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The Intercept começou a publicar uma série de artigos sobre a lava-jato que podem ser interessantes.

Goris

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bom, como eu disse, acho que ainda vai sair mto cachorro desse mato (de ambos)
Eu penso diferente.

Estão fazendo um jogo político, vão ficar nesse chove não molha, porque o objetivo não é a verdade, não é prender bandido, é atacar quem eles acham que é um novo nazismo surgindo (se eles se acham "do bem") ou então é ganhar poder e dinheiro às custas de destruir o país (que é minha opinião) ao trazer de volta corruptos responsáveis por milhares e milhares de mortes e que, tendo a oportunidade, voltariam ao poder e tentariam de novo terminar oq ue começaram.
 

Protogen

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Aos poucos a estratégia desse bando de bunda suja vai caindo, claramente foi um ataque coordenado com objetivo de minar o governo e desmoralizar o Moro.

Os jornalistas BR, no fundo da desconfiança do povo, sem credibilidade e parcialidade nenhuma, deixaram o gringo ganhador do pulitzer (que supostamente daria mais credibilidade ao fato) criar uma historia tirada do rabo e ficaram a cargo de fazer coro pra engrossar o caldo da noticia fake do intercept.

Só que o gringo aí é um militante descarado, casado com cara do PSOL que herdou (pra não dizer que comprou) um lugar na camara.

Levar um papo desses a sério e dizer que não foi parcial, que foi uma investigação isenta, é muita cara de pau. Tanto que só a turma que chama o presida de "Bozo" tenta levantar essa bola.
Exatamente. Fiz esse teste dando um pulo no Twitter e entrando no perfil do povo metendo o pau no Moro e literalmente todo mundo é #LulaLivre. Simplesmente não existe o cara que "não é petista mas" acha que o Moro é bandido.
 

Godot

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Exatamente. Fiz esse teste dando um pulo no Twitter e entrando no perfil do povo metendo o pau no Moro e literalmente todo mundo é #LulaLivre. Simplesmente não existe o cara que "não é petista mas" acha que o Moro é bandido.
É aquilo. Se caras como Fidel e Che ainda são idolatrados, Lula é fichinha. Povo tá nem aí se ele roubou alguns milhões.

Conheço muita gente no meu círculo social que tem até doutorado e fala em Lula livre.

São pessoas que eu considero de "bem", mas não consigo entender como defendem esse tipo de coisa. Imagina um pobre analfabeto? Lula é idolatrado no nordeste e sempre vai ser.

Eu tenho certeza que muitas coisas nos "safaram" de ser uma Venezuela.

Primeiramente foi Deus e depois a internet.

Se o "boom" da internet chegasse alguns anos mais tarde no Brasil x Mundo, e o WhatsApp fosse popularizado só depois de 2016, eu tenho certeza que estaríamos já comendo cachorro. Meios de comunicação estão aí desde o ICQ, mas a internet popularizada nas mãos de cada pessoa é uma rede de comunicação monstruosa.

Essas eleições foram diferente. Pode contar, as de 2022 vai ser mais ainda.

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Metaliun

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As peças estão se encaixando. A procuradora Laura Tessler foi afastada 48 HORAS depois da reclamação do Moro.

 

Protogen

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sinceramente, foi boa.

Agora melhor ainda é saber que muito esquerdista que abomina o Rafinha vai compartilhar o post.

#traiuomovimentovéi!
Sei, a galera que ficou indignada com a piada do bebê. Mas fi, se o cara for anti-Bozo e aderir ao #LulaLivre, ele pode até ter matado uma ninhada de gatinhos com um martelo enquanto recitava o Führereid e registrado tudo em vídeo, que ainda vira um paladino do Estado Demandiocrático de Direito.
 

sebastiao coelho neto

Lenda da internet
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Sei, a galera que ficou indignada com a piada do bebê. Mas fi, se o cara for anti-Bozo e aderir ao #LulaLivre, ele pode até ter matado uma ninhada de gatinhos com um martelo enquanto recitava o Führereid e registrado tudo em vídeo, que ainda vira um paladino do Estado Demandiocrático de Direito.
Mas só por essa piada não dá pra cravar que ele é anti Bolsonaro, anti Moro, anti lava-jato, pró Lula... Mas sei que pra petista não interessa. Se for um psicopata gritando #lulalivre eles vão está replicando.

No fundo é como aquele ditado "Eu perco o amigo mas não perco a piada" que todo humorista deveria ter tatuado.
 

