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Tópico Oficial Candidato Fernando Haddad [vote 13; Esqueceram o Lula!]

Bloodstained

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O triângulo da propina que envolve Haddad
O candidato do PT poderia ter renegociado a dívida de São Paulo com Dilma Rousseff, mas, segundo o Ministério Público, ele preferiu participar de uma negociata envolvendo Eduardo Cunha e Leo Pinheiro, da OAS

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O ano era 2013. O município de São Paulo, na época comandado pelo hoje candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, tinha uma dívida junto ao governo federal de R$ 53,2 bilhões – 13% de sua receita líquida ia para pagar dívidas com a União, que, na época, era também comandada pelo PT, da então presidente Dilma Rousseff. A solução óbvia era renegociar a dívida com seu principal credor, o governo federal. Entretanto, o caminho utilizado por Fernando Haddad foi uma parceria com o então deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ), hoje detido em Curitiba, e o empreiteiro Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, também preso. É o que indicam investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) obtidas pela reportagem de ISTOÉ. Para o MPF, a triangulação revelaria a confluência de interesses entre o então prefeito petista, o então deputado corrupto e o empreiteiro corruptor, sempre girando em torno do pagamento de propinas.

Àquela altura, Haddad estava pressionado com os diversos protestos populares fruto dos aumentos nas passagens de ônibus. Precisando de uma solução que lhe garantisse mais recursos, o petista atuou ao lado de Cunha para a aprovação da matéria. Ao mesmo tempo, de acordo com a investigação, integrantes do seu governo tiveram encontros com membros da OAS durante a tramitação do Projeto de Lei. Emails em poder da PF, demonstram constante troca de mensagens entre Cunha, Leo Pinheiro e Haddad sobre o andamento do projeto. O Ministério Público Federal acredita que Cunha recebeu propina da OAS para favorecer Haddad.

As informações que ligam Haddad, Pinheiro e Cunha constam do inquérito da Operação Manus, que investigou superfaturamento na construção do estádio Arena das Dunas, em Natal (RN), caso que levou à prisão o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Além do caso específico do estádio potiguar, o inquérito concentrou outros indícios da relação de Cunha com a OAS. As peças juntadas no inquérito ligam os interesses dos três envolvidos na triangulação. Em 2012, durante a campanha eleitoral, Haddad recebeu doações da ordem de R$ 850 mil da empresa de Léo Pinheiro. À época, a OAS mantinha seis contratos com a prefeitura paulistana, e as dificuldades de recursos da administração municipal, na avaliação do MP, certamente refletiriam na possibilidade de tais contratos serem honrados. Somados, os contratos tinham valor global de R$ 1,4 bilhão. No relatório da Operação Manus, o MPF é explícito: Cunha “atuou em favor dos interesses da OAS relacionados à rolagem da dívida pública do Município de São Paulo, na gestão do prefeito Haddad”. Pela denúncia, Cunha trocou mensagens entre junho e outubro de 2013 com “Léo Pinheiro” justamente falando sobre essa matéria.

O governo federal apresentou o Projeto de Lei Complementar 238/2013, que teve como relator o então líder do MDB na Câmara, Eduardo Cunha, no início de 2013. A matéria tratava basicamente da rolagem da dívida da prefeitura de São Paulo e de outras aproximadamente 200 cidades brasileiras. O PLC também mudava os critérios de indexação dos contratos de refinanciamento das dívidas de estados e municípios com a União. Um detalhe que chamou a atenção nas investigações do MPF sobre o tema é que, nas trocas de mensagens deste período, existem indícios de que o ex-secretário municipal de Negócios Jurídicos Luis Fernando Massonetto alertou que um dos entraves para a não aprovação da matéria seria justamente Cunha. “Donato falou que o Sec. De Assuntos Juridicos tinha ligado no Juridico da Casa Cívil (o Manssoneto foi o Juridico de Haddad no Ministério da Educação). Disseram que o Problema era EC (Eduardo Cunha)”, descreve uma das mensagens no celular de Leo Pinheiro. Segundo consta em pesquisa da agenda da Secretaria de Justiça da Prefeitura de São Paulo, Massonetto teve uma reunião com membros da OAS, em 28 de maio de 2013. Justamente antes dessa mensagem disparada por Leo Pinheiro.

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Outro trecho da investigação indica que Cunha, além de Leo Pinheiro, também trocava informações com Haddad sobre o projeto. “O próprio Eduardo Cunha conversou com Fernando Haddad antes das alterações”, diz o inquérito. Ou seja, para a PF, Haddad tinha exata noção do que estava sendo discutido na Câmara. Em outra operação, a Catilinárias, os investigadores apreenderam um computador em posse de Cunha no qual havia um e-mail encaminhado para o endereço: claudia.510mederiso@gmail.com com a seguinte mensagem: “depois de conversar com Hadda(d) fiz essas alterações, passe a ele, abs”. No arquivo anexo ao e-mail, havia a minuta do substitutivo apresentado por Eduardo Cunha à Câmara, que depois veio a ser aprovado. Segundo relatório da PF, um detalhe que corrobora a tese é uma outra troca de mensagens entre Leo Pinheiro e Cunha no qual o executivo da OAS questiona: “Ainda hoje te mando o texto que combinamos. A minuta do Fernando vc me manda”. Cunha, então pergunta. “Qual Fernando”. A resposta é precisa: “Haddad”.

O interesse extremo e a participação de Haddad no processo levanta dúvidas da PF e MPF. O problema, no caso, parece ser o caminho que cruza Haddad, Léo Pinheiro e Eduardo Cunha. Ainda mais diante da informação do MPF de que Cunha, ao lado de Henrique Eduardo Alves, teriam recebido pelo menos R$ 4,6 milhões por meio de doações eleitorais como propina pela sua atuação no Congresso, na qual se inclui a aprovação do PLC 238/2013. E de que a OAS recebeu R$ 173 milhões da Prefeitura de São Paulo na gestão Haddad. Destes, R$ 89 milhões em 2014, ano subsequente à aprovação do PLC. Como dizia Tom Jobim: o Brasil não é para amadores.

