revelação dessas conversas entre procuradores está comprovado que os mocinhos não eram mocinhos", sustenta.

Ele explica que uma das razões do pedido é que existem ainda resquícios de perseguição a Fanton e a todos que se opuseram aos métodos da "lava jato". Durante seu trabalho na operação "lava jato", Fanton participou de investigações importantes. Sua primeira grande tarefa foi presidir o Inquérito 136/2015, que investigava fiscais do Ministério da Agricultura suspeitos de aceitarem propinas de frigoríficos e revendedores de carnes.

O caso acabou sendo assumido posteriormente pelo delegado Maurício Moscardi Grillo e acabou culminando na operação que se tornou conhecida como "carne fraca", e abalou a economia brasileira.



Enquanto Bolsonaro arrastava Moro para os estádios, para proteger e manter sua imagem dos ataques da impressa+Intercept, Moro, Dallagnos e cia planejavam em como foder ele :klol. É muito dedo podre para uma pessoa só.
Isso não é sobre politica apenas, isso é também sobre caráter.

Muitos falaram que Bolsonaro foi mal caráter ao quebrar a promessa que fez ao Moro, pois é, o mundo da voltas e agora que os lesados tenham o direito igual Moro teve ao se sentir lesado!

Aguardando os próximos capítulos da saga STF em "eu, eu mesmo e Irene".
 

Denrock

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Você ta muito emocionado no Bolsonarismo, ta levando print de conversa que nem sabem se existe como provas de algo que não aconteceu, ele não foi incriminado de nada.

Perícia atesta integridade de mensagens hackeadas de procuradores

"Todos os dispositivos arrecadados foram submetidos a exames pelo Serviço de Perícias em Informática do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que objetivaram a extração e análise do conteúdo do material, com a elaboração de Laudo Pericial de Informática Específico para cada item apreendido", diz o relatório.
 

Bebidão

Bam-bam-bam
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Perícia atesta integridade de mensagens hackeadas de procuradores

"Todos os dispositivos arrecadados foram submetidos a exames pelo Serviço de Perícias em Informática do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que objetivaram a extração e análise do conteúdo do material, com a elaboração de Laudo Pericial de Informática Específico para cada item apreendido", diz o relatório.

Se o Lewandowski disse é verdade, ele nem tem interesse né?

Onde estão essas pericias que nunca viraram noticia? Onde está essa "comprovação do lewa"? Voces Bolsopetistas estão numa cruzada de mãos dadas contra a justica e no caminho estão aceitando provas roubadas, sem pericia, aceitando decisões tipo a do STJ que benificia o bandido flavio bolsonaro ou a do Kassio Nunes de ontem que arquivou o Quadrilhao do PP, futuro partido do teu ídolo.


São só massa de manobra aceitando decisões contra o combate a corrupção por idolatria.
 

Layzem

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Alguém aqui ainda tem dúvidas que foi o próprio Moro que entregou os dados do COAF do Flavio para o MP e consequentemente para a rede Globo? Esse cara nunca realmente fez parte desse governo.
 

Johnzim

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Sentenciar é elaborar/prolatar uma sentença e nada mais. Se vai ser condenatória, absolutória ou de extinção, aí são outros 500.
Uol com seu jornalismo de primeira qualidade.
 

tersalius

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Enquanto Bolsonaro arrastava Moro para os estádios, para proteger e manter sua imagem dos ataques da impressa+Intercept, Moro, Dallagnos e cia planejavam em como foder ele :klol. É muito dedo podre para uma pessoa só.
Isso não é sobre politica apenas, isso é também sobre caráter.

Muitos falaram que Bolsonaro foi mal caráter ao quebrar a promessa que fez ao Moro, pois é, o mundo da voltas e agora que os lesados tenham o direito igual Moro teve ao se sentir lesado!

Aguardando os próximos capítulos da saga STF em "eu, eu mesmo e Irene".
bahhhhh. arrastava o Moro pra estadios pra poteger ele....bahhhhhhh

Bolso ficou quietinho por semanas quando vazaram as conversas... só foi aparecer pra fazer alguma coisa muito tempo depois e mesmo assim ficou bem longe de "defender" 0 Moro

Moro por outro lado foi o primeiro a sair em defesa do Bozo no caso do porteiro do condomínio, mesmo tendo sido crucificado pela imprensa por isso... e mesmo assim só o que ganhou do Bozo foi apunhalada pelas costas desde que começou a se destacar mais que o Minto como ministro

Alias, uma das criticas dos bolsonaristas da falta de lealdade do Moro era não descobrir que mandou matar o Bozo... diz aí... o ministro lambe bolas atual já descobriu que mandou matar o Bozo??? porque bolsonarista não cobra mais isso dele também...???
é só papo furado pra defender o corrupto de estimação que esta no poder agora:klolwtf

isso que o Bolso fez com o Moro não é só sobre política é sobre caráter também...
 