Aet3rnus

Bam-bam-bam
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Como eu já falei, a gente não responde para convencer a estas pessoas de que o que elas propagam é mentira. A gente responde somente para mostrar a terceiros honestos que estejam vendo por fora. A estes importa suas respostas com a verdade.
A estes colegas de forum que insistem na mentira, a verdade pouco importa. A intenção deles é meramente desinformar, propagar a mentira que convém ao criminoso idolatrado.
Eu sou um que te agradeço muito pela sua perseverança em sempre refutar a estes canalhas. Abriu meus olhos para muita coisa.

É exatamente isso... e entendo o cansaço do @xDoom, pq a refutação com a verdade na OS é no "daily basis". E cansa pra c***lho.

Eu ia postar sobre a atualização do caso.

Mas os posts do @XINTSUAI2 me tiraram completamente a vontade.

c***lho... meodeos... :facepalm:facepalm:facepalm

Argumentar com a banda vermelha aqui na OS tem sido assim:



Concordo plenamente. Como eu já disse aqui, Moro em nenhum momento refutou o conteúdo apresentado. Ele sabe que, se o fizer, estará apenas colocando uma casca de banana para si próprio. Já está mais do que claro que os envolvidos têm culpa no cartório. Moro foi pro fucking Ratinho pra tentar livrar a cara junto ao povão, for fuck's sake.

Ta vendo? Já foi amplamente exposto e explicado, aqui neste tópico e pelo próprio Moro por 9 horas, que as comunicações entre Magistrado e MP são absolutamente corriqueiras e ordinárias. Mas o cara insiste em narrativa picareta. O negócio mesmo é expor no daily basis. Não há saída.

Eu acho que se agarrar a isso "o hacker editou" é se prender a uma fantasia, em puro estado de negação. Tipo cair na lavagem cerebral que a Globosta está promovendo

Mas é compreensível quando se está em estado de adoração a um ídolo, ao ponto de fazer um boneco gigante dele vestido de super homem hehe.

Nas delações premiadas (loteria pra bandido), o que foi dito, foi dito por bandidos e cabe à justiça comprovar a veracidade.

Cruzar o que foi dito com os fatos subsequentes e etc... Até porque uma delação é apenas a palavra de um bandido, se tornam provas se forem confirmadas. As provas podem ser obtidas através de um número de evidências em torno de um fato narrado. Não espere achar uma escritura "este triplex pertence ao Lula", assinado por ele (inclusive isso é algo que não entra na cabeça de muito PTista) .

Outra problemática é que os envolvidos nesse escândalo são chefes na justiça brasileira, e podem estar trabalhando ativamente eliminando as provas, inclusive usando a máquina pública para isso. O próprio comportamento de Moro no Senado foi bastante evasivo. Porque não entregam os celulares à PF? Porque não abrem suas contas do Instagram (ah não lembro, é hacker, celular tinham pouca Ram, já apagaram...) nem Moro nem Dellagnol entregaram os celulares.

Porque ele não afirma claramente que é tudo mentira? Fica no não lembro, não reconheço, conteúdo vindo de uma invasão ilegal (mudou de opinião rápido né?) . O cara tem a memória de um peixe?

Porque a procuradora não apareceu no interrogatório do Lula após a orientação de Moro a Dellagnol?

E outra, ainda não vimos tudo, o Gleen está liberando a conta gotas simplesmente para deixar esse pessoal envolvido cair na contradição. E é óbvio que ele não vai entregar suas provas para os corruptos envolvidos confirmarem sua veracidade. Seria o mesmo que o MPF pedir ao PT para investigar e confirmar se X ou Y era verdade.

Eu acho que ainda não vimos tudo, até agora são só textos, e no desespero a Globo vai criar essa narrativa que editaram (o que seria muito fácil de comprovar ser mentira, mas convenientemente todos os envolvidos apagaram tudo de seus instagrams hehe). Mas quando começarem a vir os áudios e vídeos quero ver qual vai ser a desculpa.

Agora me desculpe, dizer que não existe nada demais na relação entre juiz e acusação, no que tem sido revelado... Aí é fazer que nem criança quando não quer ouvir algo:

Tapa os ouvidos, fecha os olhos e fica falando: LALALALA...

Se tua mulher diz que acha que vc está de papo com outra, o que vc faz? Entrega pra ela o celular, passa as senhas e diz, pode olhar a vontade, a senha é essa.

Agora se vc estava aprontando, sai correndo pra apagar tudo, inventa umas conversas moles, "ah esqueci o celular no trabalho" blablabla. Como Moro está fazendo.

Bem, vamos acompanhar os próximos capítulos dessa série.


Esse é o problema ao idolatrar alguém, muita gente de fato acredita que Bolsonaro está numa missão divina e que Moro é um super herói. O mesmo efeito que Lula tem sobre muita gente também. Tudo a mesma coisas apenas em spectros políticos diferentes.