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Fonte
 

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O feitiço contra o feiticeiro
O PT foi o grande precursor das fake news, valendo-se de notícias falsas contra seus adversários para se favorecer eleitoralmente nas campanhas de 2010 e 2014. Embora continue a usar a arma em 2018, o partido interpreta o papel de vítima
Ary Filgueira

26/10/18 - 09h00
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Ilustração: Gerson Nascimento
A denúncia de que um grupo de empresários teria se unido para montar um esquema de distribuição de fake news pelo whatsapp em favor do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, esquentou a reta final da campanha. Os partidários da campanha de Fernando Haddad, do PT, que aparece em grande desvantagem nas pesquisas, enxergaram na acusação uma janela para questionar judicialmente e tentar a impugnar a candidatura do capitão reformado do Exército. O próprio whatsapp adiantou-se e excluiu contas ligadas ao candidato do PSL, inclusive de seu filho, Flávio Bolsonaro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou investigar o caso. Nada irá evoluir agora. Talvez só no próximo ano, servindo de sombra para um provável futuro governo Bolsonaro. Mas essa é outra história. O problema é que há uma certa dose de hipocrisia na indignação petista. Em eleições anteriores, e mesmo nesta, o partido fazia o uso indevido das redes sociais. Até se deparar com Bolsonaro como adversário, o PT era quem se valia do whatsapp e de outros canais na internet para difamar sem qualquer pudor ou freio moral e espalhar mentiras deslavadas sobre os concorrentes. Ou seja, o partido acostumado a acusar os outros do que ele mesmo faz foi precursor das fake news.
Em 2014, o PT usou irregularmente as ferramentas da internet para se beneficiar na eleição. Naquele ano, Dilma Rousseff disputava a reeleição e estava tecnicamente empatada com o senador Aécio Neves (MG), candidato do PSDB, nas pesquisas de intenção de voto. Dilma então contou com a ajuda de nada menos que 509 robôs que replicaram links dos sites de campanha principalmente com ataques a Aécio. A maioria das mensagens em massa era repassada pelo Facebook e Twitter. O serviço patrocinado contribuiu decisivamente para que ela se sagrasse vitoriosa.
A interferência de robôs, perfis falsos e outras artimanhas é uma adaptação
ao mundo virtual da prática da velha política de manipular as eleições



Na vanguarda das notícias falsas
Dilma, aliás, esteve na vanguarda das notícias falsas, antes mesmo delas receberem o epíteto de fake news. Quatro anos antes, na sua primeira eleição presidencial, ela já lançava mão do serviço sujo executado no submundo da internet. Em 2010, uma conta na antiga rede social Orkut no nome de Armando Santiago Jr. foi denunciada. O suposto Armando Santiago Jr. ocupava-se de espalhar textos em defesa de Dilma. Deu o que falar. Ele passava o dia inteiro atrás da tela de computador espalhando textos com ataques ao seu adversário, o senador José Serra, do PSDB. No seu perfil, Armando se descrevia como um homem de 56 anos, casado e morador de Poços de Caldas, Minas Gerais. Seu perfil no Orkut chamava-se “Seja Dita Verdade”. Na verdade, porém, era tudo mentira. Armando não existia. Era um perfil falso. Era o alter ego de quatro pessoas que recebiam até R$ 4 mil mensais entre maio e outubro de 2010 para trabalhar no submundo virtual em favor de Dilma.
Mas tudo mudou quando mudaram também os atores envolvidos. Tão logo surgiu a denúncia contra a candidatura de Bolsonaro, o PT ingressou com uma representação junto ao TSE. Nela, os advogados de Haddad pediram impugnação da candidatura do PSL e uma punição contra o empresário Luciano Hang, dono da loja de departamento Havan. Ele teria sido um dos contratantes das empresas de tecnologia para envio de mensagens anti-PT. Hang nega, mas a desculpa para uma provável derrota já está pronta. O Brasil gosta mesmo de brincar com fogo.


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Difamação eletrônica
A representação deve entrar na fila de outras 40 que também esperam pela apreciação da corte eleitoral. De acordo com fontes do TSE, o tribunal recebeu 400 representações contra irregularidades na campanha deste ano. Destas, 40 dizem respeito à propagação de fake news. Não é necessário muito exercício mental para adivinhar contra quem pesa uma das denúncias. Sim, o PT. Mais precisamente contra a campanha à reeleição do governador do Piauí, Wellington Dias. Segundo a denúncia, a influenciadora digital Paula Holanda diz ter sido procurada por uma representante da agência de marketing digital Lajoy para participar do que chamou de uma “ação de militância política para a esquerda”, com foco nas campanhas de Dias, da senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e do candidato ao governo de São Paulo, Luiz Marinho.


Em 2014, Dilma usou 509 robôs para disseminar noticias
falsas contra Aécio. Em 2010, a vítima foi Serra

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas aponta que a interferência de robôs, perfis falsos e outras artimanhas nas eleições é uma adaptação ao mundo virtual de uma prática velha adotada pela política tradicional. A difamação e a manipulação sempre foram tristes ferramentas do debate político. O que hoje se conseguiu foi a multiplicação da eficiência dessas ferramentas. Contas automatizadas que permitem a massificação de postagens se converteram em armas poderosíssimas de manipulação em grande escala. Segundo o estudo, o mal virou epidemia especialmente após 2014. Na época, o PT inoculou o vírus. Que agora virou-se contra Haddad.
https://istoe.com.br/o-feitico-contra-o-feiticeiro/
 

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OAB desmente campanha de Haddad

Em nota, os presidentes da OAB, da Anamatra, da ANPT e da Fenaj desmentem a campanha de Fernando Haddad, que anunciou em seu site o apoio dessas entidades ao petista.

“As entidades signatárias (…) reiteram que não apoiam, promovem ou indicam voto em quaisquer das chapas concorrentes.”

As entidades anunciam que já pediram a “imediata retirada” do apoio fake do site da campanha, “sob pena de serem tomadas outras providências cabíveis”.

A OAB abandonou o barco, assim como sindicalistas de toga.

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https://www.oantagonista.com/brasil/oab-desmente-campanha-de-haddad-e-diz-que-nao-apoia-o-petista/
 


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Gleisi diz que não vê 'problema nenhum' em indulto a Lula
Senadora ressaltou, contudo, que ex-Presidente é contra e que decisão será respeitada
O Globo
26/09/2018 - 19:14 / 26/09/2018 - 20:56
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A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, discursa na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba Foto: Nelson Almeida/AFP/11-09-2018

BRASÍLIA — A presidente do PT , senadora pelo estado do Paraná Gleisi Hoffmann , afirmou em entrevista ao "UOL" que não vê "problema nenhum" na possibilidade do próximo Presidente conceder um indultoao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão. Gleisi ressaltou, no entanto, que o próprio Lula é contra o indulto, e disse que essa decisão será respeitada.

