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Tópico da Crise de Energia 2021 [2022?]

Sgt. Kowalski

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Os fatores que fazem disparar risco de apagão no Brasil

Após sucessivos anos de poucas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas brasileiras nas regiões Sudeste e Sul chegaram ao mês de setembro em seu pior nível histórico, abaixo mesmo do patamar de 2001, quando o país enfrentou um severo racionamento de energia.

Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, esse cenário torna elevado o risco de apagões (interrupções temporárias localizadas de fornecimento), ainda mais em momentos de picos de consumo, que ficam mais frequentes com a volta do calor.

Enquanto no inverno o auge do consumo de energia se concentra no início da noite, quando escurece, com a chegada da primavera a demanda fica maior também de tarde, devido ao aumento do uso de ar condicionado.

VÍDEO: Entenda o risco de apagão no Brasil



Os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que esse fenômeno já começou a ocorrer a partir do final de agosto. Na semana passada, o consumo de energia entre 15h e 16h chegou a superar a demanda da noite nos dias 13 e 14 de setembro.

O risco de apagões é considerado alto porque o sistema já está operando no limite, com o acionamento de mais térmicas para compensar a quantidade menor de energia gerada nas hidrelétricas e uso intenso das linhas de transmissão, que permitem levar energia de regiões em que a oferta está menos apertada para outras em situação mais crítica. Dessa forma, a interrupção de abastecimento pode ocorrer tanto da geração insuficiente, como da falha em algum ponto do sistema, explica o meteorologista da Climatempo Filipe Pungirum.

"Apagões são prováveis. Hoje, estamos com pouca folga no despacho de energia, justamente por estarmos usando próximo ao máximo das linhas que temos para transmitir energia no país", ressalta.

"Então, se algum problema causar interrupção numa linha de transmissão, como não há redundância (espaço disponível em outra linha) nesse transporte de energia, consequentemente alguns apagões poderão ocorrer, principalmente nos momentos de picos de carga, em que a população consome mais energia", acrescenta.

O risco também é apontado por Ana Carla Petti, presidente da consultoria MegaWhat.

"Apesar das medidas do governo, o risco de apagão permanece para o atendimento à carga de ponta, aquele momento do dia em que a sociedade consome mais energia elétrica. Esse momento de ponta tem ocorrido na parte da tarde, por conta de temperatura, uso de ar condicionado, e vai até o início da noite, por volta de 18h. Principalmente o mercado Sudeste tem esse comportamento característico", nota ela.

"Como as termelétricas já estão praticamente todas despachadas, ou seja, tudo que tem disponível está gerando, esse atendimento de ponta deveria ser feito por uma geração hidrelétrica maior, a aí pode ser que em algum momento a gente não tenha água suficiente para poder atender essa demanda de ponta, porque os reservatórios já estão muito baixo. Existem níveis (mínimos dos reservatórios) de segurança de operação das próprias máquinas", explica.

Na noite de sábado (18), um apagão de cerca de uma hora atingiu dezenas de cidades de Minas Gerais e Rio de Janeiro, em especial na Zona da Mata e na Região dos Lagos. Segundo nota do ONS, a interrupção foi causada por uma falha em uma subestação de Furnas.

"O ONS avaliará as causas da ocorrência junto aos agentes envolvidos. Vale ressaltar que o episódio não tem relação com a crise hídrica do país", diz ainda o comunicado.

Reservatórios do Sistema Cantareira, em São Paulo, operam em estado de alerta há 50 dias


Reservatórios do Sistema Cantareira, em São Paulo, operam em estado de alerta há 50 dias


Reservatórios com 18% da capacidade no Sudeste


A crise hídrica é considerada a pior em 91 anos, segundo especialistas e o próprio Ministério de Minas e Energia. A situação é especialmente grave no Sudeste, a região que responde por 70% da energia produzida no país.

Segundo dados do ONS, o volume útil — quantidade de água que pode ser usada para geração de energia — dos reservatórios que integram o subsistema das regiões Sudeste e Centro-Oeste está em apenas 18% da sua capacidade máxima, segundo o boletim de sábado (18/09). É o pior resultado já registrado para setembro. Um ano atrás, o volume útil desse subsistema era de 32,9%, quase o dobro do atual.

Já em setembro de 2001, quando o governo teve que impor medidas drásticas de racionamento à população e a empresas para reduzir a demanda, a capacidade dos reservatórios estava em 20,7%. Naquele ano, consumidores que ultrapassassem determinado patamar de consumo de energia tinham que pagar multas, e até a iluminação pública nas ruas foi reduzida em diversos estados.

A situação também é preocupante no subsistema Sul, em que os reservatórios estão com capacidade média de 30%. Já no Nordeste e Norte o cenário é mais confortável (44% e 64,5%, respectivamente).

A expectativa é que os reservatórios devem continuar secando até novembro, quando começa a temporada de chuvas na maior parte do país.

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados no final de junho, o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, disse que os reservatórios do subsistema Sudeste e Centro-Oeste devem chegar, em média, a 10% da sua capacidade em novembro com as medidas adotadas pelo governo para estimular a redução de consumo e usar outras fontes de energia, nível que ainda seria suficiente para as hidrelétricas seguirem operando.

Com a volta da temporada chuvosa, os reservatórios devem voltar a subir no final do ano, mas a projeção de meteorologistas é que a quantidade de chuva deve ficar novamente abaixo da média histórica, sendo insuficiente para uma recuperação satisfatória.

A mudança climática aumenta o risco de clima quente e seco. Nem todas as secas se devem às mudanças climáticas, mas ambientalistas apontam que o excesso de calor na atmosfera está tirando mais umidade da terra e piorando as secas.

A economista e professora do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), Virginia Parente, explica que os reservatórios das hidrelétricas brasileiras foram projetados para aguentar alguns anos de chuvas abaixo da média. O problema, diz, é que as secas têm sido muito severas, ao mesmo tempo que o consumo de energia e água no país cresceu muito ao longo das décadas.

ONS afirma que apagão em cidades do RJ e MG não tem relação com crise hídrica


ONS afirma que apagão em cidades do RJ e MG não tem relação com crise hídrica


Diferenças em relação a 2001


Se a situação é pior que há duas décadas, por que, ao menos por enquanto, não houve um racionamento da mesma dimensão daquele ano?

