O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


Tópico oficial Tópico da Reforma Trabalhista 2021 (Pag 6 rejeitada e engavetada)

Setzer1

Mil pontos, LOL!
Mensagens
16.844
Reações
31.772
Pontos
1.344
È velhos, como já dito aqui, pode trazer um blend/mix de todas as culturas econômicas que deram certo em termos de riqueza/empreendedorismo/liberdade econômica aqui para o Brasil QUE NUNA VAI DAR CERTO. O problema aqui é mais cultural e estrutural do que tudo.

A gente descobre que o buraco é mais embaixo quando um simples Plano de Negócios raramente é feito.

As pessoas pegam o que gostam, constroem em um lugar que pode bancar.
E acha que vai dar certo porque sim, é ele empreendendo, como poderia dar errado?

Não viu os fatores socioeconômicos do local, não analiso se tem fornecedor barato, concorrência, não checo o potencial de lucro do local, não viu os custos e o mínimo de funcionários pra fazer a coisa dar certo, etc.

O que ocorre é que a maioria aqui já sabe. A empresa começa a sangrar grana de todos esses buracos e espremer do funcionário pq é mais fácil dever pra ele que pra receita federal.
E não raramente nem isso resolve. Não é surpresa que maioria fecha em 1-3 anos.


Eu moro em uma cidade turística aqui do RS.
O que eu vi de confeitaria abrir e fechar nessa cidade eu já perdi a conta. Sério mesmo, mais de 1 abre e fecha por ano.
pq chegam aqui, ve que a cidade tem 0 confeitarias e movimento de milhões de turistas/ano e decide abrir pra preencher o vácuo
O que poderia dar errado?

A mulher jura que vai conseguir bancar alugueis de 5000 a 10.000 reais (Em locais apenas "ok" da cidade, nem é a rua principal), vendendo doces com tortas a 70-90 reais o kg. (ou mais, faz tempo que não piso em uma devido a covid).

São lojas lindas, os doces na maioria das vezes era até gostoso, nada a dever em qualidade.
Mas preço e custo pra manter a loja aberta totalmente fora da realidade de qualquer pessoa que para pra pensar um pouco.

5000 reais em tortas a 80 reais da 63 tortas/mês. Isso com farinha, ovos, etc de graça.
Cada torta da umas 8 fatias logo isso é igual a 504 fatias vendidas.
Só pra pagar o aluguel.

Ainda vem os impostos, ISS, ICMS, Contador, 1 funcionário (Salário mínimo) e obviamente algo pra vc pq não da pra viver de doce.
O custo ae já foi pra 10-15mil reais pra manter as portas abertas.
Uma confeitaria....... no primeiro ano, sem histórico na cidade ou suporte financeiro.
Vai fundo que vai dar certo.... :viraolho

Pode descontar um pouco com bolos de casamento, que são +caros e o céu é o limite dependendo do casamento.
Mas ae tu entra numa concorrência dos diabos brigando com confeiteiras que nem loja tem, é uma casinha do bairro em que a mulher a anos se especializou nisso e é a favorita das lojas que criam eventos por ser confiável e ter bom preço. (Obvio, não pagam aluguel pra lojas e a única infraestrutura fora a cozinha é um carro pra entregar tudo ).

Pra não dizer que todas se deram mal.
1 delas, Pernambucana sem contatos na cidade, sabia o que estava fazendo e só manteve a loja por 1 ano pra gerar visibilidade e servir de escritorio e mostrar como ela é cuidadosa com os doces e também com o ambiente. Assim que fez a cartela de clientes fixa fechou a loja por não ser +necessária. O que foi uma boa ideia.



O problema acima que ceifa as finanças de 1 família ou mais por ano não foi a cidade, nem os impostos, muito menos o empregado.
Foi não botar as coisas na ponta do Lápis e ter uma ideia realista do potencial do negócio.
O que um simples Plano de Negócio teria dito de cara.
 
Ultima Edição:

MobiusRJ

Mil pontos, LOL!
Mensagens
15.905
Reações
32.537
Pontos
1.084
A gente descobre que o buraco é mais embaixo quando um simples Plano de Negócios raramente é feito.

As pessoas pegam o que gostam, constroem em um lugar que pode bancar.
E acha que vai dar certo porque sim, é ele empreendendo, como poderia dar errado?

Não viu os fatores socioeconômicos do local, não analiso se tem fornecedor barato, concorrência, não checo o potencial de lucro do local, não viu os custos e o mínimo de funcionários pra fazer a coisa dar certo, etc.

O que ocorre é que a maioria aqui já sabe. A empresa começa a sangrar grana de todos esses buracos e espremer do funcionário pq é mais fácil dever pra ele que pra receita federal.
E não raramente nem isso resolve. Não é surpresa que maioria fecha em 1-3 anos.
Eu tava com esse raciocínio aqui na manga para quando o rapaz q me chamou de "jenio" viesse aqui bostejar mas vc já explicou esse básico do q é empreender de forma correta.

Galera BR quer "ser o patrão" achando q vai trabalhar pouco e ganhar muito.
 
Ultima Edição:

♈he Øne

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
7.576
Reações
24.052
Pontos
503
A gente descobre que o buraco é mais embaixo quando um simples Plano de Negócios raramente é feito.

As pessoas pegam o que gostam, constroem em um lugar que pode bancar.
E acha que vai dar certo porque sim, é ele empreendendo, como poderia dar errado?

Não viu os fatores socioeconômicos do local, não analiso se tem fornecedor barato, concorrência, não checo o potencial de lucro do local, não viu os custos e o mínimo de funcionários pra fazer a coisa dar certo, etc.

O que ocorre é que a maioria aqui já sabe. A empresa começa a sangrar grana de todos esses buracos e espremer do funcionário pq é mais fácil dever pra ele que pra receita federal.
E não raramente nem isso resolve. Não é surpresa que maioria fecha em 1-3 anos.


Eu moro em uma cidade turística aqui do RS.
O que eu vi de confeitaria abrir e fechar nessa cidade eu já perdi a conta. Sério mesmo, mais de 1 abre e fecha por ano.
pq chegam aqui, ve que a cidade tem 0 confeitarias e movimento de milhões de turistas/ano e decide abrir pra preencher o vácuo
O que poderia dar errado?

A mulher jura que vai conseguir bancar alugueis de 5000 a 10.000 reais (Em locais apenas "ok" da cidade, nem é a rua principal), vendendo doces com tortas a 70-90 reais o kg. (ou mais, faz tempo que não piso em uma devido a covid).

São lojas lindas, os doces na maioria das vezes era até gostoso, nada a dever em qualidade.
Mas preço e custo pra manter a loja aberta totalmente fora da realidade de qualquer pessoa que para pra pensar um pouco.

5000 reais em tortas a 80 reais da 63 tortas/mês. Isso com farinha, ovos, etc de graça.
Cada torta da umas 8 fatias logo isso é igual a 504 fatias vendidas.
Só pra pagar o aluguel.

Ainda vem os impostos, ISS, ICMS, Contador, 1 funcionário (Salário mínimo) e obviamente algo pra vc pq não da pra viver de doce.
O custo ae já foi pra 10-15mil reais pra manter as portas abertas.
Uma confeitaria....... no primeiro ano, sem histórico na cidade ou suporte financeiro.
Vai fundo que vai dar certo.... :viraolho

Pode descontar um pouco com bolos de casamento, que são +caros e o céu é o limite dependendo do casamento.
Mas ae tu entra numa concorrência dos diabos brigando com confeiteiras que nem loja tem, é uma casinha do bairro em que a mulher a anos se especializou nisso e é a favorita das lojas que criam eventos por ser confiável e ter bom preço. (Obvio, não pagam aluguel pra lojas e a única infraestrutura fora a cozinha é um carro pra entregar tudo ).

Pra não dizer que todas se deram mal.
1 delas, Pernambucana sem contatos na cidade, sabia o que estava fazendo e só manteve a loja por 1 ano pra gerar visibilidade e servir de escritorio e mostrar como ela é cuidadosa com os doces e também com o ambiente. Assim que fez a cartela de clientes fixa fechou a loja por não ser +necessária. O que foi uma boa ideia.



O problema acima que ceifa as finanças de 1 família ou mais por ano não foi a cidade, nem os impostos, muito menos o empregado.
Foi não botar as coisas na ponta do Lápis e ter uma ideia realista do potencial do negócio.
O que um simples Plano de Negócio teria dito de cara.
Aqui na cidade é basicamente mais com loja de roupa. Na mesma tem 3, mas a pessoa acha que vai ser um boa abrir mais uma, e ai não tem 3 meses já tá fazendo queima de estoque para fechar a loja.

E outro foi conhecido meu que resolveu abrir uma loja de sorvete/sundae, nisso tivemos:

  • Segundo mês já teve que fechar algumas semanas por causa 2 onda(A mulher dele era da saúde, ele já sabia que ia aumentar de novo, mas achou melhor ir na sorte);
  • Pagando um aluguel caro pelo local que está(Alugou um local grande só para vender sorvete, dois cômodos, na avenida mais cara do bairro, isso não deve sair por menos de uns 1500, chutando baixo);
  • Na região onde a sorveteira está, se andar 2Km você já chega 5 sorveterias diferentes;
  • Já contratou 2 funcionários(provavelmente sem CLT, tomando risco de tomar processinho);
  • Os últimos tempos foram frios;
  • O produto forte dele(Sorvete na casquinha) custa 1,50 e deve lucrar com ele só 0,50. Só imagina o quão difícil vai ser pagar conta vendendo isso
  • Tem outros produtos como sundae que deve dar um lucro pouco maior, mas vende menos.
Chutando baixo, ele tem uns 120 reais de conta por dia para pagar, sem ter lucro.

Como um negócio pode dar certo ? Sério, eu torço de coração para que dê, mas eu acredito que não vai, e vendo o negócio é visível que não teve planejamento, foi na ideia de virar próprio chefe sem parar pensar uns 2 dias sobre os custos.
 

Darkx1

Mil pontos, LOL!
Mensagens
28.289
Reações
64.527
Pontos
1.244
Aqui na cidade é basicamente mais com loja de roupa. Na mesma tem 3, mas a pessoa acha que vai ser um boa abrir mais uma, e ai não tem 3 meses já tá fazendo queima de estoque para fechar a loja.

E outro foi conhecido meu que resolveu abrir uma loja de sorvete/sundae, nisso tivemos:

  • Segundo mês já teve que fechar algumas semanas por causa 2 onda(A mulher dele era da saúde, ele já sabia que ia aumentar de novo, mas achou melhor ir na sorte);
  • Pagando um aluguel caro pelo local que está(Alugou um local grande só para vender sorvete, dois cômodos, na avenida mais cara do bairro, isso não deve sair por menos de uns 1500, chutando baixo);
  • Na região onde a sorveteira está, se andar 2Km você já chega 5 sorveterias diferentes;
  • Já contratou 2 funcionários(provavelmente sem CLT, tomando risco de tomar processinho);
  • Os últimos tempos foram frios;
  • O produto forte dele(Sorvete na casquinha) custa 1,50 e deve lucrar com ele só 0,50. Só imagina o quão difícil vai ser pagar conta vendendo isso
  • Tem outros produtos como sundae que deve dar um lucro pouco maior, mas vende menos.
Chutando baixo, ele tem uns 120 reais de conta por dia para pagar, sem ter lucro.

