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Tópico da Crise de Energia 2021 [2022?]

Sgt. Kowalski

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Em pior crise hídrica dos últimos 90 anos, falta de água afeta moradores da região de Sorocaba




Represa de Itupararanga, que abastece mais de um milhão de pessoas na região de Sorocaba (SP), opera com 22% da capacidade total.


Em pior crise hídrica dos últimos 90 anos, falta de água afeta moradores da região de Sorocaba  — Foto: Reprodução/ TV Globo


Em pior crise hídrica dos últimos 90 anos, falta de água afeta moradores da região de Sorocaba — Foto: Reprodução/ TV Globo

Um dos maiores reservatórios de água do interior do estado de São Paulo está secando. Atualmente, a Represa de Itupararanga, que abastece mais de um milhão de pessoas na região de Sorocaba, opera com 22% da capacidade.

Essa é a pior de crise hídrica dos últimos 90 anos no estado e a falta de água já afeta a vida de mais de dois milhões de moradores. Os sistemas de abastecimento de água entraram em colapso em muitas cidades.

De acordo com o vice-presidente do Comitê das Bacias Hidrográficas do rio Sorocaba e do Médio Tietê, André cordeiro, a falta de chuvas afeta o abastecimento.

"As chuvas foram abaixo dos 40% da média histórica que a gente normalmente tem para essa região. Então fez com que a represa chegasse ao início do período de estiagem, em abril, com um volume muito baixo e isso só foi diminuindo de lá para cá."

Seca leva cidades paulistas a fazer rodízio no abastecimento de água


Seca leva cidades paulistas a fazer rodízio no abastecimento de água

Guardas municipais de Mairinque (SP) estão indo de casa em casa para alertar os moradores. Quem desperdiçar água, será multado em R$ 600.

Em Itu (SP), moradores reclamam que o rodízio não funciona. O esquema já dura três meses e não tem previsão para acabar. Em muitas casas, falta água para o básico.

Já em Bauru, o rodízio de água já dura seis meses e não deve acabar este ano. O Rio Batalha, que abastece 40% da cidade, está baixando cada dia mais.

Há um mês, moradores de Franca (SP) também estão com rodízio de água. A empresária Juliana Moretti conta que está amargando prejuízos.

"A gente está pensando sim em fazer um dia de folga geral para gente também dar uma pausa nesses gastos porque não tem como repassar isso ao cliente."

Veja mais noticias da região em g1 Sorocaba e Jundiaí


VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM







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Graças a Deus aqui em Jundiaí até outro dia estava em 70%. Fizeram ampliação da represa recentemente. Sem sinal de racionamento por enquanto. @Akita




Nossa cidade deveria servir de exemplo de planejamento.
Cidade boa, linda e cara. Só o @Jolteon fica com hate da melhor cidade do Brasil.
 

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Graças a Deus aqui em Jundiaí até outro dia estava em 70%. Fizeram ampliação da represa recentemente. Sem sinal de racionamento por enquanto. @Akita




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Interior de SP parece um país à parte. Oh lugar bom!
 