Após a crise de 2001, o país adotou medidas para reduzir esse risco, como aumentar a conexão do sistema com mais linhas de transmissão. Isso permite distribuir melhor a energia de uma região que esteja com mais oferta para outra, em que a geração esteja insuficiente. Além disso, também houve aumento da oferta de outros tipos de eletricidade, com mais geração de energia térmica, solar e eólica.

Hoje, os mercados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, em que a situação é mais crítica, estão sendo em parte abastecidos por energia produzida no Nordeste, onde os reservatórios das hidrelétricas estão mais cheios e há também geração relevante de energia eólica.

A situação, porém, não é confortável porque, ao mesmo tempo que ampliou-se a geração e a transmissão de energia no país, também houve aumento do consumo nas últimas duas décadas, destaca Filipe Pungirum.


Governo deveria ter adotado racionamento?


O baixo nível dos reservatórios é especialmente preocupante porque as hidrelétricas representam 65% da capacidade de geração de energia do país. Por isso, o governo já adotou uma série de medidas para tentar reduzir a demanda e, ao mesmo tempo, aumentar a oferta de outras fontes geradoras — ações que alguns especialistas ainda consideram insuficientes.

Uma dessas medidas foi o aumento do uso de térmicas — como o custo delas é maior que das hidrelétricas, isso aumentou a conta de luz no país, o que acaba tendo o efeito de desestimular o consumo. Segundo o IPCA, principal índice de preços do IBGE, a conta de luz ficou em média 21% mais cara no país nos últimos 12 meses encerrados em agosto, mais que o dobro da inflação geral (9,68%).

Além disso, o Ministério de Minas e Energia também lançou a partir deste mês um programa de desconto na conta de luz para quem reduzir seu consumo, com objetivo de provocar uma redução de 15% na demanda entre setembro e dezembro.

Também foi editado um decreto em agosto com ações para os órgãos públicos federais consumirem de 10% a 20% menos energia de setembro a abril de 2022. Outra providência foi aumentar a importação de energia da Argentina e do Uruguai.

Para o engenheiro Edvaldo Santana, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre 2005 e 2013, o governo deveria ter feito mais, adotando uma estratégia de racionamento a partir de julho para evitar os riscos de apagões agora. Na sua visão, isso não foi feito por temor do impacto eleitoral da medida.

"Desde que o PSDB perdeu a eleição (de 2002 para o PT) por causa do racionamento (no governo Fernando Henrique Cardoso), os governos consideram melhor o consumidor gastar mais (com energia das térmicas) do que fazer um racionamento", ressalta.

"O racionamento não sai em menos de 60 dias. Primeiro tem que planejar, depois as pessoas têm que entender (como funciona). Como a temporada seca está terminando, não faz mais sentido fazer. Agora é esperar o que vai acontecer", disse ainda.

Já a professora da USP Virginia Parente diz que o governo falha em não fazer campanhas maiores para conscientizar a população a economizar energia e luz, ou em estabelecer melhores acordos bilaterais para uso de energia dos países vizinhos. Ela discorda, porém, que deveria ter sido feito um racionamento antes.

"O racionamento tem um custo muito grande, causa sofrimento e desemprego. Se uma fábrica só vai poder gastar 80% ou 70% da energia, por exemplo, ela vai dispensar os funcionários parte dos dias e vai produzir menos, vender menos", nota ela.

"A empresa vai então negociar para reduzir o salário dos funcionários, eles vão ter menos grana pra comprar outros produtos, as outras empresas vão vender menos pra eles e o PIB do Brasil vai afundar", reforça.

Por outro lado, a professora lembra que apagões, ainda que localizados em apenas algumas partes do país, também podem causar grandes prejuízos.

"Os momentos de pico de consumo são perigosos, com maior probabilidade de ter apaguinhos de durações variadas. A gente corre esse risco e é bem grave, porque se você estiver em casa trabalhando no seu computador, a bateria aguenta um tempo. Mas, se você for uma indústria de cerâmica que precisa apagar seu forno, você estraga toda a produção do dia. Pequenos apaguinhos da indústria podem fazer grandes estragos", nota ela.
 

Sgt. Kowalski

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Crise energética pode levar o PIB para menos de 1% em 2022, diz economista


A alta nos preços de commodities e do barril do petróleo, aliada a desvalorização do real frente ao dólar são alguns dos fatores que estão pressionando a inflação. No mês de agosto, o IPCA teve a maior alta em 21 anos. A expectativa dos especialistas é que o Banco Central continue aumentando a Selic, a fim de controlar a taxa de juros que estava muito baixa.
Apesar do pior da crise de Covid-19 já ter passado, a economista-chefe da Panamby Capital, Tatiana Pinheiro, explica porque o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil será baixo em 2022, podendo sofrer ainda mais queda caso a crise energética provoque racionamento.
“O crescimento do ano que vem é baixo. Muito provavelmente o Brasil volta ao ritmo de crescimento do PIB que a gente observou de 2017 a 2019, quando o Brasil crescia em torno de 1%.”
“Em cima de tudo isso, ainda temos a possibilidade da crise energética. O clima continua bastante seco. Em outubro entra o período de chuvas, mas precisa chover muito mais que a média, e a crise energética é o grande fator de risco que pode trazer o PIB um pouco para baixo de 1%”.