Aí quando vc diz, olha não é bem assim não hein! Aí o cara entra em parafuso, afinal depositou todas as suas esperanças nos indivíduos.

É... fazer um contraponto com fatos baseados na realidade é idolatrar, não é mesmo? O teu lance não é ser Sonysta e esquerdista... é querer determinar como as coisas serão... Aqui não é a pasta consoles.
 
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Metaliun

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Mentira feia a senadores: Tessler deixa caso Lula 2 dias após Moro reclamar

Resolvi seguir uma sugestão de Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, e, ora vejam, cheguei a novas evidências do teor mentiroso de sua nota malcriada, divulgada nesta sexta. Seja paciente, leitor. Leia a coisa até o fim. Você pode não descobrir exatamente como se fazem as salsichas. Mas vai saber como se fabricam certas notícias. Ou "notícias", com aspas, como poderia escrever o buliçoso rapaz. Você vai constatar que a procuradora Laura Tessler foi afastada do caso que dizia respeito ao ex-presidente Lula DOIS DIAS DEPOIS DE SERGIO MORO RECLAMAR DE SEU DESEMPENHO. Influente que é em certos meios, Dallagnol conseguiu emplacar a sua nota mistificadora no "Jornal Nacional" e no "Jornal da Globo", que levaram ao ar contestações àquilo que ninguém disse, uma vez que não havia e não há resposta para aquilo que se disse. Explico tudo. Antes, um pouco de contexto. É longo. Mas enfrente o texto até o fim.

O QUE AFIRMOU MORO AO SENADO E OS FATOS

Revelei neste blog e no programa "O É da Coisa", da BandNews FM, que não procedia a afirmação do ministro Sérgio Moro, em depoimento à CCJ do Senado, na quarta, segundo a qual a sua restrição ao trabalho de Laura Tessler, revelada pelo site "The Intercept Brasil", fora inócua. Como vocês devem se lembrar, em mensagem a Dallagnol, Moro reclamara do desempenho de Laura. A interferência é escandalosamente ilegal porque não cabe a um juiz orientar o trabalho da defesa ou da acusação. Ao fazê-lo, Moro se comportava como aquilo que ainda é: o real coordenador da força-tarefa. Muito bem! Diálogo então inédito entre Dallagnol e o também procurador Carlos Fernando, publicado na quinta por este escriba, demonstrava que o coordenador oficial da força-tarefa passara a seu colega as críticas feitas por Moro ao trabalho de Laura e que os dois acertaram que ela ficaria fora do caso Lula. E ficou. E a ação foi fulminante.

A nota de Dallagnol, cujos trechos ganharam destaque nos dois noticiários da Globo, negava que a procuradora houvesse sido afastada da Lava Jato. Contestava-se o não-dito. Escrevi com todas as letras: "Laura Tessler não foi expulsa da Lava Jato". Eram esforços conjugados para esconder os fatos. Agressivo e grosseiro como de hábito, chamando-me de "blogueiro" — como se eu devesse tomar isso como ofensa (ele já me chamou de "jurista", com aspas, em seus diálogos com Moro que incidem em ilegalidades) —, Dallagnol sugeriu que eu fosse consultar os processos. E eu fui. E essa consulta torna ainda mais estúpida a sua nota. Não sei se ele engabelou os dois programas jornalísticos ou se houve uma parceria contra os fatos. Já chego ao produto da minha pesquisa nos autos. Antes, é preciso relembrar os diálogos e a data.

OS DIÁLOGOS

No dia 13 de março de 2017, Moro escreve a Dallagnol: Moro – 12:32:39. – Prezado, a colega Laura Tessler de vcs é excelente profissional, mas para inquirição em audiência, ela não vai muito bem. Desculpe dizer isso, mas com discrição, tente dar uns conselhos a ela, para o próprio bem dela. Um treinamento faria bem. Favor manter reservada essa mensagem.

No mesmo dia, em seguida, Dallagnol procura Carlos Fernando:

5kg6bZG.jpg


Reitero: como resta escancarado, e foi o que informei na quinta, Deltan repassa a Carlos Fernando mensagem de Moro com críticas ao trabalho de Laura, e a dupla de procuradores começa a tomar providências para afastar a colega do caso. A reação foi rápida. E isso não tem contestação. Aquilo a que os dois jornalísticos da Globo deram destaque, em parceria com Dallagnol, contestava o que ninguém afirmou, mas buscava passar a impressão de que a força-tarefa estava desmentindo o jornalista — embora os noticiosos não tenham citado o autor da matéria. Atribuíram-na ao site "The Intercept Brasil", o que é mentira. Também isso não muda o fato. Já foi o tempo em que comício em favor das diretas virava comemoração do aniversário de São Paulo…

REVELAÇÃO QUE NASCE DA CONSULTA AOS AUTOS: FATOS ANTECEDENTES

Como se nota acima, as trocas de mensagens ocorreram no dia 13 de março de 2017. Pergunta: o que teria acontecido antes para deixar o então juiz Sergio Moro descontente com Laura Tessler, levando Dallagnol e Carlos Fernando a temer por seu mau desempenho no caso Lula? É o que se vai ver agora.