Sgt. Kowalski

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O fantasma do apagão: pior crise hídrica dos últimos 91 anos traz memórias de 2001
Especialistas discutem riscos de blecautes hoje e semelhanças e diferenças com o cenário de 20 anos atrás
Quando tudo ficou escuro, veio a angústia. Mas esse não é um texto sobre sofrimento ou saúde mental na pandemia: a escuridão foi literal. Na noite do último sábado de setembro, dia 25, boa parte de Salvador ficou sem luz por alguns minutos e a ilustradora Marília Vieira, 46 anos, não consegue descrever a sensação sem a palavra ‘medo’. “Eu já estava lendo as notícias a respeito, mas ainda não tinha internado essa possibilidade - de apagão”, diz.
Como estava fora de casa, veio o turbilhão de pensamentos.
“Era medo mesmo porque demorou um pouco para a luz voltar. Já estava com o ‘modo sobrevivência’ ativado para saber como retornar para casa em segurança, como subiria a escada sem elevador, se a geladeira tinha queimado, essas coisas”, conta, com a clareza de quem ainda tem a última grande crise energética do Brasil, em 2001, forte na memória, especialmente agora que o país enfrenta uma situação considerada pior por muitos especialistas.
Leia mais: Lenha para esquentar água, vela e roupa sem passar: como foi o apagão de 2001?
Juntou tudo: a lembrança do apagão de 2001, o temor que ronda o noticiário nacional há meses e o blecaute que acabara de acontecer. Na verdade, o problema não é só aqui. A China e a Europa também enfrentam crises energéticas, mas por razões diferentes. Para os chineses, é em decorrência da falta de carvão; no caso dos europeus, o preço do gás natural disparou.
No Brasil, a crise energética não costuma vir sozinha: pelo protagonismo das hidrelétricas, a crise hídrica não só vem junto como é uma das bases de tudo. E, agora, o país enfrenta a pior dos últimos 91 anos. “Ou seja, a pior de quase um século. Isso porque 65% de nossa energia é de aproveitamento hidráulico, vem da água. E nós dependemos muito do clima, do regime de chuvas”, explica o professor Jailson Andrade, do Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Energia e Ambiente.
À primeira vista, o problema de sábado não foi mesmo causado pela crise hídrica. A Neoenergia Coelba informou que houve um desligamento da subestação Matatu que provocou a interrupção temporária do fornecimento de energia em bairros de Salvador e da Região Metropolitana.
A subestação pertence à Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que normalizou a situação às 22h58, cerca de 40 minutos após o ocorrido. A Chesf, que havia dito no início da semana que investigaria as causas para o problema na subestação de Matatu, não se pronunciou.
Atenção
Mas, para a população, um evento como esse acaba gerando apreensão. "Quando rolou o apagão de sábado, a primeira coisa que pensei foi 'f*deu'. A gente sente que, se não foi agora, pode ser a qualquer momento", diz a cozinheira e empreendedora criativa Kátia Najara. Na hora do apagão, ela estava em casa, já deitada. De repente, não havia mais nenhum sinal de luz na região onde mora. "Tomei um baita susto. Achei que era alguma coisa muito séria, que poderia ser o início do caos".
Essa leitura não é fora de contexto, na avaliação do engenheiro químico Luciano Hocevar, professor de planejamento energético do curso de Engenharia de Energias da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
“Acho que foi uma falha pontual, mas a gente não deixa de ficar atento ou impressionado com isso, porque, no momento em que se começa a falar de apagão, acontece um apagão numa magnitude que fazia tempo que a gente não via. Nessa gestão, a gente não tem confiança nas informações”, pondera.
No entanto, não seria a primeira vez que uma falha no sistema - em qualquer trecho dele - provocou queda de energia ou até mesmo um blecaute por horas. Em agosto 2013, todo o Nordeste ficou no escuro depois de um incêndio em uma fazenda no Piauí, que afetou a transmissão. O blecaute durou mais de três horas.
Ainda assim, pode servir de aprendizado, como explica o professor Jailson Andrade, da Ufba. “Relacionar o sábado com a crise hídrica gera mais receio do que educa. O que precisamos deixar claro é que eventos desse tipo revelam o que pode vir a acontecer com frequência. Eles mostram a que situações estaremos expostos cada vez mais, se não resolvermos a crise hídrica e o abastecimento de energia”, reforça.
Ao mesmo tempo em que as informações sobre um possível apagão ainda estão um tanto desencontradas, muitas pessoas também não compreendem como a energia chega até a casa delas. Quando cai a luz, é fácil atribuir o problema à distribuidora - que, no caso da Bahia, é a Neoenergia Coelba.
No entanto, como explica a engenheira eletricista Antônia Cruz, professora de Engenharia Elétrica da Unifacs, existe um caminho de geração, transmissão e distribuição. A geração ocorre nos locais onde a energia é produzida, como as energias elétricas ou os parques eólicos. No caso das hidrelétricas, a Chesf é uma das que faz a transmissão e a Neoenergia Coelba é a distribuidora.
"Dentro da própria estrutura, há segmentos, por exemplo, a Coelba recebe energia da transmissão e a partir daí, faz a distribuição para cada zona, cada bairro. Quando falta energia na minha casa, faço sempre a relação com a distribuidora. Mas se houve um problema no gerador, lá em (usina de) Sobradinho, vai afetar uma zona maior", explica Antônia.
De volta ao passado
Durante algumas horas do dia, tudo era desligado. Aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos não ficavam nem mesmo na tomada.Banhos tinham que ser rápidos ou o chuveiro elétrico desligado permanentemente. À noite, famílias viviam à base de vela. Era a regra em todo o país: ou reduzia-se o consumo da casa em pelo menos 20% ou a energia seria cortada por três dias.
Nas ruas, tudo ficou mais escuro. Pelo menos um terço das lâmpadas foi apagada. Essas são algumas das memórias do apagão de 2001 - a crise energética que levou a um racionamento de maio daquele ano até fevereiro de 2002. Agora, volte para 2021, exatamente duas décadas depois e imagine que faltou energia em casa. O desespero é outro.
Você pega o celular e a primeira coisa que faz é checar se o problema é só na sua área ou afeta mais gente. Nos grupos de Whatsapp, tem mais alguém assim? No Twitter, Instagram e Facebook, já tem gente postando fotos e vídeos da cidade às escuras? Daí vem o pesadelo: a bateria do celular está acabando. Se usá-lo como lanterna, vai embora mais rápido ainda.
A pandemia conseguiu acentuar o que já era um fenômeno sem precedentes: a dependência da energia elétrica. Lives, home office, aulas online, transações bancárias. Até os cinemas, fechados por meses, deram ainda mais força aos serviços de streaming. De repente, surge a possibilidade de que tudo isso seja interrompido com frequência em algum momento do dia.
“Se ocorrer esse apagão, vai ser muito mais impactante do que foi há 20 anos”, diz o engenheiro químico Luciano Hocevar, professor do curso de Engenharia de Energias da UFRB. “A gente tem muito mais necessidade de energia elétrica do que tinha naquela época. Vimos como foi no Amapá, as pessoas desesperadas para carregar um celular. E não podemos esquecer que ainda estamos no meio da pandemia”, acrescenta, citando o blecaute que durou mais de 20 dias e atingiu 13 das 16 cidades amapaenses no ano passado.
O fato é que, 20 anos depois, o tal fantasma do apagão voltou a assustar - não apenas os pontuais que vivemos ao longo desse tempo. É o apagão de 2001, quando a crise hídrica foi considerada menos grave do que agora. Em nota enviada à reportagem na última sexta-feira (1º), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que segue com as medidas técnicas e operacionais cabíveis para manter a continuidade do atendimento.
“Mesmo considerando a sensível situação hídrica que atualmente enfrentamos, não haverá racionamento em 2021”, asseguram. No entanto, esta semana, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que "não poderia garantir" que não haverá apagão, citando estudos feitos pelo governo que mostrariam que não vai faltar energia.
Riscos
Sem garantias de que não haverá blecautes, quais são os riscos? Para o engenheiro eletricista Adeon Pinto, doutor em Engenharia Elétrica e professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, a situação em 2001 era muito mais crítica. Só que as incertezas vêm justamente porque é possível chegar a esse patamar. Se as chuvas não vierem a partir deste mês e até novembro, será ainda mais preocupante.
"É lógico que estamos, por enquanto, em um estágio melhor, mas a gente está dependendo das condições climáticas. A gente não está livre de um apagão", diz.
Não adianta chover em qualquer lugar - a chuva deve acontecer preferencialmente no Sudeste. É lá que estão as nascentes dos rios que formam as maiores bacias, inclusive a do São Francisco, aqui do Nordeste.
Ao mesmo tempo, a economia no início dos anos 2000 estava entrando em um ciclo de aquecimento - não é o caso agora. A performance da economia está diretamente ligada à necessidade de energia elétrica. Quanto maior o crescimento de um país, mais ele vai precisar investir em geração de energia.