Chris Redfield jr

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STF autoriza STJ a usar conversas da Lava Jato em inquérito contra procuradores
Que citam investigação contra ministros
Lava Jato nega conduta irregular

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta 5ª feira (4.mar.2021) o compartilhamento com o STJ (Superior Tribunal de Justiça) das conversas hackeadas, apreendidas na operação Spoofing, que foram atribuídas a procuradores da operação Lava Jato e ao ex-juiz federal Sergio Moro.

Eis a íntegra da decisão (197 KB), que atendeu a pedido do presidente do STJ, ministro Humberto Martins.

Em 5 de fevereiro, Martins abriu inquérito para apurar suposta tentativa de integrantes da força tarefa de investigar, ilegalmente, a movimentação patrimonial de ministros do tribunal.

De acordo com as informações publicadas pela CNN Brasil e reproduzidas por outros veículos de imprensa, procuradores como Deltan Dallagnol e Diogo Castor de Mattos teriam sugerido pedir à Receita Federal uma análise patrimonial dos ministros que integram as turmas criminais do STJ, sem que houvesse, para tanto, autorização do Supremo.

“Embora o objeto desta reclamação esteja limitado à obtenção, por parte do reclamante [ex-presidente Lula], de elementos de convicção contidos no material arrecadado na referida operação policial [spoofing], que possam, eventualmente, subsidiar a sua defesa, nada impede, como já consignei anteriormente, ao decidir pedidos semelhantes ao presente, sejam fornecidas cópias de documentos encartados nestes autos aos interessados, desde que não estejam cobertos pelo segredo de justiça”, disse Lewandowski na decisão, mencionando a liberação inicial das conversas, que foi à defesa do ex-presidente Luiz Inácio da Silva.

Lewandowski também permitiu, em 25 de janeiro, o acesso às conversas à defesa do ex-presidente. Condenado duas vezes na operação Lava Jato, nos casos do tríplex do Guarujá e sítio de Atibaia, Lula aposta nas mensagens extraídas do celular do ex-juiz Sergio Moro para obter provas de que Moro agiu de forma parcial ao condená-lo. Leia aqui a íntegra (826 KB) das mensagens.

Além da defesa de Lula, Lewandowski também liberou, nessa 4ª feira (3.mar.2021), o acesso às mensagens ao TCU (Tribunal de Contas da União). As mensagens serão usadas para averiguar se Moro instruiu procuradores da Operação em investigações contra a Odebrecht.

A CONVERSA
Um arquivo, de 42 páginas, foi entregue ao ministro Ricardo Lewandowski pela defesa do ex-presidente Lula. Nessa nova leva, segundo reportagem da CNN Brasil, que teve acesso ao documento, o então coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, sugere pedir à Receita Federal “uma análise patrimonial” dos ministros que integram as turmas criminais do STJ.





“A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial, que tal? Basta estar em EPROC [processo judicial eletrônico] público. Combinamos com a RF”, escreve Deltan para, em seguida, emendar: “Furacão 2”.

O procurador Diogo Castor de Mattos diz, então, acreditar que o ministro Félix Fischer, o relator da Lava Jato no STJ, não estaria envolvido em irregularidades. “Felix Fischer eu duvido. Eh um cara serio [sic]”, disse.

A troca de mensagens indica que a operação tinha a intenção de investigar pessoas com prerrogativa de foro privilegiado sem autorização.

A nova remessa de mensagens também mostra que o então juiz Sergio Moro cobrou que a Lava Jato lhe informasse sobre o andamento do recurso que seria apresentado pelos procuradores no caso do tríplex ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

“Russo quer uma previsão das nossas razões de apelação no caso triplex”, disse Deltan aos procuradores, usando o apelido de Moro para se referir ao ex-juiz.

O QUE DIZEM OS PROCURADORES
Em 8 de fevereiro, em ofício enviado ao STJ, à PGR (Procuradoria Geral da República) e ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), os procuradores da agora extinta força-tarefa da Lava Jato no Paraná negaram qualquer ato de investigação sobre a conduta de autoridades com foro por prerrogativa de função, incluindo ministros do STJ.

“Em todos os casos [de investigação] em que foram identificados elementos de informação concretos relacionados a autoridades com prerrogativa de foro, foram feitas as devidas comunicações às autoridades competentes –sem exceção”, disseram os procuradores.

