Sgt. Kowalski
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BC atua com leilão à vista e dólar zera após chegar a R$ 4,19; Ibovespa ameniza alta
SÃO PAULO - O Ibovespa registrava forte alta nesta terça-feira (27), mas ameniza fortemente os ganhos. O índice chegou a subir 1,58% na máxima do dia acompanhando o desempenho positivo das bolsas lá fora (com alta de cerca de 1% das bolsas americanas) permitindo uma melhor performance por aqui embora o noticiário político seja conturbado.
Porém, não conseguiu sustentar os ganhos e, às 13h31 (horário de Brasília), registrava alta de 0,12%, a 96.545 pontos.
No exterior, os mercados se animam após o Conselho de Estado da China anunciar que está considerando mitigar e até remover as restrições às importações de automóveis para impulsionar o consumo interno. Os chineses ainda disseram que facilitarão o crédito para compras de veículos com energia limpa e eletrodomésticos inteligentes. Por aqui, a bolsa local ainda sofre com a falta do investidor externo, que já retirou R$ 21 bilhões apesar do ânimo com as reformas (veja mais clicando aqui).
Já o dólar comercial, que chegou a saltar R$ 4,19 (alta de 1,25%) após dados dos EUA e a fala de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, sinalizando que a autoridade monetária não iria intervir no mercado, passou a zerar rapidamente as altas.
A moeda norte-americana refletia o aumento da confiança do consumidor nos Estados Unidos, que subiu para 135,1 pontos em agosto, ante a expectativa de 129 pontos pelo consenso Bloomberg. O índice de manufatura do Federal Reserve de Richmond também veio positivo. Com isso, caem as expectativas de uma recessão nos EUA, o que por sua vez dá força à política cautelosa do Fed, que não dá sinais de querer cortar juros para estimular a economia do país. O resultado dessa relação é que os títulos do Tesouro norte-americano, considerados os ativos mais seguros do mundo, mantém suas rentabilidades no patamar atual, diminuindo a atratividade de ações de empresas de países emergentes.
Mais tarde, acelerando a alta, Campos Neto disse em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal que a recente desvalorização da taxa de câmbio está dentro do padrão normal.
Porém, minutos depois, o BC anunciou leilão de dólar à vista imediato, sem ser conjugado com swap reverso (que equivale à compra de dólar no mercado futuro). Com isso, a divisa avançava 0,07% a R$ 4,1416 na compra e a R$ 4,1425 na venda, enquanto o dólar futuro para setembro tinha leve queda de 0,12% a R$ 4,148.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 subia 13 pontos-base a 5,66%, ao passo que o DI para janeiro de 2023 subia 17 pontos-base, a 6,77%.
Queda da véspera
Vale destacar que ontem, no after-market, o Ibovespa Futuro fechou em queda de 2,48%, enquanto o índice à vista teve baixa de 1,27%. O que provocou a queda mais forte do índice futuro no after-market de ontem foi a notícia do jornal O Estado de S.Paulo de que um relatório conclusivo da Polícia Federal atribuiu ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa dois no âmbito das investigações que envolvem a delação da Odebrecht.
Na planilha de propinas da empreiteira, o deputado é identificado como "Botafogo" e teria recebido R$ 350 mil nas eleições de 2010 e 2014. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, deu 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se oferece ou não a denúncia.
Maia é o principal credor das reformas no Congresso, sendo visto no mercado como o responsável pela aprovação com folga da Previdência na Câmara dos Deputados. Sua queda contrataria bastante incerteza no cenário político atual.
Junto às notícias sobre o presidente da Câmara, houve a deterioração da avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro, cuja percepção negativa saltou de 19% em fevereiro para 39% este mês, enquanto a desaprovação subiu de 28,2% para 53,7%, apontou pesquisa da CNT/MDA.
SÃO PAULO - O Ibovespa registrava forte alta nesta terça-feira (27), mas ameniza fortemente os ganhos. O índice chegou a subir 1,58% na máxima do dia acompanhando o desempenho positivo das bolsas lá fora (com alta de cerca de 1% das bolsas americanas) permitindo uma melhor performance por aqui embora o noticiário político seja conturbado.
Porém, não conseguiu sustentar os ganhos e, às 13h31 (horário de Brasília), registrava alta de 0,12%, a 96.545 pontos.
No exterior, os mercados se animam após o Conselho de Estado da China anunciar que está considerando mitigar e até remover as restrições às importações de automóveis para impulsionar o consumo interno. Os chineses ainda disseram que facilitarão o crédito para compras de veículos com energia limpa e eletrodomésticos inteligentes. Por aqui, a bolsa local ainda sofre com a falta do investidor externo, que já retirou R$ 21 bilhões apesar do ânimo com as reformas (veja mais clicando aqui).
Já o dólar comercial, que chegou a saltar R$ 4,19 (alta de 1,25%) após dados dos EUA e a fala de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, sinalizando que a autoridade monetária não iria intervir no mercado, passou a zerar rapidamente as altas.
A moeda norte-americana refletia o aumento da confiança do consumidor nos Estados Unidos, que subiu para 135,1 pontos em agosto, ante a expectativa de 129 pontos pelo consenso Bloomberg. O índice de manufatura do Federal Reserve de Richmond também veio positivo. Com isso, caem as expectativas de uma recessão nos EUA, o que por sua vez dá força à política cautelosa do Fed, que não dá sinais de querer cortar juros para estimular a economia do país. O resultado dessa relação é que os títulos do Tesouro norte-americano, considerados os ativos mais seguros do mundo, mantém suas rentabilidades no patamar atual, diminuindo a atratividade de ações de empresas de países emergentes.
Mais tarde, acelerando a alta, Campos Neto disse em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal que a recente desvalorização da taxa de câmbio está dentro do padrão normal.
Porém, minutos depois, o BC anunciou leilão de dólar à vista imediato, sem ser conjugado com swap reverso (que equivale à compra de dólar no mercado futuro). Com isso, a divisa avançava 0,07% a R$ 4,1416 na compra e a R$ 4,1425 na venda, enquanto o dólar futuro para setembro tinha leve queda de 0,12% a R$ 4,148.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 subia 13 pontos-base a 5,66%, ao passo que o DI para janeiro de 2023 subia 17 pontos-base, a 6,77%.
Queda da véspera
Vale destacar que ontem, no after-market, o Ibovespa Futuro fechou em queda de 2,48%, enquanto o índice à vista teve baixa de 1,27%. O que provocou a queda mais forte do índice futuro no after-market de ontem foi a notícia do jornal O Estado de S.Paulo de que um relatório conclusivo da Polícia Federal atribuiu ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa dois no âmbito das investigações que envolvem a delação da Odebrecht.
Na planilha de propinas da empreiteira, o deputado é identificado como "Botafogo" e teria recebido R$ 350 mil nas eleições de 2010 e 2014. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, deu 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se oferece ou não a denúncia.
Maia é o principal credor das reformas no Congresso, sendo visto no mercado como o responsável pela aprovação com folga da Previdência na Câmara dos Deputados. Sua queda contrataria bastante incerteza no cenário político atual.
Junto às notícias sobre o presidente da Câmara, houve a deterioração da avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro, cuja percepção negativa saltou de 19% em fevereiro para 39% este mês, enquanto a desaprovação subiu de 28,2% para 53,7%, apontou pesquisa da CNT/MDA.