fazia tempo que eu não tinha um dia m**** de ponta a ponta.
sei que não se compara a dias de vitimas de covid, de nego que passa fome,
Mas fica ai meu registro.
Começou ontem, alias,
eu tenho alergia ao colant (agua de refrigeração) do(s) robo(s) que eu tenho autorização a trabalhar, e dos que eu não tenho, ja que a mistura é praticamente a mesma. Sempre usei luva quando precisa mexer nisso, mas as vezes espirra no braço e com o tempo parece que tava pegando fogo. As vezes vou no dermatologista pegar remédio que sara rapido. O remédio acabou, e a luva também (por causa do coronavirus).
Por causa disso dormi e acordei numa coçeira zuadissima na mão direita (que foi a mão que usei pra ficar segurando uma peça do robo ontem). Ja começou o dia errado ai. Mas tudo bem, ja aceitei o emprego a muito tempo atras sabendo da alergia.
La pelas 5:30 da manhã saio pra deixar o lixo no ponto de coleta. Vou la, sem ninguém na rua além de um gato gordo preto e branco que vive empuleirado na cerca da escola primaria que tem na frente. Nesse ponto de coleta é um cercado de tijolo e concreto com uma cerca anti-corvo na entrada. Precisa levantar ela pra jogar o lixo la dentro. Quando eu tava tirando os pesos que impedem os corvos de levantar a cerca, aparece uma molier, no "apice pra peruisse", que por aqui chamam de "gal", além de não ser o tipo de molier que eu costume sentir qualquer atração ou "simpatia". Surge na esquina carregando um saco de lixo, "por educação machista", fiquei la pra segurar a cerquinha pra ela jogar o lixo, ja que tava naquela limiar social de "esperar pra fechar a porta do elevador". Não fazia idéia aonde essa molier morava, embora tivesse certeza que morava nesse quadrado de casas de prédios de apartamento que eu moro.
Eis que eu la "sendo cavalheiro" de short puido, camisa de 10 anos de idade, havaianas com furo no calcanhar, arrepiado, mal humorado, com a mão vermelha. A molier, que mais parece um pavão do tanto de enfeite que ela tem na cara e corpo. Para, olha fixamente pra minha cara, e eu pensando "oh minha jovem, joga essa porra ai logo que eu tenho um café-da-manhã pra comer". Depois de alguns segundos, ela volta ao normal e joga o lixo no lugar. Eu solto a cerca e coloco o peso "anti-corvo" no lugar, e ainda ela começa a puxar assunto comigo, logo de cara comentando que eu moro no fim do corredor, nessa hora eu ja pensei "eita...".
Até ai eu nem ligaria, mas porra que molier que fala alto.... Jesuiz......
Uma coisa que ajuda a minha paciencia diminuir é pessoa falando alto.
Fui o trajeto inteiro dialogando com um pavão que não existe volume baixo.
Mas.... até ai tudo bem, ela não parece ser uma pessoa ruim, embora pessoas barulhentas as 5 da manhã não sejam la a coisa que melhore minha paciencia. Mas até ai mentalmente eu ainda tava no "ah, tranquilo....".
Fui fazer café da manhã e descubro que acabou o bacon. Faço uma nota mental de comprar bacon de noite. E por conta disso resolvo sair mais cedo pra comprar comida "mais calorica" pro café da manhã, hoje é sexta e por isso a opção mais viavel era um Family Mart que tem no caminho pro trabalho. Passando nesse family mart tinha um trio de idosos sem mascara, eu sou meio "veiaco" em passar coronavirus pra velho, vai la saber se eu tenho essa m****,, e eu nem ligaria se o trio não estivesse bem na frente da bancada da comida "mais saudavelmente grauda" do lugar. Até ai mentalmente eu ainda tava no "ah, tranquilo....".
Perto de family Mart tem um templo no topo de uma pequena montanha (a que separa o bairro que eu moro do bairro que eu trabalho). Pra chegar la é uma escada estreita, ingrime e alta. Até hoje eu nunca tive problemas com essa escada. E direto quando eu to com tempo eu compro uns snacks vegetais no family mart e ia la subornar esquilos....
Sim, um dos meus passatempos matutinos é fazer amizade com esquilos, no topo de um morro que faz parte de uma reserva florestal e perto de um templo de madeira mais velho que meu bizavo.
Eu tinha quase 1h ai pra "relaxar" na natureza, que não durou 2mins, porque subiu um grupo de juvenil fazendo exercicios (pelo menos estavam usando mascara) e ficaram fazendo baderna no templo.
Desistindo de passar um tempo com esquilos, segui meu rumo a empresa.
Dai pra frente até um certo momento, vou resumir:
- Um carinha ultra barulhento chegou no memso horario que eu e o armario dele é perto do meu, e pra piorar tinha um infeliz que trabalha com ele ja la, resultado, tive que trocar de roupa ouvindo dissertação em voz extridente sobre o fim do estado de emergencia (que ja faz 5 dias).
