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Tópico oficial do Ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro ( 2018-2022)

Qual será a moeda nova agora com Bolsonaro?

  • BOLSOS

    Votes: 104 12,4%
  • MITOS

    Votes: 188 22,4%
  • PITÚS

    Votes: 75 8,9%
  • BOLSONAROS

    Votes: 54 6,4%
  • TALKEIS

    Votes: 192 22,8%
  • NIÓBIOS

    Votes: 60 7,1%
  • HELENÕES

    Votes: 23 2,7%
  • COISOS

    Votes: 41 4,9%
  • JAIRES

    Votes: 12 1,4%
  • BONOROS

    Votes: 92 10,9%

  • Total voters
    841
  • Poll closed .

Hobgoblin

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Augusto Aras criou núcleo para grandes investigações e pela primeira vez, o gabinete da PGR terá assessoria especial para grupos de trabalho e forças-tarefas, como a Operação Lava-Jato. Com a decisão, o MPF contribuirá para desafogar os tribunais e destravar a economia. Irrul!




A PEC 48 que foi aprovada na Câmara e encaminhada para o Senado tem o apoio de líderes partidários. Na prática, ela dará ao Congresso o poder de destinar, como bem entender, parte do Orçamento anual do governo. Querem um presidente fantoche, sem autonomia alguma. #PEC48NÃO




Vai chegando o fim de ano, as ceias de Natal vão se aproximando e eu começo a escutar os grunhidos das leitoas de longe!
 

Coffinator

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COPOM BAIXA TAXA SELIC PARA 4,5%
Economia 11.12.19 18:36

O Comitê de Política Monetária do Banco Central confirmou o corte de meio ponto na Selic, a taxa básica de juros da economia –de 5% para 4,5% ao ano. É o menor juro básico da série histórica, iniciada em junho de 1996. A decisão dos integrantes do comitê foi unânime. Em sua nota, o Copom diz que “o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado”, mas enfatiza: “Perseverar nesse processo é essencial para permitir a consolidação da queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”.
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Agora é hora da Caixa dar aquela botinada nos juros do cartão que ainda estão altíssimos.
 

kyubi64

Ei mãe, 500 pontos!
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Tava assistinhdo aqui a reprise do Weintraub lá na camara. Pqp. Teva uma vadia lá que espalhando fake news falou que leu uma noticia, em que o Weintraub tava processando o pai por causa de herança e a mãe. Caras, o ministro quase em prantos, respondendo que o pai ta vivo e mãe que morreu a quase 20 anos. Falou que ela conseguiu deixar ele de quatro. Meu sangue ferveu. Não dá caras, não tem que ter diálogo com essa raça. Tem que chutar na boca de coturno, tiro na cara é pouco. Revoltante demais. :facepalm
 

Netrunner_BR

Ei mãe, 500 pontos!
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Tava assistinhdo aqui a reprise do Weintraub lá na camara. Pqp. Teva uma vadia lá que espalhando fake news falou que leu uma noticia, em que o Weintraub tava processando o pai por causa de herança e a mãe. Caras, o ministro quase em prantos, respondendo que o pai ta vivo e mãe que morreu a quase 20 anos. Falou que ela conseguiu deixar ele de quatro. Meu sangue ferveu. Não dá caras, não tem que ter diálogo com essa raça. Tem que chutar na boca de coturno, tiro na cara é pouco. Revoltante demais. :facepalm
Vi ao vivo, a maldita não tem um pingo de vergonha na cara mas foi chamada de mentirosa depois pelo ministro, mostrou bem o quão baixo esses hipócritas podem ser.
 

*Splash*

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Moro é homenageado em obra feita com cartuchos de bala
O artesão Rodrigo Camacho, que já havia feito sucesso no lançamento da Aliança pelo Brasil, presenteou Sergio Moro com uma obra também feita com cartuchos de bala, diz Bela Megale em O Globo.

A peça foi entregue ao ministro da Justiça e da Segurança Pública na última segunda-feira, em Brasília.


moro_cartuchos_bala-471x353.jpeg


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Denrock

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hoje teve CPMI da censura de novo

hoje convocaram o Paulo Marinho , suplente do Flávio Bolsonaro e PAI do imitador André Marinho (do Panico)....

mais um TRAÍRA FDP, ele está junto do Dória agora, assim como o Frota, Joyce, etc...

.... mas a lidinha da Caroline de Toni mandou bem até :kpaixao



.
 

Baralho

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O pacote anti-crime andando, apesar dos destaques, mas perto de uma aprovação quem sabe, antes de março. Se depender só da PEC da câmara, vai ter de passar pelas comissões e não vota antes de abril, enfim, semana tá rendendo.

E sobre a sapatada do ministro da justiça no petralha oabista, só isso;
Seo ministo monstro mitoll Moro, mim dexa votá in vosse, ministru prufavo, dexa, 2022 eh logo ali, seo limdo..

Edit: BB e CEF sinalizam pra baixa de juros no varejo, acompanhando a tendência da Selic, que está em níveis historicamente baixos.



Sem contar a Standard Poors sinalizando que, a manter esse ritmo, o Brasil pode contar em sair da classificação BB- em 2020.
É torcer pra se confirmar e o Brasil logo voltar a ter grau de investimento.
 

Tauron

Bam-bam-bam
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Gostei da descompostura que Moro passou no roliço militante petista que preside a OAB, com garbo e fleuma Moro humilhou o militante petista e o colocou em seu devido lugar, General Heleno também desceu o coturno no militante.

É ótimo ver ministros como Moro aprendendo a "debater" com a esquerda...

Que orgulho!
 
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Gostei da descompostura que Moro passou no roliço militante petista que preside a OAB, com garbo e fleuma Moro humilhou o militante petista e o colocou em seu devido lugar, General Heleno também desceu o coturno no militante.

É ótimo ver ministros como Moro aprendendo a "debater" com a esquerda...

Que orgulho!
Moro depois que foi hackeado e ganhou uns livros do Olavo deve ter aprendido que não dá pra ser condescendente como ele era no começo do governo.
 

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Agência de risco muda perspectiva do Brasil para ‘positiva’
A S&P, uma das principais agências de avaliação de risco do mundo, reafirmou o rating BB- do Brasil, mas alterou de estável para positiva a perspectiva do país, registra o Estadão.