Entre 1980 e 2000, o investimento em capacidade instalada para geração de energia foi bem menor do que entre 2000 e 2020. Só que, agora, o Brasil também vive uma crise econômica. "Hoje, a gente tem uma crise que pode não levar a esse consumo de energia disponível. Eu diria que o risco (de apagão) talvez seja menor, mas depende da gestão desses recursos. A gente não tem confiabilidade das informações", diz o professor Luciano Hocevar, da UFRB.
Matriz
Quando o apagão de 2001 estourou, o Brasil não tinha alternativas: 90% da matriz energética era de hidrelétrica. Ou seja, estava muito suscetível às mudanças climáticas. O percentual restante era principalmente de usinas termelétricas, enquanto a participação de outros tipos de energia era praticamente irrelevante.
"Tínhamos uma dependência maior", diz a engenheira eletricista Antônia Cruz, mestra em Energia e professora da Unifacs. Existia uma lentidão para diversificar a matriz, então o governo compensou de outras formas. Houve incentivo para que as pessoas investissem em eficiência energética, como o clássico exemplo da troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes (aviso aos leitores: atualmente, as lâmpadas de LED já são consideradas mais econômicas).
"Hoje você tem menos dependência, mas ainda tem as termelétricas no processo. Cadê as nossas energias renováveis? Mas pergunto: é nas crises que precisamos ter um movimento maior? Por que essas decisões não são tomadas durante o processo, já que desde 2020 já se sabia que o nível dos reservatórios estava baixo?", questiona a professora.
Para Antônia, um racionamento nos moldes como o de 2001 não deve acontecer. Por outro lado, a bandeira vermelha 2, que ficará ativa até 30 de abril de 2022, já representaria um racionamento por preço, que obriga o controle. "As termelétricas são mais caras e isso é repassado aos consumidores”.
Atualmente, 35% da capacidade instalada de geração de energia no país vem de matrizes que não são hidrelétricas. No entanto, a produção de energia por hidrelétricas não tem conseguido se manter nesses níveis. Pela falta de chuvas, a geração de energia eólica, solar e térmica atingiu níveis recordes em agosto, quando as hidrelétricas ficaram com cerca de 50% do total. Essa tendência deve continuar. Só para dar uma ideia, uma das principais represas do país, a de Furnas, registrou o pior índice para um mês de setembro nos últimos 20 anos - 14,48% no último dia 25.
Para o professor Jailson Andrade, da Ufba e coordenador do INCT Energia e Gás, essa queda não é uma surpresa. Não aconteceu de uma hora para outra. O baixo nível dos reservatórios não pode ser dissociado das mudanças climáticas, que têm tido previsões cada vez mais sólidas quanto à devastação ambiental.
"Se olharmos o mapa do Brasil, um dos grandes provedores de água é a Floresta Amazônica. Se você diminui a floresta, diminui a quantidade de água que vai para a atmosfera", explica. O desmatamento da Amazônia Legal entre agosto de 2020 e julho de 2021 já é o maior dos últimos 10 anos, tendo sido 57% mais alto do que no ano anterior.
Ao mesmo tempo, a segunda maior usina brasileira, a de Belo Monte, não tem funcionado como deveria. Na semana passada, ela operava apenas com meia turbina - tendo 18. Segundo o professor Luciano Hocevar, da UFRB, ela foi projetada para funcionar de uma forma e depois foi moldada para operar sem reservatório, apenas a fio d'água.
"Acabaram cedo a pressões várias e acho que foi um erro. A usina custou muito caro e acaba não gerando tudo que poderia gerar", afirma.
No entanto, a situação energética brasileira poderia estar ainda pior hoje, sem Belo Monte, como pondera o professor Adeon Pinto, da Univasf.
"A questão é que a gente tem um déficit. Nosso consumo aumenta todo ano. O que ela está gerando é justamente para suprir o crescimento anual". Belo Monte foi a última grande hidrelétrica inaugurada no Brasil, em 2016.
Ventos da Bahia
Um dos maiores investimentos na matriz energética brasileira foi da energia eólica. Hoje, ela já responde por 11% da capacidade instalada no país. Nesse contexto, a Bahia se destaca - é o estado com o maior número de parques eólicos e tem a segunda maior produção no ranking nacional, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte.
Aqui, são 201 parques eólicos com uma potência de 5.267,8 MW. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABBEólica), 94,4% da energia consumida no subsistema Nordeste havia vindo de eólicas, em 6 de agosto de 2020. O Brasil, que era o 15º maior produtor de energia eólica em 2012, passou ao sétimo lugar no mundo, em 2019.
De acordo com a presidente da entidade, Elbia Gannoum, esse crescimento aconteceu porque a energia eólica se tornou mais competitiva no país. Até 2009, as fontes renováveis não eram competitivas. Naquela época, a energia eólica custava seis vezes o valor da energia hidrelétrica. Já naquele ano, ela passou a custar o dobro.
"Eu estava no governo quando fizemos o primeiro programa de energia eólica do país, o Proinfa (de 2002). Instalamos 1,4 mil megawatts em caráter experimental e foi importante para mostrar onde estavam os potenciais eólicos, como no Nordeste", lembra ela, que trabalhou no governo federal nas administrações de Lula e FHC.
Hoje, a eólica já é a fonte de energia mais barata do país, assim como a energia solar.
"Isso mostra o quanto a diversificação da matriz está ocorrendo no Brasil. Ainda somos muito dependentes, porém, essa dependência é menor, principalmente pela participação da energia eólica", acrescenta.
No entanto, como o sistema de energia é interligado em todo o país, não necessariamente o que é produzido no Nordeste será consumido aqui. Além disso, assim como a energia solar não é gerada durante a noite, a eólica também é intermitente.
"Por isso a gente precisa também ter uma energia permanente, regular. Ela não pode ser montada em qualquer lugar, pela condição do mundo e não pode ser armazenada. No momento que ela gera energia, tem que botar na rede", explica o professor Luciano Hocevar.
Problemas interligados
Se é difícil pensar em como ficaria a vida em casa em um racionamento em 2021, o mesmo ocorre com outros setores. Áreas como indústria e comércio, na verdade, são quem demanda 70% da energia - apenas 30% é residencial.
Nas indústrias, o impacto foi relevante, segundo o gerente de estudos técnicos da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Ricardo Kawabe. "Se você corta 10, 15% do que utiliza numa indústria, seria deixar de produzir. A energia é vital na indústria porque, sem ela, as máquinas não rodam", reforça.
No entanto, ele acredita que, mesmo que ocorra um racionamento como o de 2001 hoje, o impacto no setor seria menor. "Não foram só o governo e os operadores do sistema que aprenderam. As indústrias também. Hoje, as grandes empresas e até algumas menores são contratantes de autogeradores de energia", diz. Se houvesse a restrição, portanto, o impacto seria indireto - aconteceria através dos consumidores, assim como foi na pandemia.
No comércio, a conta de energia já costuma ter um peso grande. De 2019 para 2020, a energia já passou de 15% para 28% do custo dos pequenos negócios, segundo uma pesquisa do Sebrae. "Em tempos de economia aquecida, eles repassam o custo para os clientes e já é complicado. Agora, com a baixa economia, transferir o custo pode ser fatal, uma vez que o nível de consumo ainda não se recuperou", diz a gestora do Sebrae Energia, Aline Lobo.
Por isso, a recomendação do Sebrae é que os pequenos empresários também busquem saídas para aumentar a eficiência energética. "Muitas vezes, é possível diminuir o desperdício com medidas simples. Às vezes, a troca de lâmpadas ou o aumento da iluminação natural já trazem resultados significativos na conta no fim do mês", completa Aline.
Além disso, medidas que foram tomadas em 2001 poderiam ter consequências até nos índices de criminalidade das cidades. Diferentes estudos já demonstraram que a iluminação pública costuma ser um dos principais fatores para o aumento da sensação de insegurança ou diminuição da sensação de insegurança, como aponta o professor Sandro Cabral, do Insper e da Escola de Administração da Ufba.
"O que a gente pode afirmar é que, se reduzir a intensidade da iluminação em Salvador, a chance de aumentar crimes é grande. Não é só no Brasil. É um fenômeno mundial que mostra a irresponsabilidade de governos que deixam a coisa acontecer por falta de investimento e botam a culpa na estiagem, que é um processo cíclico. Você tem uma questão social e econômica da energia", argumenta.
Acompanhamento
Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que, desde outubro de 2020, tem adotado medidas para mitigar o impacto da crise no setor elétrico. “Por meio de um acompanhamento permanente realizado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), estão sendo tomadas medidas tanto para aumentar a oferta de energia quanto para reduzir o consumo”, dizem.
O MME citou ações como o acionamento de mais termelétricas, importação de energia, entrada em operação de novos empreendimentos de geração e de transmissão, flexibilização de restrições de defluência mínima e de armazenamento mínimo em reservatórios de usinas hidrelétrica, programas de redução voluntária da demanda e do consumo e campanhas de consumo consciente de energia.
Em setembro, o órgão lançou o programa de bonificação para redução do consumo, previsto para valer até dezembro. Pelo projeto, quem reduzir o consumo em 10%, em relação à média consumida em 2020, receberá um bônus de R$ 50 para cada 100 kWh.
 