Como um negócio pode dar certo ? Sério, eu torço de coração para que dê, mas eu acredito que não vai, e vendo o negócio é visível que não teve planejamento, foi na ideia de virar próprio chefe sem parar pensar uns 2 dias sobre os custos.

A pessoa tem que ter coragem pra abrir um negócio com vendas sazonais nessa situação do país.
Um com vendas o ano inteiro já esta difícil.
 

overoad

Mil pontos, LOL!
Mensagens
14.122
Reações
28.757
Pontos
1.409
A pessoa tem que ter coragem pra abrir um negócio com vendas sazonais nessa situação do país.
Um com vendas o ano inteiro já esta difícil.
E só vai piorar.
Negócio precisa de consumidor. Consumidor precisa ter uma renda minimamente razoável pra consumir produtos além do básico. Com o nível de inflação altíssimo que temos, alimentado pela completa incompetência e desonestidade da equipe econômica do governo federal, aliado às políticas estúpidas de proibições dos governos estaduais e municipais, além da desonestidade desses também, só vemos um empobrecimento vertiginoso da população. E quando começa a descer ladeira, a força necessária pra voltar a subir é gigantesca, já que antes tem que parar de descer.
 

Niewald

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
872
Reações
458
Pontos
524
Kkkk, já fica logo putinho o sujeito q não sai do quarto e começa a chamar os outros de burro pra cima e pra baixo e vem arrotar suas teorias de internet para rebater relatos e experiências REAIS de pessoas q TRABALHAM e vivenciaram tais coisas. Como falei, ou vc é empresário desses safados, ou tem um bom emprego em empresa grande e estruturada ou é só um filhinho de vó q fica tretando b*sta na internet.

Se vc tivesse se f**end0 em um emprego:

– ganhando miséria;
– fazendo hora extra sem receber (no tal banco de horas q vc nunca tira);
– vendo o FDP do dono da empresa chegando de carrão;
– vendo o filhinho indo lá só para pegar o dinheiro;
– filhinho fazendo viagens internacionais com a empresa pagando;
– todo ano quando rola o dissidio o cara fica te ameaçando demitir pq vc tá caro;
– quando vc sai de férias (quando consegue tal proeza) fica com medo de perder o emprego e o mesmo medo ocorre quando fica doente.

Eu DUVIDO q vc estaria com esse papinho infantil.

Sim, é possível empreender sem explorar. Eu hj em dia, graças a Deus, trabalho em uma empresa de porte nacional, muito bem estruturada que paga um salario justo, benefícios, tem plano de carreira q funciona e não precisa fazer covardia nenhuma com funcionário como justificativa para crescer. Tenho colegas lá q estão a 15 anos e falam q sempre foi desse jeito, assim como tenho amigos empresários, um no ramo gráfico, 2 no ramo de brindes e outro no ramo de filmagens q são bem sucedidos e não fazem covardia com seus funcionários. Eu msm já coloquei diversos conhecidos para trabalhar com eles e nunca ouvi reclamações.

Uma vez fiz parceria comercial com uma cara q tinha lojinha em um shopping, queria chegar as 14 e sair as 17:00, não sabia precificar os produtos, tudo era muito caro até nos consignados ao ponto de cobrar 50 reais em uma caneca de porcelana, sendo q consignada ele só repassava 20 reais ao fornecedor (que era eu), metia o valor da xerox e impressão lá nas alturas (pagava 4 centavos a cópia de cobrava 2 reais para o cliente. vi diversas vezes gente entrar na loja e sair indignado com o preço), acabava que vendia pouco, e msm eu tentando passar para eles coisas como um simples RKW no intuito de tentar ajudar ele (tenho curso de gestão empresarial/orçamento e trabalhei como orçamentista em 2 gráficas de grande porte) o cara me respondia: "se liga aí no seu q dos preços eu que sei". Acabou que, fechou as portas, não pagou ninguém, e vivia com esse mesmo papo m**** que vc, colocando a culpa no estado, no preço abusivo do shopping, no funcionário fdp q quer tirar férias e blablabla, mas não fazia o q tinha q ser feito para melhorar.

Lembrei de outro, um ex amigo (era um babaca q resolvi deletar da minha vida), formado em ADM, pós na FGV em gestão, todo metidão, cismou de abrir um salão de beleza em um bairro q ele não conhecia a clientela, ele não entendia do negócio (não sabia lhufas sobre isso), não conhecia profissionais do ramo e o "jenio" aqui, com cursinho de gestão da esquina avisou tudo isso a ele, q empresa não se abre dessa forma, q salão o ideal é vc ter profissionais com uma clientela fixa q vão levar os clientes para o estabelecimento e um monte de outras coisas, durou 2 anos, fechou as portas, tomou processo pq não conseguiu pagar ninguém e advinha??? CULPA DO ESTADO MALVADÃO!


Agora sobre o Jenio, nem vou responder pq sei q é só ofensa vinda de alguém que está protegido pelos milhões de km de cabos de internet. Com certeza ao vivo nossa conversa seria mais cordial e prefiro argumentar com fatos reais e não com teorias de internet que li na segurança do meu quarto.
Dá pra fechar o tópico aqui.
 


Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
Mensagens
35.705
Reações
92.713
Pontos
1.353
Não tou querendo entrar em discussão de "direita x esquerda" (que é a doença dessa pasta) mas só vim dizer que pessoal aqui acharia que a Europa é a própria União Soviética se visse os benefícios que o trabalhador recebe em vários países de lá... o que seria equivocado pois a URSS não tinha algo bom assim, mesmo que achem que isso é "coisa de comunista".

Falando em "comunista" o modelo que muitos ai estão defendendo em prol da "liberdade" é basicamente algo que transformaria o Brasil em China na questão do trabalho escravo, que é exatamente o país que consideram o mais "comunista" hoje em dia.

Miraram no EUA e acertaram na China basicamente.





Sei que 60% aqui deve ser troll falando m**** só pra polemizar, mas sempre tem uns perdido que leva essas coisas a sério então fica ai o recado.

O Brasil ja é bem chines.
As leis trabalhistas de ambos os paises não são muito diferentes.

Pra mim.... PRA MIM.... o maior problema do excesso de direitos é o excesso de encargos trabalhistas que isso tras.
Eu sempre prego que "cada um deveria decidir o que faz com a própria vida, e não o papai estado". Porém, concordo que deveria ter algum limite, pelo menos na fase de transição de sistema escravatório brasileiro pra algum liberal. Sim... eu acho que tanto o trabalhador quanto o "empresario malvadão" são só escravos no brasil. Voces trabalham uma parte absurda da vida só pra manter os deuses e reis em seus castelos de procedencia "estranha".

Todo pais tem "direito trabalhista",
se eu for demitido hoje, a empresa é obrigada a me pagar 30 dias de salario e/ou deixar eu ir trabalhar 1 mes a mais. (meu contrato ta 2 meses), "férias", tenho limite de horas trabalhadas. E pasmem, eu tenho o direito a receber qualquer 5mins a mais que eu demorar pra bater o cartão depois do expediente, "banco de horas" é um absurdo inutil e escravista.

também pago seguro saude, aonde o gasto é dividido entre o funcionario e a empresa, a previdencia é todo a cargo do funcionario (tem empresa que paga metade e/ou mais).
Dentre algumas outras coisas, que eu sinceramente não concordo, mas "fazer o que né". Eu mesmo não queria pagar seguro-saude.


O meu ponto é,
o "excesso de direitos" tras excesso de encargos trabalhistas, além de um ecosistema que ta mais pra "truco valendo o toba usando baralho marcado".

O Brasi;l é um dos paises que mais tem despesas com "direitos trabalhistas" do mundo.
Os paises desenvolvidos tendem a diminuir os encargos pra estimular a economia. Pois pasme, "um zé que abriu uma padaria e quer contratar a Maria pra fazer pão, não vai ter condições de pagar quase 2 salarios, um pra Maria e outro pro cleptocrata".


Uma matéria sobre as diferenças das cargas taxatórias por pais:

A desoneração da folha de pagamentos não contribuiu para reduzir o peso dos encargos trabalhistas pagos sobre o salário bruto no Brasil, que continuam os mais altos do mundo, segundo pesquisa da UHY Moreira-Auditores, obtida pelo Valor Econômico.

O levantamento, que contou com dados de 29 países, entre economias desenvolvidas e em desenvolvimento, mostra que as empresas brasileiras pagam 71,4% do salário dos funcionários em encargos como INSS, contribuição ao FGTS e demais benefícios trabalhistas obrigatórios, número que não se alterou na comparação com 2012. Na média global, essa porcentagem é de 20,5%, com queda de 5% nos últimos três anos.

Marcello Reis, gerente de desenvolvimento de negócios da empresa, comenta que o resultado foi até surpreendente porque havia a expectativa de que a desoneração da folha de pagamentos de 56 setores, que vigorou até o fim do ano passado, tivesse reduzido um pouco o peso dos encargos sobre salários.

“As desonerações, como não foram amplamente aplicadas, acabaram direcionadas para determinados setores e apenas uma parcela das empresas se beneficiou”, ao menos no período compreendido pela pesquisa, de 2012 a 2015, diz. Por isso, segundo o levantamento, as empresas brasileiras continuaram a pagar US$ 21,4 mil sobre um salário anual médio de US$ 30 mil.

A desoneração, que começou para alguns setores em 2011, substituiu a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamentos por uma alíquota de 1% a 2% sobre o faturamento. No ano passado, como parte do ajuste fiscal, as alíquotas subiram para entre 2,5% a 4,5% e a medida se tornou facultativa. Para Reis, como na prática essa elevação quase encerrou o benefício, dificilmente haverá maior impacto na próxima pesquisa.

“Como a aplicação não foi generalizada, não apareceram os efeitos desejados. Aqui ainda persiste a rigidez extrema das relações trabalhistas”, comenta Reis. Para ele, o restante do mundo caminha para uma orientação geral que permite mais flexibilidade no relacionamento entre empregados e empregadores, mas com regulação suficiente para que não haja exploração do trabalhador. Nesse sentido, diz, o Brasil está parado. “A Lei de Terceirização não foi regulamentada, a nossa legislação sobre o tema é muito antiga, de mais de 70 anos”, diz.

Outros países, avalia ele, estão se movendo em direção diversa. No Reino Unido, empregadores passaram a pagar menos seguro nacional para trabalhadores com menos de 21 anos, e a queda dos encargos foi de 2,6%.

Na Itália, que reformou algumas leis trabalhistas, os encargos caíram 25,4% no período analisado. Entre outras mudanças, a legislação passou a incorporar incentivos para contratação de jovens e o fim da reintegração obrigatória de demitidos, que elevava a incerteza sobre custos jurídicos com demissões no país.

Para Reis, os países desenvolvidos, que lidam com taxas de desemprego altas há alguns anos, se esforçam para adotar medidas que reduzam os custos de contratação e estimulem maior oferta de vagas. Na média do G-7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Reino Unido), os sete países mais ricos do mundo, os encargos caíram 17,9% entre 2012 e 2015, para 20,2% sobre o salário bruto.

Por outro lado, os emergentes enfrentam custos crescentes. Na média do grupo dos Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, a alta foi de 7,8% no período analisado, para 35,8% de encargos sobre salários.

O avanço no grupo foi liderado pela China, em que o aumento das contribuições foi de 33% no período. Atualmente, os chineses pagam 42% do valor de um salário na forma de benefícios e impostos. A pesquisa tomou como base os números de Xangai, considerada uma cidade representativa dos custos chineses, onde o tamanho da contribuição de seguridade social é diretamente proporcional aos salários médios de cada região.