Contra a abertura do inquérito, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse, em 26 de fevereiro, que a investigação é “extremamente grave” e “preocupante”. Para ele, o STJ não tem atribuição legal para investigar integrantes do MPF.

O procurador-geral da República pretende defender, se for o caso, até na corte internacional a higidez do sistema de Justiça brasileiro no que toca ao sistema penal. Nós envidaremos todos os esforços para preservar o sistema em que o Ministério Público acusa, o juiz julga, a polícia investiga, sem prejuízo das nossas investigações“, disse Aras.
.......................................................

Aras diz que vai à Justiça contra investigação do STJ sobre a Lava Jato
Inquérito aberto na 6ª (19.fev)
Ação é ‘preocupante’, diz Aras

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que vai à Justiça contra a investigação aberta pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre a Lava Jato. Aras avaliou que o Tribunal investigar procuradores é “extremamente grave e preocupante” e disse que será necessário levará o caso até a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

O procurador-geral da República pretende defender, se for o caso, até na corte internacional a higidez do sistema de Justiça brasileiro no que toca ao sistema penal. Nós envidaremos todos os esforços para preservar o sistema em que o Ministério Público acusa, o juiz julga, a polícia investiga, sem prejuízo das nossas investigações“, disse Aras.

A afirmação foi dada nesta 6ª feira (26.fev.2021), na sessão do Conselho Superior do MPF (Ministério Público Federal), transmitida ao vivo pelo canal do YouTube do órgão. Anteriormente, os procuradores já haviam pedido que Aras se posicionasse contra o inquérito.

A investigação foi aberta pelo presidente do STJ, Humberto Martins, na última 6ª feira (19.fev). Ele também é o relator do caso no Tribunal. Segundo o ministro, é preciso apurar a suposta tentativa de intimidação e investigação ilegal de ministros da Corte por parte da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

O inquérito, que tramita em sigilo sob a responsabilidade de Martins, foi pedido após mensagens atribuídas aos procuradores terem sido divulgadas. O conteúdo apreendido na operação Spoofing está sendo utilizado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu processo no STF sobre parcialidade na atuação do ex-juiz Sergio Moro.





Nas mensagens divulgadas em 12 de fevereiro, os procuradores combinam formas de “atingir nesse momento o ministro mais novo do STJ”, Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.

O diálogo teria acontecido em março de 2016. Pouco antes, em dezembro de 2015, Dantas foi afastado dos processos da Lava Jato na Corte porque Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, afirmou à PGR que um juiz de nome “Navarro” iria conseguir um habeas corpus para seu pai.

Após o afastamento, quem ficou como relator da Lava Jato no STJ foi o ministro Felix Fischer. Ele votou a favor de todos os pedidos dos procuradores e confirmou todas as decisões de Moro.

Aras considera que a investigação aberta por Martins está “diretamente relacionada a integrantes do MPF” e, assim, é inconstitucional. Segundo ele, o inquérito fere diretamente a Lei Complementar 75, de 1993, que estabelece as normas para investigações de funcionários do Ministério Público. O texto estipula que ações de procuradores da República só podem ser investigadas por outros procuradores.

Ele afirmou ainda que o inquérito das fake news, instaurado no STF (Supremo Tribunal Federal) e comandado pelo ministro Alexandre de Moraes, em um modelo similar ao do STJ, não investiga nenhum procurador. Então não há como uma investigação justificar a outra.

Este é um assunto extremamente grave, preocupante. Não se trata somente de investigar membros do MPF no que toca à chamada força-tarefa da Lava Jato. Se trata de um expediente que pode atingir todos os tribunais brasileiros no que toca a todos os membros do Ministério Público brasileiro“, disse Aras.

 

constatine

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Moro por outro lado foi o primeiro a sair em defesa do Bozo no caso do porteiro do condomínio, mesmo tendo sido crucificado pela imprensa por isso... e mesmo assim só o que ganhou do Bozo foi apunhalada pelas costas desde que começou a se destacar mais que o Minto como ministro

Alias, uma das criticas dos bolsonaristas da falta de lealdade do Moro era não descobrir que mandou matar o Bozo... diz aí... o ministro lambe bolas atual já descobriu que mandou matar o Bozo??? porque bolsonarista não cobra mais isso dele também...???
é só papo furado pra defender o corrupto de estimação que esta no poder agora:klolwtf

isso que o Bolso fez com o Moro não é só sobre política é sobre caráter também...