Jolteon

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Interior de SP parece um país à parte. Oh lugar bom!
Tem exceções.

As regiões de São Carlos/Araraquara, Jundiaí, algumas cidades da região de Campinas (Vinhedo, Valinhos) realmente são bons lugares.

Sorocaba já foi melhor, hoje é uma mini SP com salário mais baixo e custo de vida mais elevado (tirando aluguel). Com os mesmos problemas (infestação de mendigos, cracudos...).

Ribeirão Preto é sitiada pela criminalidade.

A verdade é que já passou a época em que interior era sinônimo de tranquilidade. Vide o que fizeram em Araçatuba e Botucatu.
 

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Ribeirão Preto é sitiada pela criminalidade.

A verdade é que já passou a época em que interior era sinônimo de tranquilidade. Vide o que fizeram em Araçatuba e Botucatu.
Vinhedo/Louveira parecem diferenciados. Tem uma galera com muita $$$ por lá e sempre vejo umas gatinhas nos app (é aqui do lado). Só odeio Louveira pq tem lombada a cada 50 metros. Vai dirigir à noite lá :klol

Se não me engano Vinhedo tem uns mercados só de coisa importada. Coisa que não vejo aqui em Jundiaí que é bem mais rica.

Louveira é top 4 PIB per capita.

217042

No geral essas cidades são refugio dos magnatas das metrópoles Campinas/São Paulo.
 
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João Ninguém

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Vinhedo/Louveira parecem diferenciados. Tem uma galera com muita $$$ por lá e sempre vejo umas gatinhas nos app (é aqui do lado). Só odeio Louveira pq tem lombada a cada 50 metros. Vai dirigir à noite lá :klol

Se não me engano Vinhedo tem uns mercados só de coisa importada. Coisa que não vejo aqui em Jundiaí que é bem mais rica.

Louveira é top 4 PIB per capita.

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No geral essas cidades são refugio dos magnatas das metrópoles Campinas/São Paulo.

vinhedo é foda mesmo. galera lá, com exceção da capela, tem bastante grana msm. muito condomínio de alto padrão. tem os mercados infanger, vendem bastante coisas caras importadas.

louveira é massa tbm, tem a parte rural da cidade que é cheia de chácara. lugar bem tranquilo.
 

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Crise de energia global pode agravar escassez na América do Sul | InfoMoney
energia-eletrica.jpg

(Bloomberg) — A crise de energia global está prestes a atingir a América do Sul, onde a seca histórica leva a região a buscar alternativas para o colapso na geração hidrelétrica.

O Brasil está à beira de um racionamento de energia e grandes apagões, e precisará se apoiar muito na importação de suprimentos do Uruguai e da Argentina ao longo do próximo mês, até o início da estação chuvosa e reabastecimento das represas. Isso deve sobrecarregar todo o continente, pois países como Chile também esperam contar com o gás argentino para enfrentar a própria crise hídrica.

A América do Sul, em muitos aspectos, tem estado em vantagem no que diz respeito à transição energética. O Brasil se apoia em usinas hidrelétricas há décadas e normalmente usaria a fonte para mais de 60% da eletricidade do país. Mas a mudança climática interfere nessa dinâmica à medida que secas prolongadas e cada vez piores atingem a região, tornando a energia hidrelétrica cada vez menos confiável.

Agora o continente terá que competir pelo gás natural como combustível alternativo, da mesma forma que muitos países, com Europa e China também diante da escassez de energia.

Com o aumento da demanda de exportação, os preços do gás dispararam. Os contratos futuros negociados em Nova York mais do que dobraram este ano. Na Ásia, os preços do gás natural liquefeito, que é exportado ao redor do mundo, multiplicaram por cinco vezes desde abril, para um recorde.

O momento não poderia ser pior. A América do Sul ainda tenta superar o choque econômico da pandemia, e o aumento das despesas com alimentos e eletricidade pode agravar a pobreza e acelerar a emigração para os Estados Unidos e outras nações ricas. A crise de energia se tornou uma grande dor de cabeça política para o presidente Jair Bolsonaro, cuja popularidade despenca antes das eleições no próximo ano.

“Pode haver uma corrida populista” para baixar os custos, disse Schreiner Parker, vice-presidente para a América Latina da consultoria Rystad Energy.

O nível dos reservatórios de hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que representam quase três quartos da capacidade instalada do Brasil, caiu para 17% da capacidade em meio à pior seca em 91 anos. O volume de geração de energia da Itaipu Binacional está no patamar mais baixo desde 1993 em uma base anualizada.

Ainda assim, a situação energética da América Latina não é uniforme. Enquanto no Brasil e Chile a crise é mais acentuada, a Colômbia tem energia de sobra. Devido ao evento climático La Niña, que aumentou o volume de chuvas no nordeste da América do Sul, o nível das represas colombianas subiu para uma máxima histórica de 86%, quase o dobro do registrado há um ano. A geração hidrelétrica responde por até três quartos da matriz energética do país.

“Isso significa que o preço da eletricidade tem sido basicamente zero nos últimos três meses no mercado à vista à vista”, disse o ministro de Minas e Energia da Colômbia, Diego Mesa, em entrevista na quinta-feira na sede da Bloomberg em Nova York.
Mas, para o Brasil e outros países, a situação pode ficar ainda mais desafiadora.

La Niña
O La Niña deve atrasar a estação chuvosa no cone sul do continente e tornar 2022 um ano ainda mais difícil para a energia hidrelétrica. Há mais de 70% de probabilidade de que o La Niña, causado por variações nas temperaturas da superfície do oceano, se forme no Pacífico Equatorial entre novembro e janeiro, disse o Centro de Previsão do Clima dos EUA no início de setembro.
Isso quase certamente significaria outro período de seca tanto para o oeste dos Estados Unidos, quanto para o sul do Brasil e Argentina. As regiões foram atingidas por um La Niña no final de 2020 e início de 2021.
“Esta é minha maior preocupação”, disse Gabriel Dufflis, analista-chefe da equipe de pesquisa para o setor elétrico do Brasil da Wood Mackenzie. “Se isso acontecer, começaremos mal a estação seca de 2022.”
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Hitmanbadass

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Tem exceções.

As regiões de São Carlos/Araraquara, Jundiaí, algumas cidades da região de Campinas (Vinhedo, Valinhos) realmente são bons lugares.

Sorocaba já foi melhor, hoje é uma mini SP com salário mais baixo e custo de vida mais elevado (tirando aluguel). Com os mesmos problemas (infestação de mendigos, cracudos...).

Ribeirão Preto é sitiada pela criminalidade.

A verdade é que já passou a época em que interior era sinônimo de tranquilidade. Vide o que fizeram em Araçatuba e Botucatu.

Nunca fui para São Carlos e estou pleiteando um projeto onde talvez tenha que ir para lá passar alguns dias por mês, vc conhece bem a cidade? É boa mesmo?
 

Jolteon

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Nunca fui para São Carlos e estou pleiteando um projeto onde talvez tenha que ir para lá passar alguns dias por mês, vc conhece bem a cidade? É boa mesmo?
É boa sim, tem bastante opção e é mais tranquila.

Não conheço tão bem mas sei que é muito boa.
 

Akita

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vinhedo é foda mesmo. galera lá, com exceção da capela, tem bastante grana msm. muito condomínio de alto padrão. tem os mercados infanger, vendem bastante coisas caras importadas.

louveira é massa tbm, tem a parte rural da cidade que é cheia de chácara. lugar bem tranquilo.
Qual que é dessa Capela? Tem um monte de casa em condomínio, lá.