— O indulto é uma previsão constitucional. O Lula é inocente. Eu não veria problema nenhum em o presidente eleito dar indulto ao presidente Lula. Isso aí é absolutamente normal. Mas nós vamos respeitar a decisão do presidente Lula. Se ele não quer, nós vamos respeitar. Mas não haveria problema nenhum em fazê-lo. Acho que Lula tem que ser colocado em liberdade o mais cedo possível — destacou.

Na semana passada, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad,disse que não concederá o perdão de pena a Lula se for eleito , "mesmo que as cortes superiores não reconheçam a inocência do ex-Presidente". Até então, ele vinha dizendo que Lula lhe dissera que não queria o indulto, mas desejava ser inocentado.

— A resposta é não — disse Haddad, ao ser indagado sobre o tema em sabatina promovida pela rádio "CBN" e pelo portal "G1". — Não ao indulto — completou.

O assunto veio à tona depois do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), dizer que Haddad daria o indulto a Lula "em seu primeiro dia de governo". Na sabatina, o presidenciável disse que nunca falou sobre perdão judicial ao ex-presidente com Pimentel nem o autorizou a falar em seu nome.

— Pode ser que ele (Pimentel) tenha desejo que isso aconteça. Mas nunca conversei com ele sobre isso, aliás, nunca conversei com ninguém no PT sobre isso.
https://oglobo.globo.com/brasil/gleisi-diz-que-nao-ve-problema-nenhum-em-indulto-lula-23104741?

Este é o objetivo do PT. Haddad não passa de um fantoche.
 

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Haddad defende punição exemplar a petistas que enriqueceram na política
Cátia Seabra - Folhapress

23 de outubro de 2018, 07:11
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Foto: Futura Press / Folhapress

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, voltou a admitir na noite desta segunda-feira (22) a hipótese de petistas e aliados terem cometido crimes. Em entrevista ao programa Roda Viva, o petista dizia que não iria negar sua relação partidária quando foi questionado na possibilidade de ocorrência de crime.
“Houve crime? Na minha opinião, provavelmente, sim”.

Definindo-se como constitucionalista, o candidato voltou a defender a conclusão dos processos. Ele disse acreditar que teve gente que usou de caixa 2 para enriquecer.
“Certamente, teve pessoas que usaram o financiamento de caixa dois, financiamento ilegal de campanha, para enriquecer. São dois crimes: financiamento de caixa dois e o enriquecimento, que ainda é mais grave. Por isso, tem uma pena maior. Acredito que teve gente que se valeu disso para enriquecer. Só a favor de punição exemplar dessas pessoas”.

O petista admitiu erros na condução da política econômica do governo Dilma. Ele lembrou, porém, que o Congresso Nacional impediu a reorganização da economia às custas da chamada pauta bomba.

Haddad relatou ter conversado, nesta segunda-feira (22), com o senador tucano Tasso Jereissati (CE). Segundo ele, Tasso repetiu que, mesmo apontando falhas de Dilma, considera um erro o PSDB ter apoiado a pauta bomba liderada pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Questionado, ao final do programa, se tem um ídolo na História do Brasil, Fernando Haddad hesitou e disse que seria difícil citar apenas um nome. Encorajado a falar mais de um, Haddad limitou-se, porém, a citar o ex-presidente Juscelino Kubitscheck. Ele não falou de Lula, embora tenha dito anteriormente que o petista foi o melhor presidente que o país já teve
https://paranaportal.uol.com.br/politica/564-haddad-punicao-pt/



"Promotoria acusa Fernando Haddad de enriquecimento ilícito
Ação diz que ex-prefeito, candidato a vice na chapa do PT, tinha ‘domínio’ de pagamento, via caixa 2, pela UTC, de uma dívida de R$ 2,6 mi da campanha de 2012, tem que começar pelo HADDAD."
 

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"Olhem só que piada. O Andrade não sabia que o
Governo do Pt apoiou a eleição de Maduro na Venezuela.
Não sabia que houve desvio de dinheiro da Odebrecht para Venezuela.
Ele não sabia."
 

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10/06/2016 06h43 - Atualizado em 10/06/2016 10h00
Moradores de rua de SP dizem que guardas levam colchões e até calcinha

Prefeitura disse que colchões atrapalham pedestres.
Recolhimento de pertences pessoais, como cobertores, será apurado.

Paula Paiva PauloDo G1 São Paulo



No 1º dia de junho, Ana Paula de Jesus Souza, moradora de rua, teve sua carroça levada pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). Dentro dela havia objetos pessoais e até exames médicos. No dia seguinte foi a vez de sua calcinha ser levada. “Tomei banho, coloquei minha calcinha ali no pezinho de goiaba, escondidinha, para não ficar exposta, né, e eles pegaram minha calcinha e levaram, acredita?”.

O relato da mulher de 37 anos é semelhante ao de outros moradores em situação de rua. A reportagem conversou com seis, de diferentes lugares da cidade, que afirmaram já ter passado por isso.

Ana Paula levou seu caso até o Padre Júlio Lancellotti, da Pastoral da Rua. Ele pagou uma taxa de R$ 19,20 para a Subprefeitura da Mooca e conseguiu recuperar a carroça. No entanto, sem os pertences que estavam dentro. Além de roupas, panelas e alimentos, estavam radiografias que ela tinha feito para tentar conseguir a aposentadoria no INSS, já que tem artrose na coluna e nas pernas.

Procurada pelo G1, a Prefeitura disse que “as ações de cuidados com a cidade não podem justificar o recolhimento de bens e pertences pessoais, como documentos, cartões, medicamentos, mochilas, roupas, cobertores e instrumentos de trabalho". "Tais condutas serão apuradas e as devidas sanções administrativas serão aplicadas aos seus autores."

Conseguir recuperar a carroça foi exceção. “De dez anos que eu tenho de rua, eles já levaram mais de 20 vezes minhas coisas. Assim de levar tudo, deixar só a roupa do corpo”, contou Ana Paula. Segundo o padre, a devolução só aconteceu “por pressão política”.
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Wallace da Silva e Júlio dos Santos já tiveram os pertences levados (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)

Júlio César dos Santos, de 25 anos, mora embaixo do Viaduto Bresser. Há um mês, perdeu tudo o que tinha. “Levaram a bolsa inteira, camisetas, calça, meia, blusa de frio, colchão”. Também não foi sua primeira experiência com "o rapa". Segundo ele, suas coisas já foram levadas cinco vezes. “Se a bolsa tiver com documentos, eles já juntam tudo, jogam em cima do caminhão, deixa nem você pegar seus documentos.”

