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Venda de 'supercarros' encolhe 78% em 5 anos no Brasil
Mercado de modelos novos de alto luxo, que inclui marcas como Ferrari e Lamborghini, sofreu mais que o de marcas populares em vendas.
Por Peter Fussy, G1
10/03/2017 07h00 Atualizado há 1 hora
Marcas de luxo emplacaram apenas 51 unidades no Brasil em 2016. em 2011, foram 227 (Foto: Divulgação/Newspress)
Houve um momento, lá em 2011, em que as fabricantes de "supercarros" viram o Brasil com outros olhos, mas o flerte foi rápido e agora o país não aparece mais nem no campo de visão.
Isto porque as vendas desses modelos que custam ao redor de R$ 1 milhão despencaram de 227 unidades em 2011 para 51 no ano passado, segundo levantamento feito pela Jato Dynamics com as marcas Ferrari, Lamborghini, Rolls-Royce, Bentley, Maserati e Aston Martin.
Diferente do mercado "premium", de grifes como BMW, Mercedes-Benz e Audi, que resistiu por 3 anos à crise até cair, no ano passado, o de superluxo encolheu quase 78% nos últimos 5 anos.
No mesmo período, o mercado geral de carros, comerciais leves, ônibus e caminhões novos encolheu 42%, de 3,5 milhões para 2 milhões de unidades, de acordo com dados da associação de distribuidores (Fenabrave).
Em 2016, foram emplacados 41 "supercarros" no Brasil pelas importadoras oficiais e outros 10 trazidos de forma independente ou por importadores não oficiais, conforme a Jato.
(Foto: Arte/G1)
Loja fechada
O pior desempenho foi o da Bentley, que fechou na metade de 2016 sua única loja brasileira, na região da Avenida Europa, em São Paulo, onde se concentram as marcas de carros de luxo. O showroom foi inaugurado em 2010 pela British Cars do Brasil, que tinha 4 sócios.
A sociedade foi desfeita e apenas 1 deles decidiu seguir com a representação da marca, mas a renovação do contrato com a matriz ainda está em negociação. Em meio a este imbróglio, a Bentley teve um único carro emplacado no ano passado.
A importadora espera uma definição nas próximas semanas do contrato para seguir com os planos de abrir uma nova loja no Jardim Europa e trazer o Bentayga – primeiro SUV da marca – que deve chegar com preço perto de R$ 2 milhões.
O SUV de luxo Bentayga, da Bentley, é apresentado no Salão de Frankfurt (Foto: Jens Meyer/AP)
Em segundo lugar no ranking de piores em vendas aparece a Aston Martin, com 2 carros emplacados. Nem mesmo a oferta do novo DB 11, por R$ 2,5 milhões, atraiu interessados na marca que ficou famosa por aparecer nos filmes do espião James Bond.
Representada pelo empresário Sérgio Habib, que trouxe recentemente a chinesa JAC ao Brasil, a Aston Martin chegou a emplacar 36 unidades em 2011, mas só viu declínio desde então.
A Lamborghini vendeu 5 carros no Brasil em 2016 - menos da metade das 12 unidades emplacadas em 2015 e 2014, segundo dados da Jato Dynamics. Pelo menos 3 foram do modelo "mais acessível", o Huracán, que não sai por menos de R$ 2,6 milhões.
(Foto: Arte/G1)
Contracorrente
Entre quedas expressivas das concorrentes, a Ferrari conseguiu um ano de leve recuperação com alta de 20% nas vendas, que foram de 20 em 2015 para 24 unidades em 2016.
O avanço pode ter sido impulsionado pela chegada da 488 GTB, que somou 6 unidades emplacadas, a um preço mínimo de R$ 2,7 milhões no final do ano. O modelo tem motor V8, com 670 cavalos de potência.
No entanto, a importadora oficial Via Itallia também passa por um momento de reavaliação de objetivos e decidiu reformar a vistosa loja da Ferrari na Avenida Brasil, em São Paulo, no final do ano passado. A intervenção no único showroom da marca italiana no Brasil tem frustrado alguns fãs e turistas que passam pelo endereço.
Em contato com o G1, a importadora preferiu não informar o motivo da reforma nem quando a loja reabrirá. No entanto, o grupo, que também representa as marcas Maserati, Lamborghini e Rolls-Royce, disse que o "viés" para 2017 e 2018 é "positivo".