O que? E isso porque no caso do condomínio Moro fez o minimo do minimo como ministro, com a mídia fazendo ginastica e tirando ilações até do cu.
Usaram até desse fato para atacar Bolsonaro por passar pano para Moro, temos um tópico sobre esse fato, e olha só que ironia, aberto para atacar Bolsonaro nesse caso da Vaja-Jato.


PS. Por mais forçada que você tente dar, lembre-se que para cada peido que Bolsonaro dá um tópico é criando nessa pasta para datar tudo, e isso é feito por quem mais odeia ele.
 
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STF autoriza STJ a usar conversas da Lava Jato em inquérito contra procuradores
Que citam investigação contra ministros
Lava Jato nega conduta irregular

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta 5ª feira (4.mar.2021) o compartilhamento com o STJ (Superior Tribunal de Justiça) das conversas hackeadas, apreendidas na operação Spoofing, que foram atribuídas a procuradores da operação Lava Jato e ao ex-juiz federal Sergio Moro.

Eis a íntegra da decisão (197 KB), que atendeu a pedido do presidente do STJ, ministro Humberto Martins.

Em 5 de fevereiro, Martins abriu inquérito para apurar suposta tentativa de integrantes da força tarefa de investigar, ilegalmente, a movimentação patrimonial de ministros do tribunal.

De acordo com as informações publicadas pela CNN Brasil e reproduzidas por outros veículos de imprensa, procuradores como Deltan Dallagnol e Diogo Castor de Mattos teriam sugerido pedir à Receita Federal uma análise patrimonial dos ministros que integram as turmas criminais do STJ, sem que houvesse, para tanto, autorização do Supremo.

“Embora o objeto desta reclamação esteja limitado à obtenção, por parte do reclamante [ex-presidente Lula], de elementos de convicção contidos no material arrecadado na referida operação policial [spoofing], que possam, eventualmente, subsidiar a sua defesa, nada impede, como já consignei anteriormente, ao decidir pedidos semelhantes ao presente, sejam fornecidas cópias de documentos encartados nestes autos aos interessados, desde que não estejam cobertos pelo segredo de justiça”, disse Lewandowski na decisão, mencionando a liberação inicial das conversas, que foi à defesa do ex-presidente Luiz Inácio da Silva.

Lewandowski também permitiu, em 25 de janeiro, o acesso às conversas à defesa do ex-presidente. Condenado duas vezes na operação Lava Jato, nos casos do tríplex do Guarujá e sítio de Atibaia, Lula aposta nas mensagens extraídas do celular do ex-juiz Sergio Moro para obter provas de que Moro agiu de forma parcial ao condená-lo. Leia aqui a íntegra (826 KB) das mensagens.

Além da defesa de Lula, Lewandowski também liberou, nessa 4ª feira (3.mar.2021), o acesso às mensagens ao TCU (Tribunal de Contas da União). As mensagens serão usadas para averiguar se Moro instruiu procuradores da Operação em investigações contra a Odebrecht.

A CONVERSA
Um arquivo, de 42 páginas, foi entregue ao ministro Ricardo Lewandowski pela defesa do ex-presidente Lula. Nessa nova leva, segundo reportagem da CNN Brasil, que teve acesso ao documento, o então coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, sugere pedir à Receita Federal “uma análise patrimonial” dos ministros que integram as turmas criminais do STJ.





“A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial, que tal? Basta estar em EPROC [processo judicial eletrônico] público. Combinamos com a RF”, escreve Deltan para, em seguida, emendar: “Furacão 2”.

O procurador Diogo Castor de Mattos diz, então, acreditar que o ministro Félix Fischer, o relator da Lava Jato no STJ, não estaria envolvido em irregularidades. “Felix Fischer eu duvido. Eh um cara serio [sic]”, disse.

A troca de mensagens indica que a operação tinha a intenção de investigar pessoas com prerrogativa de foro privilegiado sem autorização.

A nova remessa de mensagens também mostra que o então juiz Sergio Moro cobrou que a Lava Jato lhe informasse sobre o andamento do recurso que seria apresentado pelos procuradores no caso do tríplex ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

“Russo quer uma previsão das nossas razões de apelação no caso triplex”, disse Deltan aos procuradores, usando o apelido de Moro para se referir ao ex-juiz.

O QUE DIZEM OS PROCURADORES
Em 8 de fevereiro, em ofício enviado ao STJ, à PGR (Procuradoria Geral da República) e ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), os procuradores da agora extinta força-tarefa da Lava Jato no Paraná negaram qualquer ato de investigação sobre a conduta de autoridades com foro por prerrogativa de função, incluindo ministros do STJ.