Segundo a agência, o governo de Jair Bolsonaro continua a implementar medidas de consolidação voltadas para reduzir o ainda grande déficit fiscal brasileiro.

“Isso, junto com taxas de juros mais baixos e a gradual implementação de uma agenda de reforma, deve contribuir para um crescimento e perspectivas de investimento um pouco mais forte ao longo dos próximos três anos, contanto que prossiga uma melhora gradual nos resultados fiscais”, diz a S&P.


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nEstle

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"Dilma é de direita"

by Guga Chacra


ELjOA-hWwAI27ca.png
Esse ser é o retrato da nossa mídia. Não é possível uma coisa dessa.

E complementando. Pra você ver que se for apoiar a esquerda, pode falar qualquer m**** que fica por isso mesmo. Ganha até emprego na globo trabalhando nos EUA. Agora se tiver posição de direita você pode ter pós doutorado no assunto que não vai ter espaço.
 
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Doydis

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Bolsonaro pode ter câncer? Não vi o video, mas já foi foda ler isso.


Edit...

11 DE DEZEMBRO DE 2019, 23H45
Câncer fake news: Secom desmente Bolsonaro e diz que “não há indicativo”
Bolsonaro removeu uma pinta na orelha e foi o próprio presidente que disse que há suspeitas de câncer de pele
Por Redação

A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) divulgou, na noite desta quarta-feira (11), um comunicado desmentindo o próprio presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de ele estar com um câncer de pele. No início da tarde, o capitão da reserva foi submetido a um procedimento no Hospital da Força Aérea Brasileira, em que foi retirada uma pinta de sua orelha.

“O presidente Jair Bolsonaro esteve nesta tarde, em Brasília, no Hospital da Força Aérea Brasileira, onde passou por avaliação médica dermatológica. O presidente apresenta boas condições de saúde, SEM QUALQUER INDICATIVO DE CÂNCER DE PELE [a caixa alta é da própria Secom] e mantém a previsão de agenda para a semana conforme programado”, diz o comunicado.
A informação, no entanto, vai contra o que Bolsonaro afirmou em conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada. “Tem um possível câncer de pele. Tenho pele clara, pesquei muito na minha vida, fiz muita atividade. Então, a possibilidade de câncer de pele existe”, afirmou. “Tiraram (o sinal), me cutucaram, furaram. Eu dormi. Eu estava tão cansado que deitei na maca e dormi”, completou.

O ex-capitão ainda afirmou que está bem e, por ora, Hamilton Mourão segue como vice-presidente. “Por enquanto, o Mourão continua vice, pode ter certeza”, disse.
Bolsonaro tinha uma viagem marcada para Salvador nesta quarta-feira, mas cancelou por “estafa”.


Redação
Redação
Direto da Redação da Revista Fórum.


https://revistaforum.com.br/brasil/...smente-bolsonaro-e-diz-que-nao-ha-indicativo/
 
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Coffinator

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CPI contra o anonimato nas redes
Brasil 12.12.19 09:08

A fim de coibir o anonimato nas redes sociais, o presidente da CPI das Fake News, Angelo Coronel, quer que as empresas passem a exigir, por lei, o CPF dos usuários. Ele disse para o Estadão:
“Com isso vamos colocar uma trava na proliferação de perfis falsos.”
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Mais um corno que acha que sabe como a internet funciona, o fi.lho da put* quer implantar a censura chinesa.
 
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CPI contra o anonimato nas redes
A fim de coibir o anonimato nas redes sociais, o presidente da CPI das Fake News, Angelo Coronel, quer que as empresas passem a exigir, por lei, o CPF dos usuários. Ele disse para o Estadão:
“Com isso vamos colocar uma trava na proliferação de perfis falsos.”.
Atestado de ignorância.
Cidadão está mais perdido que cego em tiroteio.


:facepalm
 

Sgt. Kowalski

Lenda da internet
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Após decisão da Justiça, governo suspende nomeação do presidente da Fundação Palmares


Após determinação de um juiz federal do Ceará, o governo do presidente Jair Bolsonaro suspendeu a nomeação do jornalista Sérgio Nascimento de Camargo para a presidência da Fundação Cultural Palmares – órgão de promoção da cultura afro-brasileira.
A suspensão foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União" da quarta-feira (11), em portaria do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A nomeação de Camargo para a presidência da Fundação Palmares ocorreu no fim de novembro, e causou uma onda de reações. O motivo é uma série de publicações, nas redes sociais, em que o jornalista relativiza temas como a escravidão e o racismo no Brasil.

Numa publicação antes de ser nomeado para o cargo, o jornalista classificou o racismo no Brasil como "nutella". "Racismo real existe nos Estados Unidos. A negrada daqui reclama porque é imbecil e desinformada pela esquerda", afirmou.

Ele também postou, em agosto, que "a escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes". "Negros do Brasil vivem melhor que os negros da África", completava a publicação

Sobre o Dia da Consciência Negra, Sérgio Camargo afirmou que o "feriado precisa ser abolido nacionalmente por decreto presidencial". Ele disse que a data "causa incalculáveis perdas à economia do país, em nome de um falso herói dos negros (Zumbi dos Palmares, que escravizava negros) e de uma agenda política que alimenta o revanchismo histórico e doutrina o negro no vitimismo".

No dia 3 de novembro, Sérgio publicou uma mensagem numa rede social na qual disse que "sente vergonha e asco da negrada militante". "Às vezes, [sinto] pena. Se acham revolucionários, mas não passam de escravos da esquerda", escreveu.

No dia seguinte (4) ao post, o juiz Emanuel José Matias Guerra, da 18ª Vara Federal do Ceará, determinou a suspensão da nomeação, em uma ação movida por um advogado. Na decisão, Guerra afirmou que há "diversas publicações" feitas por Sérgio Nascimento que têm o "condão de ofender justamente o público que deve ser protegido pela Fundação Palmares".

O governo recorreu da determinação do juiz, mas ainda não houve decisão judicial sobre o recurso.

Nesta quarta, no mesmo despacho que suspende a nomeação de Nascimento, o governo tornou sem efeito a nomeação de Luciana Rocha Feres para a presidência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A nomeação dela havia sido publicada no "Diário Oficial da União" na quarta. A decisão do juiz federal do Ceará que trata do caso de Sérgio Nascimento não citava o caso de Luciana Rocha.