Em Xangai, a remuneração média é mais alta do que no restante da China, o que pode ter influenciado esse número, explica a UHY. “Além desse fator, também foi observada uma maior formalização das relações trabalhistas e maior fiscalização dos órgãos de controle”, diz a pesquisa, o que pode ter influenciado o resultado.



Outro ponto que eu sempre bato que eu acho a CLT estranha é a complexidade.
Principalmente no que tange o tal do salario minimo, no Brasil é mensal, isso não faz sentido nenhum.

Praticamente Toda essa reforma, as unicas partes "boas" dela nem existem no Japão, porque simplismente não precisa, por serem mais simples. Tão simples que vou explicar.
Salario minimo é por hora. Coisa que tem muito japones que nem sabe que existe esse tal de "salario minimo".
A empresa escolhe como vai calcular o salario do(a) funcionario(a).
Há separação de contrato pra fixo, temporario, tercerizado, e "parttimers/arubaito".
Sendo os br's mais nos temporarios e tercerizados, esses tem os direitos basicos.
"pode trabalhar até 40hs por semana, 8hs por dia, passou disso a empresa é obrigada a pagar a hora extra com acréscimo de 25% com limite mensal de horas extra"
"trabalhar entre 10 da noite e 5 da manhã tem acréscimo de 25%".
"férias de 10 dias depois de 6 meses e + 11 dias depois de um ano(após os 6 meses), e vai subindo 1 dia a cada férias".
"seguro-saude e seguro desemprego", ambos eu vejo mais como obrigação cleptocrata do que direito, mas pelo menos o seguro-desemprego é bem barato.
"aviso prévio de ambas as partes".
"acréscimos se o trabalho for insalubre".
"segurança em primeiro lugar".
"Vale transporte.".
"exame médico semestral/anual com acréscimo se o trabalhador mexe com quimicos" (Quando trabalhei na famigerada Murata, eu tinha que fazer exame a cada 3 meses porque eu tinha "certificado de mekki", mesmo que eu raramente aparecesse no mekki pra trabalhar de fato la, eu era só quebra-galho :klolz"

Fixo tem alguns a mais, mas não muda tanto.

Dentro dos limites legais, como o salário vai ser calculado, se é por hora, a cada 5mins, por dia, por mês, é escolha da empresa. O que no fim só muda mesmo entre "salário por hora" e os "mensalistas", esse último não tem problemas com a imensa quantidade de feriados nacionais.

Se não me engano, os "arubaito" vale se for até 20hs semanais, tem direito a seguro saúde e só. E se não me engano os encargos trabalhistas são ainda menores pra essa categoria.

E só.
Recentemente o governo tentou melhorar pro lado dos tercerizados com "novos direitos", o que aconteceu?
onda de demissão nessa categoria e diminuição de salarios. Trocaram por asiaticos que por causa do visto, não tem tanto direitos.

Eu, pelo menos, acho a CLT um atraso por conta do altos encargos E pela complexidade inútil.
É o cyberpunk 2077 dos direitos trabalhistas. Pelo menos pra mim, que não sou la muito chegado em ser escravo.


mas quem sou eu né?
pelo jeito o pessoal que aparentmeente gosta de ser escravo estão me vendo como um "lambe bota dos burgueses" (enquanto meus argumentos são totalmente a favor a classe mais desfavorecida). Eu pelo menos gostaria de ver o Brasil se desenvolver, coisa que é impossivel quando tem um buraco negro na economia (e não é só a CLT).


edit: nota que eu ja tentei convencer a empresa que eu trabalho a não me pagar o vale transporte, porque eu vou trabalhar apé. Mas foi mais questão de honestidade pessoal e principios do que "por não ter problemas pessoais com o empresario malvadão que me contrata", além de eu achar que a linha de trem que eu supostamente uso é cara demais e o piro que essa b*sta é estatal. Mas a empresa não quis abolir o vale transporte pois "é um direito". No fim recebo quase 700 reais a mais no salario sem "necessidade". :klolz
 
Ultima Edição:

Setzer1

Mil pontos, LOL!
Mensagens
16.844
Reações
31.772
Pontos
1.344
@Giant Enemy Crab

Aqui o papo é mais interessante.

O Brasil ja é bem chines.
As leis trabalhistas de ambos os paises não são muito diferentes.

Pra mim.... PRA MIM.... o maior problema do excesso de direitos é o excesso de encargos trabalhistas que isso tras.

Brasil apesar de estar acima da curva não é um diamante especial nesse caso.
O problema é realmente quem paga a conta.

Empregado
Estado
Empregador.

Brasil decidiu que o Estado quer pagar, mas pra Coca-Cola, fazendeiros e amigos do rei apenas.
Não pro seu zé.
Agora que o cofre secou quer que o empregado pague a conta. Já que eles não geram empregos e portanto que se fodam.

https://economia.uol.com.br/noticia...conomicas-para-tentar-estimular-industria.htm

to usando a matéria de exemplo porque ela é apenas +1 de várias que vem ao longo de décadas, desde o Sarney.
O País gasta mais de 100 bilhões de reais/ano em isenções de INSS a setores específicos da economia.
Só nessa medida foram 10 bilhões.
paulo Guedes desonerou +11 setores, entre portos, etc pra quem acha que o governo atual foi especial.

Porque ao invés de desonerar no INSS essas empresas e não focar isso no pequeno que contrata até um máximo de 5 pessoas? Reduzindo o INSS cobrado deles de maneira generalizada?
Pq não são amigos do rei.

Essas industrias precisam de ajuda? Poderiam se obter isso de várias formas.
Mas agora virou uma benesse que não da mais pra tirar, fico permanente pq se for tirar a empresa vai gritar que irá a falência e que a " gigante" indústria nacional nascente não pode viver sem isso.

Não é um trocado.... é uma parte significativa do orçamento da União.
Ae depois se perguntam pq o INSS faz reforma e não consegue ficar no verde.
Difícil quando tiram a renda......

"Seu zé que se foda. Nade ou afogue". Essa é a logica do Brasil.
E isso machuca o empresário de verdade muito mais do que um 13º ou férias.

Quanto a matéria que vc linkou tem até uma frase que foi colocada rapidamente mas mostra bem a diferença de pensamento.

". No Reino Unido, empregadores passaram a pagar menos seguro nacional para trabalhadores com menos de 21 anos, e a queda dos encargos foi de 2,6%. "

https://caseron.co.uk/no-more-nics-for-employees-under-21/

Eu fui procurar. E dito e feito.
Foi reduzido generalizado e o governo esta bancando a diferença.

Isso foi uma desoneração do trabalho esperta.
Todo mundo paga a desoneração que aumenta o emprego da população geral ao invés de 1 setor da economia que quando muito emprega apenas X milhares de pessoas em apenas meia dúzia de cidades.

Brasil ao invés de generalizar suas medidas prefere salvar setores específicos e deixar todo mundo pagar essas ajudas.
Parte do sintoma de que trabalhamos e criamos negócios pra bancar uma realeza. :kpisca


Outro ponto que eu sempre bato que eu acho a CLT estranha é a complexidade.
Principalmente no que tange o tal do salario minimo, no Brasil é mensal, isso não faz sentido nenhum.

Concordo plenamente.
Podia ser por hora trabalhada e é uma mudança que a eras devia ter sido feita.
Foi feita parcialmente com o temer mas ainda não é a principal forma de contratação.


"seguro-saude e seguro desemprego", ambos eu vejo mais como obrigação cleptocrata do que direito, mas pelo menos o seguro-desemprego é bem barato.

" Segundo o Ministério Público do Trabalho, de 2012 a 2017, o Brasil registrou 3,879 milhões de notificações de acidente de trabalho, com 15 mil mortes. "

È aquele tipo de seguro que individualmente é "ridiculo" até que tu precisa dele.
Japão por ter menos trabalhadores e levar segurança +a sério deve ter menos acidentes de trabalho.
Mas a tb os acidentes fora de trabalho. Pessoas atropeladas, etc.

Ou descobre um câncer, que pode pegar qualquer um... (Esse seu seguro cobre esse tipo de doença ou só doença relacionada a trabalho?).
E o fato de ser barato é pq provavelmente o Estado está bancando a diferença.


mas quem sou eu né?
pelo jeito o pessoal que aparentmeente gosta de ser escravo estão me vendo como um "lambe bota dos burgueses" (enquanto meus argumentos são totalmente a favor a classe mais desfavorecida). Eu pelo menos gostaria de ver o Brasil se desenvolver, coisa que é impossivel quando tem um buraco negro na economia (e não é só a CLT).

Tu esta abordando o problema de maneira mto mais inteligente que maioria.
vc por exemplo falo de transição o que mostra reconhecimento de que o mercado aqui é super complexo devido a diferença na educação das pessoas, entre outros problemas.

Eu apenas postei acima tentando adicionar que a mais camadas nessa gigante problema que é o mercado de trabalho Brasileiro.

Pra mim, na minha humilde opinião. O maior problema está nesses "incentivos" do governo que estão sendo horrivelmente mal gastos em setores especifico da economia que beneficiam pouquíssimas regiões do país.

Quando podiam ser usados pra gerar desonerações substancias e gerais pra população inteira, incentivando empreendedorismo e reduzir o encargo trabalhista de maneira efetiva.

Seguro contra acidentes por exemplo o gasto não é tão alto pro governo.
Mas é alto pra quem ta tentando contratar o primeiro funcionário. :).
 
Ultima Edição:

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
Mensagens
35.705
Reações
92.713
Pontos
1.353
@Giant Enemy Crab

Aqui o papo é mais interessante.

basicamente, ao que me parece, pelos seus argumentos,
Não existe meio termo,
precisa ser escravo da cleptocracia quer voce queira ou não. :klolz
Posso ter entendido errado.



negócio do INSS é outra aberração, principalmente no Brasil. (sim... eu acompanho as presepadas do governo brasileiro, pois querendo ou não, eu tenho um carinho pelo Brasil. mesmo não morando No Brasil).
uma boa parte da economia gira nos pequenos negócios, e esses são os mais afetados pela "CLT e seu cavalo de tróia que serve mais pra pagar a lagosta dos reis do que pra beneficio da população".

Qualquer sugestão que eu fale é porque EU VIVI E VIVO e sei na pele como funciona.
Qualquer argumento que eu faça a favor da diminuição da "CLT e seus pesares" é pensando no Zé da padaria, no Jão da mercearia do bairro.


De qualquer forma,
parafraseando eu mesmo em outro tópico. "esse governo só existe desse jeito porque a população quer".
 

Setzer1

Mil pontos, LOL!
Mensagens
16.844
Reações
31.772
Pontos
1.344
precisa ser escravo da cleptocracia quer voce queira ou não. :klolz
Posso ter entendido errado.

Essa é a realidade brasileira hoje infelizmente.

Não é o que eu desejo. Eu to trabalhando/explicando mais o que existe hoje do que com o que eu gostaria que fosse.
E propondo algumas coisas que daria pra mudar com esforço e seriam benéficas pra incentivar encargos menores, diminuir o desemprego e manter os direitos.

Trabalhar com utopia é divertido mas é isso, utopia.


Eu particularmente gosto do mercado de trabalho alemão e/ou Holandês.
Especialmente em como ele é integrado com as escolas e com isso consegue ainda uma alta % de estabilidade no emprego mesmo nos tempos de hoje.