Tatiana ressalta que algumas casas de análises já projetam esse risco do PIB ser ligeiramente abaixo de 1%, mas isso dependerá das próximas tomadas de decisão do governo frente ao risco de racionamento. “Quanto mais o tempo passa e o clima continua seco, e o governo posterga algumas decisões mais definitivas, mais incisivas de controle de consumo, vai aumentando a probabilidade da necessidade de racionamento.”
A economista elenca outros fatores que poderão contribuir para a dificuldade do crescimento, entre eles o desemprego. “Isso pensando no aperto da política monetária, pensando que o estímulo fiscal diminui mais um pouco no ano que vem, pensando que o mercado de trabalho vai continuar ainda muito enfraquecido, com a taxa de desemprego ainda bastante alta, pensando no grau de endividamento das famílias que já está bastante elevado, e que em um ambiente onde você tem aumento de taxa de juros, o crédito vai ficar mais caro, então é menos crescimento.”
Selic
Em relação à Selic, a projeção é que até o final de 2022, a taxa alcance 8,5%. Na quarta-feira (22) haverá uma nova reunião de política monetária e a tendência é que o Banco Central suba a Selic em 100 pontos, trazendo de 5,25% para 6,25%.
“Uma parte dos analistas espera que [a alta] entre em 2022 e, ainda nas primeiras reuniões, o Banco Central continue aumentando os juros e, com isso, se faz o acerto de juros. A taxa de juros no Brasil estava muito baixa, extremamente estimulante à atividade econômica, agora grande parte da crise do Covid-19 já passou e está na hora de acertar os ponteiros, seja na política monetária, seja na política fiscal”, defende Tatiana.
 

king_hyperdyo

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Pior que não, no sistema on-grid o inversor tem que desligar quando falta luz por questão de segurança. Se tiver apagão também ficaremos sem energia.

Isso que tinha visto, realmente é uma m**** se utilizar o sistema On Grid.

Pelo que entendi esse sistema é para economizar na conta de luz e não ter um Backup. Para ter um backup teria que ser Off-Grid, mas esse nem sei como é feito e quanto é gasto.
 


D

Deleted member 35588

Isso que tinha visto, realmente é uma m**** se utilizar o sistema On Grid.

Pelo que entendi esse sistema é para economizar na conta de luz e não ter um Backup. Para ter um backup teria que ser Off-Grid, mas esse nem sei como é feito e quanto é gasto.
Isso aí, o on grid é só pra economizar na conta. O outro sistema é o off grid, onde as placas solares alimentam um banco de baterias que alimentam a tua rede. Nesse caso tu não tem ligação nenhuma com a rede da concessionária e é um sistema bem mais caro.

Pelo o que eu vi já existe um sistema híbrido, onde tu usa o sistema on grid mas com algumas baterias pra alimentarem a tua casa em caso de falta de energia. Parece ser bem legal mas não pesquisei muito sobre isso.
 

king_hyperdyo

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Isso aí, o on grid é só pra economizar na conta. O outro sistema é o off grid, onde as placas solares alimentam um banco de baterias que alimentam a tua rede. Nesse caso tu não tem ligação nenhuma com a rede da concessionária e é um sistema bem mais caro.

Pelo o que eu vi já existe um sistema híbrido, onde tu usa o sistema on grid mas com algumas baterias pra alimentarem a tua casa em caso de falta de energia. Parece ser bem legal mas não pesquisei muito sobre isso.

Se o on grid já é caro para caramba, nem quero imaginar o offgrid...
 

Setzer1

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Risco de apagão de energia faz governo antecipar operação de novas usinas
Crise hídrica faz Aneel antecipar início de funcionamento de usinas e linhas de transmissão; para evitar blecaute, País precisa de oferta adicional de energia entre 4 mil e 5 mil MW - até agora, agência conseguiu 2,35 mil MW

Renée Pereira, O Estado de S.Paulo
22 de setembro de 2021 | 05h00
Atualizado 22 de setembro de 2021 | 08h45
Na corrida para evitar um racionamento nos moldes daquele de 2001, o governo federal está acelerando a entrada em operação de algumas usinas e linhas de transmissão. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem rodado o setor para tentar antecipar o funcionamento do máximo possível de usinas e linhas de transmissão no sistema elétrico brasileiro. Em agosto e setembro, foram autorizados 2.354 megawatts (MW) de potência instalada. Para evitar um apagão, o País precisará de algo entre 4 mil e 5 mil MW de energia, além do volume previsto inicialmente.
O montante pode ser conseguido por meio da redução voluntária de consumo, que até dia 10 de setembro somava 237 MW de oferta das empresas – ou pelo aumento da oferta de energia. “Nesse sentido, a Aneel ‘tem se virado nos 30’ para conseguir elevar o volume de energia do sistema e inibir a demanda com as bandeiras tarifárias”, afirma o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.
https://economia.estadao.com.br/not...meia-turbina-e-gera-apenas-300-mw,70003845267
Na semana passada, a agência autorizou a entrada em operação da segunda maior térmica do País, com capacidade de 1,3 mil MW. A usina antecipou em cinco meses o início de funcionamento por causa da situação crítica do sistema elétrico nacional, com queda acelerada dos reservatórios das hidrelétricas. O sistema Sudeste/Centro-Oeste está com 17,79% de armazenamento.

Usina termoelétrica de Aparecida, em Manaus: produção de eletricidade mais cara para contornar crise hídrica. Foto: Eletrobras - 21/3/2013
No mês passado, a Aneel já havia adiantado em quase um ano a operação de quatro usinas fotovoltaicas do parque Terra do Sol, localizadas no município de Oliveira dos Brejinhos, no Estado da Bahia. As usinas, de propriedade da gestora Pátria, têm capacidade para gerar 190 MW. Além disso, antecipou em 163 dias a linha de transmissão de Bom Jesus da Lapa-Janaúba-Pirapora, que possibilitará o intercâmbio de 1.300 MW de energia entre o Nordeste e o Sudeste.
Para as próximas semanas, outras usinas estão previstas para começar a funcionar. A Aneel autorizou testes de uma série de eólicas e de térmicas movidas a biomassa. Uma delas é a unidade da Bracell – uma das maiores produtoras de celulose do mundo. Com três turbogeradores, a empresa vai produzir 420 MW de energia, sendo parte para suprir a demanda da fábrica, e entre 150 MW e 180 MW para o sistema elétrico nacional.
As eólicas também continuarão reforçando o sistema nacional. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a expectativa é de antecipar cerca de 600 MW de energia neste ano. A previsão inicial era de entregar 2,5 mil MW, mas devido à escassez de água nos reservatórios devem entrar em operação 3,1 mil MW.