Movimentos negros reagiram


98330

Integrantes do movimento negro Grito Forte dos Palmares fazem ato em frente à Fundação Cultural Palmares, em Brasília, contra nomeação de Sérgio Nascimento de Camargo para a presidência da instituição — Foto: Luiza Garonce / G1

Representantes de movimentos negros haviam afirmado estarem surpresos com a nomeação de Camargo para a Fundação Palmares.


"Ela [a Fundação Palmares] deveria agir pra defender a cultura afro-brasileira. Pra preservar, pra ampliar os nossos direitos. E, infelizmente, esse senhor ele não veio pra gerir, ele veio pra função de desconstruir todo o legado que vários negros e negras construíram", disse Claudia Vitalino, presidente da Unegro.

Líderes dos movimentos também reuniram assinaturas contra a condução do jornalista para o cargo.


"O movimento negro, ele surge no primeiro negro que foge da senzala. No primeiro negro que se volta contra a escravidão. Aqui, surge o movimento negro. Então, o movimento negro vem lá da época de Zumbi, das Dandaras. Não tem nada a ver com esquerda ou direita", explicou Silvio Henrique, do Conselho da Igualdade Racial.

Henrique esclareceu, ainda, que os movimentos negros "tem a ver com uma questão social, uma questão do povo.


"A gente precisa entender a realidade da nossa sociedade. Quem não conhece o seu passado, não conhece o seu presente. Ele deveria conhecer o passado dele", sugeriu o representante do Conselho da Igualdade Racial.


Com as repercussões que surgiram a partir da oficialização do nome de Sérgio Camargo, um encontro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que seria para uma comemoração de encerramento do Mês da Consciência Negra acabou virando um ato de protesto e de preocupação com o futuro da Fundação Palmares, criada há 31 anos.


"A indicação desse presidente pra Fundação Palmares é uma grande contradição em seus termos. A Fundação Nacional Palmares foi criada no bojo das conquistas de 1988, da 'Constituição Cidadã', que foi uma constituição muito generosa no que se refere aos direitos civis, nesse caso, aos direitos das populações de raiz afro brasileiras", criticou a historiadora Lilia Schwarcz.


"É uma contradição imensa o órgão ter na presidência um jornalista que diz, por exemplo, que a escravidão foi benéfica para os africanos. Não foi!", acrescentou a historiadora.



O que disse a secretaria na ocasião da nomeação


Na ocasião da nomeação de Sérgio, a Secretaria Especial da Cultura disse em nota que as mudanças de equipe "visam garantir maior integração e eficiência à pasta". A escolha de Sérgio Nascimento foi feita pelo secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim.


Ainda segundo a secretaria, "Sérgio é católico e jornalista; ocupou cargos de repórter, editor e de chefia em algumas das maiores redações de jornais e rádios de São Paulo. Também trabalhou na edição, pesquisa e produção de obras literárias, como auxiliar particular de seu pai, o renomado escritor Oswaldo de Camargo, que em sua obra aborda temas ligados à temática negra".


O órgão disse ainda que ele "defende que o negro não precisa ser vítima, nem precisa ser de esquerda, e trabalha pela libertação da mentalidade que escraviza ideologicamente os negros, gerando dependência de cotas e do assistencialismo estatal".


Ainda segundo a secretaria, um dos principais desafios de Sérgio no cargo é "desaparelhar a Fundação Palmares e direcionar o dinheiro público para o desenvolvimento de políticas públicas que protejam e incentivem a verdadeira cultura negra".



Outros posts de Sérgio nas redes sociais


  • 16/08: "Não há salvação pro movimento negro. Precisa ser extinto! Fortalecê-lo é fortalecer a esquerda."
  • 27/08: "A escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes. Negros do Brasil vivem melhor que os negros da África."
  • 19/11: "O Dia da Consciência Negra celebra a escravização de mentes negras pela esquerda. Precisa ser abolido"
 

Sgt. Kowalski

Lenda da internet
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Entrevista do Moro à Folha de SP hoje:

Decisão do Supremo sobre 2ª instância piorou percepção sobre corrupção, diz Moro



Em entrevista à Folha, o ministro da Justiça, Sergio Moro, 47, responsabilizou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a prisão para condenados em segunda instância pela percepção dos brasileiros de que o governo federal não atua como deve no combate à corrupção.
Pesquisa do Datafolha mostra que, para 50% da população, a gestão do governo é ruim ou péssima nesta área, ante 44% em agosto.
"O que aconteceu nesse período para que essa percepção piorasse foi a revogação do precedente da segunda instância. Isso implicou a soltura de pessoas que estavam condenadas, inclusive por corrupção. Então, as pessoas às vezes têm uma percepção geral e atribuem ao governo", disse Moro, favorável à prisão em segunda instância.
Um dos beneficiados pela decisão do Supremo foi o ex-presidente Lula (PT), solto em 8 de novembro, após 580 dias de prisão.
O ministro da Justiça recebeu a Folha nesta quarta-feira (11) em seu gabinete. Moro fez um balanço positivo de seu primeiro ano na pasta e não avaliou como derrota a desidratação do seu pacote anticrime votado pelo Congresso.
Ele reafirmou que não há qualquer irregularidade nas mensagens privadas com procuradores da Lava Jato, obtidas pelo site The Intercept Brasil e publicadas também pela Folha. O ministro acusou o jornal de fazer "sensacionalismo".
O ex-juiz se esquivou do questionamento sobre possível candidatura a vice-presidente numa chapa à reeleição de Bolsonaro em 2022. Disse que a relação com o presidente está "ótima", mas admitiu divergências internas sobre o que chamou de "pontos específicos".
O sr. poderia destacar um ponto negativo e um ponto positivo deste primeiro ano como ministro? Estabelecemos focar no combate ao crime organizado, ao crime violento e à corrupção. Terminamos o ano com indicadores positivos. Até a última estatística, a gente teve uma diminuição de 22% de assassinatos em relação ao período do ano passado. Não é trivial. É um mérito compartilhado com os estados.
Da outra parte, embora tenhamos um avanço na pauta legislativa, com o projeto anticrime, levou mais tempo do que esperávamos. Fortalecemos a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, melhoramos o orçamento da pasta para o próximo ano, instituímos um programa relevante nas fronteiras. No combate ao crime organizado, intensificamos as transferências das lideranças para os presídios federais.
Segundo o Datafolha, o sr. se consolidou como o ministro mais popular, com popularidade maior que a do presidente Bolsonaro. O sr. é uma ameaça eleitoral ao presidente? Não, de forma nenhuma. Já declarei que sou ministro do governo do presidente Bolsonaro. Existem méritos de coisas que estão sendo realizadas que também são méritos do governo. Ninguém trabalha buscando popularidade. É um reflexo da avaliação de que os resultados estão sendo satisfatórios.
O sr. já disse que não pensa em eleição. Não mexe com sua vaidade ser uma peça até favorita para 2022? Não tenho esse tipo de ambição. Eu brinco que já tenho problemas suficientes para lidar. Como ministro do presidente seria absolutamente inconsistente eu não apoiar a reeleição dele em 2022.
O sr. nunca vai se filiar a um partido político? Não tenho nenhuma pretensão de seguir a política partidária. A perspectiva de ingressar no governo foi para consolidar o que vinha fazendo como juiz, principalmente no campo de enfrentamento à corrupção.
O sr. descarta ser vice de Bolsonaro em 2022? O que temos é um vice-presidente que respeito muito, Hamilton Mourão. Um general consagrado que colocou em risco a carreira em um determinado momento para defender o que ele pensava. Acho que essa discussão não é apropriada no momento.
O sr. se considera 100% Bolsonaro hoje? O que significa isso?
Se o sr. está 100% com esse governo. Sou um ministro do governo do presidente. Evidentemente é possível dentro de um governo, entre ministros ou entre o ministro e o presidente, existirem divergências razoáveis sobre pontos específicos.
Quais divergências? Isso são questões internas, que devem ser discutidas dentro do governo e não perante os jornais.
Naquele episódio em agosto, sobre troca na PF, falava-se em um desgaste na relação com o presidente. O sr. pensou em sair do governo? Acho que houve um superdimensionamento de situações. Em Brasília existe muita fofoca e intriga. A relação tem sido constante e ótima. Houve um episódio, isso foi até reportado pelos jornais, de uma aparente tentativa fraudulenta de opor o presidente à PF, com base numa inserção fraudulenta de um deputado ligado ao presidente numa investigação do Rio. Tive conhecimento deste caso, fomos verificar.
Sobre as divergências, a gente percebe que o sr. evita alguns temas, como AI-5, por exemplo… O AI-5 não é tema do governo. Isso para mim é um delírio, uma fantasia. Não existe nenhuma perspectiva de medida autoritária.
Mas como o sr. vê colegas de governo defendendo? Ninguém defendeu isso.
O filho do presidente falou sobre isso e o Paulo Guedes O ministro Paulo Guedes faz uma declaração contra radicalismo e acabou sendo criticado exageradamente. A declaração dele é contra radicalismo. Qual risco à democracia existe? Não existe nenhum risco. A democracia brasileira está consolidada.
O sr. garante a permanência do diretor-geral da PF, Mauricio Valeixo? Não cabe esse tipo de posição. Dentro dos vários quadros do ministério, a gente tem pessoas competentes fazendo seu trabalho. Quando as pessoas competentes fazem seu trabalho, não existe motivo para trocar. O presidente tem o poder de nomeação de alguns cargos. Então, isso cabe a ele. E no meu papel cabe indicar pessoas que entendemos mais apropriadas para esses cargos.
O pacote anticrime está passando no Congresso sem alguns pontos principais que o sr. defendia. Foi uma derrota para o sr.? O projeto tem medidas muito importantes. A execução imediata dos vereditos do tribunal do júri, que tem potencial para trazer mais brevemente justiça para casos de crime de sangue. Acredito piamente que reduzir a impunidade da criminalidade tem efeito na redução de crimes. E a gente está falando aqui de assassinatos.
Nós temos também previsão de atuação de policiais disfarçados. Um terceiro ponto é a norma que proíbe a concessão de benefícios prisionais para quem foi condenado por ser membro de organização criminosa e continua com vínculo com a organização. Apesar disso, algumas medidas que achávamos importantes não foram aprovadas. Buscamos convencer a Câmara, mas não foram, e aí, paciência, faz parte do jogo democrático. Só posso ver isso não numa perspectiva de vitória, mas de melhora.
O texto deixou de fora excludente de ilicitude. O sr. tem dito que se tivesse sido aprovado não teria implicação em casos como da morte da menina Ágatha, no Rio, e em Paraisópolis, em São Paulo, este até criticado pelo sr.. Mas a partir do momento que o dispositivo está na lei, poderia sim haver interpretação dessa forma pelo juiz nos dois casos, não? Não haveria nenhuma possibilidade. A proposta de excludente dizia respeito em uma situação em que alguém sofre uma agressão, reage em legítima defesa e age com excesso por conta de uma perturbação psíquica, é uma situação bem específica. No caso do Rio, pelo que li no jornal, aparentemente foi uma bala disparada a esmo, por equívoco, não existe uma situação passível de ser caracterizada de legítima defesa.
Cabe interpretação, não? Não, não cabe. É quando se reage a uma agressão e tem um excesso, e aí poderia invocar a norma que estávamos propondo. No caso da menina, não teve interpretação nenhuma, foi questão de fato.
Um dos pontos considerados ruins na pesquisa Datafolha é o combate à corrupção (segundo a pesquisa, 50% consideram péssima ou ruim a administração do governo nessa área). Como parte disso é ligado ao Ministério da Justiça, onde o sr. acha que está errando ou falhando? Respeitosamente o que acontece é uma percepção geral, e o que aconteceu nesse período para que essa percepção piorasse foi a revogação do precedente da segunda instância. Isso implicou a soltura de pessoas que estavam condenadas, inclusive por corrupção. Então, as pessoas às vezes têm uma percepção geral e atribuem ao governo. O governo está trabalhando, respeita essa decisão do Supremo, mas está trabalhando com afinco para o restabelecimento da prisão em segunda instância.