FATOS ANTECEDENTES

No dia 10 de março de 2017, uma sexta-feira, Laura participou de uma audiência relativa ao "caso do tríplex" (Processo nº 5046512- 94.2016.404.7000), em que figura como acusado, entre outros, o ex-presidente Lula. Na ocasião, foram ouvidas duas testemunhas de defesa do petista: Henrique Meirelles e Luiz Fernando Furlan. Os depoimentos de ambos foram favoráveis ao ex-presidente. A procuradora não fez perguntas às testemunhas. NOTEM: LAURA FAZIA, SIM, PARTE DO CASO DO TRÍPLEX.

No dia 13 de março
, data da troca de mensagens de Moro com Dallagnol e deste com Carlos Fernando, Laura havia participado de audiência relativa a outro processo, nos quais figuram como acusados, dentre outros, Antônio Palocci, João Vaccari Neto e Marcelo Odebrecht (Processo nº 5054932- 88.2016.404.7000). A audiência começou às 9h30. Foram, então, ouvidas como testemunhas de defesa Emilio Odebrecht, José Eduardo Cardozo, Marcio Faria, Ivo da Motta Corrêa e Newton de Souza. Segundo a ata, Laura se manifestou pela publicidade dos depoimentos de Emilio e de Faria, o que contrariou Moro, que decidiu "colher os depoimentos, mas manter o sigilo sobre eles até que nova deliberação ou até o levantamento do sigilo pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal, seguindo, neste ponto, recente decisão tomada pelo Min. Herman Benjamim no Tribunal Superior Eleitoral". Encerrada essa audiência, o então juiz pegou o seu celular, entrou no Telegram e detonou o trabalho de Laura em conversa com Dallagnol. Depois da mensagem, Laura participou, sim, de audiências no processo envolvendo Palocci, Vaccari, Marcelo Odebrecht e outros (Processo nº 5054932-88.2016.404.7000) — E NINGUÉM DISSE O CONTRÁRIO —, mas jamais voltou a participar de audiências do Processo nº 5046512- 94.2016.404.7000: o do tríplex. 22/06/2019 Mentira feia a senadores: Tessler deixa caso Lula 2 dias

AÇÃO FULMINANTE

No caso do processo contra Lula, foram realizadas audiências em 15/03/2017 (dois dias depois da mensagem de Moro), 20/04/2017, 26/04/2017, 04/05/2017 e 10/05/2017 — quando se deu o interrogatório do ex-presidente. O MPF foi representado em todas elas por Júlio Noronha e Roberson Pozzobon, como havia sido combinado entre Deltan Dallagnol e Carlos Fernando. Este último fez questão de estar presente ao depoimento do petista. Para que nada fugisse do controle. E quem presidia a sessão? Ora, Sergio Moro, aquele que chegou a combinar com Dallagnol até o conteúdo da reação do Ministério Público Federal à peça apresentada pela defesa. Como se nota pelas datas, dois dias depois da mensagem de Moro, Laura já estava fora do caso.

PROVA PROVADA

Porque se comporta como um militante político e tem o apoio acrítico, quando não ignorante, de parte considerável da imprensa, Dallagnol acha que aqueles que não rezam segundo a sua cartilha —que atenta contra a ordem legal — também estão fazendo política. Laura Tessler atuava no Processo nº 5046512-94.2016.404.7000, que diz respeito ao tríplex. Depois das críticas de Sérgio Moro, foi afastada por Deltan Dallagnol. E ele cortou a cabeça da colega sem demora: 48 horas depois, estava fora do caso. Esses são os fatos. Quem sabe o Jornal Nacional e o Jornal da Globo se interessem por eles. Mesmo que não ocorra, a verdade segue sendo a verdade, a exemplo daquele comício das diretas…

ENCERRO

Está aí a evidência de que, à diferença do que disse Moro ao Senado, a procuradora de quem ele reclamou foi excluída do caso Lula dois dias depois. Estamos diante da prova cabal de que, no caso, Moro escolheu o acusador em busca do melhor efeito. Mas qual? Um juiz que age assim não pretende que tal acusador o ajude na elucidação da verdade, na busca da verdade material. Seu objetivo, desde sempre, é a condenação do réu. Não é um juiz isento, mas um juiz de condenação. Fim de papo.

https://reinaldoazevedo.blogosfera....er-deixa-caso-lula-2-dias-apos-moro-reclamar/
 

xDoom

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esse choro do skatista acima só prova que o moro não mandou trocar só falou que a menina era fraca. Em audiência eu já presenciei um juiz chamar um advogado do escritório que eu trabalhava de inábil (f**a-se ele era um petista lixo que fazia tudo errado mesmo kkkkkkkkkkkkkkkk)

Incrível como a galera que não consegue entender frases simples também não consegue entender a diferença disso.
 
