Não há correlação entre fome no Brasil em 2021 e restrições ocorridas em 2020. Discorro abaixo.
Não houve quebra de produção alimentícia mundial durante a pandemia. Aliás, durante a pandemia o preço do barril de petróleo chegou ao mais baixo nível de valor a décadas. Não houveram motivos, em 2020, para alta de inflação.
Indo para este ano, o preço das coisas estão disparando por fatores diversos. Reaquecimento da economia, problemas climáticos, aumento da dívida pública americana, todos estes são motivos pra alta da inflação. Restrições do ano passado, não.
O problema da Argentina é bem mais sério e eles já estavam caminhando para a m**** antes de pandemia.
Israel, china, EUA, UE, Canadá... Todos estes tiveram restrições em 2020 e 2021 e não estão com problemas sérios de insegurança alimentar.
A Suécia, por exemplo, não tez restrições e não está sofrendo com insegura alimentar. Austrália e Nova Zelândia, que fizeram (e fazem até hoje) restrições rigorosas também não estão sofrendo.
O curioso é que seu exemplo anterior também se encaixa. Na Argentina houve restrições severas e a fome aumentou. No Brasil as restrições foram mais amenas (na segunda onda mal chegava a 50%) e também estamos com aumento na pobreza.
África, de acordo com a UNESCO é onde mais aumentou a fome durante a pandemia, é a mesma coisa. Por exemplo, houve países com restrições (Uganda) e sem restrições (Malawi) e ambos estão com problema de fome.
Se houvesse correlação os que restringiram estariam ruins e os que não restringiram estariam bons, independente de suas condições econômicas anteriores.