Mas é tão diferente do brasileiro que seria preciso uma reforma ultra profunda na CLT, Sindicatos e na maneira como o governo gasta o dinheiro que incentiva tal mercado.
 

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
Mensagens
35.705
Reações
92.713
Pontos
1.353
Essa é a realidade brasileira hoje infelizmente.

Não é o que eu desejo. Eu to trabalhando/explicando mais o que existe hoje do que com o que eu gostaria que fosse.
E propondo algumas coisas que daria pra mudar hoje e seriam benéficas.

Trabalhar com utopia é divertido mas é isso, utopia.

eu acho o povo brasileiro um povo trabalhador, até mais que os japoneses.
Uma pena que brasileiro médio adora ser escravo submisso que endeusa quem ta roubando.


No fim concordo que pra arrumar a "CLT" sem quebrar totalmente o pais, precisaria de outras reformas,
como o jeito que os cleptocratas roubam a população. Brasil é de uma complexidade e aumento impar.
Se a população quisesse, limpava isso e abriria margem pra melhorar as outras coisas.
Diminuir o dedo no estado seria a primeira a se arrumar em um pais.
É o estado meter o dedo que sempre sai alguma aberração.

Mas como tu disse, é uma "utopia".
Esperar que o brasileiro "normal" pare de ter posição escravista.
 

Baralho

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
9.173
Reações
32.377
Pontos
503
Simples.
Quando o ignaro começa o texto com emoji ou onomatopéia, já sabe, tá perdido.

Kkkkkk, já fica logo putinho o sujeito q não sai do quarto e aí começa a chamar os outros de burro pra cima e pra baixo, arrotando suas teorias de internet achando que rebate relatos e experiências REAIS de pessoas q TRABALHAM e vivenciaram/vivenciam tais coisas. Como falei, ou vc é empresário desses safados, ou tem um bom emprego em empresa grande e estruturada ou é só um filhinho de vó q fica tretando b*sta na internet.

Se vc tivesse se f**end0 em um emprego:

– ganhando miséria;
– fazendo hora extra sem receber (no tal banco de horas q vc nunca tira);
– vendo o FDP do dono da empresa chegando de carrão;
– vendo o filhinho indo lá só para pegar o dinheiro;
– filhinho fazendo viagens internacionais com a empresa pagando;
– todo ano quando rola o dissidio o cara fica te ameaçando demitir pq vc tá caro;
– quando vc sai de férias (quando consegue tal proeza) fica com medo de perder o emprego e o mesmo medo ocorre quando fica doente...

eu DUVIDO q vc estaria com esse papinho infantil!

E sim, é possível empreender sem explorar. Eu hj em dia, graças a Deus, trabalho em uma empresa de porte nacional, muito bem estruturada que paga um salario justo, benefícios, tem plano de carreira q funciona e q não precisou fazer covardia nenhuma com funcionários como justificativa para crescer. Tenho colegas lá q estão a 15 anos e falam q sempre foi desse jeito, assim como tenho amigos empresários, um no ramo gráfico, 2 no ramo de brindes e outro no ramo de filmagens q são bem sucedidos e não fazem covardia com seus funcionários. Eu msm já coloquei diversos conhecidos para trabalhar com eles e nunca ouvi reclamações.

Lembro de uma vez fiz parceria comercial com uma cara q tinha lojinha em um shopping. O cabra queria chegar as 14, sair as 17:00, não sabia precificar os produtos, tudo lá era muito caro e até nos consignados o malandro chegava ao ponto de cobrar 50 reais em uma caneca de porcelana, sendo q ele só repassava 20 reais ao fornecedor (que era eu) se vendesse. O valor da xerox e impressão lá era absurdo até para padrões de shopping (pagava 4 centavos a cópia e cobrava 2 reais para o cliente). Vi diversas vezes cliente entrar na loja e sair indignado com o preço e com isso acabava que vendia pouco e msm eu tentando passar para eles coisas como um simples RKW no intuito de tentar ajudar (tenho curso de gestão empresarial/orçamento e trabalhei como orçamentista em 2 gráficas de grande porte), o cara me respondia: "se liga aí no seu q dos preços eu que sei". Acabou que fechou as portas, não pagou ninguém, vivia com esse mesmo papo m**** que vc, colocando a culpa no estado, no preço abusivo do shopping, no funcionário fdp q quer tirar férias e blablabla, mas não fazia o q tinha q ser feito para melhorar.

Lembrei de outro caso, um ex amigo (era um babaca q resolvi deletar da minha vida), formado em ADM, pós na FGV em gestão, todo metidão, após trabalhar como consultor de um salão de uma amiga nossa, do qual ela desfez a parceria pq não concordava com a visão dele, cismou de abrir um salão de beleza por conta própria, achando q fazia melhor q ela. Detalhe q ele não entendia do negócio (não sabia lhufas sobre isso), em um bairro q ele não conhecia a clientela, não conhecia profissionais do ramo e o "jenio" aqui, com cursinho de gestão da esquina avisou tudo isso a ele, q empresa não se abre dessa forma, q salão o ideal é vc ter profissionais com uma clientela fixa q vão levar os clientes para o estabelecimento e um monte de outras coisas, durou 2 anos, fechou as portas, tomou processo pq não conseguiu pagar ninguém e advinha??? CULPA DO ESTADO MALVADÃO!


Agora sobre o Jenio, nem vou responder pq sei q é só ofensa vinda de alguém que está protegido pelos milhões de km de cabos de internet. Com certeza ao vivo nossa conversa seria mais cordial e prefiro argumentar com fatos reais, não com teorias de internet que li na segurança do meu quarto.

Se não aguenta a conversa só ligar a IL ou não desce pra o play, seu infeliz.
Tem nem ideia do tanto de buzão e favela o pai fez pra honrar o batente e as contas pagas no fim do mês... não sabe de nada, só de cartilha que decorou do ensino médio...

Vem com bichisse de ''não sai do quarto'' e bla-bla-bla, só faltou dizer ''botacara mister-M'', e nada de provar que pode empreender com sucesso financeiro, já que na sua opinião empresário é tudo explorador e outras babaquices.

Em vez de discutir a aberração de trocentos encargos sociais, sem falar da carga tributária, que oneram exatamente os mais pobres... não, apela pra falácias e falácias...
No lugar de contra-argumentar...
No fim, seu wall text não vale o tempo digitando pra responder.


Criticar a CLT, pedir uma forma mais desburocratizada e barata de contratar é plenamente defensável ou criticável, ao gosto do freguês. Eu, por exemplo, acredito que os custos do emprego deveriam ser cortados dos impostos, não do trabalhador, que já é baixo assalariado no geral.
Mas você claramente não sabe de onde vem a inspiração fascista da CLT. Não é fascismo pagar hora extra ao seu empregado, dar um tempo pro cara almoçar, dar férias. Ainda que tudo isso aí estivesse na Carta de Lavoro, não seria isso que daria o "verniz fascista da CLT". Pode ser criticável, mas fascismo certamente não é.
Quem, fundamentadamente, vê uma inspiração fascista na CLT, dentre outros, o fazem pelo fato das relações regulamentadas partirem duma fonte autônoma, estranha as partes. Um terceiro decidindo pelos contratantes, impondo seu ponto de vista, embasando-se naquela regulamentação estranha as partes. Pelo modelo sindicalista escolhido, pelas relações deste com o Estado Novo que perdurariam ali, até a CR (até hoje?). Pelo Poder Normativo da Justiça do Trabalho (aqui uma critica a CR).
Desgraça de povo.

Se o motivo do post era um porquê da referência ao fascismo, está aí...
O mesmo criador da CLT era simpatizante do fascismo, que economicamente preza pelo protagonismo do Estado como indutor e catalisador da economia do país...
Que também legou ao país estatais onerosas, como CSN, CVRD e Petrobras, por ex...

O lado bom, é que pelo menos 2 foram privatizadas, menos mal para o Brasil.
 

Urso da Coca Cola

Bam-bam-bam
Mensagens
1.958
Reações
3.271
Pontos
453
Não tou querendo entrar em discussão de "direita x esquerda" (que é a doença dessa pasta) mas só vim dizer que pessoal aqui acharia que a Europa é a própria União Soviética se visse os benefícios que o trabalhador recebe em vários países de lá... o que seria equivocado pois a URSS não tinha algo bom assim, mesmo que achem que isso é "coisa de comunista".

Falando em "comunista" o modelo que muitos ai estão defendendo em prol da "liberdade" é basicamente algo que transformaria o Brasil em China na questão do trabalho escravo, que é exatamente o país que consideram o mais "comunista" hoje em dia.

Miraram no EUA e acertaram na China basicamente.





Sei que 60% aqui deve ser troll falando m**** só pra polemizar, mas sempre tem uns perdido que leva essas coisas a sério então fica ai o recado.

"Se acabar com meus direitchus o BRzão vai virar escravo chinês da noite pro dia"

images
 

MobiusRJ

Mil pontos, LOL!
Mensagens
15.905
Reações
32.537
Pontos
1.084
Simples.
Quando o ignaro começa o texto com emoji ou onomatopéia, já sabe, tá perdido.


Se não aguenta a conversa só ligar a IL ou não desce pra o play, seu infeliz.
Tem nem ideia do tanto de buzão e favela o pai fez pra honrar o batente e as contas pagas no fim do mês... não sabe de nada, só de cartilha que decorou do ensino médio...

Vem com bichisse de ''não sai do quarto'' e bla-bla-bla, só faltou dizer ''botacara mister-M'', e nada de provar que pode empreender com sucesso financeiro, já que na sua opinião empresário é tudo explorador e outras babaquices.

Em vez de discutir a aberração de trocentos encargos sociais, sem falar da carga tributária, que oneram exatamente os mais pobres... não, apela pra falácias e falácias...
No lugar de contra-argumentar...
No fim, seu wall text não vale o tempo digitando pra responder.

Não vale o tempo ou vc não tem argumento algum?

Mais uma vez só partiu para o ad-hominen, focou só na zuada q eu te dei, mas os relatos do meu post que respondiam a sua provocação vc ignorou completamente e ainda tem a pachorra de dizer q "não argumentei". Inclusive em dois dos parágrafos cito os erros comuns de empresários que já convivi e vc simplesmente passou batido.

Me acusa de decorar cartilha do ensino médio, mas continua repetindo as msm coisas de blablabla carga tributária, encargo social e todo esse clichê do manual do choro do empresário incompetente (ou 71 msm). Nada de novo no front.

Se não sei de nada fale mais sobre vc! Conte suas experiências aqui! Eu fiz, contei as minhas, não fiquei com esse papinho evasivo.

No final vc é só mais um revoltadinho de internet que na menor discordância já vem com o papo da ignore list (coisa para chorão). Espero sinceramente q vc não seja empresário pq se alguém depende de vc, tá fudido.
 
Ultima Edição:

Charrua

Lenda da internet
Mensagens
51.349
Reações
59.325
Pontos
2.184
98% dos processos trabalhistas de todo o planeta estão no Brasil



Vícios do Brasil
Enquanto a plateia de cerca de 150 pessoas aguardava em Londres, ao longo do sábado (13), o anunciado "possível grande duelo" entre José Eduardo Cardozo e Sergio Moro, uma série de dados críticos em relação ao nosso país foram apresentados em diferentes palestras do Brazil Forum.

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, abriu os trabalhos, comentando que o Brasil, sozinho, é responsável por 98% dos processos trabalhistas em todo o planeta Terra. Detalhe: nosso país tem 3% da população mundial.