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Senhor Catástrofe

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Estão fazendo um jogo político, vão ficar nesse chove não molha, porque o objetivo não é a verdade, não é prender bandido, é atacar quem eles acham que é um novo nazismo surgindo (se eles se acham "do bem") ou então é ganhar poder e dinheiro às custas de destruir o país (que é minha opinião) ao trazer de volta corruptos responsáveis por milhares e milhares de mortes e que, tendo a oportunidade, voltariam ao poder e tentariam de novo terminar oq ue começaram.

Pode até ser que a intenção dos caras não seja boa mesmo, eu penso que devo questionar todo mundo e não confiar 100% em ninguém.

Eu realmente não acompanhei o processo do Lula, não entendo o bastante de direito pra ler a sentença e definir se está correta ou não, mas o pessoal da direita diz que está e o da esquerda diz que não tem prova concreta alguma.

Mas se tem um jeito certo de se fazer, dentro da legalidade, tem que ser feito assim, justamente pra não deixar pontas soltas. Imagina se alguém consegue soltar o Lula só porque o Moro interferiu de forma ilegal no processo? É tipo a temporada nova da Jessica Jones (não vou dar spoiler, claro).

Como dizem, se você constrói algo em bases fortes, nem um tornado derruba. Mas se for uma cabana de palha...

Esses caras são poderosos, nós somos formigas. O Lula é um bandido e devia estar preso por diversos outros crimes que talvez não existam provas sobre. Só que não posso apoiar que seja feito qualquer coisa ilegal pra prender alguém, porque se fazem isso com alguém com poder igual o 9 dedos, imagina o que pode acontecer com pessoas normais que, de repente, irritaram alguém importante?
 

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Eu ia postar sobre a atualização do caso.

Mas os posts do @XINTSUAI2 me tiraram completamente a vontade.

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Bom, essa é a intenção. Ele, o mortadela que foi banido recentemente e toda a corja de MAVs do PT que está aqui justamente pra isso. O comportamento é exatamente o mesmo da defesa do Lula nas audiências: tumultuar, desvirtuar, poluir, e se tiverem sorte, arrancar uma reação mais forte para depois usar isso como prova de perseguição e intolerância.
 

Zefiris

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O que o Glenn Greenwald anda fazendo é algo não muito diferente da tática kompromat dos russos.

Durante a Guerra Fria, o Kremlin exportou a revolução e se infiltrou em todos os partidos de esquerda no Ocidente. E mesmo depois que a Guerra Fria terminou, a prática continuou. Em áreas que a Rússia considera dentro de sua esfera de influência - Ásia Central, o Cáucaso e, até recentemente, a Ucrânia - Moscou continua a escolher ou promover políticos em que confia ou acredita poder influenciar. E às vezes pode esticar os braços. Tempos atrás um partido de extrema-direita da França obteve um empréstido de 11 milhões de euros de um banco russo.

Sim, leram certo, "extrema-direita". Como regra geral, o objetivo russo não é necessariamente instalar um governo pró-russo em um país ocidental, mas sim destruir as carreiras dos políticos que Moscou identifica como muito perigosas.

Isso é invariavelmente feito através de uma estratégia bem ensaiada que os russos chamam de kompromat, a coletânea cuidadosa de informações comprometedoras sobre pessoas que Moscou quer marginalizar. A informação é geralmente liberada em um momento calculado para infligir danos máximos. Sendo que a info não precisa estar profundamente enraizada na verdade, pois um verniz de autenticidade pode ser suficiente para manipular as massas.
 
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Goris

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Pode até ser que a intenção dos caras não seja boa mesmo, eu penso que devo questionar todo mundo e não confiar 100% em ninguém.

Eu realmente não acompanhei o processo do Lula, não entendo o bastante de direito pra ler a sentença e definir se está correta ou não, mas o pessoal da direita diz que está e o da esquerda diz que não tem prova concreta alguma.

Mas se tem um jeito certo de se fazer, dentro da legalidade, tem que ser feito assim, justamente pra não deixar pontas soltas. Imagina se alguém consegue soltar o Lula só porque o Moro interferiu de forma ilegal no processo? É tipo a temporada nova da Jessica Jones (não vou dar spoiler, claro).