Balanço
Pelas estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para não ter déficit de energia em outubro e novembro, o País precisará de uma oferta adicional de 4.800 MW médios entre este mês e novembro. Esse total inclui a entrada em operação das térmicas Cuiabá, Uruguaiana, Termonorte 1 e Termonorte 2, além de usinas que estavam com restrição judicial. No início do mês, a Aneel fez a revisão do chamado Custo Variável Unitário (CVU) da produção das usinas para permitir a operação. Outra medida é o aumento da importação de energia dos países vizinhos. Ontem, por exemplo, o Brasil importou cerca de 2 mil MW da Argentina e do Uruguai.
Em apresentação feita aos agentes do mercado, o ONS destacou que “o atendimento energético de 2021 depende da efetividade das medidas em andamento para a viabilização de oferta adicional e para a redução voluntária do consumo”. “Já o atendimento à demanda de ponta em 2021 implica, além da efetividade das medidas em andamento, a necessidade de utilização parcial da reserva operativa (fatia de geração usada para controlar frequência e compensar desequilíbrios entre carga e geração).”
Segundo especialistas, os esforços devem surtir efeito, pelo menos, para evitar um racionamento. Isso não significa, entretanto, que o País estará livre de blecautes localizados. Essa é a estimativa de Adriano Pires. “Com reservatórios secando mais rápido e aumento do calor, o risco de apagões aumentou. Além disso, o cenário para 2022 também fica mais apertado”, afirma ele.
 

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Risco de apagão de energia faz governo antecipar operação de novas usinas
Crise hídrica faz Aneel antecipar início de funcionamento de usinas e linhas de transmissão; para evitar blecaute, País precisa de oferta adicional de energia entre 4 mil e 5 mil MW - até agora, agência conseguiu 2,35 mil MW

Renée Pereira, O Estado de S.Paulo
22 de setembro de 2021 | 05h00
Atualizado 22 de setembro de 2021 | 08h45
Na corrida para evitar um racionamento nos moldes daquele de 2001, o governo federal está acelerando a entrada em operação de algumas usinas e linhas de transmissão. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem rodado o setor para tentar antecipar o funcionamento do máximo possível de usinas e linhas de transmissão no sistema elétrico brasileiro. Em agosto e setembro, foram autorizados 2.354 megawatts (MW) de potência instalada. Para evitar um apagão, o País precisará de algo entre 4 mil e 5 mil MW de energia, além do volume previsto inicialmente.
O montante pode ser conseguido por meio da redução voluntária de consumo, que até dia 10 de setembro somava 237 MW de oferta das empresas – ou pelo aumento da oferta de energia. “Nesse sentido, a Aneel ‘tem se virado nos 30’ para conseguir elevar o volume de energia do sistema e inibir a demanda com as bandeiras tarifárias”, afirma o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.
https://economia.estadao.com.br/not...meia-turbina-e-gera-apenas-300-mw,70003845267
Na semana passada, a agência autorizou a entrada em operação da segunda maior térmica do País, com capacidade de 1,3 mil MW. A usina antecipou em cinco meses o início de funcionamento por causa da situação crítica do sistema elétrico nacional, com queda acelerada dos reservatórios das hidrelétricas. O sistema Sudeste/Centro-Oeste está com 17,79% de armazenamento.

Usina termoelétrica de Aparecida, em Manaus: produção de eletricidade mais cara para contornar crise hídrica. Foto: Eletrobras - 21/3/2013
No mês passado, a Aneel já havia adiantado em quase um ano a operação de quatro usinas fotovoltaicas do parque Terra do Sol, localizadas no município de Oliveira dos Brejinhos, no Estado da Bahia. As usinas, de propriedade da gestora Pátria, têm capacidade para gerar 190 MW. Além disso, antecipou em 163 dias a linha de transmissão de Bom Jesus da Lapa-Janaúba-Pirapora, que possibilitará o intercâmbio de 1.300 MW de energia entre o Nordeste e o Sudeste.
Para as próximas semanas, outras usinas estão previstas para começar a funcionar. A Aneel autorizou testes de uma série de eólicas e de térmicas movidas a biomassa. Uma delas é a unidade da Bracell – uma das maiores produtoras de celulose do mundo. Com três turbogeradores, a empresa vai produzir 420 MW de energia, sendo parte para suprir a demanda da fábrica, e entre 150 MW e 180 MW para o sistema elétrico nacional.
As eólicas também continuarão reforçando o sistema nacional. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a expectativa é de antecipar cerca de 600 MW de energia neste ano. A previsão inicial era de entregar 2,5 mil MW, mas devido à escassez de água nos reservatórios devem entrar em operação 3,1 mil MW.

Balanço
Pelas estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para não ter déficit de energia em outubro e novembro, o País precisará de uma oferta adicional de 4.800 MW médios entre este mês e novembro. Esse total inclui a entrada em operação das térmicas Cuiabá, Uruguaiana, Termonorte 1 e Termonorte 2, além de usinas que estavam com restrição judicial. No início do mês, a Aneel fez a revisão do chamado Custo Variável Unitário (CVU) da produção das usinas para permitir a operação. Outra medida é o aumento da importação de energia dos países vizinhos. Ontem, por exemplo, o Brasil importou cerca de 2 mil MW da Argentina e do Uruguai.
Em apresentação feita aos agentes do mercado, o ONS destacou que “o atendimento energético de 2021 depende da efetividade das medidas em andamento para a viabilização de oferta adicional e para a redução voluntária do consumo”. “Já o atendimento à demanda de ponta em 2021 implica, além da efetividade das medidas em andamento, a necessidade de utilização parcial da reserva operativa (fatia de geração usada para controlar frequência e compensar desequilíbrios entre carga e geração).”
Segundo especialistas, os esforços devem surtir efeito, pelo menos, para evitar um racionamento. Isso não significa, entretanto, que o País estará livre de blecautes localizados. Essa é a estimativa de Adriano Pires. “Com reservatórios secando mais rápido e aumento do calor, o risco de apagões aumentou. Além disso, o cenário para 2022 também fica mais apertado”, afirma ele.
Lá vem outro aumento na tarifa, vai vendo.
 