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Eita crise braba da porra
Mercado de modelos novos de alto luxo, que inclui marcas como Ferrari e Lamborghini, sofreu mais que o de marcas populares em vendas.
Por Peter Fussy, G1
10/03/2017 07h00 Atualizado há 1 hora
Marcas de luxo emplacaram apenas 51 unidades no Brasil em 2016. em 2011, foram 227 (Foto: Divulgação/Newspress)
Houve um momento, lá em 2011, em que as fabricantes de "supercarros" viram o Brasil com outros olhos, mas o flerte foi rápido e agora o país não aparece mais nem no campo de visão.
Isto porque as vendas desses modelos que custam ao redor de R$ 1 milhão despencaram de 227 unidades em 2011 para 51 no ano passado, segundo levantamento feito pela Jato Dynamics com as marcas Ferrari, Lamborghini, Rolls-Royce, Bentley, Maserati e Aston Martin.
Diferente do mercado "premium", de grifes como BMW, Mercedes-Benz e Audi, que resistiu por 3 anos à crise até cair, no ano passado, o de superluxo encolheu quase 78% nos últimos 5 anos.
No mesmo período, o mercado geral de carros, comerciais leves, ônibus e caminhões novos encolheu 42%, de 3,5 milhões para 2 milhões de unidades, de acordo com dados da associação de distribuidores (Fenabrave).
Em 2016, foram emplacados 41 "supercarros" no Brasil pelas importadoras oficiais e outros 10 trazidos de forma independente ou por importadores não oficiais, conforme a Jato.
(Foto: Arte/G1)
Loja fechada
O pior desempenho foi o da Bentley, que fechou na metade de 2016 sua única loja brasileira, na região da Avenida Europa, em São Paulo, onde se concentram as marcas de carros de luxo. O showroom foi inaugurado em 2010 pela British Cars do Brasil, que tinha 4 sócios.
A sociedade foi desfeita e apenas 1 deles decidiu seguir com a representação da marca, mas a renovação do contrato com a matriz ainda está em negociação. Em meio a este imbróglio, a Bentley teve um único carro emplacado no ano passado.
A importadora espera uma definição nas próximas semanas do contrato para seguir com os planos de abrir uma nova loja no Jardim Europa e trazer o Bentayga – primeiro SUV da marca – que deve chegar com preço perto de R$ 2 milhões.
O SUV de luxo Bentayga, da Bentley, é apresentado no Salão de Frankfurt (Foto: Jens Meyer/AP)
Em segundo lugar no ranking de piores em vendas aparece a Aston Martin, com 2 carros emplacados. Nem mesmo a oferta do novo DB 11, por R$ 2,5 milhões, atraiu interessados na marca que ficou famosa por aparecer nos filmes do espião James Bond.
Representada pelo empresário Sérgio Habib, que trouxe recentemente a chinesa JAC ao Brasil, a Aston Martin chegou a emplacar 36 unidades em 2011, mas só viu declínio desde então.
A Lamborghini vendeu 5 carros no Brasil em 2016 - menos da metade das 12 unidades emplacadas em 2015 e 2014, segundo dados da Jato Dynamics. Pelo menos 3 foram do modelo "mais acessível", o Huracán, que não sai por menos de R$ 2,6 milhões.
(Foto: Arte/G1)
Contracorrente
Entre quedas expressivas das concorrentes, a Ferrari conseguiu um ano de leve recuperação com alta de 20% nas vendas, que foram de 20 em 2015 para 24 unidades em 2016.
O avanço pode ter sido impulsionado pela chegada da 488 GTB, que somou 6 unidades emplacadas, a um preço mínimo de R$ 2,7 milhões no final do ano. O modelo tem motor V8, com 670 cavalos de potência.
No entanto, a importadora oficial Via Itallia também passa por um momento de reavaliação de objetivos e decidiu reformar a vistosa loja da Ferrari na Avenida Brasil, em São Paulo, no final do ano passado. A intervenção no único showroom da marca italiana no Brasil tem frustrado alguns fãs e turistas que passam pelo endereço.
Em contato com o G1, a importadora preferiu não informar o motivo da reforma nem quando a loja reabrirá. No entanto, o grupo, que também representa as marcas Maserati, Lamborghini e Rolls-Royce, disse que o "viés" para 2017 e 2018 é "positivo".
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Eita crise braba da porra
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