Não parece ser zoado. É só a parte "baixa" da cidade?
 

Johnzim

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Vinhedo/Louveira parecem diferenciados. Tem uma galera com muita $$$ por lá e sempre vejo umas gatinhas nos app (é aqui do lado). Só odeio Louveira pq tem lombada a cada 50 metros. Vai dirigir à noite lá :klol

Se não me engano Vinhedo tem uns mercados só de coisa importada. Coisa que não vejo aqui em Jundiaí que é bem mais rica.

Louveira é top 4 PIB per capita.

Visualizar anexo 217042

No geral essas cidades são refugio dos magnatas das metrópoles Campinas/São Paulo.
Presidente Kennedy e Canaã dos Carajás não tem NADA.
Aliás, Kennedy, eu acompanho mais e tem uma coisa: prefeito e vereador envolvido em corrupção o tempo todo.
Estas duas cidades só têm dinheiro por causa dos royalties, sendo a do ES proveniente da extração de petróleo e a do PA vindo do minério de ferro.
 

Insane Metal

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Crise de energia global pode agravar escassez na América do Sul | InfoMoney
energia-eletrica.jpg

(Bloomberg) — A crise de energia global está prestes a atingir a América do Sul, onde a seca histórica leva a região a buscar alternativas para o colapso na geração hidrelétrica.

O Brasil está à beira de um racionamento de energia e grandes apagões, e precisará se apoiar muito na importação de suprimentos do Uruguai e da Argentina ao longo do próximo mês, até o início da estação chuvosa e reabastecimento das represas. Isso deve sobrecarregar todo o continente, pois países como Chile também esperam contar com o gás argentino para enfrentar a própria crise hídrica.

A América do Sul, em muitos aspectos, tem estado em vantagem no que diz respeito à transição energética. O Brasil se apoia em usinas hidrelétricas há décadas e normalmente usaria a fonte para mais de 60% da eletricidade do país. Mas a mudança climática interfere nessa dinâmica à medida que secas prolongadas e cada vez piores atingem a região, tornando a energia hidrelétrica cada vez menos confiável.

Agora o continente terá que competir pelo gás natural como combustível alternativo, da mesma forma que muitos países, com Europa e China também diante da escassez de energia.

Com o aumento da demanda de exportação, os preços do gás dispararam. Os contratos futuros negociados em Nova York mais do que dobraram este ano. Na Ásia, os preços do gás natural liquefeito, que é exportado ao redor do mundo, multiplicaram por cinco vezes desde abril, para um recorde.

O momento não poderia ser pior. A América do Sul ainda tenta superar o choque econômico da pandemia, e o aumento das despesas com alimentos e eletricidade pode agravar a pobreza e acelerar a emigração para os Estados Unidos e outras nações ricas. A crise de energia se tornou uma grande dor de cabeça política para o presidente Jair Bolsonaro, cuja popularidade despenca antes das eleições no próximo ano.

“Pode haver uma corrida populista” para baixar os custos, disse Schreiner Parker, vice-presidente para a América Latina da consultoria Rystad Energy.

O nível dos reservatórios de hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que representam quase três quartos da capacidade instalada do Brasil, caiu para 17% da capacidade em meio à pior seca em 91 anos. O volume de geração de energia da Itaipu Binacional está no patamar mais baixo desde 1993 em uma base anualizada.

Ainda assim, a situação energética da América Latina não é uniforme. Enquanto no Brasil e Chile a crise é mais acentuada, a Colômbia tem energia de sobra. Devido ao evento climático La Niña, que aumentou o volume de chuvas no nordeste da América do Sul, o nível das represas colombianas subiu para uma máxima histórica de 86%, quase o dobro do registrado há um ano. A geração hidrelétrica responde por até três quartos da matriz energética do país.

“Isso significa que o preço da eletricidade tem sido basicamente zero nos últimos três meses no mercado à vista à vista”, disse o ministro de Minas e Energia da Colômbia, Diego Mesa, em entrevista na quinta-feira na sede da Bloomberg em Nova York.
Mas, para o Brasil e outros países, a situação pode ficar ainda mais desafiadora.

La Niña
O La Niña deve atrasar a estação chuvosa no cone sul do continente e tornar 2022 um ano ainda mais difícil para a energia hidrelétrica. Há mais de 70% de probabilidade de que o La Niña, causado por variações nas temperaturas da superfície do oceano, se forme no Pacífico Equatorial entre novembro e janeiro, disse o Centro de Previsão do Clima dos EUA no início de setembro.
Isso quase certamente significaria outro período de seca tanto para o oeste dos Estados Unidos, quanto para o sul do Brasil e Argentina. As regiões foram atingidas por um La Niña no final de 2020 e início de 2021.
“Esta é minha maior preocupação”, disse Gabriel Dufflis, analista-chefe da equipe de pesquisa para o setor elétrico do Brasil da Wood Mackenzie. “Se isso acontecer, começaremos mal a estação seca de 2022.”
Especialistas certificados das maiores corretoras do Brasil ensinam como ir do básico à renda extra crescente operando como trader na Bolsa de Valores. Inscreva-se Grátis.
Amigues, posta o link pls
 

Zefiris Metherlence

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O vulcão nas Ilhas Canárias parece ter lançado na atmosfera cerca de 250.000 toneladas de dióxido de enxofre (SO2). Só não achei dados sobre a altura disso.

Vale salientar que vulcões que emitem muito enxofre, o próprio se combina com o vapor de água na estratosfera para formar densas nuvens de gotículas de ácido sulfúrico. Essas gotículas podem levar vários anos para sumir e são capazes de diminuir as temperaturas na troposfera porque absorvem a radiação solar e reflete-as de volta ao espaço.

Considerando que a Antártida bateu recorde de frio este ano (desde que começou as medições em 1957) e a La Niña está para virar a esquina, ano que vem está prometendo ser um ano gélido.
Mas esse frio pode acabar não ajudando muito no nosso deficit hidrico.
 

OUTKAST

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Gas prices in the UK surged by 40% on the day to a new all-time high as Europe’s energy crisis deepens.

 

Sgt. Kowalski

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Brasil, Europa e China têm crises energéticas com causas diferentes; entenda
O Brasil não é o único que passa por uma crise energética atualmente. Na China, por exemplo, o nordeste do país já registrou apagões devido à falta de carvão, principal fonte energética da nação.
Na Europa, os preços do gás natural dispararam, gerando um risco de escassez em meio à proximidade do inverno no continente, onde o gás também é usado para abastecer os sistemas de aquecimento.
As três crises ocorrem em meio a um processo de retomada da economia mundial com o avanço da vacinação, e ameaçam as cadeias produtivas e de fornecimento em todo o mundo. Mas há alguma relação entre essas crises?

