McLaren Project 4
Bam-bam-bam
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Nada que você disse contradiz meu post, na verdade estou falando justamente sobre isso.
Também sou do interior, sou mineiro, sei do que você está falando, principalmente no tocante a ser rústico e levar uma vida com simplicidade.
Mas na real, nada disso impede a porradaria cultural que está acontecendo sistematicamente no ocidente, caso você não se interesse por esse tipo de assunto, tudo bem, mas cuidar da própria vida não faz com que o problema desapareça.
Jogo que segue.
Aqui eu discordo de você, e muito.
Se estivéssemos falando de Super Mario, ou de jogos antigos, de fato, o que interessa é a jogabilidade. Contudo, com os jogos permeados de cultura pop, comportamento e opinião, que é o caso dos jogos de hoje em dia, quando você os joga, querendo ou não você carrega um pedacinho deles com você. A trilha sonora, o efeito sonoro ao realizar determinada ação, a música que toca no momento de liberação de endorfina no seu cérebro, tudo isso fica impregnado no seu subconsciente, independente se você é "da roça" ou considera o consumo desse tipo de produto como uma atividade recreativa das mais inocentes.
Coloque nesse caldeirão de elementos, narrativa política, simbolismo e, até mesmo o estilo narrativo e ações que você memoriza muscularmente para dominar o gameplay e você tem a mágica da endoutrinação muito mais eficaz que as propagandas tradicionais.
Imagina o impacto disso a níveis massivos e em cabeças ainda em formação (publico alvo dos videogames, jovens).
Será que realmente a temática e a narrativa dos jogos eletrônicos não interessam?
Será que um jovem matuto da roça não carrega consigo alguma coisa dos jogos que joga? Qual o impacto disso no médio e longo prazo? E as intenções por trás das mensagens, são realmente boas? É fácil identificar o discurso nocivo do salutar?
Fica o questionamento.
Sinceramente, isso é um tremendo exagero.
Os jogos passaram a ser o que os livros, os filmes, as músicas, as novelas e programas de televisão são desde sempre. A diferença é que antigamente não existia gráfico ou espaço suficiente para comportar narrativas complexas como as que vimos atualmente. E pra falar a verdade, uma pessoa para ser influenciada por algum tipo de pensamento não precisa nem consumir nada disso do que vc falou.
Basta ela acessar a rede social e interagir ou entrar no youtube e assistir determinado conteúdo. Ainda assim, na falta de internet, rede social e youtube, nada impede que uma pessoa seja influenciada por outra. Enfim, existem inúmeras maneiras de se influenciar uma pessoa, e todo mundo é um "alvo" em potencial a partir do momento que põe o pé pra fora de casa.
Todos os jogos que possuem conteúdos "preocupantes" são classificados de acordo com a faixa etária que está apta a aprecia-la de de forma não danosa / influenciável. Cabe aos pais a responsabilidade de filtrar o conteúdo consumido pelos filhos.
Se uma pessoa é influenciada por doutrina / mensagem de qualquer tipo de midia, ai o problema está naquela pessoa em especifico, e não na mídia que ela consumiu.