O magistrado citou o caso do Citibank, que desistiu de operar no Brasil quando detectou que aqui obtinha 1% de suas receitas, enquanto simultaneamente sofria 93% das ações trabalhistas em que é reclamado, mundo afora. Em seguida, Barroso comentou que 4% do PIB brasileiro é gasto com o funcionalismo público –
“é um alto custo do Estado”.

O ministro também classificou a Previdência brasileira como responsável por perversa transferência de renda. "Os 32 milhões de aposentados da iniciativa privada custam o mesmo que 1 milhão de aposentados do poder público”. Ao dividir dessa forma desigual, meio a meio, toda a arrecadação da Previdência, o amargo e injusto é que a maioria pobre termina dando dinheiro à minoria mais endinheirada.

Quanto ao possível duelo entre o ex-ministro da Justiça e o juiz da Lava-Jato, sentados lado a lado, o debate não se realizou, havendo educadas divergências e troca de mesuras. Ao iniciar sua fala, Moro brincou dizendo que algumas pessoas esperavam confronto, mas que ele não havia dado “nenhuma cotovelada” no colega de mesa. Segundo o juiz, é uma tolice pensar que os dois não poderiam dividir um espaço, já que “a democracia é um espaço acima de tudo de liberdade”.

Cardozo, a seu turno, feições mais constritas, usou uma frase repetitiva: “O processo de impeachment que retirou Dilma Rousseff foi um golpe”.

Desagregação na rede
Uma pesquisa realizada pelas agências JWT e Grimpa XP - que ouviram 4.894 pessoas em todas as regiões do país – revela que quatro em cada dez brasileiros perderam amigos, nos últimos 12 meses, em função de divergências durante contatos pelas mídias sociais.

Internautas definem que se trata do chamado “rompimento digital”.

Mulheres experientes
O mundo inteiro comenta - e, muitas vezes com pitadas de preconceito - o fato de o novo presidente da França, Emmanuel Macron, 39 de idade, ser casado com uma mulher, Brigitte Macron, 63 – irreversíveis 24 anos mais velha.

Afinal, o mais comum é o contrário: Michel Temer, por exemplo, é casado com Marcela, 43 anos mais nova.

A propósito, a professora de antropologia da UFRJ Mirian Goldenberg lançou o livro “Por que os homens preferem as mulheres mais velhas?”. Foram entrevistados 52 homens e mulheres, todos casados, há pelo menos dez anos, com uma diferença de idade também de, pelo menos, dez anos.

Segundo o livro “todos esses casais são muito felizes”. Entre as mulheres citadas que preferem/preferiram homens mais jovens, estão Susana Vieira, Elza Soares, Ana Maria Braga, Marília Gabriela e Elba Ramalho.

A propósito, números do IBGE mostram que aumentaram as uniões de mulheres mais velhas com homens de menos idade. Em dez anos (1996 a 2006) esses casamentos pularam de 5,6 milhões para 7,5 milhões. São impressionantes 34% de aumento.

Estatística exitosa
Carlos Ayres Brito, ex-presidente do Supremo, pediu a gente de sua confiança para conferir o percentual das decisões de Sérgio Moro que foram mantidas – no TRF-4, no STJ e no STF.

Deu 94%. O levantamento constatou não haver um único juiz, no Brasil, com estatísticas de êxito sequer parecidas.

A propósito, o advogado e escritor José Paulo Cavalcanti Filho, em artigo publicado no Diário de Pernambuco, na sexta-feira (12), sob o título “Moro e Lula, o Encontro” fez projeções sobre a Lava-Jato.

Diz que “Moro sabe que a Lava Jato tem prazo para acabar, porque ele conhece o precedente da Mani Polite (Mãos Limpas), na Itália, onde depois de 5 anos, ninguém mais queria saber da operação”. E arremata que “Moro trabalha para que todos os processos estejam encerrados até o próximo ano”.
 

Charrua

Lenda da internet
Mensagens
51.349
Reações
59.325
Pontos
2.184
Não tou querendo entrar em discussão de "direita x esquerda" (que é a doença dessa pasta) mas só vim dizer que pessoal aqui acharia que a Europa é a própria União Soviética se visse os benefícios que o trabalhador recebe em vários países de lá... o que seria equivocado pois a URSS não tinha algo bom assim, mesmo que achem que isso é "coisa de comunista".

Falando em "comunista" o modelo que muitos ai estão defendendo em prol da "liberdade" é basicamente algo que transformaria o Brasil em China na questão do trabalho escravo, que é exatamente o país que consideram o mais "comunista" hoje em dia.

Miraram no EUA e acertaram na China basicamente.





Sei que 60% aqui deve ser troll falando m**** só pra polemizar, mas sempre tem uns perdido que leva essas coisas a sério então fica ai o recado.
O Brasil tem legislação trabalhista até para gorjetas e tu aí com direita e esquerda
 

Darth_Tyranus

Mil pontos, LOL!
Mensagens
21.386
Reações
178.848
Pontos
1.003
98% dos processos trabalhistas de todo o planeta estão no Brasil



Vícios do Brasil
Enquanto a plateia de cerca de 150 pessoas aguardava em Londres, ao longo do sábado (13), o anunciado "possível grande duelo" entre José Eduardo Cardozo e Sergio Moro, uma série de dados críticos em relação ao nosso país foram apresentados em diferentes palestras do Brazil Forum.

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, abriu os trabalhos, comentando que o Brasil, sozinho, é responsável por 98% dos processos trabalhistas em todo o planeta Terra. Detalhe: nosso país tem 3% da população mundial.

O magistrado citou o caso do Citibank, que desistiu de operar no Brasil quando detectou que aqui obtinha 1% de suas receitas, enquanto simultaneamente sofria 93% das ações trabalhistas em que é reclamado, mundo afora. Em seguida, Barroso comentou que 4% do PIB brasileiro é gasto com o funcionalismo público –
“é um alto custo do Estado”.

O ministro também classificou a Previdência brasileira como responsável por perversa transferência de renda. "Os 32 milhões de aposentados da iniciativa privada custam o mesmo que 1 milhão de aposentados do poder público”. Ao dividir dessa forma desigual, meio a meio, toda a arrecadação da Previdência, o amargo e injusto é que a maioria pobre termina dando dinheiro à minoria mais endinheirada.

Quanto ao possível duelo entre o ex-ministro da Justiça e o juiz da Lava-Jato, sentados lado a lado, o debate não se realizou, havendo educadas divergências e troca de mesuras. Ao iniciar sua fala, Moro brincou dizendo que algumas pessoas esperavam confronto, mas que ele não havia dado “nenhuma cotovelada” no colega de mesa. Segundo o juiz, é uma tolice pensar que os dois não poderiam dividir um espaço, já que “a democracia é um espaço acima de tudo de liberdade”.

Cardozo, a seu turno, feições mais constritas, usou uma frase repetitiva: “O processo de impeachment que retirou Dilma Rousseff foi um golpe”.

Desagregação na rede
Uma pesquisa realizada pelas agências JWT e Grimpa XP - que ouviram 4.894 pessoas em todas as regiões do país – revela que quatro em cada dez brasileiros perderam amigos, nos últimos 12 meses, em função de divergências durante contatos pelas mídias sociais.

Internautas definem que se trata do chamado “rompimento digital”.

Mulheres experientes
O mundo inteiro comenta - e, muitas vezes com pitadas de preconceito - o fato de o novo presidente da França, Emmanuel Macron, 39 de idade, ser casado com uma mulher, Brigitte Macron, 63 – irreversíveis 24 anos mais velha.

Afinal, o mais comum é o contrário: Michel Temer, por exemplo, é casado com Marcela, 43 anos mais nova.

A propósito, a professora de antropologia da UFRJ Mirian Goldenberg lançou o livro “Por que os homens preferem as mulheres mais velhas?”. Foram entrevistados 52 homens e mulheres, todos casados, há pelo menos dez anos, com uma diferença de idade também de, pelo menos, dez anos.

Segundo o livro “todos esses casais são muito felizes”. Entre as mulheres citadas que preferem/preferiram homens mais jovens, estão Susana Vieira, Elza Soares, Ana Maria Braga, Marília Gabriela e Elba Ramalho.

A propósito, números do IBGE mostram que aumentaram as uniões de mulheres mais velhas com homens de menos idade. Em dez anos (1996 a 2006) esses casamentos pularam de 5,6 milhões para 7,5 milhões. São impressionantes 34% de aumento.

Estatística exitosa
Carlos Ayres Brito, ex-presidente do Supremo, pediu a gente de sua confiança para conferir o percentual das decisões de Sérgio Moro que foram mantidas – no TRF-4, no STJ e no STF.

Deu 94%. O levantamento constatou não haver um único juiz, no Brasil, com estatísticas de êxito sequer parecidas.

A propósito, o advogado e escritor José Paulo Cavalcanti Filho, em artigo publicado no Diário de Pernambuco, na sexta-feira (12), sob o título “Moro e Lula, o Encontro” fez projeções sobre a Lava-Jato.

Diz que “Moro sabe que a Lava Jato tem prazo para acabar, porque ele conhece o precedente da Mani Polite (Mãos Limpas), na Itália, onde depois de 5 anos, ninguém mais queria saber da operação”. E arremata que “Moro trabalha para que todos os processos estejam encerrados até o próximo ano”.
Há vários textos desmentindo esses dados. Lembro de ter lido uma vez um longo artigo rebatendo todas essas falácias com pesquisas sérias e fontes. Se não engano a informação é desvirtuada justamente por conta da CLT ser uma lei federal, em muitos outros países essas regras se concentram nos sindicatos ou em legislações do estados, sendo que a questão se resolve dentro destas esferas. Além do mais, ocorre o caso de que as nossas ações trabalhistas ocorrem dentro da esfera da justiça do trabalho, nem todos os países possuem um ramo dedicado a isso, concentrando as ações nas varas cíveis. Em uma pesquisa rápida eu encontrei esse texto que rebate a fala do ministro Barroso. A verdade é que quando se trata da justiça trabalhista precisamos tomar cuidado com o que é divulgado, há muitas mentirar rodando por aí. O que mais me preocupa é que essas mentiras proporcionam justamente reformas como a debatida neste tópico, que não refletem a legislação de países desenvolvidos por focar em dados falsas, muitas vezes divulgados por empresários brasileiros por meio de fontes duvidosas e absurdas a fim de defender seus interesses.

O Brasil não é recordista de processos trabalhistas
06-07-2017
Por RÔMULO VALENTINI

Nos últimos dias, recebi várias perguntas de alunos, amigos e colegas de trabalho sobre a veracidade da alegação impactante do Min. Luis Roberto Barroso de que 98% dos processos trabalhistas de todo o planeta estão no Brasil.


Respondi que não tinha como averiguar a veracidade desses dados e que seria necessário realizar uma ampla pesquisa nas fontes primárias para se confirmar a estatística alegada.


Hoje, tive notícia que já saíram os primeiros estudos sobre o tema proposto. E, não surpreendentemente, revelou-se falsa a estatística apresentada pelo Ministro, a qual aparentemente foi embasada em afirmações do sociólogo José Pastore, datadas de 2009.