Como dizem, se você constrói algo em bases fortes, nem um tornado derruba. Mas se for uma cabana de palha...

Esses caras são poderosos, nós somos formigas. O Lula é um bandido e devia estar preso por diversos outros crimes que talvez não existam provas sobre. Só que não posso apoiar que seja feito qualquer coisa ilegal pra prender alguém, porque se fazem isso com alguém com poder igual o 9 dedos, imagina o que pode acontecer com pessoas normais que, de repente, irritaram alguém importante?
Bom, você não precisa ser expert em direito para entender algumas questões.


Dê uma lida na matéria, leia as fontes.

O que está acontecendo não é "Oh, tem gente que acha que tem, tem gente que acha que não tem", é "Tem gente que sabe que tem, tem gente que não sabe e tem gente que sabe mas diz que não tem porque é interessante pra essas pessoas convencer todo mundo da versão delas!". Vira e mexe surge na pasta alguém dizendo "Olha, eu nunca votei no Lula mas acho errado isso que o Moro fez porque motivos..." e vem alguém e clica em links pra postagens dessa mesma pessoa de 4, 5 ou 6 anos atrás defendendo Lula. A pessoa mente - algumas vezes até mesmo sem lembrar que mente, algo bem humano - com toda a honestidade do mundo, mas mente.

Lembra do caso da menina marcada com a suástica, com as suásticas pixadas em todo o lugar, assim que Bolsonaro foi pro segundo turno? Foram PTistas que fizeram isso, tem provas (inclusive filmagens no caso dos pixadores) mas acredita que até hoje dizem que os eleitores do Bolsonaro são nazistas? Que eles pixam seu símbolo mas a polícia mente? Cara, se formos mais longe, vê se tem o link para os casos falsos de estupro, racismo e etc na minha assinatura.

São casos reais, em que pessoas mentiram sobre assuntos politicamente importantes na época, e que foram provadas serem mentiras por câmeras e etc. Sabe o que a imensa maiorai dessas pessoas faz ainda hoje? Defende as mesmas mentiras que se provaram falsas 1, 2, 10 vezes. E defendendo tantas vezes, fazem parecer que os casos reais são imensos, mas não são. São alguns casos reais, mais uma caralhada de casos falsos repetidos, repetidos e repetidos... Porque essa gente sabe que o brasileiro tem memória curta. Por isso mesmo os políticos antigos querem tanto controlar e censurar a internet, porque as pessoas esquecem mas a internet não.
De repente, pega quem tá sempre mentindo, quem tá sempre do lado de bandido, vê quem eles defendem e se pergunta, será que se eles defendiam bandidos 10 anos atrás e continuam defendendo, eles não estão errados ou se acostumaram tanto que se tornaram mentirosos?

Do lado de cá, a gente já apoiou o Cunha, o Aécio, o Temer.... Erramos. Mas sabe o mais incrível? Ninguém defendeu o Cunha depois que se provou que era culpado. Ninguém mais defendeu o Temer depois que se provou que era tao corrupto quanto o PT, seu aliado. Ninguém mais defende o Aécio depois do helicóptero de drogas e do áudio dele propondo escolher alguém que dê pra matar pra roubar.... Ninguém defende esses caras porque depois de provado, não tem que defender bandido (eu entendo alguém defender outra pessoa até se provar que ela é culpada, afinal acusações não faltam nunca no Brasil) depois de provado que é bandido.

Se você sabe que o Lula é ladrão, mas tá na dúvida se foi certo prender ele... Sei lá, de repente vale a pena repensar suas opiniões. E não falo pra ofender. Falo pra vc repensar mesmo.
 
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ffaabbiio

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Pode até ser que a intenção dos caras não seja boa mesmo, eu penso que devo questionar todo mundo e não confiar 100% em ninguém.

Eu realmente não acompanhei o processo do Lula, não entendo o bastante de direito pra ler a sentença e definir se está correta ou não, mas o pessoal da direita diz que está e o da esquerda diz que não tem prova concreta alguma.

Mas se tem um jeito certo de se fazer, dentro da legalidade, tem que ser feito assim, justamente pra não deixar pontas soltas. Imagina se alguém consegue soltar o Lula só porque o Moro interferiu de forma ilegal no processo? É tipo a temporada nova da Jessica Jones (não vou dar spoiler, claro).

Como dizem, se você constrói algo em bases fortes, nem um tornado derruba. Mas se for uma cabana de palha...

Esses caras são poderosos, nós somos formigas. O Lula é um bandido e devia estar preso por diversos outros crimes que talvez não existam provas sobre. Só que não posso apoiar que seja feito qualquer coisa ilegal pra prender alguém, porque se fazem isso com alguém com poder igual o 9 dedos, imagina o que pode acontecer com pessoas normais que, de repente, irritaram alguém importante?
Se a base não fosse boa ele já estaria solto, pois o processo do Lula já teve recursos em todas as instâncias e nada de errado foi encontrado no processo.