Colega de Júlio, Wallace da Silva, de 26 anos, é do interior do estado e está há sete meses na capital procurando emprego. Como ainda não conseguiu, mora na rua. Nesse pouco tempo já sentiu o efeito do “rapa”: perdeu colchão e coberta. Conseguiu outros, que foram inutilizados pelas fortes chuvas dos últimos dias. Os dois foram até a paróquia onde trabalha o padre Júlio e conseguiram dois sacos de dormir.
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Padre Júlio Lancellotti, de boné preto e óculos, é da Pastoral da Rua e auxilia os moradores (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)

“O 'rapa' é uma ação sistemática, contínua e permanente”, disse o padre Júlio, que acompanha essa situação há anos junto a diferentes administrações. “Nada mudou”, diz sobre a gestão Haddad. “O que a gente pode dizer hoje em dia é o seguinte, os moradores de rua são refugiados urbanos. Porque eles incomodam em todo lugar que eles vão.”

A apreensão é feita pela subprefeitura de cada região, com apoio da GCM. Segundo a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social também atua na abordagem de moradores em situação de rua "com o encaminhamento para os abrigos municipais ou, até mesmo, ao Pronto Socorro, quando é percebida a necessidade de cuidados médicos”.

De acordo com o padre Júlio e com os relatos dos moradores, a violência na abordagem vem da GCM. “Vem quebrando tudo mesmo, pisando, chutando, não tá nem aí com nós”, disse o morador de rua Júlio. “Ela se chama Guarda Civil Metropoliana e de civil ela não tem nada”, disse o padre.
Outra reclamação dos moradores em relação ao tratamento recebido na hora da abordagem, é com o uso de água. “Acorda você com água na cara”, disse Roberto da Silva, de 47 anos, que vive na Praça Ramos de Azevedo, no Centro. Amaral Henrique Souza, de 35 anos, também se queixou. “Joga água na cara das pessoas e trata como lixo.”
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'Dá tristeza, dá revolta, dá ira', disse o morador de rua Amaral Souza (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)

Amaral Henrique Souza mora há cinco nas ruas do Centro de São Paulo, e também disse que já perdeu colchão e documentos. “Dá tristeza, dá revolta, dá ira. O prefeito só quer fazer negócio de bicicleta para os ricos”.

A Prefeitura explicou que, quanto ao recolhimento de colchões, “a orientação é que não seja permitida a permanência desses objetos no espaço público, pois acabam atrapalhando a segurança do deslocamento de pedestres”.

Defensoria cobra Prefeitura
Para evitar a apreensão ilegal de pertences da população de rua, a Defensoria Pública estadual encaminhou à Prefeitura de São Paulo, em maio, a proposta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê “a criação de um protocolo de conduta para as atividades de limpeza, manutenção e recuperação de áreas públicas, bem como de devolução de bens eventualmente apreendidos”.

A Prefeitura ainda não enviou oficialmente nenhuma resposta para a Defensoria. Por causa disso, o órgão disse ao G1 que os “os Defensores Públicos do Núcleo estudam as medidas judiciais cabíveis a serem adotadas, afim de garantir que pessoas em situação de rua não tenham seus pertences apreendidos”.
A Defensoria ainda disse que a apreensão acontece com mais frequência na região central da cidade, como Sé, Luz [Cracolândia], Anhangabaú, República e Praça 14 Bis. “Porém, trata-se de um problema antigo e que atinge toda a cidade”, informou o órgão.
http://g1.globo.com/sao-paulo/notic...ue-guardas-levam-colchoes-e-ate-calcinha.html










MP apura se houve omissão de gestão Haddad em mortes de moradores de rua

Inquérito investiga providências para evitar mortes; gestão diz que está à disposição para prestar esclarecimentos
PAULA FELIX, O ESTADO DE S. PAULO
15 Junho 2016 | 18h11

SÃO PAULO - A Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual (MPE) vai apurar se houve omissão da Prefeitura de São Paulo nas mortes de moradores de rua pelas baixas temperaturas. Segundo a Pastoral do Povo de Rua, que pertence à Igreja Católica, ao menos cinco pessoas morreram ao relento. A Prefeitura não confirma as mortes.

Um inquérito civil sobre a Operação Baixas Temperaturas, feita pela gestão municipal quando os termômetros ficam abaixo de 13°C, está sendo conduzido pela promotora Beatriz Helena Budin. O procedimento já existe desde 2014 e tem como objetivo acompanhar as atividades realizadas pela operação. “Os óbitos serão investigados em âmbito criminal. Entretanto, no inquérito civil, será apurado se a Prefeitura deixou de adotar as providências necessárias para evitá-las”, diz a promotora.
O padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, defende a investigação. “A gente tem de ver essa questão de maneira humana. Não é ver quem vai dar o colchão e quem vai tirar, precisamos de respostas. Há uma responsabilidade (da Prefeitura) por omissão”, afirma.

A gestão municipal afirma que “está à disposição do Ministério Público para prestar todos os esclarecimentos” e que oferece 11.517 vagas em 79 centros de acolhida e 13 abrigos emergenciais. Disse ainda que cerca de 11 mil pessoas foram acolhidas nos últimos dias.
Queixas. Moradores de rua que dependem dos abrigos municipais relataram ao Estado diversos problemas nessas estruturas. Comida estragada, falta de limpeza nos banheiros, maus-tratos de funcionários e até furtos foram citados.

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Anteontem, 65 pessoas dormiram no local; frio aumentou as doações e a solidariedade Foto: Nelson Antoine//Framephoto

“Muitos preferem dormir na rua porque são discriminados aqui. Já fui chamado de ‘noia’, mendigo. Tem gente que é agredida”, diz Roberval Araújo dos Santos, de 30 anos, que frequenta um centro de acolhida na Barra Funda. “Uma vez ganhei um tênis de marca, deixei no bagageiro do albergue e desapareceu”, conta.
Evandro Barbosa Gomes, de 49 anos, diz que as condições de higiene do local são péssimas. “No refeitório onde comemos há buracos no teto e os pombos fazem cocô em cima de nós e da comida. O banheiro tem urina e fezes no chão”, conta.

Elias Nilo de Freitas, de 50 anos, diz que alguns funcionários expulsam moradores que reclamam ou chegam fora do horário. “Aqui é melhor do que dormir na rua, mas a gente sofre preconceito, alguns funcionários nos tratam com grosseria.”