Mas a mesma pesquisa mostra que a maior parte da população acha que é justa a soltura do ex-presidente [Lula] após a decisão do STF. Não é contraditório essa relação que o sr. faz? Veja, aí é a velha insistência do caso do ex-presidente. O ex-presidente foi condenado em várias instâncias, ficou provado que se corrompeu. O álibi da defesa é que foi tudo uma armação do juiz de primeira instância, mas a segunda instância condenou, a terceira condenou, em mais de um processo. Então, é uma questão de prova, ele foi condenado e por corrupção. É essa a situação do processo específico. O que levou as pessoas a fazer essa avaliação talvez seja o fato de entender que o período que ele cumpriu de pena já teria sido suficiente. Não ficou claro em que termos foi feita a indagação [da pesquisa].
Ainda sobre a questão de combate à corrupção, seu colega da Esplanada, ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, foi indiciado e denunciado por envolvimento no esquema de candidaturas de laranjas. Ele continua no cargo. Não é uma contradição à bandeira de combate à corrupção deste governo? Isso mostra que as instituições funcionam e que não existe nenhuma perspectiva de interferência política no trabalho das instituições de controle. A polícia fez seu trabalho, o Ministério Público fez seu trabalho, cabe à Justiça decidir o destino do ministro.
Sobre o assassinato de Marielle Franco no Rio. Por que o sr. defende a federalização da investigação? Não defendo mais. Defendi a federalização, houve a investigação [da Polícia Federal] há um bom tempo e o que foi constatado é que houve uma inserção de testemunha fraudulenta no processo. Isso permitiu que as investigações retomassem ao rumo correto.
Minha avaliação, e a avaliação da então procuradora-geral Raquel Dodge, era que seria melhor a federalização. Fiz declarações públicas nesse sentido e, no entanto, ouvi de familiares da vítima e de membros da oposição de que isso seria uma tentativa de obstruir as investigações. Nesse cenário, acho que é mais apropriado que fique então na Polícia Civil e no Ministério Público Estadual. Mas, com a ressalva, então, que não se venha depois cobrar o governo federal pela não resolução do caso.
Vamos falar das mensagens da Lava Jato. A Folha não cansou dessa história?
É a oportunidade de o sr. falar na Folha sobre isso. Tem aquela história do soldado que estava marchando e o outro soldado que está marchando no passo errado. Talvez seja a Folha.
As mensagens mostram que o sr. teria sugerido um nota oficial à força-tarefa, orientado troca de fases, criticado o desempenho de procurador, que depois foi trocado, indicado testemunha. Não houve um atropelo do sr. das funções de juiz da Lava Jato? Vamos analisar os fatos específicos. A Lava Jato foi uma gigantesca investigação sobre casos de corrupção e lavagem de dinheiro. Envolveu pessoas muito poderosas, acusadas, condenadas, presas, cumprindo pena. Maiores empreiteiros do país, políticos poderosos, agentes da Petrobras que se envolveram em corrupção sistemática. A Polícia Federal fez trabalho de investigação, Ministério Público fazia seu trabalho e eu fazia o meu como juiz de primeira instância. Outros juízes fizeram também o seu trabalho.
A grande maioria das decisões foi mantida. Se fomos ver estatística, mais ou menos 20% dos acusados foram absolvidos. Indeferi número elevado de pedidos de prisão preventiva. Deferi provas e indeferi provas. Não existe em uma análise objetiva a possibilidade de qualquer alegação de falta de imparcialidade prosperar. O que existe nesse caso são supostas mensagens obtidas por meios criminosos, autenticidade que não foi comprovada e uma divulgação, e aqui com todo o respeito à Folha de S.Paulo, com absoluto sensacionalismo. A ponto de eu fazer uma palestra, doar o dinheiro que recebi para caridade e a Folha me acusar de conduta imprópria nessa ocasião. Há uma distorção do conteúdo dessas supostas mensagens.
No caso das palestras, o sr. não teria comunicado que fez. A história foi essa. Qual é o problema? De não ter consignado em um cadastro, que foi criado depois que eu fiz a palestra? Vários juízes, o pessoal também não cadastrou. É uma obrigação burocrática. A palestra que fiz foi pública, não foi escondida. Foi paga a entrada e a remuneração doada a entidade de assistência com pessoas com deficiência. Mesmo assim, a Folha, com absoluto sensacionalismo, fala isso, porque não foi informado em um cadastro. O que é isso?
O sr. não cometeu nenhum erro na Lava Jato? É fácil olhar retrospectivamente. Não foi um trabalho fácil, as pressões foram muito grandes. É fácil olhar para trás e apontar: por que não fez isso, por que não fez aquilo? Foi feito o que foi possível institucionalmente naqueles momentos e o resultado foi muito salutar. Nós mudamos um padrão que tínhamos de impunidade da grande corrupção. Nós temos muito a avançar, certamente. Precisamos muito recuperar a execução da condenação em segunda instância, mas avançamos bastante.
A Folha publicou duas reportagens recentemente sobre a divulgação de áudio entre Lula e Dilma em 2016. Uma que fala que o sr. não seguiu o padrão estabelecido na Lava Jato e outra mostra que diálogos de Lula naquele mesmo dia revelam que ele resistia ao convite para assumir a Casa Civil. Os dois episódios não contradizem a decisão do sr. da época? De forma nenhuma. Externei na minha decisão que havia sido captada uma possível tentativa de obstrução de Justiça, que havia sido finalizada a interceptação, que estávamos dando publicidade àqueles fatos para inclusive coibir a tentativa de obstrução, para que o público soubesse. Não precisamos esconder segredos sombrios de homens públicos. A transparência é fundamental.
A partir do momento que discute isso por mensagens, não passa a sensação que estavam tentando esconder? Isso partindo do pressuposto de que são lícitas e todas autênticas.
Mas o sr. nunca negou o conteúdo delas. Acho que não cabe nem negar, nem afirmar, porque eu não tenho mais essas mensagens, que eu troquei no passado e trocava com muitas pessoas, mas nenhuma delas revela espécie de fraude processual, alguém incriminado indevidamente.
O sr. disse que havia acabado o tempo de ministros da Justiça que são advogados de integrantes do governo. O sr. saiu, no entanto, em defesa do presidente no caso de uma planilha que sugeria que a campanha dele tenha sido abastecida com dinheiro de caixa dois. Defendo em absoluto o trabalho da Polícia Federal.
Nesse caso, o sr. defendeu o presidente. Nesse caso, o que eu critiquei foi a manchete da Folha e não a investigação da polícia. A manchete distorcia a investigação da PF. A investigação da PF não falava em caixa dois da campanha do presidente.
Nem a manchete da Folha. A manchete jamais disse que a PF investigava. A Folha descobriu uma planilha e um depoimento da investigação que indicam isso. Não lembro o teor da manchete, a minha crítica foi à distorção do conteúdo da investigação pela Folha de S.Paulo, com todo respeito naquela ocasião.
O sr. defendeu a campanha do presidente. O sr. coloca a mão no fogo pela campanha dele? Acho que esse tipo de pergunta é totalmente inapropriado. Não participei da campanha.
Mas o sr. a defendeu e disse que foi a mais barata. Mas foi a mais barata.
Mas caixa dois está nas campanhas baratas por não ter o gasto declarado. Mas vocês estão partindo do pressuposto de que houve caixa dois na campanha, é isso que a Folha está afirmando?
Não. A reportagem mostrava que elementos da investigação apontavam a suspeita de caixa dois na campanha. Foi isso que a Folha falou. Se o delegado não quis investigar, é problema da polícia. Então vamos fazer o seguinte, encontrem uma declaração de algum órgão policial dizendo que eu interferi em alguma investigação e aí vocês podem fazer pergunta pra mim ou vir me acusar de alguma coisa. A forma como vocês estão colocando é ofensiva esse tipo de pergunta. A conclusão da Folha sobre a investigação foi equivocada. Eu jamais interferi e jamais interferiria em qualquer investigação.
Sergio Moro, 47
Ex-juiz federal, foi responsável pelos julgamentos da Operação Lava Jato em Curitiba até deixar a magistratura para assumir o Ministério de Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro. Formado em direito na UEM (Universidade Estadual de Maringá) e foi professor de direito processual penal na UFPR (Universidade Federal do Paraná), onde fez mestrado e doutorado. Além da Lava Jato, atuou no caso Banestado e foi juiz-instrutor no STF (Supremo Tribunal Federal)
 