“Em todos os casos [de investigação] em que foram identificados elementos de informação concretos relacionados a autoridades com prerrogativa de foro, foram feitas as devidas comunicações às autoridades competentes –sem exceção”, disseram os procuradores.

Contra a abertura do inquérito, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse, em 26 de fevereiro, que a investigação é “extremamente grave” e “preocupante”. Para ele, o STJ não tem atribuição legal para investigar integrantes do MPF.

O procurador-geral da República pretende defender, se for o caso, até na corte internacional a higidez do sistema de Justiça brasileiro no que toca ao sistema penal. Nós envidaremos todos os esforços para preservar o sistema em que o Ministério Público acusa, o juiz julga, a polícia investiga, sem prejuízo das nossas investigações“, disse Aras.
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Aras diz que vai à Justiça contra investigação do STJ sobre a Lava Jato
Inquérito aberto na 6ª (19.fev)
Ação é ‘preocupante’, diz Aras

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que vai à Justiça contra a investigação aberta pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre a Lava Jato. Aras avaliou que o Tribunal investigar procuradores é “extremamente grave e preocupante” e disse que será necessário levará o caso até a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

O procurador-geral da República pretende defender, se for o caso, até na corte internacional a higidez do sistema de Justiça brasileiro no que toca ao sistema penal. Nós envidaremos todos os esforços para preservar o sistema em que o Ministério Público acusa, o juiz julga, a polícia investiga, sem prejuízo das nossas investigações“, disse Aras.

A afirmação foi dada nesta 6ª feira (26.fev.2021), na sessão do Conselho Superior do MPF (Ministério Público Federal), transmitida ao vivo pelo canal do YouTube do órgão. Anteriormente, os procuradores já haviam pedido que Aras se posicionasse contra o inquérito.

A investigação foi aberta pelo presidente do STJ, Humberto Martins, na última 6ª feira (19.fev). Ele também é o relator do caso no Tribunal. Segundo o ministro, é preciso apurar a suposta tentativa de intimidação e investigação ilegal de ministros da Corte por parte da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

O inquérito, que tramita em sigilo sob a responsabilidade de Martins, foi pedido após mensagens atribuídas aos procuradores terem sido divulgadas. O conteúdo apreendido na operação Spoofing está sendo utilizado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu processo no STF sobre parcialidade na atuação do ex-juiz Sergio Moro.





Nas mensagens divulgadas em 12 de fevereiro, os procuradores combinam formas de “atingir nesse momento o ministro mais novo do STJ”, Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.

O diálogo teria acontecido em março de 2016. Pouco antes, em dezembro de 2015, Dantas foi afastado dos processos da Lava Jato na Corte porque Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, afirmou à PGR que um juiz de nome “Navarro” iria conseguir um habeas corpus para seu pai.

Após o afastamento, quem ficou como relator da Lava Jato no STJ foi o ministro Felix Fischer. Ele votou a favor de todos os pedidos dos procuradores e confirmou todas as decisões de Moro.

Aras considera que a investigação aberta por Martins está “diretamente relacionada a integrantes do MPF” e, assim, é inconstitucional. Segundo ele, o inquérito fere diretamente a Lei Complementar 75, de 1993, que estabelece as normas para investigações de funcionários do Ministério Público. O texto estipula que ações de procuradores da República só podem ser investigadas por outros procuradores.

Ele afirmou ainda que o inquérito das fake news, instaurado no STF (Supremo Tribunal Federal) e comandado pelo ministro Alexandre de Moraes, em um modelo similar ao do STJ, não investiga nenhum procurador. Então não há como uma investigação justificar a outra.

Este é um assunto extremamente grave, preocupante. Não se trata somente de investigar membros do MPF no que toca à chamada força-tarefa da Lava Jato. Se trata de um expediente que pode atingir todos os tribunais brasileiros no que toca a todos os membros do Ministério Público brasileiro“, disse Aras.



No mesmo caso da gravação da reunião ministerial. Felizmente é esse o papel do procurador geral da republica.
 

Chris Redfield jr

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Carmen agiu para anular pedido de liberdade de Lula, diz Dallagnol
Os diálogos revelam os bastidores das iniciativas tomadas pelos procuradores e juízes

Diálogos enviados pela defesa do ex-presidente Lula ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta (4) mostram os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato discutindo como evitar que o petista saísse da prisão por meio de habeas corpus concedido pela Justiça em 2018.

No dia 8 de julho daquele ano, um domingo, o desembargador Rogério Favreto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), atendeu a um pedido de advogados e determinou que Lula fosse solto.