No Brasil, a água
A crise energética brasileira ocorre em decorrência de outra crise, a hídrica. Classificada como a pior em mais de 90 anos, a falta de chuvas, ligada às mudanças climáticas, levou os reservatórios de usinas hidrelétricas a níveis muito baixos.
Principal fonte de energia na matriz do país, a baixa produção das hidrelétricas precisou ser compensada pelo acionamento das usinas termelétricas, que operam principalmente com gás natural. Por terem um custo de operação maior, as contas de energia dispararam no país, com uma nova bandeira tarifária e incentivos à economia de energia.
A crise ocorre exatamente no momento em que o país começa o processo de recuperação e reabertura da economia após a pandemia. Esse contexto resulta em uma alta no consumo de energia, o que piora ainda mais a situação.
Na China, o carvão
Já a segunda maior economia do mundo tem outro “vilão” em sua crise energética: o carvão. Principal componente da sua matriz energética, a China tem tentado se tornar mais verde, com leis para diminuir a emissões de gases de efeito estufa e reduzir o uso do carvão, substituindo o minério principalmente pelo gás natural e reduzindo importação e mineração.
Entretanto, as indústrias do país ainda possuem uma dependência grande. No cenário de retomada global, com expansão da demanda, elas precisaram aumentar a produção. Isso significa mais produção de energia, via carvão.
A grande procura esbarrou em uma escassez de suprimento de carvão e com exigências de que as províncias utilizem menos o mineral, o que fez os preços dispararem. Apenas nesta terça-feira (28), os contratos futuros de carvão termal subiram 7%, atingindo um recorde de US$ 204,76 por tonelada.
Mina de carvão
China tem tentado reduzir a mineração e importação de carvão / Unsplash/ Dominik Vanyi
Com menos carvão, regiões do país já começaram a estabelecer racionamento de energia, e o nordeste do país passou por apagões. Algumas províncias já pedem para que o governo aumente as importações do mineral, de modo a evitar novos apagões para indústrias e residências.
O racionamento de energia pode criar dores de cabeça para a cadeia de suprimentos de tecnologia. Nesta semana, empresas responsáveis por fornecer chips para a Apple a Tesla informaram que suspenderam a produção em algumas fábricas devido às restrições de uso de energia.
Os apagões e racionamentos também reduziriam a produção industrial, o que deve afetar as cadeias de fornecimento de diversos produtos.
Se persistir, o cenário deve ter um impacto global. As previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China já começaram a ser reduzidas.
O contexto por trás das crises
Virgina Parente, professora do IEE-USP, afirma que a atual crise energética no Brasil está ligada à seca e as mudanças climáticas, enquanto as crises na Europa e China envolvem questões de oferta e demanda.
“O carvão é o combustível mais usado no mundo para gerar energia elétrica, e está atingindo recordes de preço por algumas razões. O evento La Niña no Pacífico aumentou a quantidade de chuvas e causou inundações em minas de carvão em países produtores na Ásia, em especial na Indonésia”, disse Parente.
“Outros produtores como Colômbia e África do Sul também estão com problemas na produção devido à pandemia e problemas de infraestrutura. A Austrália, outro importante produtor, está com restrição do ritmo de produção devido aos acordos climáticos, e a China parou de importar carvão de lá”, afirmou.
Segundo a professora, essa limitação do suprimento faz com que as plantas de gás estejam sendo extremamente demandadas. “Na Europa, o maior fornecedor de gás é a Rússia, mas ela está sob sanções dos Estados Unidos, então não consegue aumentar o suprimento de gás igual antes”.
“É uma questão de curto prazo. Acho que a tendência de longo prazo é de acomodação, de a La Niña ir embora, de outras negociações na Europa para aumentar a oferta por outros fornecedores e de consumo menor de energia. Mas a Europa está ingressando no inverno, onde a demanda por energia sobe muito para calefação, isso inclui também Estados Unidos, Canadá e Japão, então vai ter pressão de demanda e preço da energia subindo”, diz.
A professora afirma que esse choque de preços pode chegar no Brasil, mas com defasagem e em uma intensidade menor, já que aqui os preços do gás dependem também dos preços do petróleo.
Lavinia Hollanda, diretora-executiva da Escopo Energia, diz que os efeitos da crise devem ser mais intensos pensando na China, que tem sido bastante afetada pela falta de carvão, o que pode levar a uma falta de produtos e efeitos nas cadeias mundiais. Se a economia do país desacelerar, os efeitos negativos teriam um nível global.
“Esse cenário deve ser de curto prazo, mas sempre tem efeitos que perduram a longo prazo, mas é difícil projetar. De toda forma, a emergência climática vai acontecer, mas contamos com inovações tecnológicas para ajudar o processo”, diz Hollanda.
 

Sgt. Kowalski

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Como a falta de chuva e a pressão paraguaia afetam o futuro da usina de Itaipu
A usina de Itaipu, a maior geradora de energia elétrica do mundo, prepara-se para um “novo normal”. A hidrelétrica completa 50 anos em maio de 2024 e passa por uma fase de replanejamento para um novo cenário que se impõe: mudanças climáticas, independência da Eletrobras e dívida paga.

Na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, Itaipu foi construída de 1974 a 1982 em uma parceria dos governos dos dois países, que na época viviam sob ditaduras. O acordo assinado em 1973 trata da construção da usina e das diretrizes do funcionamento dela, incluindo as condições financeiras.

Na prática, o que especialistas e o próprio comando de Itaipu esperam é que a usina passe a vender energia mais barata ao Brasil em seu pós-50 (leia mais abaixo). No entanto, ainda há variáveis em aberto nessa equação, assim como existem chances de a hidrelétrica reduzir a quantidade de energia gerada anualmente devido à crise hídrica, cujo término ainda não aparece num futuro próximo.