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Entrevista do Moro à Folha de SP hoje:

Decisão do Supremo sobre 2ª instância piorou percepção sobre corrupção, diz Moro



Em entrevista à Folha, o ministro da Justiça, Sergio Moro, 47, responsabilizou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a prisão para condenados em segunda instância pela percepção dos brasileiros de que o governo federal não atua como deve no combate à corrupção.
Pesquisa do Datafolha mostra que, para 50% da população, a gestão do governo é ruim ou péssima nesta área, ante 44% em agosto.
"O que aconteceu nesse período para que essa percepção piorasse foi a revogação do precedente da segunda instância. Isso implicou a soltura de pessoas que estavam condenadas, inclusive por corrupção. Então, as pessoas às vezes têm uma percepção geral e atribuem ao governo", disse Moro, favorável à prisão em segunda instância.
Um dos beneficiados pela decisão do Supremo foi o ex-presidente Lula (PT), solto em 8 de novembro, após 580 dias de prisão.
O ministro da Justiça recebeu a Folha nesta quarta-feira (11) em seu gabinete. Moro fez um balanço positivo de seu primeiro ano na pasta e não avaliou como derrota a desidratação do seu pacote anticrime votado pelo Congresso.
Ele reafirmou que não há qualquer irregularidade nas mensagens privadas com procuradores da Lava Jato, obtidas pelo site The Intercept Brasil e publicadas também pela Folha. O ministro acusou o jornal de fazer "sensacionalismo".
O ex-juiz se esquivou do questionamento sobre possível candidatura a vice-presidente numa chapa à reeleição de Bolsonaro em 2022. Disse que a relação com o presidente está "ótima", mas admitiu divergências internas sobre o que chamou de "pontos específicos".
O sr. poderia destacar um ponto negativo e um ponto positivo deste primeiro ano como ministro? Estabelecemos focar no combate ao crime organizado, ao crime violento e à corrupção. Terminamos o ano com indicadores positivos. Até a última estatística, a gente teve uma diminuição de 22% de assassinatos em relação ao período do ano passado. Não é trivial. É um mérito compartilhado com os estados.
Da outra parte, embora tenhamos um avanço na pauta legislativa, com o projeto anticrime, levou mais tempo do que esperávamos. Fortalecemos a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, melhoramos o orçamento da pasta para o próximo ano, instituímos um programa relevante nas fronteiras. No combate ao crime organizado, intensificamos as transferências das lideranças para os presídios federais.
Segundo o Datafolha, o sr. se consolidou como o ministro mais popular, com popularidade maior que a do presidente Bolsonaro. O sr. é uma ameaça eleitoral ao presidente? Não, de forma nenhuma. Já declarei que sou ministro do governo do presidente Bolsonaro. Existem méritos de coisas que estão sendo realizadas que também são méritos do governo. Ninguém trabalha buscando popularidade. É um reflexo da avaliação de que os resultados estão sendo satisfatórios.
O sr. já disse que não pensa em eleição. Não mexe com sua vaidade ser uma peça até favorita para 2022? Não tenho esse tipo de ambição. Eu brinco que já tenho problemas suficientes para lidar. Como ministro do presidente seria absolutamente inconsistente eu não apoiar a reeleição dele em 2022.
O sr. nunca vai se filiar a um partido político? Não tenho nenhuma pretensão de seguir a política partidária. A perspectiva de ingressar no governo foi para consolidar o que vinha fazendo como juiz, principalmente no campo de enfrentamento à corrupção.
O sr. descarta ser vice de Bolsonaro em 2022? O que temos é um vice-presidente que respeito muito, Hamilton Mourão. Um general consagrado que colocou em risco a carreira em um determinado momento para defender o que ele pensava. Acho que essa discussão não é apropriada no momento.
O sr. se considera 100% Bolsonaro hoje? O que significa isso?
Se o sr. está 100% com esse governo. Sou um ministro do governo do presidente. Evidentemente é possível dentro de um governo, entre ministros ou entre o ministro e o presidente, existirem divergências razoáveis sobre pontos específicos.
Quais divergências? Isso são questões internas, que devem ser discutidas dentro do governo e não perante os jornais.
Naquele episódio em agosto, sobre troca na PF, falava-se em um desgaste na relação com o presidente. O sr. pensou em sair do governo? Acho que houve um superdimensionamento de situações. Em Brasília existe muita fofoca e intriga. A relação tem sido constante e ótima. Houve um episódio, isso foi até reportado pelos jornais, de uma aparente tentativa fraudulenta de opor o presidente à PF, com base numa inserção fraudulenta de um deputado ligado ao presidente numa investigação do Rio. Tive conhecimento deste caso, fomos verificar.
Sobre as divergências, a gente percebe que o sr. evita alguns temas, como AI-5, por exemplo… O AI-5 não é tema do governo. Isso para mim é um delírio, uma fantasia. Não existe nenhuma perspectiva de medida autoritária.
Mas como o sr. vê colegas de governo defendendo? Ninguém defendeu isso.
O filho do presidente falou sobre isso e o Paulo Guedes O ministro Paulo Guedes faz uma declaração contra radicalismo e acabou sendo criticado exageradamente. A declaração dele é contra radicalismo. Qual risco à democracia existe? Não existe nenhum risco. A democracia brasileira está consolidada.
O sr. garante a permanência do diretor-geral da PF, Mauricio Valeixo? Não cabe esse tipo de posição. Dentro dos vários quadros do ministério, a gente tem pessoas competentes fazendo seu trabalho. Quando as pessoas competentes fazem seu trabalho, não existe motivo para trocar. O presidente tem o poder de nomeação de alguns cargos. Então, isso cabe a ele. E no meu papel cabe indicar pessoas que entendemos mais apropriadas para esses cargos.