A Secretaria de Assistência Social afirma que os profissionais são constantemente capacitados para lidar com a população de rua, “o que não impede problemas pontuais”, que, quando acontecem, levam ao afastamento do funcionário envolvido. A secretaria diz ainda que já tomou providências para a troca de tela de proteção do refeitório e afirma que não recebeu denúncias de comida estragada. Diz também que todos os abrigos têm equipes de limpeza, mas que cabe também aos usuários a manutenção do ambiente limpo.

Doações. Com o frio e as mortes, a procura de auxílio e a solidariedade aumentaram. “Estamos tendo um bom fluxo, desde pessoas simples que trazem uma sacolinha até a Defesa Civil do Estado, que ofereceu cobertores e toalhas de banho”, diz o frei José Francisco de Cassia dos Santos, do Serviço Franciscano. A Igreja de São Francisco, no centro, liberou o pernoite na segunda, quando recebeu 46 pessoas. Nesta terça-feira, 14, 65 dormiram no local.

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Morador de rua tem colchões e papelões retirados por GCM


IML. Procurado, o Instituto Médico-Legal (IML) da Capital esclareceu que, desde março, foram registrados 98 corpos de pessoas “desconhecidas ou não reclamadas” (provavelmente moradores de rua): 40 em março, 25 em abril, 27 em maio e 6 nos últimos 15 dias. Desses seis corpos, dois foram identificados pelo IML. Até agora, o laudo de um corpo não-identificado constatou morte por broncopneumonia.
Todos os casos, segundo a Secretaria da Segurança Pública, foram registrados como morte suspeita (a ser esclarecida) e estão sendo investigados pelos distritos da Água Fria, dos Jardins, do Belém, da Liberdade e de Santa Cecília. Por enquanto, foram identificados Adilson Roberto Justino e João Carlos Rodrigues.

Análise: ‘Falta bom senso para reconhecer que o outro é um ser humano’
Eulálio Figueira, professor e coordenador do Curso de Especialização em Ciência da Religião da PUC-SP
As últimas gestões abandonaram as pessoas que estão em situação de rua. Há mais a preocupação em fazer a “cidade limpa” do que em ter um cuidado com essa população, que está marginalizada e desatendida, excluída das políticas sociais e públicas. É necessário entender o morador de rua como morador de rua, que vive e pensa em um universo de referências que é diferente do cidadão que está ligado a um número de residência.

A questão dos animais, por exemplo, é clara, porque há uma relação de cumplicidade: o animal se sente protegido pelo morador de rua, e este pelo cachorro. Há uma relação de solidariedade. Não adianta ter o albergue se não pode levar o animal, é inegociável.
Outro ponto é que essa população vive um contexto diferente. Se a gente tem um horário, eles têm outros. Não adianta pegar as nossas regras e tentar que eles assumam isso. A questão de horário e espaço tem de ser pensada.

O problema da população de rua não é só estar na rua, mas estar desassistida. O fato de morar na rua não faz alguém não humano. Há quem viva nessas condições por perder a ligação com a família, pelo uso de entorpecentes ou porque optou por isso. O problema é não ter assistência de saúde, proteção, espaço e acesso ao que é básico para qualquer cidadão.

A grande questão é a falta de bom senso para reconhecer que o outro é um ser humano. A população não quer uma pessoa na sua porta, mas cabe ao cidadão exigir que o poder público tenha políticas e pense em articulações para cuidar dessas pessoas e mudar o seu modo de ver o morador de rua como uma ameaça.

Onde doar itens
Missão Belém (Rua Doutor Clementino, 608, Belém, zona leste)
Casa de Oração do Povo da Rua (Rua Djalma Dutra, 3, Luz, região central)
Paróquia São Miguel Arcanjo (Rua Taquari, 1.100, Mooca, zona leste)
Igreja São Francisco (Rua Riachuelo, centro)
Cáritas Arquidiocesana (Rua Major Diogo, 834, Bela Vista, centro de São Paulo)
Fraternidade O Caminho (Rua Djalma Dutra, 69, Luz)
Campanha do agasalho (www.campanhadoagasalho.sp.gov.br/)
Anjos da Noite (Rua José Teixeira da Silva, 15, Parque das Paineiras, recolhimento aos sábados)
Anchietanum/Sefras (Rua Apinajés, 2.033, Sumarezinho, região oeste)
https://sao-paulo.estadao.com.br/no...dad-em-mortes-de-moradores-de-rua,10000057407
 

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Gestão de Haddad corta transporte escolar de crianças deficientes, diz jornal
Cadeirantes estão sem ir à escola há mais de duas semanas por falta de vagas

01/03/2016 - 12h58 (Atualizado em 01/03/2016 - 14h58)
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Motoristas de vans fazem protesto em frente ao MP nesta terça

Crianças cadeirantes estão sem ir à escola há mais de duas semanas por falta de vagas no Transporte Escolar Gratuito da Prefeitura de São Paulo. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, as mães dos alunos dizem que os condutores diminuíram o número de assentos para as crianças com deficiência desde o início do ano letivo.

O repasse da prefeitura teria diminuído desde o dia 11 de fevereiro, quando entrou em vigor novo edital. Com a mudança, passou-se a ser permitido apenas o transporte de dois alunos de manhã e dois de tarde.

Antes disso, pelo menos cinco crianças com deficiência andavam em cada veículo por turno. Cerca de 300 crianças, segundo a reportagem, estão sem o transporte para a escola. As mães, então, precisam deixar os filhos em casa.

A prefeitura afirmou que espera que a situação seja normalizada em até 15 dias e pediu para que os pais que estão com dificuldade procurarem a direção das escolas. Além disso, a administração disse que não vai recuar da nova forma de organização do transporte na cidade.
Experimente: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play
https://noticias.r7.com/sao-paulo/g...r-de-criancas-deficientes-diz-jornal-01032016
 

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Gestão Haddad pagou R$ 245 mi em contratos sob suspeita na Lava Jato
À frente da Prefeitura de SP, atual candidato do PT repassou montante a empreiteiras em obras incluídas nos mesmos contratos do túnel que ele diz ter 'indícios de superfaturamento' e que também são investigados por cartel
Fabio Leite, O Estado de S. Paulo
14 Outubro 2018 | 05h10

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, pagou durante sua gestão como prefeito de São Paulo R$ 245 milhões a empreiteiras envolvidas na Lava Jato por obras incluídas nos mesmos contratos do túnel que, agora, ele diz ter suspendido por “indícios de superfaturamento” há cinco anos. Os negócios também são investigados por suspeita de cartel, admitido no ano passado pela Odebrecht ao Ministério Público paulista.
Dados da Prefeitura obtidos pelo Estado mostram que os valores foram repassados pela gestão petista (2013-2016) para os quatro consórcios encarregados de executar o prolongamento da Avenida Roberto Marinho, na zona sul da capital. Os lotes são liderados pelas empresas OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão.