Sgt. Kowalski

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Crise hídrica já leva a racionamento de água em parte de Minas



Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) restringiu permissão de captação em parte do Vale do Rio Doce

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A crise hídrica que afeta Minas Gerais já causa racionamento de captação de água em parte do Estado. Neste mês, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) prorrogou uma portaria em que restringe a captação de água para indústrias, irrigação e consumo humano na área da Bacia do Rio Suaçuí Grande, no Vale do Rio Doce.

Indústrias e a própria Copasa terão de manter a captação em baixa pelo menos até o dia 15 de outubro. O volume captado diariamente deverá ser 20% menor para consumo humano, animal e abastecimento público, 25% menor para irrigação e 30% menor para uso industrial. A decisão afeta, por exemplo, unidades da Cenibra, indústria de celulose que tem permissão para captar água em cinco municípios da região.

Leia também: Zema diz que as represas de Minas estão em situação de calamidade pública

Segundo informações publicadas no site da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a bacia é a única que se encontra em estado de restrição, atualmente. Já estações da Bacia do São Francisco, do rio Doce e do rio Mucuri estão em estado de alerta, que antecede a restrição.
 

Darkx1

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Fiz um orçamento de energia solar para casa.

9 Placas com toda a instalação 17k, vou dizer que não achei caro.

Pensando seriamente em colocar.
O que você tem que ver é quanto tempo leva pra voce recuperar o investimento instalação.

Se sua conta mensal não for algo muito caro, meio que não muda muita coisa.
 

Sgt. Kowalski

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Crise hídrica: não vai chover onde precisa na primavera (nem no verão)
Inmet diz que não há previsão de recuperação do nível dos reservatórios até fevereiro de 2022; Brasil aumenta compra de GNL dos EUA e de energia do Uruguai

crise-hidrica-na-represa-de-Furnas-em-Minas-Gerais.jpg


Represa de Furnas, em Minas Gerais, sofre com a falta de chuvas (Douglas Magno / AFP via Getty Images/Getty Images)


Não vai ser dessa vez: o primeiro dia da primavera começa com previsões pouco promissoras sobre as chuvas esperadas para o período, o que deve agravar a crise hídrica. De acordo com projeções da NOAA, a agência para o clima dos Estados Unidos, há entre 70% e 80% de chance de ocorrência do fenômeno La Niña em outubro, com o resfriamento das águas do Pacífico e um menor volume de precipitações.

Vai até chover por aqui, mas não nos reservatórios de hidrelétricas em estado crítico. A expectativa é de precipitações acima da média até dezembro no Nordeste, enquanto no Sudeste e Centro-Oeste as chuvas devem estacionar no parâmetro dos últimos anos, quando começaram a ser registrados níveis mais baixos de umidade. E o verão deve ser seco.

“Não há previsão de chuva para recuperar o solo e o nível dos reservatórios”, disse Marcia Seabra, coordenadora geral de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) durante apresentação sobre a previsão do clima para a primavera e verão nesta terça, 21.

Os modelos matemáticos da NOAA apontam uma probabilidade de 60% a 70% de um volume menor de chuvas no Sul e Sudeste este ano. “Essas previsões são consistentes com o impacto que o La Niña deve provocar”, disse Michelle L'Heureux, meteorologista da agência americana, à EXAME.

“É preciso lembrar que fenômenos como o El Niño e La Niña estão aí desde sempre, mas as mudanças climáticas podem influenciar o impacto dessas condições, com secas acompanhadas por temperaturas mais altas por exemplo”.

Os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração de energia no país produzida a partir de hidrelétricas, já operam com menos de 22% da capacidade, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS).

Na Bacia do Rio Paraná, que abrange seis estados, a situação é considerada crítica. O reservatório Jurumirim opera com 22,4% da capacidade, seguido pelo Água Vermelha (11%), Nova Ponte (10,9%) e Ilha Solteira, que zerou.

“É um cenário muito complicado, com efeitos que vão além do aumento de preços causados pela baixa oferta de energia e uma alta da demanda com a recuperação econômica”, diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. “Existe, inclusive, uma forte possibilidade de blecautes esparsos”.

Mais inflação, menos PIB
Na visão de Gabriel Barros, economista-chefe da RPS Capital, a crise hídrica deve provocar não só um efeito negativo sobre a inflação: o PIB também pode sair machucado. Se houver uma redução compulsória da carga de energia da ordem de 15%, deve haver um impacto no PIB de 2 pontos percentuais, de acordo com estudo realizado por Barros.
Os efeitos da seca já são visíveis. Com o nível de água praticamente zerado no maior reservatório de São Paulo, de Ilha Solteira, a navegação na hidrovia Tietê-Paraná, uma das principais do país, foi suspensa.
O corredor logístico representa uma das maiores vias de escoamento de carros-chefes da produção agrícola nacional, como soja, milho e cana-de-açúcar. Os prejuízos com a paralisação da hidrovia devem gerar perdas da ordem de 3 bilhões reais para o setor aquaviário, segundo o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros.
Não fossem os investimentos em inovações que permitem uma maior adaptação das plantas a um clima mais seco, algo que se anunciava no horizonte há uma década, a agricultura também estaria passando por maus bocados.
Mesmo com a umidade insuficiente do solo nesta primavera, quando começa o plantio de soja, produtores rurais do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo deram início ao cultivo em algumas áreas -- por enquanto, não há previsão de atrasos.
Risco de racionamento
Enquanto o mercado internacional de alumínio se aquece, com um aumento da demanda, os fabricantes brasileiros têm dificuldade em incrementar a produção, com os preços da energia elétrica em alta – o insumo corresponde a 70% dos custos totais do metal. A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) tem externado preocupação com a falta de sinalização sobre a real dimensão da crise hídrica no país.
Alguns indícios apontam que o problema pode ser maior do que parece. “O governo não quer falar em racionamento e não trata o assunto abertamente, mas sabemos que sem chuvas no verão, como parece ser o caso, teremos uma crise significativa”, diz Vale.
Com os reservatórios secando, o Brasil se tornou um dos maiores compradores mundiais de gás natural liquefeito (GNL), usado para a geração de energia, dos Estados Unidos. A Coréia do Sul segue como principal cliente global no acumulado do ano (91 embarques), seguida pela China (82) e Japão (79) mas o Brasil lá vem logo atrás (72). No início deste mês, o país ocupou o segundo lugar no ranking mundial de recebimento de GNL, perdendo apenas para a Coreia do Sul.
O risco de racionamento no Brasil também está provocando um aumento das importações de energia. Graças à crise hídrica no país, o Uruguai deve bater um recorde de exportação do insumo este ano, com 300 milhões de dólares em vendas.
“Esperamos continuar ajudando o país até o fim do ano. A situação é muito crítica para o Brasil”, disse Silvia Emeraldi, presidente da Administración Nacional de Usinas y Transmisiones Eléctricas (UTE), estatal de energia elétrica do Uruguai.
Enquanto isso, os economistas refazem as projeções sobre o impacto que o aumento do custo de energia deve causar na economia e na inflação este ano e em 2022. “Essa crise é um dos componentes do cenário fraco de atividade que observamos”, diz Vale.
Com a palavra, o governo
Procurado pela reportagem, o Ministério de Minas e Energia disse estar sem tempo para conceder entrevista. Em um comunicado enviado por e-mail, a pasta afirma que desde outubro de outubro de 2020 "tem adotado diversas medidas para mitigar o impacto no setor elétrico do pior cenário de escassez hídrica da história do país", com ações como "o acionamento de mais termelétricas, importação de energia, entrada em operação de novos empreendimentos de geração e de transmissão, flexibilização de restrições de defluência mínima e de armazenamento mínimo em reservatórios de usinas hidrelétricas, flexibilizações de critérios operativos, disponibilização de unidades de regaseificação de gás natural, incentivo à oferta de excedente de geração de energia elétrica, programas de redução voluntária da demanda e do consumo e campanhas de consumo consciente de energia".
 