Em 2020, Itaipu gerou 76.382 gigawatts-hora (GWh) em energia elétrica. Foi, sozinha, responsável por suprir 10,8% de toda energia consumida pelo Brasil no ano. No Paraguai, ela abastece 85% da energia consumida.
Contudo, tanto o volume de energia gerada quanto a participação da hidrelétrica no suprimento de energia do mercado brasileiro já foram maiores. Em 2016, a usina estabeleceu seu recorde anual de geração de energia: foram 103.098 GWh gerados, fornecendo 16,8% da energia consumida no país.
A baixa recente na geração, segundo a própria Itaipu, tem a ver com a falta de chuvas. Dados tabulados pela administração da usina apontam que 2020 foi o ano mais seco da história da hidrelétrica, com 30% menos água afluindo para seu reservatório.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o ano de 2021 deve ser ainda pior em termos de geração de energia também por conta da questão climática. Em julho, a usina gerou 2.772 GWh. No mesmo mês de 2020, haviam sido 4.532 GWh. Já em julho de 2016, foram 7.938 GWh.
Segundo Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), todas as hidrelétricas do país sofrem com a escassez de chuvas. Tanto é assim que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou no final de agosto um aumento nas contas de luz por causa do problema.
O aumento é temporário e deve durar até 30 de abril do ano que vem. Para Castro, entretanto, a falta de chuvas é resultado de mudanças climáticas que não devem ser passageiras. No “novo normal” de Itaipu, portanto, o fator água – ou a falta dela — já deve estar contabilizado nas previsões de geração de energia da hidrelétrica.
ARTE-01-01.jpg
CNN
“A crise hídrica é resultado do aquecimento global e do desmatamento na Amazônia. Isso não tem solução imediata”, alerta o especialista.
Itaipu diz que tem trabalhado para aumentar a eficiência e gerar cada vez mais energia com a mesma quantidade de água que passa pelas turbinas. Informa que também está investindo no plantio de árvores e na preservação da mata no entorno do reservatório para que cada vez mais água chegue até ele.
Nem a usina nem Castro sabem, porém, quanto a escassez de água vai durar e impactar a hidrelétrica em longo prazo. O professor não acredita que Itaipu deixará de ser relevante para o mercado energético do Brasil, mas é pessimista. “Ela vai gerar menos.”
Luiz Barata, ex-diretor do ONS e com passagem pela própria Itaipu, ratifica a previsão: “Há uma mudança climática. Com menos chuva, menos água e menos energia.”
Quitação de empréstimo pode baixar o preço da energia
Apesar de menor, a energia gerada por Itaipu tende a ficar mais barata no futuro — muito mais barata, inclusive. Segundo cálculos do Ministério de Minas e Energia, o preço do MWh (megawatt-hora) produzido pela hidrelétrica deve cair de R$ 349 para R$ 124 a partir de 2023 — redução de quase 70%, o que deve derrubar as contas de luz de consumidores comuns do país em mais de 4%.
O motivo é simples: em 2023, Itaipu termina de pagar o empréstimo tomado para sua construção, iniciada em 1973. As parcelas do financiamento custam por ano US$ 2 bilhões (mais de R$ 10 bilhões na cotação atual) à usina. E esse valor representa cerca de 70% do orçamento anual da hidrelétrica.
Como Itaipu não tem fins lucrativos, a expectativa do governo é que toda essa “folga” no orçamento seja transferida para o custo da energia e, consequentemente, para o consumidor. Quem acompanha o assunto, no entanto, diz que essa transferência não é garantida e pode não ser tão grande quanto a estimada.
Isso porque, junto com o fim da dívida, está previsto o fim da validade do acordo financeiro firmado entre Brasil e Paraguai para a construção da hidrelétrica, estabelecido no Anexo C do Tratado de Itaipu. O documento estabelece regras para compra e venda de energia da usina pelos dois países.
ARTE-1-03-03.jpg
CNN
Brasil e Paraguai têm, cada um, direito à metade de toda energia gerada por Itaipu. Historicamente, no entanto, o Paraguai consome só 20%. O Brasil não só usa toda a cota a que tem direito como compra a parte não utilizada pelo Paraguai. Consome, portanto, cerca de 80% do total.
Para Gustavo Manfrim, subsecretário de Energia do Ministério da Economia, a renegociação do anexo traz oportunidades para o Brasil. Ele dá como certa a redução da tarifa de Itaipu em razão do pagamento da dívida. Ainda espera que o governo brasileiro consiga que o preço da energia da Itaipu deixe de ser calculado em dólar e que a usina também passe a abastecer grandes indústrias, vendendo energia no chamado mercado livre.
Também ex-diretor da ONS, Maurício Tolmasquim, professor do Programa de Planejamento Energético da Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ, não é tão otimista.
Ele diz que a negociação de um novo anexo é complexa pois envolve questões políticas no Brasil e no Paraguai e, principalmente, porque terá de conciliar interesses divergentes.
“O Brasil precisa de muita energia e energia barata. Já o Paraguai consome menos e tem em Itaipu uma fonte de riqueza, de geração de receita”, explica Tolmasquim. “Estamos atrasados nessa conversa”, completa.
O dinheiro arrecadado com as vendas para a Eletrobras equivale a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) paraguaio. O acordo atual impede que o Paraguai venda a energia a outros países. No entanto, isso pode mudar em 2023 com a renegociação do Anexo C.
A imagem de “explorador”
Embaixador brasileiro no Paraguai entre 2017 e 2019, o diplomata Carlos Alberto Simas Magalhães escreveu em um relatório de sua gestão ao qual a CNN teve acesso. O documento diz que a renegociação do Anexo C é um dos pontos mais importantes e complicados da relação entre os dois países.
“A hidrelétrica tem sido apresentada também na mídia [paraguaia] como símbolo de ‘exploração’ [pelo Brasil]”, informou ao deixar o posto em Assunção. “A proximidade das negociações relativas ao Anexo C de Itaipu (previstas para 2023) devem trazer um aumento das críticas ao papel desempenhado pela entidade binacional na economia paraguaia”, afirma Magalhães.
Procurado, o Ministério das Relações Exteriores, encarregado do tema, afirma em nota à CNN que ainda estuda a questão.
“O futuro processo negociador com o Paraguai não envolve propriamente a elaboração de um novo tratado, mas a revisão de um dos anexos ao Tratado de Itaipu, o Anexo C, que regula as bases financeiras e de prestação dos serviços da entidade binacional”, diz o texto da pasta.
“O artigo VI do Anexo C determina que todas as suas disposições serão revistas após o decurso de prazo de 50 anos a partir da entrada em vigor do Tratado, a saber, 13 de agosto de 2023, quando a dívida contraída para construção da usina será totalmente quitada. As posições brasileiras com vistas à revisão do Anexo C ainda são objeto de estudo em âmbito interministerial”, acrescenta.
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Governo brasileiro terá de renegociar as bases financeiras do acordo para a construção e o funcionamento da usina de Itaipu / Itaipu Binacional Pressões entre Paraguai e Brasil
De acordo com o relatório do então embaixador Magalhães, tudo que remete a Itaipu é visto como questão de relevância nacional no Paraguai. A imprensa do país vizinho divulga e repercute com frequência fatos envolvendo a hidrelétrica. Disputas eleitorais e entre partidos políticos citam a usina.
Ele lembra que, em 2019, um acordo fechado entre Brasil e Paraguai por pouco não desencadeou o impeachment do presidente paraguaio Mario Abdo Benítez. Pelo acordo, em princípio sigiloso, o Paraguai se comprometeu a pagar mais pela energia de Itaipu.
O preço que cada país paga pela energia de Itaipu varia conforme a maneira de contratação. De acordo com o Anexo C do Tratado, os países precisam informar quanto de energia vão comprar por ano. Essa cota é reservada a eles, e cada MWh custa cerca de US$ 40.
Se um país precisa de mais energia do que a reservada, e Itaipu a tem disponível, ela é vendida por cerca de US$ 7 por MWh. O preço é mais baixo porque nele não incidem os custos de manutenção da usina e do pagamento do empréstimo.
O Paraguai vinha, ano a ano, pedindo a reserva de uma quantidade de energia menor do que a utilizada. Na prática, isso baixava o custo para o país.
Até que em 2018, por pressão do Brasil, o governo paraguaio aceitou aumentar sua reserva de energia, elevando em US$ 200 milhões o gasto com Itaipu de 2019 a 2022, segundo a imprensa local. O acordo, no entanto, foi mantido sob sigilo.
Diálogos sobre esse acerto foram divulgados pela imprensa paraguaia em 2019. O presidente Abdo Benítez foi acusado por opositores de prejudicar o país. Uma crise política foi instaurada e só arrefeceu depois que o Brasil aceitou que os termos do acordo fossem cancelados.
ARTE-1-02.jpg
CNN
Segundo a administração da usina, a questão foi “definitivamente superada em 2019”. Brasil e Paraguai chegaram a um novo acordo, válido por quatro anos, sobre quanto cada país compra de energia de Itaipu e quanto paga por ela.
Em julho deste ano, porém, um novo impasse envolvendo Itaipu foi levantado pelo governo paraguaio. A Controladoria-Geral do Paraguai divulgou um relatório de cem páginas no qual informa que o Brasil comprou energia de Itaipu a preços menores do que os acordados entre 1985 e 1997. Por causa disso, o país supostamente deve ao Paraguai US$ 3,85 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões).
Após a divulgação do relatório, o vice-presidente do Paraguai, Hugo Velázquez, falou sobre a possibilidade de o Paraguai exigir um ressarcimento do Brasil. Velázquez argumentou ainda que autoridades paraguaias deveriam tomar ciência do relatório antes de renegociar com o Brasil o Anexo C do Tratado de Itaipu.
“Por aí é possível ver como uma negociação entre Brasil e Paraguai sobre Itaipu não é uma coisa tão simples”, aponta Tolmasquim.
A CNN procurou a Controladoria e o Ministério de Relações Exteriores do Paraguai. Nenhum dos órgãos se posicionou sobre o assunto.
O Ministério de Minas e Energia do Brasil disse que “a alegada controvérsia a respeito da dívida de Itaipu tem sido alvo dos noticiários paraguaios ao longo do tempo” e negou a pendência. Já o Itamaraty informou não ter sido notificado sobre a possível cobrança do Paraguai.
A privatização da Eletrobras, mas sem Itaipu
Outro ponto de incerteza, ainda que menor, diz respeito ao futuro de Itaipu desvinculada da Eletrobras, dona da metade brasileira da usina. O governo já obteve a autorização do Congresso Nacional para privatizar a estatal de energia.
Na privatização, porém, Itaipu não será vendida. Permanecerá sob controle do governo sob gestão da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), estatal recém-criada.
A ENBPar será uma holding, ou seja, uma grande empresa que controla outras companhias. A ideia é que ela administre, além de Itaipu, as usinas nucleares do país.
O Ministério de Minas e Energia e a própria Itaipu informaram que a alteração em nada deve impactar na operação da usina. Especialistas ouvidos pela CNN concordam que a chance de mudanças é pequena já que a usina permanecerá obedecendo ao tratado binacional firmado entre Brasil e Paraguai.
Apesar de pequena, no entanto, essa mudança não deve ser desprezada. Só o tempo mostrará como a hidrelétrica será administrada sob nova gestão.
 