Os contratos foram assinados em 2011 pelo ex-prefeito e atual ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), com valor original de R$ 1,98 bilhão. A construção do túnel de 2,4 km até a Rodovia dos Imigrantes está distribuída nos quatro lotes, junto com outras obras viárias, quatro mil moradias populares e trechos de um parque linear. Até deixar a Prefeitura, em dezembro de 2012, Kassab já havia pago R$ 105 milhões às empreiteiras. O túnel, porém, ainda estava na fase de instalação do canteiro de obra.

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Em fevereiro de 2013, segundo mês de mandato, Haddad decidiu suspender a execução do túnel e manter as demais obras previstas nos mesmos contratos. À época, alegou falta de recursos e inversão de prioridade em uma nota pública de esclarecimento. Não mencionou nenhuma suspeita de irregularidade na obra suspensa e disse que pretendia retomar o projeto. Naquele momento, a Lava Jato ainda não havia sido deflagrada.
“Ao invés do túnel, vamos priorizar todas essas obras e quando vendermos mais Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção), sobretudo na região do Jabaquara, você pode retomar a ideia de fazer o túnel, que já está licitado e licenciado. Não está havendo um cancelamento, apenas uma inversão de prioridade”, disse Haddad na ocasião.

De fato, o túnel nunca saiu do papel, mas as demais obras previstas nos mesmos contratos foram tocadas adiante pela gestão do petista – depois pela administração João Doria e agora pela gestão Bruno Covas, ambos do PSDB. Entre as obras concluídas estão o viaduto da Avenida Lino Moraes Leme, entregue em março deste ano, e 430 habitações de interesse social.

A maior parte das obras foi executada pelo consórcio liderado pela OAS, que recebeu R$ 221,9 milhões nos quatro anos da gestão Haddad. Odebrecht e Andrade Gutierrez, que têm a maioria dos seus contratos vinculados ao túnel suspenso, receberam R$ 5 milhões e R$ 5,4 milhões, respectivamente. Já o consórcio da Queiroz Galvão recebeu R$ 12,4 milhões.

Nova versão. Foi somente após as acusações de caixa dois para a campanha de 2012 feitas por delatores da Odebrecht e da UTC – parceiras no contrato do túnel da Roberto Marinho – que o presidenciável petista mudou publicamente o discurso sobre a obra. Primeiro, em sua defesa, começou a dizer que estava sofrendo “retaliações” dos executivos porque “contrariou os principais interesses das empresas” ao suspender a construção do túnel.
Depois, já durante a campanha ao Palácio do Planalto e após ser alvo de duas ações (civil e eleitoral) e uma denúncia criminal pelo suposto recebimento de R$ 2,6 milhões de caixa 2 da UTC, Haddad passou a afirmar que suspendeu a obra do túnel por “indícios de superfaturamento” que teriam sido repassados a ele por um secretário. Apesar da afirmação, o petista não solicitou nenhuma investigação ao Ministério Público nem à Controladoria-Geral do Município (CGM), criada por ele em 2013 para combater corrupção na Prefeitura.

“A Odebrecht e a UTC tiveram o túnel da Roberto Marinho suspenso no meu segundo mês de mandato. Eu tinha exatos 44 dias à frente da Prefeitura de São Paulo quando suspendi uma obra por indícios de superfaturamento. Essas duas empresas resolveram me retaliar e, sem apresentar nenhuma prova, foram ao Ministério Público denunciar o que seria um pagamento de despesas de campanha que não provaram até agora”, afirmou o petista ao ser entrevistado no Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 14 de setembro.

Cartel. No fim do ano passado, a Odebrecht assinou o primeiro de uma série de acordos de colaboração com o Ministério Público de São Paulo no qual afirmou que todos os contratos de obras do chamado Sistema Viário Metropolitano, incluindo os lotes do túnel da Roberto Marinho, foram alvo de cartel das empreiteiras, que combinaram os preços previamente.

Segundo a Promotoria, o esquema foi coordenado pelo engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa (2007-2010), e também teve participação do ex-secretário municipal de Infraestrutura e braço direito de Kassab no ministério, Elton Santa Fé Zacarias. Ambos teriam cobrado 5% de propina sobre o valor dos contratos. Assim como Kassab, eles são alvo de ação de improbidade por enriquecimento ilícito, mas negam as acusações.
https://politica.estadao.com.br/not...-245-mi-em-contratos-sob-suspeita,70002546319
 

Sgt. Kowalski

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Permitam-me upar aqui apenas para postar a primeira entrevista do poste após as eleições:

Elite econômica abriu mão de seu verniz ao eleger Bolsonaro, diz Haddad



Candidato a presidente derrotado nas eleições, Fernando Haddad (PT-SP) diz que há dois anos previa que a “extrema direita” teria espaço na política nacional. Afirma que errou em uma previsão: a de que João Doria (PSDB-SP) lideraria esse campo como um “PSDB bolsonarizado”.
Em sua primeira entrevista desde a eleição, Haddad afirma que não pretende dirigir o PT nem sua fundação, mas que militará pela formação de frentes em defesa dos direitos sociais e civis.
Para ele, a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) mostrou que o país vive num sistema híbrido, em que o autoritarismo cresce dentro das instituições democráticas.