O pacote anticrime está passando no Congresso sem alguns pontos principais que o sr. defendia. Foi uma derrota para o sr.? O projeto tem medidas muito importantes. A execução imediata dos vereditos do tribunal do júri, que tem potencial para trazer mais brevemente justiça para casos de crime de sangue. Acredito piamente que reduzir a impunidade da criminalidade tem efeito na redução de crimes. E a gente está falando aqui de assassinatos.
Nós temos também previsão de atuação de policiais disfarçados. Um terceiro ponto é a norma que proíbe a concessão de benefícios prisionais para quem foi condenado por ser membro de organização criminosa e continua com vínculo com a organização. Apesar disso, algumas medidas que achávamos importantes não foram aprovadas. Buscamos convencer a Câmara, mas não foram, e aí, paciência, faz parte do jogo democrático. Só posso ver isso não numa perspectiva de vitória, mas de melhora.
O texto deixou de fora excludente de ilicitude. O sr. tem dito que se tivesse sido aprovado não teria implicação em casos como da morte da menina Ágatha, no Rio, e em Paraisópolis, em São Paulo, este até criticado pelo sr.. Mas a partir do momento que o dispositivo está na lei, poderia sim haver interpretação dessa forma pelo juiz nos dois casos, não? Não haveria nenhuma possibilidade. A proposta de excludente dizia respeito em uma situação em que alguém sofre uma agressão, reage em legítima defesa e age com excesso por conta de uma perturbação psíquica, é uma situação bem específica. No caso do Rio, pelo que li no jornal, aparentemente foi uma bala disparada a esmo, por equívoco, não existe uma situação passível de ser caracterizada de legítima defesa.
Cabe interpretação, não? Não, não cabe. É quando se reage a uma agressão e tem um excesso, e aí poderia invocar a norma que estávamos propondo. No caso da menina, não teve interpretação nenhuma, foi questão de fato.
Um dos pontos considerados ruins na pesquisa Datafolha é o combate à corrupção (segundo a pesquisa, 50% consideram péssima ou ruim a administração do governo nessa área). Como parte disso é ligado ao Ministério da Justiça, onde o sr. acha que está errando ou falhando? Respeitosamente o que acontece é uma percepção geral, e o que aconteceu nesse período para que essa percepção piorasse foi a revogação do precedente da segunda instância. Isso implicou a soltura de pessoas que estavam condenadas, inclusive por corrupção. Então, as pessoas às vezes têm uma percepção geral e atribuem ao governo. O governo está trabalhando, respeita essa decisão do Supremo, mas está trabalhando com afinco para o restabelecimento da prisão em segunda instância.
Mas a mesma pesquisa mostra que a maior parte da população acha que é justa a soltura do ex-presidente [Lula] após a decisão do STF. Não é contraditório essa relação que o sr. faz? Veja, aí é a velha insistência do caso do ex-presidente. O ex-presidente foi condenado em várias instâncias, ficou provado que se corrompeu. O álibi da defesa é que foi tudo uma armação do juiz de primeira instância, mas a segunda instância condenou, a terceira condenou, em mais de um processo. Então, é uma questão de prova, ele foi condenado e por corrupção. É essa a situação do processo específico. O que levou as pessoas a fazer essa avaliação talvez seja o fato de entender que o período que ele cumpriu de pena já teria sido suficiente. Não ficou claro em que termos foi feita a indagação [da pesquisa].
Ainda sobre a questão de combate à corrupção, seu colega da Esplanada, ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, foi indiciado e denunciado por envolvimento no esquema de candidaturas de laranjas. Ele continua no cargo. Não é uma contradição à bandeira de combate à corrupção deste governo? Isso mostra que as instituições funcionam e que não existe nenhuma perspectiva de interferência política no trabalho das instituições de controle. A polícia fez seu trabalho, o Ministério Público fez seu trabalho, cabe à Justiça decidir o destino do ministro.
Sobre o assassinato de Marielle Franco no Rio. Por que o sr. defende a federalização da investigação? Não defendo mais. Defendi a federalização, houve a investigação [da Polícia Federal] há um bom tempo e o que foi constatado é que houve uma inserção de testemunha fraudulenta no processo. Isso permitiu que as investigações retomassem ao rumo correto.
Minha avaliação, e a avaliação da então procuradora-geral Raquel Dodge, era que seria melhor a federalização. Fiz declarações públicas nesse sentido e, no entanto, ouvi de familiares da vítima e de membros da oposição de que isso seria uma tentativa de obstruir as investigações. Nesse cenário, acho que é mais apropriado que fique então na Polícia Civil e no Ministério Público Estadual. Mas, com a ressalva, então, que não se venha depois cobrar o governo federal pela não resolução do caso.
Vamos falar das mensagens da Lava Jato. A Folha não cansou dessa história?
É a oportunidade de o sr. falar na Folha sobre isso. Tem aquela história do soldado que estava marchando e o outro soldado que está marchando no passo errado. Talvez seja a Folha.
As mensagens mostram que o sr. teria sugerido um nota oficial à força-tarefa, orientado troca de fases, criticado o desempenho de procurador, que depois foi trocado, indicado testemunha. Não houve um atropelo do sr. das funções de juiz da Lava Jato? Vamos analisar os fatos específicos. A Lava Jato foi uma gigantesca investigação sobre casos de corrupção e lavagem de dinheiro. Envolveu pessoas muito poderosas, acusadas, condenadas, presas, cumprindo pena. Maiores empreiteiros do país, políticos poderosos, agentes da Petrobras que se envolveram em corrupção sistemática. A Polícia Federal fez trabalho de investigação, Ministério Público fazia seu trabalho e eu fazia o meu como juiz de primeira instância. Outros juízes fizeram também o seu trabalho.
