Nubank pode valer US$ 100 bilhões até 2026, diz Morgan Stanley
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Morgan Stanley elevou na quinta-feira, 19, o preço-alvo das ações do
Nubank, listadas na Bolsa de Nova York, de US$ 11 para US$ 16, o que implica em um potencial de alta de 107% em relação ao fechamento da véspera. A recomendação foi mantida em “overweight”, ou seja, o banco recomenda uma exposição acima da média do mercado a seus clientes.
Na visão da equipe do analista Jorge Kuri, o Nubank pode atingir um valor de mercado de US$ 100 bilhões (o equivalente a R$ 506 bilhões) até 2026, contra os cerca de US$ 36 bilhões a que é avaliado atualmente. Em um amplo relatório enviado a clientes, eles afirmam que o mercado subestima as oportunidades de venda cruzada de produtos que a fintech possui no Brasil, bem como a possível expansão das operações no México e na Colômbia.
No primeiro caso, o ganho de valor de mercado para o Nubank é estimado pelo Morgan Stanley em US$ 43 bilhões. “Em nossa visão, o Nubank tem uma oportunidade única de ganhar uma maior fatia de participação nos gastos de seus clientes no Brasil ao vender a eles produtos ainda pouco penetrados (como o crédito pessoal, o consignado e o ‘compre agora, pague depois’)”, diz o banco. O consignado, por exemplo, poderia chegar a 8% da base ativa de clientes do neobanco, abocanhando uma participação de mercado de 14%.
As operações do México e da Colômbia, por sua vez, poderiam aumentar o valor de mercado da fintech em mais US$ 22 bilhões. Hoje, segundo Kuri, essas operações não são consideradas pelo mercado financeiro na avaliação do Nubank, ou seja, esse seria um destravamento de valor em relação ao atual.
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“O Nubank está bem posicionado para ter sucesso no México e na Colômbia, em nossa visão, porque pode aproveitar de sua marca forte, da experiência do consumidor entre as melhores do mercado, superioridade tecnológica, um avançado processo de avaliação de crédito e uma estrutura barata nestes locais que têm sistemas bancários ineficientes”, escreve o analista.
Morgan Stanley elevou o preço-alvo das ações do Nubank, listadas na Bolsa de Nova York Foto: Paulo Whitaker/ Reuters
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Até 2028, o Morgan estima que o Nubank pode ganhar 45 milhões de clientes nos dois países combinados, e que pode aumentar a venda cruzada de produtos e serviços de maneira mais acelerada que no Brasil. “Por exemplo, a companhia já lançou crédito pessoal no México, no mês passado, e planeja iniciar o consignado até o final do ano”, escreve o banco, que estima que nestes produtos, o Nubank pode chegar a 12% e a 9% do mercado mexicano, respectivamente, em cinco anos.