Ele argumentou que o petista, embora condenado a mais de 12 anos de prisão, não tinha os direitos políticos cassados e por isso poderia fazer campanha eleitoral. Estaria ainda sendo submetido a constrangimento ilegal porque sua sentença ainda não tinha transitado em julgado. Favreto estava no plantão naquele dia.

A notícia foi recebida como uma bomba nos meios jurídicos e deu início a uma movimentação intensa dos procuradores e de magistrados para que a liberdade de Lula fosse evitada. Os diálogos revelam os bastidores das iniciativas tomadas por eles.

O desafio, naquele momento, era ganhar tempo até que a ordem de Favreto fosse revertida.

Por isso, a Polícia Federal foi orientada a descumprir a determinação do magistrado, mostram as conversas. E, de fato, a PF não soltou o ex-presidente.

O primeiro a se manifestar contra a soltura foi o então juiz Sergio Moro, que, embora de férias, deu um despacho afirmando que Favreto era autoridade "absolutamente incompetente" para se sobrepor à ordem de prisão, proferida pela 8ª Turma do TRF-4.

O desembargador Favreto derrubou o despacho de Moro e deu uma hora para que sua decisão fosse cumprida pela PF.

O desembargador João Pedro Gebran Neto, que relatava o processo de Lula no TRF-4, teria entrado no circuito para orientar a PF a manter Lula na prisão.

Nos diálogos, analisados pelo perito Cláudio Wagner e enviados ao STF pelo escritório Teixeira Zanin Martins Advogados, o procurador Deltan Dallagnol escreve aos colegas: "Orientação do Gebran è que a PF solte se não vier decisão do presidente do TRF" [a grafia foi mantida na forma original].

Dallagnol afirma ainda que ele mesmo tinha entrado em contato com os policiais: "Pedi pra PF segurar, mas predicávamos deneto dessa 1h ter sinal positivo. Pq eu dizer e nada não muda muito qdo tem ordem judicial".

O procurador ainda afirma que "Moro tb não tem mais o que fazer ".

Em seguida, eles discutem pedidos e manifestações que podem apresentar para que Lula siga preso. E reconhecem a dificuldade da situação.

"Já enfrentamos desembargadores corruptos antes (Lipmann e Direcei). Aqui a questão parece ser ideológicoa", diz o procurador Januario Paludo. "A posição do MPF tem que ficar clara nos autos. Há abuso de autoridade por parte do Desembargador Favareto".

A esperança a partir daquele momento recai sobre o então presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, que poderia suspender a determinação de Favreto. "Por ora temos 30 min para fazer o Lenz se manifestar. Depois sim, dá para ir com tudo!", diz uma procuradora.

A aflição dos integrantes da Lava Jato aumentava: sem uma decisão rápida de Thompson Flores, Lula poderia ser solto, mostram as conversas. "O problema é que Gebran disse pro Valeixo [o então superintendente da Polícia Federal no Paraná, Maurício Valeixo] cumprir a ordem do Favreto se não vier contraordem tempestiva do president[e]", escreve Deltan Dallagnol.

"Imprime e leva em mãos para o presidente", diz a procuradora Jerusa Viecili. "Ou driblamos isso ou vamos perder", segue Deltan.

Um pouco mais tarde, o procurador Januario Paludo acalma os colegas: "Waleixo [o superintendente da PF, Mauricio Valeixo] ligou. Lenz ligou para ele pedindo para aguardar a decisão dele".

"Valeixo falou com Thompson que mandou não cumprir até ele decidir", diz Deltan. "Isso nos dá mais tempo".

Em seguida, ele afirma que a então presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, teria se envolvido na movimentação. Ela teria telefonado para o então ministro da Segurança, Raul Jungmann, a quem a PF era subordinada, e pedido para Lula não ser solto.

"Carmem Lúcia ligou pra Jungman e mandou não cumprir e teria falado tb com Thompson. Cenário tá bom", escreveu Deltan Dallagnol.

Thompson Flores acabou suspendendo a decisão de Favretoainda naquele domingo. E Lula seguiu preso.

A coluna enviou o trecho do diálogo a Jungmann, que afirmou se tratar de uma "mentira".

"Naquele dia, recebi telefonema da Cármen Lúcia e de várias pessoas que estavam preocupadas com a situação. Mas ela em nenhum momento me pediu absolutamente nada", diz Jungmann.

"Ela é juíza. Ela sabe que eu nada poderia fazer, nem para soltar, nem para manter alguém preso. Seria um crime, seria obstrução de Justiça", segue o ex-ministro.