geist

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Esse ano deverão segurar a situação com as calças na mão (e com muito aumento de tarifa). O problema é que a expectativa de chuva está abaixo de pelo menos manter os reservatórios com o mínimo para suprir 2022.
Sendo assim, aguardemos um 2022 de fortes emoções (copa, eleições, apagão, inflação galopante, desemprego, etc). :kcool
 

king_hyperdyo

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O que você tem que ver é quanto tempo leva pra voce recuperar o investimento instalação.

Se sua conta mensal não for algo muito caro, meio que não muda muita coisa.

Tipo em média pela proposta 5 anos, mas se o sistema conseguir gerar a energia que gasto no mês iria só pagar a taxa mínima.

Caso gere mais energia que consuma, ganho créditos no mês posterior.

Tipo se pagar 400 reais por mês com o sistema + Taxa Mínima da Enel vale a pena.


Mas é uma coisa que tenho que pensar, já que muito da conta de luz veio alta por causa da bandeira vermelha.

Outra coisa foda é tentarmos resolver os problemas do Governo. Pago uma fortuna de imposto e não tenho retorno nenhum, tenho que pagar convênio(Viva sus é só utopia, vai depender de para você ver) e agora correndo atrás e energia.
 

Setzer1

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Dilma visionaria.
Falando sério agora, bom projeto. Vai desafogar as hidroelétricas no futuro um pouco.
Maior produtor de energia eólica no Brasil, RN deve estocar vento
Governo potiguar assinou um protocolo que prevê a instalação de um projeto-piloto de armazenamento de energia verde
Rádio BandNews FM22/09/2021 • 09:44
Rio Grande do Norte deve estocar energia produzida pelo vento

Rio Grande do Norte deve estocar energia produzida pelo vento

O Rio Grande do Norte, maior produtor de energia eólica do país, deve estocar energia produzida pelo vento.
Nesta terça-feira (21), o governo potiguar assinou um protocolo com uma empresa de consultoria, que prevê a instalação de um projeto-piloto de armazenamento de energia verde em larga escala - o pioneiro no Brasil e na América Latina.

De acordo com o governo do estado, o investimento deve ser de aproximadamente U$ 12,5 milhões, o equivalente a quase R$ 70 milhões.
O acordo prevê ainda o suporte do estado na interlocução com fornecedores e compradores de energia.
A estrutura, que deve operar por 35 anos, vai ter 120 metros de altura e, quando concluída, capaz de armazenar aproximadamente 400 Mw de energia, o que representa quase 10% da atual capacidade de produção de energia eólica do Rio Grande do Norte.
 

Setzer1

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Aquela coisa. Se o clima cooperar não tem.
Se não cooperar não tem plano B também.
https://www.folhape.com.br/

Crise hídrica: outubro e novembro serão críticos, mas ONS descarta racionamento este ano
De acordo com Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral, mesmo que a um custo mais alto em razão das termelétricas, o país tem condição de atender a demanda com segurança


A crise hídrica, a maior dos últimos 91 anos, agrava as incertezas em relação ao próximo ano. O Brasil vive um período de inflação alta, a economia ainda esboça reação após os estragos causados pela pandemia e a eleição presidencial em 2022 coloca em xeque a tomada de decisões mais técnicas pelo governo, principalmente em relação à situação fiscal. É um cenário que economistas e meteorologistas classificariam como “a tempestade perfeita".

As ações para atenuar a crise hídrica, reduzir a demanda e ampliar a oferta de energia foram o tema da edição do E agora, Brasil?, em uma iniciativa dos jornais O GLOBO e Valor Econômico, com patrocínio do Sistema Comércio, através da CNC, do Sesc, do Senac e de suas Federações.

O debate contou com a participação de Christiano Vieira, secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP e membro do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU) e Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse Brasil.

O evento foi mediado pela colunista do GLOBO Míriam Leitão e pelo repórter especial do Valor Daniel Rittner.

Segundo Ciocchi, do ONS, outubro e novembro serão cruciais. É o período em que os reservatórios das hidrelétricas estarão em seu pior nível e a demanda por energia começa a aumentar no país.


"Em outubro e novembro essa possibilidade de ter picos de demanda existe. Para isso a gente faz monitoramento diário. É o período mais crítico. A carga aumenta, os reservatórios estão mais baixos e a gente tem termelétricas que são mais caras", afirmou.

De acordo com Ciocchi, mesmo que a um custo mais alto em razão das termelétricas, o país tem condição de atender a demanda com segurança nesse período. "Não há possibilidade de racionamento em 2021. Para 2022, tudo leva a crer, todos os recursos estão mobilizados para que não haja racionamento", afirmou o diretor-geral do ONS.