A grande maioria das decisões foi mantida. Se fomos ver estatística, mais ou menos 20% dos acusados foram absolvidos. Indeferi número elevado de pedidos de prisão preventiva. Deferi provas e indeferi provas. Não existe em uma análise objetiva a possibilidade de qualquer alegação de falta de imparcialidade prosperar. O que existe nesse caso são supostas mensagens obtidas por meios criminosos, autenticidade que não foi comprovada e uma divulgação, e aqui com todo o respeito à Folha de S.Paulo, com absoluto sensacionalismo. A ponto de eu fazer uma palestra, doar o dinheiro que recebi para caridade e a Folha me acusar de conduta imprópria nessa ocasião. Há uma distorção do conteúdo dessas supostas mensagens.
No caso das palestras, o sr. não teria comunicado que fez. A história foi essa. Qual é o problema? De não ter consignado em um cadastro, que foi criado depois que eu fiz a palestra? Vários juízes, o pessoal também não cadastrou. É uma obrigação burocrática. A palestra que fiz foi pública, não foi escondida. Foi paga a entrada e a remuneração doada a entidade de assistência com pessoas com deficiência. Mesmo assim, a Folha, com absoluto sensacionalismo, fala isso, porque não foi informado em um cadastro. O que é isso?
O sr. não cometeu nenhum erro na Lava Jato? É fácil olhar retrospectivamente. Não foi um trabalho fácil, as pressões foram muito grandes. É fácil olhar para trás e apontar: por que não fez isso, por que não fez aquilo? Foi feito o que foi possível institucionalmente naqueles momentos e o resultado foi muito salutar. Nós mudamos um padrão que tínhamos de impunidade da grande corrupção. Nós temos muito a avançar, certamente. Precisamos muito recuperar a execução da condenação em segunda instância, mas avançamos bastante.
A Folha publicou duas reportagens recentemente sobre a divulgação de áudio entre Lula e Dilma em 2016. Uma que fala que o sr. não seguiu o padrão estabelecido na Lava Jato e outra mostra que diálogos de Lula naquele mesmo dia revelam que ele resistia ao convite para assumir a Casa Civil. Os dois episódios não contradizem a decisão do sr. da época? De forma nenhuma. Externei na minha decisão que havia sido captada uma possível tentativa de obstrução de Justiça, que havia sido finalizada a interceptação, que estávamos dando publicidade àqueles fatos para inclusive coibir a tentativa de obstrução, para que o público soubesse. Não precisamos esconder segredos sombrios de homens públicos. A transparência é fundamental.
A partir do momento que discute isso por mensagens, não passa a sensação que estavam tentando esconder? Isso partindo do pressuposto de que são lícitas e todas autênticas.
Mas o sr. nunca negou o conteúdo delas. Acho que não cabe nem negar, nem afirmar, porque eu não tenho mais essas mensagens, que eu troquei no passado e trocava com muitas pessoas, mas nenhuma delas revela espécie de fraude processual, alguém incriminado indevidamente.
O sr. disse que havia acabado o tempo de ministros da Justiça que são advogados de integrantes do governo. O sr. saiu, no entanto, em defesa do presidente no caso de uma planilha que sugeria que a campanha dele tenha sido abastecida com dinheiro de caixa dois. Defendo em absoluto o trabalho da Polícia Federal.
Nesse caso, o sr. defendeu o presidente. Nesse caso, o que eu critiquei foi a manchete da Folha e não a investigação da polícia. A manchete distorcia a investigação da PF. A investigação da PF não falava em caixa dois da campanha do presidente.
Nem a manchete da Folha. A manchete jamais disse que a PF investigava. A Folha descobriu uma planilha e um depoimento da investigação que indicam isso. Não lembro o teor da manchete, a minha crítica foi à distorção do conteúdo da investigação pela Folha de S.Paulo, com todo respeito naquela ocasião.
O sr. defendeu a campanha do presidente. O sr. coloca a mão no fogo pela campanha dele? Acho que esse tipo de pergunta é totalmente inapropriado. Não participei da campanha.
Mas o sr. a defendeu e disse que foi a mais barata. Mas foi a mais barata.
Mas caixa dois está nas campanhas baratas por não ter o gasto declarado. Mas vocês estão partindo do pressuposto de que houve caixa dois na campanha, é isso que a Folha está afirmando?
Não. A reportagem mostrava que elementos da investigação apontavam a suspeita de caixa dois na campanha. Foi isso que a Folha falou. Se o delegado não quis investigar, é problema da polícia. Então vamos fazer o seguinte, encontrem uma declaração de algum órgão policial dizendo que eu interferi em alguma investigação e aí vocês podem fazer pergunta pra mim ou vir me acusar de alguma coisa. A forma como vocês estão colocando é ofensiva esse tipo de pergunta. A conclusão da Folha sobre a investigação foi equivocada. Eu jamais interferi e jamais interferiria em qualquer investigação.
Sergio Moro, 47
Ex-juiz federal, foi responsável pelos julgamentos da Operação Lava Jato em Curitiba até deixar a magistratura para assumir o Ministério de Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro. Formado em direito na UEM (Universidade Estadual de Maringá) e foi professor de direito processual penal na UFPR (Universidade Federal do Paraná), onde fez mestrado e doutorado. Além da Lava Jato, atuou no caso Banestado e foi juiz-instrutor no STF (Supremo Tribunal Federal)
Comeu o repórter com farinha, nem deixou margem para qualquer dúvida. Moro é foda demais em respostas diretas.
 

Billy_louco

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DanielMF

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KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Mano, o jair falou que ele PODERIA ter algo porque é branco e ficava muito no sol

Aí os caras noticiam que ele confirma o câncer.

Incrível.
Quem noticiou que ele confirmou o câncer?
 
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