Setzer1

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Sobre a gra bretanha que adoram puxar pra ca.

Vento anda na minima do mês de setembro a 1/3 da capacidade que normalmente gera.
Gás a Rússia diminuiu o fornecimento em 1/3 pra Europa com explicações dúbias. Alguns acham que é pra forçar a aceitação de +1 gasoduto.
Noruega tb reduziu a produção falhando em entregar tudo que prometeu.
Nuclear anda com problemas e esta rodando a 50% da potencia.
Carvão só sobrou 4 usinas mas no preço do carvão atual nem valem a pena tb.
UK não pode +comprar energia da Europa de maneira automática e calculada por algoritmo logo precisa pagar +caro pela mesma.
Uma regra do Reino unido impede empresas de cobrar preços abusivos, e isso ta fazendo +viável pra essas empresas desligar que fornecer a energia.

Em resumo: Tempestade perfeita.
Apesar que não chegou na crise da década de 80. Quando Inglaterra precisou por meses trabalhar apenas 3 dias da semana devido a uma greve das minas de carvão.

Recomendo o canal, costuma entrar em detalhes que maioria dos youtubers, etc costumam ignorar.
 

Zefiris Metherlence

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Como citei anteriormente, mesmo que a La Niña comece hoje, ainda há uma janela temporal antes dos seus efeitos serem sentidos de forma efetiva no Brasil.
Então ainda há chance de termos chuva dentro da média histórica por algum periodo de tempo. O que pode dar um fôlego extra de 1 ou 2 semestres. Na pior das hipóteses, por 1 trimestre.
 

Zefiris Metherlence

Bam-bam-bam
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Há modelos de previsão climática de médio prazo indicando chuva abaixo da média para a bacia do rio Paraná durante este último trimestre do ano:

ZgJNWMD.gif


Mas modelos de computador, que tanto tentam prever o dia de amanhã quanto daqui a 100 anos, são passíveis de erro. Não é algo talhado em pedra, já que o clima é algo dinâmico e facilmente influenciado pelo efeito borboleta.
 

Zefiris Metherlence

Bam-bam-bam
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Fui observar o mapa mundial na perspectiva da pressão atmosférica, e visualmente está refletindo a fase negativa da Oscilação Antártica (figura mais abaixo).
Essas partes azuis mais escuras representam pressão atmoférica de uns 980 hectopascais para menos. E algumas delas estão fora do Círculo Polar Antártico. Nessa posição ajudam a transportar o ar frio do sul para o norte. Assim ajudando a ativar a instabilidade que está causando chuva no Sudeste, enquanto trazendo 2,2ºC para Bagé-RS.
Pelos dados do NOAA, é quase certeza que a Oscilação Antártica se manterá na fase negativa até, ao menos, no final desse mês de outubro.

unJdXzG.jpg
 

Zefiris Metherlence

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A reposição dos aquíferos pode variar, mas a depender da escala que são usados, o consumo pode ultrapassar facilmente a taxa natural de recarga, levando-os a exaustão.
 

João Ninguém

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A reposição dos aquíferos pode variar, mas a depender da escala que são usados, o consumo pode ultrapassar facilmente a taxa natural de recarga, levando-os a exaustão.

então, zefiris, mas o brasil não tem os maiores aquíferos do mundo? não dá pra usar eles por um tempo (uns 2~3 anos) sem sobrecarregá-los?
 

Zefiris Metherlence

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então, zefiris, mas o brasil não tem os maiores aquíferos do mundo? não dá pra usar eles por um tempo (uns 2~3 anos) sem sobrecarregá-los?

Aquífero Guarani é famoso pelo seu tamanho, mas é como eu disse, é uma questão de escala no uso.
Não sei muito sobre o assunto, mas acho dificil que a água seja distribuida de forma uniforme. O que potencialmente causará problemas em algumas regiões que venderem essa idéia como panaceia sem maiores explicações.
 

geist

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Acho extremamente arriscado utilizar nesta escala as águas do aquífero. Pode acelerar a desertificação no Sudeste e Centro-Oeste e a terra pode ceder, levando cidades inteiras ao colapso.
 
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Zefiris Metherlence

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A Oscilação Antártica e sua influência no Brasil que costumo comentar de vez em quando, hoje a Estael Sias da Metsul fez uma matéria mais didática a respeito:

[...]Mesmo padrão atmosférico que favorece frio tardio igualmente proporciona tempo mais chuvoso em área do Centro do Brasil[...]
 

Insane Metal

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Péssima ideia. Se isso acontecer em poucos anos certamente vão acabar com a água subterrânea, isso se não houver afundamento do solo como vem acontecendo na califórnia.
 
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