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Zefiris

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Como disse hoje o Augusto Nunes:
- O Petrolão foi o maior esquema corrupto da história. Não existe um único inocente entre os presos em decorrência das investigações da Lava Jato. Ninguém foi torturado para devolver os bilhões recuperados pela Justiça. O resto é conversa fiada de bandido, cúmplice ou idiota.

Sendo engraçado ver nos comentários do twitter um cara chamando o Augusto Nunes de corrupto por fazer o comentário acima. Bem, agora os corruptos e seus fieis escudeiros tentam se blindar simplesmente culpando a própria justiça com seu contorcionismo retórico.
 

Coffinator

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EDIÇÃO 60 - REPORTAGEM

Lula, preso, chega à PF em Curitiba: a Lava Jato fez história e, para o bem do país, tem que continuar fazendo


Por que a Lava Jato precisa ir adiante
A maior operação anticorrupção da história mudou a maneira de o Brasil lidar com criminosos do colarinho branco. Tentar enterrá-la, como muitos poderosos tentam fazer, é jogar contra o futuro do país
21.06.19

Em cinco anos, a Lava Jato acumula números sem precedentes no combate à corrupção e a crimes do colarinho branco. Somados os dados das forças-tarefa montadas no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Brasília e no Paraná, onde tudo começou, são mais de 24 bilhões de reais a serem devolvidos nos próximos anos para os cofres públicos, em decorrência de 219 acordos de colaboração com pessoas físicas e 13 acordos de leniência com empresas. Foram expedidos 351 mandados de prisão preventiva e 194 de prisão temporária, além de 1.700 ordens de busca e apreensão em todo o país, cujos resultados levaram mais de duas centenas de investigados ao banco dos réus. Somadas, as penas dos que restaram condenados, incluindo políticos poderosos e empresários bilionários nunca antes alcançados pela Justiça, chegam a 3.096 anos. A operação ainda conseguiu o feito de mostrar que, sim, é possível acabar com o ciclo de impunidade que vem desde a descoberta do Brasil pelos portugueses. Graças a ela, foram feitos ajustes importantes em mecanismos que contribuíram durante anos para a cultura que favorecia os poderosos, como o estabelecimento de novas regras para o foro privilegiado, a proibição de doação de empresas para campanhas políticas e a liberação da prisão após condenações em segunda instância.

Muito embora o combate à corrupção não devesse ter dono nem ser apropriado por partidos ou correntes políticas (pelo contrário, deveria ser defendido por todos), desde seu início a Lava Jato se vê em meio à polarização que toma conta do debate público no país. E, após os vazamentos de diálogos atribuídos a autoridades ligadas à operação por meio do aplicativo Telegram, a operação entrou novamente, e com mais força do que nunca, na mira daqueles que acham que seus desdobramentos objetivam não a recuperação de dinheiro desviado nem a punição dos envolvidos em crimes, mas a perseguição a determinados políticos e partidos. Na esteira das supostas conversas vazadas após o ataque hacker a celulares de autoridades incumbidas de atuar nas investigações, que têm dado margem a uma ofensiva inédita contra a operação e a movimentos de bastidores para anular condenações, como a do ex-presidente Lula, resta a pergunta: a Lava Jato deve continuar, doa a quem doer, ou deve parar enquanto atores dos diversos campos políticos, todos com representantes incluídos entre os alvos da operação, se engalfinham no debate sobre se houve algum tipo de falha ou direcionamentos nas apurações? Pelas razões expostas a seguir, que enumeram os feitos da maior ação anticorrupção da história, a resposta parece clara.
A cultura da impunidade sofreu um revés
Quando realizou a primeira leva de prisões, em março de 2014, a Lava Jato era vista somente como mais uma operação de combate à corrupção com potencial para expor práticas criminosas de poderosos brasileiros e que, por isso mesmo, seria interrompida ou enviada para a gaveta de alguma corte superior assim que começasse a importunar os peixes graúdos. O histórico não era nada positivo e sustentava o pessimismo mesmo entre os investigadores. À época, pouca gente acreditava que dar um golpe fatal na corrupção impregnada no poder público e privado era algo possível. Antes dela, muitas outras tinham sido deflagradas com a promessa de passar o país a limpo, mas foram interrompidas pela atuação de caríssimas bancas de advogados, por meio de pedidos de nulidade ao STJ ou STF. Castelo de Areia, Satiagraha e Boi Barrica são alguns dos muitos exemplos. Esse cenário foi se alterando com o desenrolar das fases. Em novembro do mesmo ano, a Lava Jato realizava buscas e punha em cana os principais empreiteiros do país. Meses depois, já em 2015, o todo-poderoso Marcelo Odebrecht, viu-se preso. Foi a partir daí que os políticos em Brasília se deram conta de que a coisa era para valer.