Se as chuvas voltarem a partir do início do período úmido, em novembro, será possível reduzir o uso de termelétricas mais caras, religadas em regime de emergência para evitar a falta de energia, o que significaria um alívio no bolso da população, diante do aumento da conta de luz este ano e da adoção da bandeira tarifária de Escassez Hídrica, de R$ 14,20 a cada cem quilowatts-hora consumidos.

A chuva também poderia reduzir as incertezas das empresas, que aguardam a definição de um cenário mais claro em relação ao próximo ano para programar seus investimentos.

O governo garante que todas as iniciativas foram adotadas com a antecedência necessária para suprir a demanda. Segundo Vieira, do MME, além de religar termelétricas e adiantar o funcionamento de usinas de outras fontes, como solar e eólica, o governo anunciou a importação de eletricidade de países como Argentina e Uruguai e fará um leilão simplificado emergencial em outubro para contratação de energia para 2022.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) tem feito reuniões semanais para acompanhar a situação. "Adotamos medidas para ampliar geração, transmissão, flexibilizar restrições que permitissem atendimento com confiabilidade e segurança ao longo de 2021 e também em 2022. As medidas que foram e estão sendo tomadas garantem atendimento de energia e de potência. Temos condição de passar por esse momento com segurança com a participação de todos", disse Vieira.

O ONS avalia que é preciso adotar cautela. Ciocchi ressalta que nos últimos sete anos as chuvas têm frustrado expectativas e que a situação é preocupante. O ONS recomendou que as termelétricas permaneçam acionadas mesmo após o início do período úmido para recompor os reservatórios das hidrelétricas.

Na visão de especialistas, para que cenários como o atual fossem evitados, o governo deveria ter investido em planejamento de longo prazo. Não é de hoje que as mudanças climáticas entraram na pauta dos governantes, e ações concretas precisam ser colocadas em prática para mitigar riscos.

Para Artaxo, do Instituto de Física da USP e membro do IPCC, o país continua a errar quando se trata do setor energético e não aproveita o gigantesco potencial de geração eólica e solar.

"Infelizmente os nossos governos não costumam escutar a ciência. Com certeza os prejuízos para a nossa sociedade teriam sido menores se um planejamento de longo prazo tivesse sido adotado. A sociedade precisa de respostas do governo para daqui a cinco, dez ou 50 anos e, infelizmente, isso não ocorreu", afirmou.

Do ponto de vista da economia, a crise hídrica multiplica incertezas para 2022. Ela acontece em um momento de aumento de preços de commodities no exterior, como soja, milho e ferro, produtos que o Brasil exporta em larga escala, mas que usam intensivamente a energia. E o país corre o risco de perder este momento, diz a economista-chefe do Credit Suisse Brasil, Solange Srour.

O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, diz que a escassez hídrica coincide com a expectativa de retomada da economia:

"É natural que isso gere alguns alertas. Daí a importância de ouvir aqueles que estão diretamente envolvidos nesse processo. O debate foi muito positivo para conhecermos melhor as ações que estão sendo realizadas. O desempenho do setor produtivo e da economia vai depender muito do sucesso na gestão desse risco da nossa matriz energética", disse.

Há ainda no radar dos economistas a situação fiscal do país. O Brasil gastou muito durante a crise causada pela pandemia, e agora discute acomodar despesas fora do teto de gastos (regra que limita os dispêndios públicos) e aumentar a ajuda social, exatamente quando a eleição de 2022 surge no horizonte.

O fato é que, com a conta da energia mais cara, não haverá espaço para qualquer subsídio.

"Não há espaço para política fiscal que contrabalanceie o peso que isso vai ter nas contas de luz dos consumidores. E ainda temos a inflação, que está perto de 10%, e que também tem a ver com a crise energética. Com a alta das tarifas em 2022, o poder de compra dos consumidores se reduz, isso restringe o crescimento e pressiona ainda mais a inflação", observa a economista-chefe do Credit Suisse.
 

Sgt. Kowalski

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Crise hídrica leva Sabesp a reduzir pressão e causa falta d'água em São Paulo



O sistema de reservatórios que atende 21 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo está atualmente com 39,8% de capacidade, nível considerado crítico


A escassez de água provocada pela estiagem fez com que a Sabesp aumentasse em duas horas o intervalo em que reduz a pressão nos dutos que abastecem a cidade de São Paulo e a Região Metropolitana durante o período noturno.

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Até o mês passado, a redução na maior parte dos bairros ocorria de 23h às 5h e, agora, tem sido feita das 21h às 5h. Com a redução, regiões mais altas podem ficar sem água no período. As redes sociais registram reclamações de usuários sobre falta de água em horários mais cedo que o habitual.

Levantamento feito pelo Valor no site da empresa mostra que a maioria dos bairros está com redução de pressão das 21h às 5h, assim como grandes municípios da Grande São Paulo, como Guarulhos, Osasco e Diadema.

Cantareira, em São Paulo, faz parte de um sistema que abastece 21 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo — Foto: Andre Penner/AP/Arquivo

A ampliação do período em que as torneiras ficam com menos água foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. “Os técnicos das manobras, que são responsáveis pelas válvulas, confirmaram que o horário foi alterado”, afirma o presidente do sindicato, José Antonio Faggian.

Questionada pela reportagem, a Sabesp não respondeu à pergunta sobre a ampliação do horário e quando a medida foi tomada. Apenas informou que “realiza na Região Metropolitana de São Paulo a gestão de pressão, prática recomendada internacionalmente: quando há menos consumo, reduz-se a pressão nas redes a fim de evitar perdas por vazamentos e rompimentos”.

O Estado de São Paulo, assim como outras regiões do país, vive uma estiagem severa, com baixos índices de chuva, o que tem causado uma queda acentuada no nível dos reservatórios de água.

O chamado sistema integrado, composto por sete reservatórios, entre eles o Cantareira, e que atende 21 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, está hoje com 39,8% de sua capacidade, nível considerado crítico. O Cantareira estava com 32,4% do volume total.
 