O resultado das eleições deste ano já foi definido como tsunami, implosão do sistema. Qual é a sua visão, de quem foi o derrotado? [sorrindo] Antes de mim tiveram uns 12 [derrotados], né?
O senhor personificou a derrota. Há dois anos, eu te dei uma entrevista. E talvez tenha sido um dos primeiros a dizer: “É muito provável que a extrema direita tenha espaço na cena política nacional”.
Eu dizia: “Existe uma onda que tem a ver com a crise [econômica] de 2008, que é a crise do neoliberalismo, provocada pela desregulamentação financeira de um lado e pela descentralização das atividades industriais do Ocidente para o leste asiático”.
Os EUA estavam perdendo plantas industrias para a China. E a resposta foi [a eleição de Donald] Trump. Isso abriria espaço para a extrema direita no mundo. Mas a extrema direita dos EUA não tem nada a ver com a brasileira. Trump é tão regressivo quanto o Bolsonaro. Mas não é, do ponto de vista econômico, neoliberal. E o chamado Trump dos trópicos [Bolsonaro] é neoliberal.
Trump apoia Bolsonaro. Ele precisa que nós sejamos neoliberais para retomar o protagonismo no mundo, e tirar a China. Está havendo, portanto, um quiproquó: os EUA negam o neoliberalismo enquanto não nos resta outra alternativa a não ser adotá-lo.
E por quê? A crise mundial acarretou a desaceleração do crescimento latino-americano e a consequente crise fiscal. No continente todo houve a ascensão de governos de direita —no caso do Brasil, de extrema direita.
Por que o centro político não conseguiu responder a essa crise? Eu imaginava [há dois anos] que o [João] Doria, que é essencialmente o Bolsonaro, fosse ser essa figura [que se elegeria presidente]. Achava que a elite econômica não abriria mão do verniz que sempre fez parte da história do Brasil. As classes dirigentes nunca quiseram parecer ao mundo o que de fato são.
O quê? O Bolsonaro. Já o Doria seria um PSDB bolsonarizado, mas com aparência tucana. Eu apostava nele.
E por que não no Lula? Eu já fazia a ressalva: “Eu não sei o que vão fazer com o Lula”. Está claríssimo que, se não tivessem condenado o Lula num processo frágil, que nenhum jurista sério reconhece como robusto, ele teria ganhado a eleição. Eu fiz 45% dos votos [no segundo turno]. Ele teria feito mais de 50%.
Mas isso inverte todo o seu raciocínio sobre a ascensão da direita.  O Lula tem um significado histórico profundo. Saiu das entranhas da pobreza, chegou à Presidência e deixou o maior legado reconhecido nesse país. Ele teria força para conter essa onda.
Eu dizia: “Tem que ver se vão deixar o Lula concorrer e como o Ciro vai se posicionar”. O Lula foi preso e o Ciro não soube fazer a coalizão que o levaria à vitoria, que só poderia ser uma coalizão com o PT.
Ele diz que foi traído miseravelmente pelo partido. Ele não quis fazer [a coalizão]. Uma das razões foi declarada pelo [filósofo Roberto] Mangabeira [Unger, aliado de Ciro] nesta casa. Ele dizia: “Nós não queremos ser os continuadores do lulismo. Não queremos receber o bastão do Lula. Nós queremos correr em raia própria". Palavras dele. Eles não queriam ser vistos como a continuidade do que julgavam decadente. Apostavam que, com Lula preso, o PT não teria voto a transferir. Aconteceu exatamente o oposto.
Mas o Lula estava disposto a passar o bastão? Sempre depende dos termos da conversa, que não aconteceu.
Ciro diz que sim e que até foi convidado para fazer o papel lamentável que o senhor fez. Não houve uma reunião entre o Ciro e o Lula. No final, [quando ficou claro que Lula não poderia concorrer], ele foi sondado por mim e por todos os governadores do PT. Eu sou amigo, gosto do Ciro. Mas ele errou no diagnóstico. E pode voltar a errar se entender que isolar o PT é a solução para o seu projeto pessoal.
O PT elegeu uma bancada expressiva, quatro governadores, fez 45% dos votos no segundo turno, 29% no primeiro. É até hoje o partido de centro-esquerda mais importante da história do país.
Outras legendas repetem que o PT não abre mão da hegemonia. O PT é um player no sentido pleno da palavra. É um jogador de alta patente, que sabe fazer política. Sabe entrar em campo e defender o seu legado.
O senhor disse em 2016 que o PT não teria mais a hegemonia da esquerda.  O próprio Lula considerava o [então governador de PE] Eduardo Campos candidato natural para receber apoio do PT em 2018, se tivesse aceitado ser vice da Dilma [em 2014].
Todos dizem que não confiam no PT.  Política é feita de confiança. E de risco, né?
O PT é o mais forte partido de centro-esquerda. Ao mesmo tempo, sofre rejeição que daria a ele pouca perspectiva de vitória. Aí entramos nas questões circunstanciais da eleição, com episódios importantes. O atentado [contra Bolsonaro] deu a ele uma visibilidade maior do que a soma de todos os outros candidatos.
Houve efetivamente intensa mobilização de recursos não contabilizados para [financiar] o disparo de notícias falsas sobre mim. Houve a ausência do Bolsonaro nos debates. E eu penso que teria sido importante que os democratas tivessem se unido no segundo turno.
O que aconteceu? Olha, eu não consegui falar com o Ciro até hoje. Sobre ele e o Fernando Henrique Cardoso [que também se recusou a dar apoio ao PT], eu diria, a favor deles: os dois tinham três governadores [em seus próprios partidos] disputando a eleição fazendo campanha para o Bolsonaro. O PDT [de Ciro] é um partido de esquerda, “pero no mucho”.
E a partir de agora? Eu já tentei falar com o Cid [Gomes, irmão de Ciro]. Falei com o PDT, com o PC do B e o PSB. É obrigação nossa conversar. Entendo que devemos trabalhar em duas frentes: uma de defesa de direitos sociais, que pode agregar personalidades que vão defender o SUS, o investimento em educação, a proteção dos mais pobres. A outra, em defesa dos direitos civis, da escola pública laica, das questões ambientais.
O PT dificilmente poderia liderar essas frentes. Não é uma questão de liderar. O PT tem que ajudar a organizar.
No Brasil está sendo gestado o que eu chamo de neoliberalismo regressivo, decorrente da crise econômica. É uma onda diferente da dos anos 1990. Ela chega a ser obscurantista em determinados momentos, contra as artes, a escola laica, os direitos civis.
É um complemento necessário para manter a agenda econômica do Bolsonaro, que é a agenda [do presidente Michel] Temer radicalizada.
Essa agenda não passa no teste da desigualdade. Tem baixa capacidade de sustentação. Mas, acoplada à agenda cultural regressiva, pode ter uma vida mais longa. Pode ter voto. Teve voto.
Essa pauta mobiliza as pessoas criando inclusive ficções. Eu permaneci à frente do MEC por oito anos. As expressões “ideologia de gênero” e “escola sem partido” não existiam. Era uma agenda de ninguém. Ela foi criada, ou importada, como um espantalho para mobilizar mentes e corações.
