Ivo Maropo
Bam-bam-bam
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Eu jogo videogames desde 1987. Assim como muitos por aqui, eu já presenciei de tudo um pouco nesta vida. Sou da época em que o Atari ainda era "novidade"; da época em que se pôde jogar Super Mario Bros. 1 ainda em sua época de lançamento; época esta em que fliperamas ainda faziam a cabeça da meninada (como a minha), revistas de videogame nos traziam quase uma mini E3 a cada nova quinzena, locadoras não só ainda existiam, como ficavam abarrotadas às sextas-feiras e aos finais de semana, e onde o CD e a internet ainda eram sonhos distantes.
Mas uma coisa eu jamais vi igual nesta vida: o fenômeno chamado Street Fighter 2. É verdade que eu não o acho "o melhor game de todos os tempos" (este título ainda pertence a Ocarina of Time), mas nenhum outro jogo na história ficou anos a fio com filas para ser jogado, com verdadeiros mitos sendo criados ao mais leve sinal de que este seria por fim lançado para um console doméstico.
Sim, vários jogos venderam muito mais que ele (como o próprio Super Mario Bros., Tetris, Wii Sports, GTA V ou o novato Minecraft), mas nenhum deles produziu a mesma louca efervescência, filas quilométricas para ser jogado, gerando tamanha excitação gamística e generalizada num ambiente público e por tanto tempo assim. Também chama a atenção como algo assim pode ser possível. Ninguém esperava pelo seu sucesso. Tendo como o seu predecessor direto o mundano Street Fighter 1, o segundo mais parecia ter sido um milagre vindo de lugar algum.
Muito embora a Capcom ainda nos tenha entregue jogos maravilhosos, como a série Alpha (entre tantos outros), nenhum outro jogo de luta conseguiu repetir de novo a sua façanha (apenas a série Mortal Kombat conseguiu chegar algo perto). Além de ter sido também o mais importante, influente e revolucionário jogo de luta de todos os tempos, SF II também foi o maior arcade que já se viu, e uma dolorosa síntese nostálgica de tempos claramente melhores, onde a solidariedade presencial ainda era o ar que respirávamos, e a solidão online ciber-digital, apenas uma longínqua ameaça.
Até hoje, ainda podemos encontrar, em lugares improváveis, máquinas de Street Fighter ainda resguardando em si a lembrança da sua ilimitada influência e de seu apelo atemporal. A expressão "vai uma partida de Street Fighter?" é praticamente eterna, e um testemunho do seu milagre. Um fóssil vivo de um mundo melhor. Tempos estes onde jogar videogame não era só o máximo ou algo muito divertido, mas literalmente algo mágico. :')
Mas uma coisa eu jamais vi igual nesta vida: o fenômeno chamado Street Fighter 2. É verdade que eu não o acho "o melhor game de todos os tempos" (este título ainda pertence a Ocarina of Time), mas nenhum outro jogo na história ficou anos a fio com filas para ser jogado, com verdadeiros mitos sendo criados ao mais leve sinal de que este seria por fim lançado para um console doméstico.
Sim, vários jogos venderam muito mais que ele (como o próprio Super Mario Bros., Tetris, Wii Sports, GTA V ou o novato Minecraft), mas nenhum deles produziu a mesma louca efervescência, filas quilométricas para ser jogado, gerando tamanha excitação gamística e generalizada num ambiente público e por tanto tempo assim. Também chama a atenção como algo assim pode ser possível. Ninguém esperava pelo seu sucesso. Tendo como o seu predecessor direto o mundano Street Fighter 1, o segundo mais parecia ter sido um milagre vindo de lugar algum.
Muito embora a Capcom ainda nos tenha entregue jogos maravilhosos, como a série Alpha (entre tantos outros), nenhum outro jogo de luta conseguiu repetir de novo a sua façanha (apenas a série Mortal Kombat conseguiu chegar algo perto). Além de ter sido também o mais importante, influente e revolucionário jogo de luta de todos os tempos, SF II também foi o maior arcade que já se viu, e uma dolorosa síntese nostálgica de tempos claramente melhores, onde a solidariedade presencial ainda era o ar que respirávamos, e a solidão online ciber-digital, apenas uma longínqua ameaça.
Até hoje, ainda podemos encontrar, em lugares improváveis, máquinas de Street Fighter ainda resguardando em si a lembrança da sua ilimitada influência e de seu apelo atemporal. A expressão "vai uma partida de Street Fighter?" é praticamente eterna, e um testemunho do seu milagre. Um fóssil vivo de um mundo melhor. Tempos estes onde jogar videogame não era só o máximo ou algo muito divertido, mas literalmente algo mágico. :')