Conforme pesquisa de Rodrigo Carelli ( Disponível em https://jota.info/artigos/barroso-negros-de-primeira-linha-e-a-reforma-trabalhista-21062017), no ano 2015, o Brasil teve 2.619.867 casos novos na Justiça do Trabalho. No mesmo ano, a França teve 184.196 novos casos trabalhistas a Alemanha teve 361.816 novas ações e, somente a Espanha, 1.669.083 novos casos. Os números foram extraídos de repositório de dados dos Poderes Judiciários dos referidos países.


Apenas considerando os dados desses três países, já se constata que a afirmação de que o Brasil concentra 98%, 90% ou 80% (cada hora é apresentado um quantitativo diferente) dos processos trabalhistas de todo o planeta não se encontra respaldada por evidências, pesquisas e nem mesmo nos cálculos elementares da matemática.


Mas a realidade se revela ainda mais prejudicial à alegação do Ministro.


Conforme dados do IBGE (http://paises.ibge.gov.br//pt) o Brasil possui 204.450.649 habitantes. A Alemanha possui 80.688.545 habitantes. A França possui 64.395.345 habitantes. E a Espanha possui 46.121.699 habitantes.


Desse modo, o Brasil apresenta uma relação de 0,012 processos trabalhistas por habitante (12 processos a cada mil habitantes)


França e Alemanha, países que possuem legislações trabalhistas mais protetivas ao trabalhador do que a atual legislação brasileira, possuem, respectivamente, 0,002 e 0,004 processos trabalhistas por habitante (2 e 4 processos a cada mil habitantes)


Já a Espanha, país no qual já foram realizadas diversas reformas trabalhistas para a retirada de direitos dos trabalhadores, apresenta uma relação de 0,036 processos trabalhistas por habitante (36 processos a cada mil habitantes).


Portanto, além de constatar a falsidade a alegação de que o Brasil concentra 98% dos processos trabalhistas de todo o planeta, a pesquisa revela que também existem elementos para se constatar que o Brasil não apresenta o maior índice de processos trabalhistas per capita e que alguns países que possuem um maior grau aos proteção aos direitos trabalhistas possuem um índice de processos trabalhistas per capita inferior ao de países nos quais os trabalhadores possuem menos garantias.


Infelizmente, argumentar com base dados e evidências científicas ( e aqui estamos falando de estatística básica, e não de Direito) normalmente não é uma tarefa fácil no Brasil. Com frequência, até mesmo a parcela mais instruída da população prefere se apegar aos argumentos de autoridade que se adequam com uma visão ou pré-disposição ideológica sobre um tema.


É o que os pesquisadores tem denominado de era da "pós verdade", na qual a divulgação de informações bombásticas e a repercussão da notícia tem mais importância do que a veracidade das alegações. Fenômeno que nós, enquanto sociedade, devemos constantemente combater, sobretudo quando estão relacionadas aos debates políticos ou aos projetos de lei de interesse de toda a população.


Infelizmente, não tenho um meme engraçado, um gráfico vistoso ou uma frase de impacto para rebater a afirmação e "viralizar" esta mensagem. Tenho apenas argumentos, com base nos fatos relatados.

RÔMULO VALENTINI.
DOUTORANDO EM DIREITO DO TRABALHO NA UFMG

 

Ennis

Bam-bam-bam
Mensagens
8.195
Reações
19.367
Pontos
394
"Cavou uma cova e a fez fundo. Por fim, caiu na cova que cavou".
 

Layzem

Mil pontos, LOL!
Mensagens
4.493
Reações
11.195
Pontos
1.004
O Brasil não é recordista de processos trabalhistas
06-07-2017
Por RÔMULO VALENTINI

Nos últimos dias, recebi várias perguntas de alunos, amigos e colegas de trabalho sobre a veracidade da alegação impactante do Min. Luis Roberto Barroso de que 98% dos processos trabalhistas de todo o planeta estão no Brasil.


Respondi que não tinha como averiguar a veracidade desses dados e que seria necessário realizar uma ampla pesquisa nas fontes primárias para se confirmar a estatística alegada.


Hoje, tive notícia que já saíram os primeiros estudos sobre o tema proposto. E, não surpreendentemente, revelou-se falsa a estatística apresentada pelo Ministro, a qual aparentemente foi embasada em afirmações do sociólogo José Pastore, datadas de 2009.


Conforme pesquisa de Rodrigo Carelli ( Disponível em https://jota.info/artigos/barroso-negros-de-primeira-linha-e-a-reforma-trabalhista-21062017), no ano 2015, o Brasil teve 2.619.867 casos novos na Justiça do Trabalho. No mesmo ano, a França teve 184.196 novos casos trabalhistas a Alemanha teve 361.816 novas ações e, somente a Espanha, 1.669.083 novos casos. Os números foram extraídos de repositório de dados dos Poderes Judiciários dos referidos países.


Apenas considerando os dados desses três países, já se constata que a afirmação de que o Brasil concentra 98%, 90% ou 80% (cada hora é apresentado um quantitativo diferente) dos processos trabalhistas de todo o planeta não se encontra respaldada por evidências, pesquisas e nem mesmo nos cálculos elementares da matemática.


Mas a realidade se revela ainda mais prejudicial à alegação do Ministro.


Conforme dados do IBGE (http://paises.ibge.gov.br//pt) o Brasil possui 204.450.649 habitantes. A Alemanha possui 80.688.545 habitantes. A França possui 64.395.345 habitantes. E a Espanha possui 46.121.699 habitantes.


Desse modo, o Brasil apresenta uma relação de 0,012 processos trabalhistas por habitante (12 processos a cada mil habitantes)


França e Alemanha, países que possuem legislações trabalhistas mais protetivas ao trabalhador do que a atual legislação brasileira, possuem, respectivamente, 0,002 e 0,004 processos trabalhistas por habitante (2 e 4 processos a cada mil habitantes)


Já a Espanha, país no qual já foram realizadas diversas reformas trabalhistas para a retirada de direitos dos trabalhadores, apresenta uma relação de 0,036 processos trabalhistas por habitante (36 processos a cada mil habitantes).


Portanto, além de constatar a falsidade a alegação de que o Brasil concentra 98% dos processos trabalhistas de todo o planeta, a pesquisa revela que também existem elementos para se constatar que o Brasil não apresenta o maior índice de processos trabalhistas per capita e que alguns países que possuem um maior grau aos proteção aos direitos trabalhistas possuem um índice de processos trabalhistas per capita inferior ao de países nos quais os trabalhadores possuem menos garantias.


Infelizmente, argumentar com base dados e evidências científicas ( e aqui estamos falando de estatística básica, e não de Direito) normalmente não é uma tarefa fácil no Brasil. Com frequência, até mesmo a parcela mais instruída da população prefere se apegar aos argumentos de autoridade que se adequam com uma visão ou pré-disposição ideológica sobre um tema.


É o que os pesquisadores tem denominado de era da "pós verdade", na qual a divulgação de informações bombásticas e a repercussão da notícia tem mais importância do que a veracidade das alegações. Fenômeno que nós, enquanto sociedade, devemos constantemente combater, sobretudo quando estão relacionadas aos debates políticos ou aos projetos de lei de interesse de toda a população.


Infelizmente, não tenho um meme engraçado, um gráfico vistoso ou uma frase de impacto para rebater a afirmação e "viralizar" esta mensagem. Tenho apenas argumentos, com base nos fatos relatados.

RÔMULO VALENTINI.
DOUTORANDO EM DIREITO DO TRABALHO NA UFMG


Da pra botar ele no processo das fake news então?
 

Bonk

Bam-bam-bam
Mensagens
3.863
Reações
12.093
Pontos
303
Infelizmente, argumentar com base dados e evidências científicas ( e aqui estamos falando de estatística básica, e não de Direito) normalmente não é uma tarefa fácil no Brasil. Com frequência, até mesmo a parcela mais instruída da população prefere se apegar aos argumentos de autoridade que se adequam com uma visão ou pré-disposição ideológica sobre um tema.
Resumo do tópico.
Todo mundo aqui apresentando dados e experiências e os Minions e "liberteens" se apoiando em teorias de fundo de quintal.
 

Bonk

Bam-bam-bam
Mensagens
3.863
Reações
12.093
Pontos
303
Simples.
Quando o ignaro começa o texto com emoji ou onomatopéia, já sabe, tá perdido.



Se não aguenta a conversa só ligar a IL ou não desce pra o play, seu infeliz.
Tem nem ideia do tanto de buzão e favela o pai fez pra honrar o batente e as contas pagas no fim do mês... não sabe de nada, só de cartilha que decorou do ensino médio...

Vem com bichisse de ''não sai do quarto'' e bla-bla-bla, só faltou dizer ''botacara mister-M'', e nada de provar que pode empreender com sucesso financeiro, já que na sua opinião empresário é tudo explorador e outras babaquices.

Em vez de discutir a aberração de trocentos encargos sociais, sem falar da carga tributária, que oneram exatamente os mais pobres... não, apela pra falácias e falácias...
No lugar de contra-argumentar...
No fim, seu wall text não vale o tempo digitando pra responder.




Se o motivo do post era um porquê da referência ao fascismo, está aí...
O mesmo criador da CLT era simpatizante do fascismo, que economicamente preza pelo protagonismo do Estado como indutor e catalisador da economia do país...
Que também legou ao país estatais onerosas, como CSN, CVRD e Petrobras, por ex...

O lado bom, é que pelo menos 2 foram privatizadas, menos mal para o Brasil.
Não respondeu nada do que o cara falou e ainda apelou para ad-hominem, não poderia esperar nada diferente da sua turma.

O mais legal ainda é afirmar que o cara não sabe de nada e só segue uma cartilha, sendo que ele foi o único a argumentar com experiências e vivências kkk
Quem tá seguindo a cartilha aqui é você jovem :kbeca
 
Ultima Edição:

MobiusRJ

Mil pontos, LOL!
Mensagens
15.905
Reações
32.537
Pontos
1.084
Não respondeu nada do que o cara falou e ainda apelou para ad-hominem não poderia esperar nada diferente da sua turma.

O mais legal ainda é afirmar que o cara não sabe de nada e só segue uma cartilha, sendo que ele foi o único a argumentar com experiências e vivências kkk
Quem tá seguindo a cartilha aqui é você jovem :kbeca
Ihhhhh, postou "kkkk" já era!!! (Até isso virou "argumento") :klol
 

Abdullah Al-Papai

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
3.777
Reações
14.085
Pontos
703
Assunto muito extenso e complicado.

Acho que já falei sobre isso em um tópico mais antigo, então vou resumir aqui o que acho:

1) O empresário NÃO vai pagar mais para o trabalhador com qualquer tipo de reforma trabalhista, é ilusão, inocência e ingenuidade tremenda achar isso. O salário sobe por DEMANDA.

Enquanto a demanda por funcionários for pífia no Brasil, não haverá reforma nenhuma que proporcione aumento salarial. As reformas tem que ser feitas no sentido de se atrair mais empregos para o país. Mas a CLT do jeito que é hoje é um entrave a geração de empregos no país? Sim, também. Daí chegamos em um problema de circularidade. Mas isso nos leva ao ponto dois

2) Salário mínimo e alguns direitos básicos já está mais que provado que NÃO comprometem significativamente o mercado. Não apenas há literatura sobre o assunto como a própria experiência prática mostra isso. A produtividade do americano médio aumentou quase 400% desde os anos 60 - e eles continuam com os mesmos direitos (nomeadamente salário mínimo. E só). Na Alemanha o trabalhador também teve um aumento substancial de produtividade desde os anos 60 e lá eles têm muito mais direitos que os EUA (e provavelmente que a gente). https://tradingeconomics.com/germany/productivity

Ou seja, o fator de impacto na produção não é a inexistência de alguma rede de seguridade do trabalhador. Daí vem a pergunta interessante: esse aumento de produtividade se traduz em melhor qualidade de vida para o trabalhador "de colarinho azul" americano quando comparado ao trabalhador "de colarinho azul" dos anos 60? Me parece óbvio que não. Maior produção != maior qualidade de vida. Os europeus me parece que entendem isso melhor. Logo, ainda que um crescimento mais cadenciado da produtividade esteja atrelado a esses direitos (e a gente queira velocidade) um equilíbrio é necessário. É fácil querer que cresçamos como a China quando não é você que estará trabalhando num prédio cheio de redes para evitar os suicídios rotineiros.