Ele afirma que vai interpelar Deltan Dallagnol para que o procurador " confirme ou desminta isso".

Jungmann afirma que, no diálogo que manteve naquele dia com Cármen Lúcia, ela apenas manifestou preocupação com decisões desencontradas da Justiça. E disse que divulgaria uma nota.

A ministra de fato divulgou um texto em que afirmava que a Justiça "é impessoal, sendo garantida a todos os brasileiros segurança jurídica, direito de todos. O Poder Judiciário tem ritos e recursos próprios, que devem ser respeitados. A democracia brasileira é segura e os órgãos judiciários competentes de cada região devem atuar para garantir que a resposta judicial seja oferecida com rapidez e sem quebra da hierarquia, mas com rigor absoluto das normas vigentes".

A coluna procurou o gabinete de Cármen Lúcia, que pediu que a demanda fosse enviada por escrito para que a magistrada pudesse se manifestar.

Os procuradores da Lava Jato não reconhecem a autenticidade das conversas. Afirmam que elas foram obtidas por meios criminosos e que podem ser editadas e tiradas de contexto.

Os diálogos aos quais a defesa de Lula teve acesso, e agora entrega ao STF, fazem parte da Operação Spoofing, que investiga a invasão de telefones de autoridades por hackers.
 

Chris Redfield jr

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Lava Jato debateu cláusula anti-Bolsonaro em ranking de candidatos em 2018
Deltan Dallagnol questionou Bruno Brandão, diretor da Transparência Internacional, sobre quando seria lançado um ranking sobre candidatos ficha limpa

Diálogos hackeados da força-tarefa da Operação Lava Jato mostram que o procurador Deltan Dallagnol debateu com o chefe da Transparência Internacional uma “cláusula anti-Bolsonaro” em um ranking de candidatos.

O diálogo ocorreu no dia 24 de junho de 2018 no chat “A Vingança”. Nele, Deltan questiona Bruno Brandão, diretor da Transparência Internacional, sobre quando seria lançado um ranking sobre candidatos ficha limpa nas eleições daquele ano.

O professor da FGV Michael Mohallem também participa da conversa. A sugestão que aparece no grupo é para que, além do ranking pontuar candidatos com problemas na Justiça, também apareçam dados dos candidatos sobre compromissos com a democracia. Essa cláusula é batizada de “anti-Bolsonaro”.

A conversa começa logo cedo. Às 7h55, Mohallem os questiona:
“Qual seria essa cláusula democrática mesmo?”.

Brandão responde: “Aquela ideia de ter algum dispositivo anti-bolsonaro. Pra que o filtro do passado limpo não sirva de plataforma pra esses maníacos com ficha limpa, mas discurso de ódio”.

Mohallem rebate: “Talvez seja boa ideia abandonar esses dois filtros mais subjetivos. Deixaríamos apenas os mensuráveis. Como os processos, condenações e investigações. Já seria um enorme serviço de interesse público”.

Brandão então diz: “Talvez, considerando que a “cláusula democrática” seria de toda forma algo complexo de


operacionalizar, poderíamos fase um disclaimer inicial sobre isso, bem claro, visível e direto, do tipo: não basta ter passado limpo, considere quais são as propostas do seu candidato e seu compromisso com a democracia, etc. Agora, a cláusula do compromisso com o pacote é mais complexa, porque o espírito do projeto desde o início era conquistar algum tipo de compromisso dos candidatos à essa agenda e atrelar isso à renovação política de qualidade (que queremos contribuir com informação crível e acessível sobre as fichas pregressas)”.

Dallagnol se manifesta cerca de duas horas depois: “Então, o site faz diagnóstico de quem tem passado limpo e de quem está comprometido com que propostas legislativas. Os compromissos e o limiar de apoio mínimo e propostas centrados podem ficar para uma espécie de análise externa pela TI e parceiras.”

Procurada, a força-tarefa da Lava Jato reafirmou “que não reconhece a autenticidade e a veracidade das mensagens criminosamente obtidas por hackers que estão lhe sendo atribuídas”.
Salienta, ainda, que mesmo que as mensagens tivessem ocorrido da forma como apresentadas, o texto remete a propostas de combate à corrupção e defesa da democracia, que são pautas apartidárias.

O Planalto informou que não vai se manifestar. Michael Mohallem e Bruno Brandão também foram procurados, mas não se manifestaram até o momento.

A Transparência Internacional Brasil se manifestou. Afirma que "é absolutamente despropositada a ideia de um 'complô' envolvendo o nome da organização, veículos de mídia e Ministério Público contra a família Bolsonaro".