Como vislumbra o governo Bolsonaro? Prevê um longo tempo dessas forças no poder? A durabilidade desse projeto depende de muitos fatores. Do quanto um eventual aumento da desigualdade no Brasil vai ser compatível com a agenda regressiva que mantém o governo no protagonismo do debate cultural do país.
Haverá a tentativa de compra de tempo pela alienação de patrimônio público, seja o pré-sal ou as estatais. Com dinheiro, você ganha tempo para consolidar uma base política para promover as reformas liberalizantes.
E vai ser fácil aprová-la?  Há espaço. Mas isso nós vamos ver em função da operação política. Para esse projeto dar certo, depende da habilidade de aprovar as reformas liberalizantes no Congresso. Do sucesso dos leilões do pré-sal. E da não eclosão de uma crise internacional.
Bolsonaro é uma ameaça à democracia? Isso precisa ser bem compreendido. O [professor português] Boaventura de Souza Santos usa uma expressão interessante, “sistemas híbridos”, para pensar a realidade contemporânea.
Ditadura e democracia eram conceitos bem definidos. Os golpes se davam de fora da democracia contra ela. Hoje, o viés antidemocrático pode se manifestar por dentro das instituições. Ele pode se manifestar na Polícia Militar, na Polícia Federal, no Judiciário, no Ministério Público.
O projeto Escola Sem Partido é um projeto autoritário que está nascendo dentro da democracia. O STF pode barrá-lo. Os pesos e contrapesos de uma República moderna vão operar? Se não operarem, você tem o modelo híbrido, com o autoritarismo crescendo por dentro. Estamos já vivendo em grande medida esse modelo.
Quando um presidente eleito vem a público num vídeo dizer que os estudantes brasileiros têm que filmar os seus professores e denunciá-los, você está em uma democracia ou em uma ditadura?
Como está o Lula? Eu acredito que o Lula pós-eleição está num momento mais difícil. Mas a capacidade de regeneração dele é grande. Já superou um câncer, a perda da esposa, a privação de liberdade.
Que perspectivas vocês enxergam para a eventual libertação dele? Não saberia te responder. Estaria sendo leviano. Mas eu penso que a defesa do Estado democrático de Direito e de um julgamento justo para o Lula se confundem. A verdade é que as pessoas que não são do establishment não se sentem seguras no país hoje, seja num partido, na universidade, na escola, nas redações ou no movimento social.
Sempre se falou num pós-Lula e o momento chegou. O sr. vê alguma liderança com a capacidade de aglutinação que ele teve? Isso é o processo histórico que forja.
uma cobrança muito grande por uma autocrítica do PT. Ela será feita? Não tem uma entrevista minha em que eu não tenha apontado um erro de diagnóstico, uma falha.
Fala-se em algo mais amplo, no reconhecimento de desvios, por exemplo, sem tapar o sol com a peneira. Muitos dirigentes já se manifestaram sobre a questão do financiamento de campanha, de que a regra era aquela mas nós não fizemos nada para mudar.
A reforma política foi o nosso maior problema. Eu falei isso numa discussão interna no governo, em 2003.
Houve o diagnóstico de que não tínhamos força, de que seria uma perda de energia sem produzir resultado prático na vida da população. Então se focou em resultado. E ele veio. Foram quatro eleições presidenciais ganhas [pelo PT], quase uma quinta.
Mas o partido perdeu votos na periferia e em redutos em que sempre vencia. Vamos ser claros: eu ganhei entre os negros, as mulheres e os muito pobres. Depois de tudo o que aconteceu, quase tivemos a quinta vitória consecutiva. Com Lula, venceríamos.
Mas teve o desgaste do PT. Desde as jornadas de 2013 [quando houve uma onda de protestos] até 2018, o antipetismo, que sempre existiu, cresceu.
E há estudos mostrando que, se eu tivesse no mundo evangélico o mesmo percentual de votos que tive no mundo não evangélico, eu teria ganho a eleição.
A pauta regressiva afeta esse mundo de forma importante. Há um fenômeno evangélico sobre o qual temos que nos debruçar. Não podemos dar de barato que essas pessoas estão perdidas. “A Ética Protestante e o Espírito Capitalista” é um clássico do Max Weber. A gente deveria pensar na “Ética Neopentecostal e o Espírito do Neoliberalismo.”
O Brasil, estruturalmente, é um híbrido entre casta com meritocracia. Se admite que o indivíduo ascenda. Mas sozinho. Desde que a distância entre as classes permaneça. O neopentecostalismo e a teologia da prosperidade são compatíveis com isso.
Assim como no final da ditadura foi possível abrir um canal de diálogo com a Igreja Católica, a esquerda tem agora o desafio de abrir um canal com a igreja evangélica, respeitando suas crenças.
Como o sr. se sentiu no segundo turno, quando praticamente ficou falando sozinho, sem o apoio das lideranças que imaginava?  O Joaquim Barbosa e a Marina Silva me sensibilizaram com o gesto deles, muito, mesmo tendo sido na última semana [das eleições, quando declararam voto em Haddad]. Eles não ganharam pessoalmente absolutamente nada. Eu disse ao Joaquim que ele só ia perder me dando apoio. Ele falou: “Se for importante para o Brasil, farei isso”.
Com lideranças como o Ciro foi diferente. Com toda a sinceridade: vivi um momento tão rico que foi o que menos importou. Não que eu não tenha lamentado o Ciro não ter ficado no Brasil ao meu lado.
Mas me ver na praia de Ondina [em Salvador] com 120 mil pessoas celebrando a democracia é uma experiência que pouca gente vai ter na vida.
No dia da eleição, botei o CD do [cantor] Renato Braz e ouvi “O Fim da História”, do Gilberto Gil. A letra fala do muro de Berlim, que foi construído e depois destruído, do Lampião, que era herói, virou demônio e voltou a ser herói.
Fiquei emocionado de chorar. “Poxa, estou vivendo o momento dessa música.”
Porque na política ninguém perde a guerra. Não existe a guerra, com começo, meio e fim. É só batalha. Uma atrás da outra.
 

$delúbio$

Ei mãe, 500 pontos!
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esse poste bate os recordes em ser ridículo. Sabemos de onde vem o xilique dos petistas que não admitem que são petistas.

lambe botas do chefe da quadrilha, a frente de uma campanha que mais se dedicou a chorar a prisão do líder da seita, não engoliu até agora que ele está preso (com nosso çupremu moluszko venceríamos), reclama que ficou sozinho, mas contou com toda a imprensa amestrada para espalhar fake news (a reportagem plantada na foice de sum paulo para cavar uma ação no TSE), e mesmo assim perdeu com um rombo bilionário na campanha.
Teve muito mais votos do que merecia, graças ao blitzkrieg de fake news plantados na véspera da eleição.
 
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