- No caminho entre a sala de armarios e minha sala de trabalho, tem 1 das duas maquinas que aceitam pagamento pelo meu celular, direto eu paro la pra comprar café e hoje não tinha. Mas até ai tudo bem. qualquer coisa tem a outra maquina no outro prédio.
- Na reunião matutina do grupo, me lembraram que era minha vez de explanar um relatório de erro, que nem era pra ser minha vez, era pra ser do meu "discipulo", mas esse não foi trabalhar hoje (a unica coisa boa do dia).
Pela minha leitura de japones não ser "em velocidades nativas", eu costumo ler as coisas antes, mesmo que alguns minutos, mas dessa vez fui pego de supresa. Mas até ai tudo bem, "tenho falta-de-vergonha o suficiente pra superar esses obstaculos". No fim abraçei meu histórico de comediante sem graça e profit.
- La pelas 10 da manhã, com uma coceira horrorosa na mão por causa do dia anterior, ja na certeza que iria no dermatologista assim que saisse do trabalho as 5 da tarde (do tipo que poucas vezes eu aviso com antecedencia que eu preciso de fato sair das 5 da tarde do trabalho, embora não precise). Estou la conferindo o trabalho do robo, até que começa a goteirar essa agua na mão que esta zuada. Por qual motivo? desconheço, simplismente saiu de um dos canos e parou assim que eu percebi, da pior maneira possivel.
- Eis que acontece a coisa mais absurda que ja aconteceu comigo nesse trabalho. A PORCARIA DO ROBO SIMPLISMENTE RESOLVEU SE REBELAR.....
Tipo, há o projeto, há alguém que pega o grosso do projeto, faz no cad, converte em programa que o robo leia, passa pra mim e eu "dou uma ajeitada do jeito que o robo trabalhe corretamente" e regulo tudo que precisa, faço as travas, etc. Eis que é um projeto carniça... do Tipo que precisaram convocar reunião com todos os envolvidos pra verem o tempo que levariam e se era possivel. O meu "mestre" levou 1 mes pra fazer algo parecido e queriam que eu e a guria que trabalha comigo fizesse em 3 semanas (e por isso eu fui escolhido, a menina se voluntariou por motivos desconhecidos, que eu chamo de masoquismo).
Enfim, é um projeto carniça, quando me mostraram o papel, de longe, sem ler nada, nenhum detalhe, eu vi o desenho do blueprint e pensei "tomar no cu". Lendo os detalhes eu começei a pensar "o velho é foda hein, ja fez algo parecido com isso antes?". Pensando "qualquer coisa eu peço ajuda pro velho", eu concordei com a empreitada,
Eis que começei o projeto na segunda, eu tinha comentado com o carinha que cuida da minha agenda de projetos (e da agenda de todos os demais do meu grupo de trabalho), que pelo andar da carruagem, eu conseguiria reduzir o tempo de 3 semanas pra 15 ou 16 dias.
E ontem, durante uma cagada no trabalho, sem espertofone, apenas refletindo sobre a a vida, o universo e tudo mais, tive 3 epifanias, uma era sobre musica e a outra era sobre o projeto. Que se eu mudasse algumas coisas e criasse algumas ferramentas do robo em "grande numero" eu reduziria o tempo de 15 dias pra 4 (se tivesse ja começado nesse esquema). A terceira epifania era como produzir as ferramentas em "alta velocidade" (pelo menos rapido o suficiente pra compensar o tempo). Durante a cagada, ao chegar a conclusão que eu precisaria criar determinada coisa, eu desisti. Mas por cagar recebendo, eu não tava com pressa nenhuma de sair do banheiro. Eis que enquanto eu refletia sobre coisas super importantes como porque "hitokowa" não pronuncia "hitokowai". Eis que surge de repente a maneira de resolver o problema que surgiu da epifania anterior.
Saio do banheiro, dou uma analisada melhor nas idéias e vejo que é viavel. E coloco em pratica.....
O problema é que eu acumulei a semana inteira de trabalho carniça no mesmo ponto, pra agilizar. Tudo ficou a "merce" do robo rebelde, que até então ninguém tinha idéia que a rebeldia dele chegaria tão longe.
Tipo, o trabalho até enquanto É MUITO CARNIÇA, são especificações com um grau de erro pequno demais em locais que mesmo sem especifições de limites de micrometros, a coisa costuma dar trabalho de não sair lixo.
Minha paciencia que demando pra trabalho ja tava beirando 0 por ter passado a semana toda "brincando de dark souls na vida real com matematica, geometria e intuição".