E continua: "As matérias veiculadas, baseadas em mensagens de celulares hackeados de procuradores, tentam, de maneira infundada, levantar a tese de uma suposta conspiração, quando na verdade tratava-se de campanha legítima de voto consciente, plural e informado, em prol da causa anticorrupção e princípios defendidos pela TI. Tais princípios envolviam três pontos fundamentais: passado limpo das candidaturas, compromisso dos candidatos com a democracia e compromisso com o debate de medidas de combate à corrupção. A campanha pregava, portanto, não um “ranking de ficha limpa” e, muito menos, o favorecimento de candidato A ou B, mas a reafirmação do compromisso com a democracia e contra a corrupção, contra o discurso de ódio e contra o radicalismo".
A Transparência Internacional Brasil diz ainda que "vem denunciando sistematicamente graves retrocessos legais e institucionais do Brasil na luta contra a corrupção e, por este trabalho, passou a ser alvo frequente de ataques". Para a entidade, "é dever da TI dialogar e atuar com autoridades públicas, setor privado e sociedade civil contra práticas corruptas e em favor da democracia".
"Lamentamos que a CNN tenha publicado matéria sobre este assunto e só depois de veiculá-la procure a Transparência Internacional Brasil para ouvir nosso posicionamento."
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"Insegurança jurídica de verdade!

Nem ela acredita que fizeram isso para salvar Lava Jato, Moro ou para foder Bolsonaro.
Ela já deu a letra do que possa ser."



Janaína Paschoal acredita que ‘algo maior’ motivou decisão de Fachin sobre Lula

Para deputada estadual, canetada do ministro do STF não tinha objetivo de proteger a Lava Jato ou blindar Sergio Moro

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Deputada ainda se questionou se Fachin tomou a decisão sem consultar os colegas da Corte

A deputada estadual Janaína Paschoal não acredita que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin em relação ao ex-presidente Lula foi tomada por alguma natureza política. Para ela, existe “algo maior” que ele não gostaria que viesse a público. “Não acho que a decisão tenha sido de natureza política, que o intuito era salvar a Lava Jato, blindar Sergio Moro ou de simpatia com o ex-presidente. Ele teve tantas outras oportunidades e não o fez. É uma decisão tão estranha que, para mim, tem algo maior que ele não gostaria que viesse a público.”


Ela lembrou, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, dos áudios divulgados pelo The Intercept Brasil, episódio conhecido como Vaza Jato. “Nós tivemos acesso a um número muito pequeno de conversas. Apareceu tantas outras e a notícia que se tem é que a quantidade vai muito além do divulgado. Não é medo de que tudo o que tem lá venha à tona? Não consigo acreditar que um ministro se exponha dessa forma. Não acredito que o ministro correria todo esse risco para salvar Sergio Moro. Para mim, tem algo nos diálogos que não se quer que venha à pública. Só isso faz sentido.”

Janaína Paschoal ainda se questionou se Fachin tomou a decisão sem consultar os colegas da Corte. “Não acredito que o ministro toma uma decisão dessa natureza sem consultar os demais. Só vejo como lógico que tem algo ali que não querem que a gente conheça.”
A também advogada explicou que a decisão de Edson Fachin, é mais do que polêmica — é errada. “Qualquer pessoa que conhece a área penal sabe que soa recorrentes decisões que falam que os embargos de declaração não tem efeitos infringentes. Isso significa que esse recurso decidido ontem não tem pode de modificar decisão de mérito. O papel dos embargos de declaração é esclarecer dúvidas, corrigir omissão, contradição, ambiguidade. A lei é clara nesse sentido.”

Janaína Paschoal explicou que Edson Fachin foi muito além de mudar uma decisão ou mérito. Em apenas uma canetada, ele anulou quatro processos inteiros — que já tinham, inclusive, passado pela Corte. “É como se fosse uma confissão da incapacidade do ministro e do próprio Supremo. Isso é muito grave, não é só um retrocesso. Coloca em cheque a capacidade do STF e tira qualquer segurança jurídica do país. O impacto internacional é terrível.”


A deputada teve conversas com colegas da oposição na Alesp e, de acordo com ela, eles próprios ficaram surpresos com a decisão. E também dizem que o ex-presidente não pretende se candidatar em 2022 porque já fez seu legado. Ela discorda. “Se essa decisão for mantida e o ex-presidente estiver elegível, ele será candidato sim. Ele é uma pessoa vaidosa, que precisa de estímulo para viver, já demonstrou ser uma pessoa muito forte. Eu duvido que ele vai aguentar a tentação e não vai se candidatar.”
 
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