3) Se esses direitos básicos, portanto, não são o "fim do mundo", como pregado por grupos de interesse, podemos conciliar crescimento econômico com alguns direitos básicos? Me parece que sim. E isso se dá fazendo reformas verdadeiras.

O problema é que o Estado brasileiro é historicamente ineficiente em enfrentar os interesses de quem manda. É só olhar nosso sistema tributário que é muito fácil de perceber isso. Por que nós temos taxação focada pesadamente no consumo?


Enquanto tivermos um Estado FRACO e ineficiente, cooptado por grupos de interesse, esqueçam. Está acontecendo diante dos olhos de vocês: o guardião da moeda desvalorizando a moeda a fim de beneficiar um grupo de interesse (cof cof agro cof cof). E provavelmente isso não irá mudar em nosso tempo de vida. Portanto...

4) Não existe solução por agora, não nos moldes propostos. O trabalhador que for menos otário tem que ficar pistola mesmo e defender os seus interesses próprios, porque depender do lobo pra cuidar do galinheiro é ser muito imbecil. O empresário por sua vez, está no seu direito de achar que tem que ter reforma sim. Isso é natural: quem paga sempre acha que tem que pagar menos. O problema é que o empresariado (aqui estou falando de quem realmente tem poder financeiro, não dos milhões de micro empreendedores que vendem o almoço pra comprar a janta) brasileiro também costuma ter a visão de uma ameba; não liga dois com dois e está mais preocupado com o lucro imediato que com um projeto sustentável para a economia nacional.

E assim segue o jogo...

E mais, quem mete empresa no pau, já pode se considerar excluído de uma série de setores do mercado. Financeiro mesmo é um que tesoura os " malandrinhos " amantes de uma justiça trabalhista.



Faz todo sentido tendo em vista se tratar de um dos mercados mais sujos (talvez O mais sujo) do país.
 
Ultima Edição:

Twiki

Supra-sumo
Mensagens
303
Reações
1.068
Pontos
168
Eu ainda estou esperando os milhões de empregos que seriam gerados com (pela ordem):

  • Congelamento dos investimentos em saúde e educação por VINTE ANOS (governo Temer)
  • Reforma trabalhista (governo Temer)
  • Reforma da previdência (governo Bolsonaro)

Estamos com 14 milhões de desempregados e queriam entubar mais uma reforma, sempre para piorar, com a justificativa que agora sim teremos os empregos prometidos.
 

Havokdan

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
9.505
Reações
10.080
Pontos
764
Eu ainda estou esperando os milhões de empregos que seriam gerados com (pela ordem):

  • Congelamento dos investimentos em saúde e educação por VINTE ANOS (governo Temer)
  • Reforma trabalhista (governo Temer)
  • Reforma da previdência (governo Bolsonaro)
Estamos com 14 milhões de desempregados e queriam entubar mais uma reforma, sempre para piorar, com a justificativa que agora sim teremos os empregos prometidos.
De crise em crise vai se tirando do trabalhador, o ponto final de chegada é revogação da lei áurea. Não haverá mais desemprego, já trabalhadores serão escravos, de carteira assinada de preferência, com talvez benevolência de uma carta de alforria quando não tiver mais saúde ou idade para ser útil.
 

MobiusRJ

Mil pontos, LOL!
Mensagens
15.905
Reações
32.537
Pontos
1.084
De crise em crise vai se tirando do trabalhador, o ponto final de chegada é revogação da lei áurea. Não haverá mais desemprego, já trabalhadores serão escravos, de carteira assinada de preferência, com talvez benevolência de uma carta de alforria quando não tiver mais saúde ou idade para ser útil.
Segundo alguns "espertos" aqui. Aceitou pq quis!
 

Ultima Weapon

Lenda da internet
Mensagens
26.159
Reações
32.477
Pontos
1.629
Acompanhei muito por cima mas estranho esse negócio do governo insistir em uma reforma através de medida provisória, deveria apresentar um projeto para ser debatido no parlamento.
 

a r

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
967
Reações
1.779
Pontos
584

Nova proposta de reforma trabalhista libera domingos e proíbe motorista de app na CLT
Estudo encomendado por ministério contém 330 mudanças na lei; pasta diz que atuação será de diálogo com sociedade

Estudo encomendado pelo governo Jair Bolsonaro para subsidiar uma nova reforma trabalhista propõe, entre outras medidas, trabalho aos domingos e proibir o reconhecimento de vínculo de emprego entre prestadores de serviço e aplicativos.
As sugestões para uma série de mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e na Constituição foram elaboradas por um grupo instituído pelo Ministério do Trabalho e da Previdência. O texto já foi concluído e está sob avaliação.
São ao menos 330 alterações em dispositivos legais. Há a inclusão de 110 regras —entre artigos, parágrafos, incisos e alíneas—, a alteração de 180 e a revogação de 40 delas.

Entregadores de aplicativos durante manifestação por melhores condições de trabalho em São Paulo
Entregadores de aplicativos durante manifestação por melhores condições de trabalho em São Paulo - Bruno Santos - 16.abr.21/Folhapress

Caso seja aprovada a mudança em relação aos domingos, um trabalhador pode ter direito a folgar nesse dia apenas uma vez a cada dois meses —a medida já havia sido tratada na tramitação da MP que deu origem à Lei de Liberdade Econômica.
A proposta dos especialistas altera o artigo 67 da CLT e diz que "não há vedação ao trabalho em domingos, desde que ao menos uma folga a cada 7 (sete) semanas do empregado recaia nesse dia".
Na justificativa da mudança, os especialistas afirmaram que "atualmente um dos maiores desafios que o mundo enfrenta é o desemprego".

"Hoje, para trabalhar aos domingos e feriados, é necessário: estar na lista de atividades autorizadas pela Secretaria Especial do Trabalho [convertida em ministério], ou possuir autorização de entidade sindical, mediante convenção ou acordo coletivo". A sugestão prevê acordo individual.
A medida, segundo o relatório, pode trazer benefícios para os níveis de emprego.
O conjunto de propostas consta de relatórios apresentados pelo ministério, na segunda-feira (29), ao Conselho Nacional do Trabalho. O texto reúne contribuições de magistrados, advogados, economistas e acadêmicos.
O estudo pretende fazer "a sintonia fina da reforma trabalhista de 2017". Para isso, há sugestões sobre trabalho intermitente, correção pelo IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) e indenização por danos morais.
O Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho) foi criado em 2019. Os trabalhos foram organizados em quatro comissões com eixos temáticos.
O documento com 262 páginas foi publicado em novembro deste ano. A desvinculação do trabalhador de aplicativo é citada em três capítulos.
No grupo liderado pelo ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, ex-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), constam as mudanças mais profundas.
Pelo texto, o artigo 3º da CLT deverá afirmar expressamente que "não constitui vínculo empregatício o trabalho prestado entre trabalhador e aplicativos informáticos de economia compartilhada".
Motoristas de passageiros e entregadores de alimentos não poderiam ser considerados empregados de plataformas. Dessa forma, não teriam direitos previstos na CLT. Hoje, há decisões judiciais conflitantes.
Segundo a exposição de motivos, "tal dispositivo busca reduzir a insegurança jurídica sobre o tema, além de exemplificar hipóteses de efetiva subordinação, para superar a discussão jurídica atualmente em voga".
No documento, o ministério diz que as propostas não representam a opinião do governo. "Ou seja, os relatórios dos Grupos de Estudos Temáticos são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores."
Procurada, a pasta reproduziu essa ressalva que está no material. E acrescenta: "Assim sendo, o documento também afirma que 'a atuação do governo federal será calçada e construída por meio de diálogo com a sociedade, sua representação no Parlamento e nas necessidades econômicas e sociais do país'".
Segundo a pasta, "a posição de diálogo e construção é a que orienta o governo no presente momento".
Fenômenos recentes da economia, os aplicativos, como Uber, 99, iFood, têm enfrentado questionamentos judiciais quanto a vínculo de emprego. Na proposta, o tema foi tratado em mais dois artigos da CLT, o 442 e o 442-B.
Já o grupo de liberdade sindical, coordenado pelo professor da FEA-USP Hélio Zylberstajn, afirmou que o caso é de "um critério simples, aritmético e, portanto, objetivo".
"Basta contar a quantidade de partes envolvidas no trabalho sob demanda para concluir que se trata de relação bidimensional, tridimensional ou ainda mais ampla".
Segundo a comissão, "a vantagem é clara". "Se há mais de duas partes no trabalho sob demanda, pode-se concluir com segurança que não há relação de emprego ou de subordinação e não se aplica o conjunto de regras da nossa CLT."
Esse grupo propõe: "Não caracteriza vínculo empregatício a utilização, em uma rede de operações econômicas, de trabalhador que, de forma voluntária, independente, autogerida, eventual ou contínua, participa de transações entre mais de um participante da rede, sejam pessoas físicas ou jurídicas".

Presente à reunião do conselho na condição de assessor jurídico da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o advogado José Eymard Loguercio diz que não foi apresentada proposta de projetos de lei com intuito de garantir proteção a esses trabalhadores.

Segundo ele, os autores do relatório afirmam que o tema já está em debate no Congresso.

"Não há medida de proteção ao trabalhador. Toda a segurança jurídica é para a empresa e para o mercado", afirma Loguercio em alusão ao título da comissão de Gandra, "Direito do Trabalho e Segurança Jurídica".

A proposta de proteção social a esses trabalhadores foi debatida, mas não avançou no grupo.

Integrante da comissão e desembargador do TRT-21 (Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Norte), Bento Herculano Duarte Neto afirma que pessoalmente é a favor de uma rede mínima de direitos.

"O ideal é dizer que não tem vínculo empregatício por não haver subordinação, mas deve haver alguma proteção previdenciária, porque é o famoso trabalhador invisível, além de limitar jornada e ter um patamar mínimo de retribuição financeira", diz Duarte Neto.

Já Gandra afirma que prevaleceu a proposta que busca evitar judicialização. "A matéria é tão polêmica ainda no Brasil e no mundo que a gente quis deixar claro que não existe vínculo empregatício. Se virar empregador, a plataforma deixa de existir, não tem interesse", diz.

"Se não há vínculo, não há o que dizer. Que direito vai ter? Agora, se tiver problema de saúde, hoje pode se filiar como contribuinte individual à Previdência, mas pode deixar isso mais claro", afirma.

O grupo de economia do trabalho, coordenado por Ricardo Paes de Barros, vai nessa linha e sugere que os trabalhadores poderiam se enquadrar como MEI (Microempreendedor Individual), o que torna, por exemplo, a contribuição à Previdência obrigatória.

Não há prazo para que a avaliação do texto seja concluída, e as propostas, apresentadas.