Eis que o prato principal do dia de b*sta ocorre faltando uns 30 minutos para o almoço. Após inserir uns dados no robo pra terminar o negócio, e por ser coisa que ja tava no meio do programa. Eu botei as contas nas configs. Cheguei a deixar o botão de "apenas leitura" ativado, pra antes de ir pro realtime, eu dar aquela conferida se tava tudo certo. Pelo trabalho ser o tipo 'Não quero fazer nunca mais". Então.... depois de ter feito isso dezenas de vezes durante a semana e centenas/milhares de vezes coisas parecida durante a vida. Eu aperto o botão de ativar, olho pro robo e vejo que "ta indo", viro as costas e PUM. No estrondo, por reflexo eu estiquei o braço e apertei o botão de RESET, o botão até hoje tinha funcionado, serve pra limpar a memória do robo e fazer ele parar de repente..... Mas não dessa vez,
ele continuou se mexendo.
E o pior, do pior jeito que ele podia se mexer, saiu regaçando tudo. Numa barulheira da porra de tudo quebrando, eu apertando loucamente o botão de reset e falando "PARA PORRA!!!", o negócio quebrando tudo que eu tinha feito nos 3 ultimos dias, os 3 ultimos dias que eu passei uma raiva do c***lho, somado cm as laminas, as ferramentas de regulagem, que eu levo horas pra conseguir regular (e isso porque eu costumo não seguir as normas padrões anti-erro, quem segue deve levar o dia todo, embora só meu antecessor e eu sabem algumas coisas, sendo destruido).
Quando decidi apertar o botão de emergencia, que é o tipo de botão "vida-ou-morte", vulgo, ele queima todos os fusiveis do robo por sobrecarga de energia. Pra ter certeza que ele vai desligar mesmo, o botão simplismente queima o sistema elétrico do robo. Por norma (tanto da fabricante quanto da empresa, só apertar o botão se for caso de vida ou morte).
O robo simplismente para.
Manolos, na hora que bateu aquela tsunami de consequencias, começou a subir um ódio.... put* que pariu....
foram dias segurando uma calculadora fazendo contas e muitas vezes "na intuição" pra acertar aquelas merdas.
Sem saber o porque da rebelida do robo.
A suspeita do lider do grupo foi que ele puxou o programa de limpeza de forma aleatória sem mais nem menos e ativou durante a execução de outro.
A minha, depois de ja ter esfriado a cabeça um tanto, ,mas não o suficiente ficar calmo, foi que eu mexi nele rapido demais, levantando todas as coisas "estranhas" que ja aconteceu comigo operando o robo, ocorria coisas estranhas quando eu usava o painel como se tivesse na fase do jetsky do Battletoads. Eu ja tava na oitava peça do projeto, ja tava mais rapido que o habitual por cosutme adquirido do memso projeto.
Enfim,
essa foi a maior m**** do dia.
Mas não foi a ultima.
Houve outras menores.
- Tinha uma fila monstro no refeitório hoje.
- Reunião pra discutir algo que pra mim deveria ser óbvio, ja que tivemos que "decidri" o que "sempre decidimos", referente a projeto comum.
- Descobrir que o projeto carniça tem um sucessor igual na reta, e a unica coisa que separa ele é outro projeto que nem era meu mas empurraram pra mim porque "o crab sempre consegue encurtar tempo de projetos muito longos" e o próximo precisa ser feito rapido.
- Precisar de laminas que até então sempre tinha no estoque de "reposição autimatica" (quando chegava a numero minimo, automaticamente era feito pedido de outro lote), não tinha.
Até ai, só coisa de trabalho, afinal, o dia de um "salary man" é pelo menos metade de trabalho.
Após ter sido "expulso" da empresa pelo próprio lider de grupo "por eu estar parecendo que ia matar alguém, saude em primeiro lugar.... vá beber uma cerveja pra esquecer os perrengues".
Volto pra casa,
dropo a mochila e saio pra comprar marmita,
dou de cara com uma molier que eu tinha saido a algum tempo e até então eu não achava que ela guardava qualquer resentimento a meu respeito, até porque eu não fiz nada demais (no bom e mal sentido).
por algum motivo ela tava pistola comigo.
Agi como eu sempre lido em situações assim, sorrindo e achando graça da situação peculiar.
Volto pra casa denovo.
Janto, bebo a tão sonhada cerveja pra relaxar. Mas foi só uma latinha.
Ja meio/completamente pistola da vida, vou cozinhar cenoura comer como petisco e eis que faço um corte na mão.
Até ai foi a coisa que menos contribuiu pra vontade de explodir tudo no dia.
Depois de efetuado o petisco, com a mão sangrando, resolvo cuidar da mão.
E não tem mais nada pra cuidar de machucado em casa.
Saio pra comprar (de mascara, obviamente).
vou no mercado do bairro, a moça que eu "estava cozinhando simpatia" esta la (estou no Japão e ela não parece ser do tipo que chegar chegando seja a melhor opção, enfim, estratégia meio-termo japão/brasil).
Durante aquela conversa social marota, surge outra molier, que eu ja tinha saido, também, e não deu bom, e o "clima" denunciou a moça que eu estava cozinhando "amizade colorida", percebeu e fechou a cara.
Mais "trabalho jogado fora" tendo que "recomeçar denovo".