Setzer1

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países por energia renovável até 2017.
Brasil top4. atrás apenas da Alemanha, China e EUA.

Não contra hidroelétricas, o que colocaria o país na frente da Alemanha.

Pra apenas hidroelétrica (Até 2018) usar o vídeo abaixo.
Top1 CHina
top 2 Brasil
Top 3 Canada.

 
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LuxEtUmbra0

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Esse mês aqui onde moro (RS) choveu bastante. Não sei em outras regiões do Sul/Sudeste e em locais onde seria necessário, mas aqui chegou a ter quase 1 semana de bastante chuva direto.
 

Setzer1

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Conforme a terra esquenta. Onde vai chover mais.
https://www.carbonbrief.org/explainer-what-climate-models-tell-us-about-future-rainfall

As cores estão em %.
A área +afetada do Brasil será justamente a fronteira agrícola. Centro Oeste, que precisará de +árvores e vegetação pra reter a Umidade no local.
Litoral vai chover menos tb e é a área +produtiva.
Sul do país vai ter +20 a 30% de chuvas comparado 1980-2000.




multimodel-mean-all-rcp85-sig-1024x700.png



Por estação do ano. Essa chuva a mais ou a menos não será uniforme.
Estações chuvosas serão ainda +chuvosas.
As secas ainda mais secas. Exigindo mais reservatórios e manejo de água pra diminuir a evaporação e manter a água durante os meses necessários.

Nordeste esta meio fudido pq a água toda vai começar a vir só no Verão. Tendo que racionar o resto ao longo de 9 meses.....


multimodel-seasonal-1024x628.png




Abaixo a projeção +seca.
E tb a projeção +úmida.

Obviamente abaixo são as projeções +extremas, mesmo não sendo realistas elas ajudam a balancear as projeções tornando-as mais exatas.

Mas preocupa que mesmo na projeção +úmida. Ainda a pontos da terra que ficarão +secos.
Como a Espanha e o mediterrâneo.

Global-p10-p90-1024x354.png
 
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Azz01

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Esse mês aqui onde moro (RS) choveu bastante. Não sei em outras regiões do Sul/Sudeste e em locais onde seria necessário, mas aqui chegou a ter quase 1 semana de bastante chuva direto.

Eu não sei se você tambem mora aqui mas na serra choveu bastante tambem, teve dias que não foi tanta chuva mas ainda assim deu pra deixar os reservatorios da cidade em niveis bem tranquilos, tenho um amigo que mora perto da fronteira com a Argentina e la a coisa não foi tão boa, deu mais seca do que chuva

O ruim é ler noticias desanimadoras de que Outubro em diante a seca vai tomar conta de quase todo estado
 

UT_Killer

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Vamos lá patriotas!
Colaborem com o Brasil!
Desliguem o condicionador de ar.
Tomem banho frio.
Apaguem as luzes.

Nosso Capitão já fez a parte dele e desligou o aquecedor da piscina do alvorada.

 

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https://economia.uol.com.br/noticia...anter-usina-ligada-por-risco-catastrofico.htm
Jornal: Petrobras contrariou ONS e desligou usina por risco 'catastrófico'.

Documentos trocados entre a Petrobras, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o ONS (Operador Nacional do Sistema) mostram que a estatal desligou uma usina alegando risco de "falha catastrófica", apesar da decisão do ONS de manter a usina em funcionamento.
 

carlos222

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https://economia.uol.com.br/noticia...anter-usina-ligada-por-risco-catastrofico.htm
Jornal: Petrobras contrariou ONS e desligou usina por risco 'catastrófico'.

Documentos trocados entre a Petrobras, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o ONS (Operador Nacional do Sistema) mostram que a estatal desligou uma usina alegando risco de "falha catastrófica", apesar da decisão do ONS de manter a usina em funcionamento.
Tamu fudidos. Verão chegando. Vou parar de usar ar-condicionado mas nem f**end0.
Manda bolsonaro cortar a água aquecida da piscina dele
 

Setzer1

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Tamu fudidos. Verão chegando. Vou parar de usar ar-condicionado mas nem f**endo.
Manda bolsonaro cortar a água aquecida da piscina dele

vc não está errado.
Nós todos, deliberadamente ou sem querer iremos jogar a economia pro outro.
Eu já economizo energia desde março pq no inverno minha conta sobe naturalmente devido ao frio. Agora no verão ventilador em alguns dias basta.

Por isso que FHC forçou goela abaixo. Só assim pra conseguir uma queda de consumo significativa na população. (Industria e comercio é +fácil economizar mas tem seu preço).

Logo veremos como será o efeito dessa estratégia de deixar a luz mais e mais cara pra todo mundo.
 

carlos222

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vc não está errado.
Nós todos, deliberadamente ou sem querer iremos jogar a economia pro outro.
Eu já economizo energia desde março pq no inverno minha conta sobe naturalmente devido ao frio. Agora no verão ventilador em alguns dias basta.

Por isso que FHC forçou goela abaixo. Só assim pra conseguir uma queda de consumo significativa na população. (Industria e comercio é +fácil economizar mas tem seu preço).

Logo veremos como será o efeito dessa estratégia de deixar a luz mais e mais cara pra todo mundo.
Se ele for fazer q nem o FHC melhor vc gastar mas energia.
 

carlos222

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FHC usou a energia do ano anterior a crise pra evitar esses truques. :kpisca
FHC aumentou a conta de luz de quem não diminuiu o consumo de energia. Resumindo quem economizava, gastava pouco se ferrou

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Setzer1

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E o pior é que o governo tem defendido esse tipo de fazendeiro ao invés de estimular os fazendeiros que querem se adequar as normas internacionais.
O que abriria o mercado ainda +pra exportações e melhora da qualidade da nossa comida. Tb menor uso de terra pq ela é estupidamente mal usada hoje. (de modo geral, tem gente usando tecnologia que não deve nem a Holanda mas eles são minoria).

E impediria episódios como o visto acima.

Quanto +degradado o ambiente +comum isso vai se tornar.

EUA levou quase 20 anos pra dar um fix nessas tempestades gigantes em 1920-40 porque lá chegou a proporções continentais tamanho o estrago que fizeram.
 
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