Principais pontos das propostas

  • Não reconhecer vínculo de emprego entre prestadores de serviços (motoristas e entregadores, por exemplo) e plataformas digitais (aplicativos). Ideia é barrar decisões judiciais que reconheçam o vínculo e os direitos previstos na CLT
  • Liberar trabalho aos domingos para todas as categorias
  • Responsabilização do empregado, quando treinado e equipado, pela falta de uso do equipamento de proteção individual em caso de acidente de trabalho
  • Previsão de teste de gravidez antes da dispensa da trabalhadora mulher. Ideia é garantir emprego e não se considerar dispensa arbitrária o fim de contrato por prazo determinado, de experiência, temporário ou intermitente
  • Ajustes nas regras do trabalho intermitente
  • Limitação da chamada substituição processual aos associados de um sindicato
  • Quitação de acordo extrajudicial seria completa, e o juiz, proibido de homologá-lo parcialmente
  • Indenização por danos morais com o o teto dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social como parâmetro, em vez do salário do trabalhador, como previa a reforma de 2017
  • Aplicação do IPCA-E (índice de inflação medido pelo IBGE) em vez da TR, como previa a reforma de 2017, ou da Selic em correção monetária de créditos trabalhistas
  • Aplicação de leis trabalhistas novas aos contratos vigentes a fim de evitar questionamentos como os feitos em relação à reforma de 2017
  • Liberdade sindical ampla, proposta por meio de PEC (proposta de emenda à Constituição)
  • Descartar como obrigatório o uso dos conceitos de categorias e sistema confederativo para conceituação de sindicatos
  • Admitir sindicatos por empresa ou setor produtivo (pode-se manter os conceitos de categorias e sistema confederativo)
 

overoad

Mil pontos, LOL!
Mensagens
14.122
Reações
28.757
Pontos
1.409

Nova proposta de reforma trabalhista libera domingos e proíbe motorista de app na CLT
Estudo encomendado por ministério contém 330 mudanças na lei; pasta diz que atuação será de diálogo com sociedade

Estudo encomendado pelo governo Jair Bolsonaro para subsidiar uma nova reforma trabalhista propõe, entre outras medidas, trabalho aos domingos e proibir o reconhecimento de vínculo de emprego entre prestadores de serviço e aplicativos.
As sugestões para uma série de mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e na Constituição foram elaboradas por um grupo instituído pelo Ministério do Trabalho e da Previdência. O texto já foi concluído e está sob avaliação.
São ao menos 330 alterações em dispositivos legais. Há a inclusão de 110 regras —entre artigos, parágrafos, incisos e alíneas—, a alteração de 180 e a revogação de 40 delas.

Entregadores de aplicativos durante manifestação por melhores condições de trabalho em São Paulo
Entregadores de aplicativos durante manifestação por melhores condições de trabalho em São Paulo - Bruno Santos - 16.abr.21/Folhapress

Caso seja aprovada a mudança em relação aos domingos, um trabalhador pode ter direito a folgar nesse dia apenas uma vez a cada dois meses —a medida já havia sido tratada na tramitação da MP que deu origem à Lei de Liberdade Econômica.
A proposta dos especialistas altera o artigo 67 da CLT e diz que "não há vedação ao trabalho em domingos, desde que ao menos uma folga a cada 7 (sete) semanas do empregado recaia nesse dia".
Na justificativa da mudança, os especialistas afirmaram que "atualmente um dos maiores desafios que o mundo enfrenta é o desemprego".

"Hoje, para trabalhar aos domingos e feriados, é necessário: estar na lista de atividades autorizadas pela Secretaria Especial do Trabalho [convertida em ministério], ou possuir autorização de entidade sindical, mediante convenção ou acordo coletivo". A sugestão prevê acordo individual.
A medida, segundo o relatório, pode trazer benefícios para os níveis de emprego.
O conjunto de propostas consta de relatórios apresentados pelo ministério, na segunda-feira (29), ao Conselho Nacional do Trabalho. O texto reúne contribuições de magistrados, advogados, economistas e acadêmicos.
O estudo pretende fazer "a sintonia fina da reforma trabalhista de 2017". Para isso, há sugestões sobre trabalho intermitente, correção pelo IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) e indenização por danos morais.
O Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho) foi criado em 2019. Os trabalhos foram organizados em quatro comissões com eixos temáticos.
O documento com 262 páginas foi publicado em novembro deste ano. A desvinculação do trabalhador de aplicativo é citada em três capítulos.
No grupo liderado pelo ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, ex-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), constam as mudanças mais profundas.
Pelo texto, o artigo 3º da CLT deverá afirmar expressamente que "não constitui vínculo empregatício o trabalho prestado entre trabalhador e aplicativos informáticos de economia compartilhada".
Motoristas de passageiros e entregadores de alimentos não poderiam ser considerados empregados de plataformas. Dessa forma, não teriam direitos previstos na CLT. Hoje, há decisões judiciais conflitantes.
Segundo a exposição de motivos, "tal dispositivo busca reduzir a insegurança jurídica sobre o tema, além de exemplificar hipóteses de efetiva subordinação, para superar a discussão jurídica atualmente em voga".
No documento, o ministério diz que as propostas não representam a opinião do governo. "Ou seja, os relatórios dos Grupos de Estudos Temáticos são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores."
Procurada, a pasta reproduziu essa ressalva que está no material. E acrescenta: "Assim sendo, o documento também afirma que 'a atuação do governo federal será calçada e construída por meio de diálogo com a sociedade, sua representação no Parlamento e nas necessidades econômicas e sociais do país'".
Segundo a pasta, "a posição de diálogo e construção é a que orienta o governo no presente momento".
Fenômenos recentes da economia, os aplicativos, como Uber, 99, iFood, têm enfrentado questionamentos judiciais quanto a vínculo de emprego. Na proposta, o tema foi tratado em mais dois artigos da CLT, o 442 e o 442-B.
Já o grupo de liberdade sindical, coordenado pelo professor da FEA-USP Hélio Zylberstajn, afirmou que o caso é de "um critério simples, aritmético e, portanto, objetivo".
"Basta contar a quantidade de partes envolvidas no trabalho sob demanda para concluir que se trata de relação bidimensional, tridimensional ou ainda mais ampla".
Segundo a comissão, "a vantagem é clara". "Se há mais de duas partes no trabalho sob demanda, pode-se concluir com segurança que não há relação de emprego ou de subordinação e não se aplica o conjunto de regras da nossa CLT."
Esse grupo propõe: "Não caracteriza vínculo empregatício a utilização, em uma rede de operações econômicas, de trabalhador que, de forma voluntária, independente, autogerida, eventual ou contínua, participa de transações entre mais de um participante da rede, sejam pessoas físicas ou jurídicas".

Presente à reunião do conselho na condição de assessor jurídico da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o advogado José Eymard Loguercio diz que não foi apresentada proposta de projetos de lei com intuito de garantir proteção a esses trabalhadores.

Segundo ele, os autores do relatório afirmam que o tema já está em debate no Congresso.

"Não há medida de proteção ao trabalhador. Toda a segurança jurídica é para a empresa e para o mercado", afirma Loguercio em alusão ao título da comissão de Gandra, "Direito do Trabalho e Segurança Jurídica".

A proposta de proteção social a esses trabalhadores foi debatida, mas não avançou no grupo.

Integrante da comissão e desembargador do TRT-21 (Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Norte), Bento Herculano Duarte Neto afirma que pessoalmente é a favor de uma rede mínima de direitos.

"O ideal é dizer que não tem vínculo empregatício por não haver subordinação, mas deve haver alguma proteção previdenciária, porque é o famoso trabalhador invisível, além de limitar jornada e ter um patamar mínimo de retribuição financeira", diz Duarte Neto.

Já Gandra afirma que prevaleceu a proposta que busca evitar judicialização. "A matéria é tão polêmica ainda no Brasil e no mundo que a gente quis deixar claro que não existe vínculo empregatício. Se virar empregador, a plataforma deixa de existir, não tem interesse", diz.

"Se não há vínculo, não há o que dizer. Que direito vai ter? Agora, se tiver problema de saúde, hoje pode se filiar como contribuinte individual à Previdência, mas pode deixar isso mais claro", afirma.

O grupo de economia do trabalho, coordenado por Ricardo Paes de Barros, vai nessa linha e sugere que os trabalhadores poderiam se enquadrar como MEI (Microempreendedor Individual), o que torna, por exemplo, a contribuição à Previdência obrigatória.

Não há prazo para que a avaliação do texto seja concluída, e as propostas, apresentadas.



Principais pontos das propostas

  • Não reconhecer vínculo de emprego entre prestadores de serviços (motoristas e entregadores, por exemplo) e plataformas digitais (aplicativos). Ideia é barrar decisões judiciais que reconheçam o vínculo e os direitos previstos na CLT
  • Liberar trabalho aos domingos para todas as categorias
  • Responsabilização do empregado, quando treinado e equipado, pela falta de uso do equipamento de proteção individual em caso de acidente de trabalho
  • Previsão de teste de gravidez antes da dispensa da trabalhadora mulher. Ideia é garantir emprego e não se considerar dispensa arbitrária o fim de contrato por prazo determinado, de experiência, temporário ou intermitente
  • Ajustes nas regras do trabalho intermitente
  • Limitação da chamada substituição processual aos associados de um sindicato
  • Quitação de acordo extrajudicial seria completa, e o juiz, proibido de homologá-lo parcialmente
  • Indenização por danos morais com o o teto dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social como parâmetro, em vez do salário do trabalhador, como previa a reforma de 2017
  • Aplicação do IPCA-E (índice de inflação medido pelo IBGE) em vez da TR, como previa a reforma de 2017, ou da Selic em correção monetária de créditos trabalhistas
  • Aplicação de leis trabalhistas novas aos contratos vigentes a fim de evitar questionamentos como os feitos em relação à reforma de 2017
  • Liberdade sindical ampla, proposta por meio de PEC (proposta de emenda à Constituição)
  • Descartar como obrigatório o uso dos conceitos de categorias e sistema confederativo para conceituação de sindicatos
  • Admitir sindicatos por empresa ou setor produtivo (pode-se manter os conceitos de categorias e sistema confederativo)
E daí depois não conseguem entender porque grande parte da população, que tem condições já bastante ruins de trabalho e são exploradas, acabam votando em partidos de esquerda ainda mais radicais pra tentar reverter essas merdas.
E isso que nem tudo aí é errado, como por exemplo a responsabilização do empregado no uso de EPI, quando devidamente treinado. O problema é que o pacote vem com alguns poucos 'bombons' de chocolate e um monte de embrulho com b*sta dentro.
 

Havokdan

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
9.505
Reações
10.080
Pontos
764
Confia que a reforma vai ser tão boa quanto as anteriores....de reforma em reforma, vai chegar a da revogação da lei áurea..

Enviado de meu Redmi Note 9S usando o Tapatalk
 

arthur the king

Bam-bam-bam
Mensagens
2.895
Reações
5.753
Pontos
453
Os caras acham que o problema da produtividade brasileira tá no trabalhador e não nas merdas que o governo faz

Quer gerar emprego? Faz uma reforma tributária BOA,uma reforma previdência BOA,corta imposto, desburocratiza,respeita o teto e com o dinheiro que economizar da reforma da previdência investe em programa social de renda básica pra pobre

Pronto

Enviado de meu Redmi Note 8 usando o Tapatalk
 
Topo Fundo