O roteiro é bem conhecido. Empresários de todos os setores, gente das mais diversas colorações partidárias e dezenas de operadores financeiros passaram a frequentar o noticiário policial e, pela primeira vez na história do Brasil, passou a ser considerada a possibilidade de o país ser retirado da lista das nações mais coniventes com práticas corruptas e anticoncorrenciais. Diz o delegado federal aposentado Jorge Pontes, autor do livro “Crime.gov” (Editora Objetiva), em parceria com o também delegado Márcio Adriano Anselmo, responsável pelas primeiras descobertas da operação: “A Lava Jato descortinou para a sociedade a existência do crime institucionalizado. Ela teve o poder de diagnosticar esse cenário de um país tomado pela criminalidade enraizada nas instituições. Ela não pegou todos os esquemas, mas diagnosticou qual era a real situação”.
O ‘mecanismo’ da corrupção foi exposto
O avanço das investigações e seus desdobramentos para outras cidades — além de Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília ganharam forças-tarefas — revelou um cenário assustador de corrupção institucionalizada. Os inquéritos em Curitiba mostraram como a Petrobras foi utilizada para sustentar campanhas eleitorais dos partidos da base de apoio dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A cada fase da operação, os brasileiros foram compreendendo os motivos por trás do interesse dos partidos políticos em integrar a base dos governos e qual era o resultado daquele famoso toma lá dá cá da política nacional. O resultado prático disso, revelou a Lava Jato, era a propina em forma de doação oficial, dentro de mochilas, escoada por meio de contratos com empresas de fachada ou mesmo entregues em quartos de hotéis de Brasília.

Após cinco anos, com o acordo de colaboração de grandes empreiteiras e empresários, a operação deixou claro que a democracia brasileira era um faz de conta comprado a preço de ouro, a depender do interesse do partido ora no poder e dos preços dos políticos interessados em tornar-se asseclas dos poderosos de plantão. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas baseado em sentenças da operação precificou o impacto dos esquemas de corrupção nas eleições. O trabalho mostrou que recursos provenientes de propina representavam até 46% dos valores que irrigaram as campanhas eleitorais brasileiras entre os anos de 2006 e 2012. Se levado em conta o valor total repassado entre 2002 e 2014 para campanhas por empresas investigadas, o número é ainda mais assustador: nada menos que 1 bilhão de reais “investidos” em políticos que depois eram indicados para estatais para dar continuidade ao toma lá dá cá.
Surgiu um novo modelo de combate à corrupção
Parte do sucesso da operação se deve ao modelo de investigação utilizado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. A Lava Jato foi a primeira grande operação a se valer da nova Lei das Organizações Criminosas, a 12.850, aprovada após as manifestações de junho de 2013, ironicamente no governo de Dilma Rousseff. Ao utilizar novas ferramentas de investigação regulamentadas a partir da mudança na legislação, a operação criou um novo paradigma. Passou a utilizar como motores de propulsão os acordos de colaboração premiada e o lema “siga o dinheiro”, inspirado no famoso princípio do follow the money americano. Dessa forma, ao aliar o sufocamento financeiro dos grupos criminosos com a possibilidade de negociação de penas menores em troca da confissão de crimes, a investigação levou pouco tempo para avançar sobre todos os setores empresariais e político-partidários que, até então, haviam passado incólumes por diversas operações. “Esperamos que a Lava Jato ainda possa gerar mais frutos, porque acredito que, muito embora não seja exaustiva no sentido de arrefecer a criminalidade no país, ela é um paradigma importantíssimo, histórico e emblemático para que outras forças-tarefa possam se desenvolver nos mesmos moldes”, diz a procuradora Karen Kahn, do Ministério Público Federal em São Paulo, responsável pelas investigações da Castelo de Areia, que poderia ter antecipado em alguns anos as descobertas da Lava Jato, mas, após esbarrar na velha proteção dos tribunais a investigados poderosos, acabou arquivada.
Políticos graduados conheceram a cadeia
A operação alcançou políticos de diferentes partidos. As principais legendas da política nacional, PT, PSDB e MDB, em especial, viram suas grandes lideranças tragadas pelas investigações. Entre os petistas, além de todos os marqueteiros que serviram às últimas campanhas presidenciais, tesoureiros e operadores, a Lava Jato explodiu no colo do chefe do partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de levá-lo para depor coercitivamente, em março de 2016, a investigação fez uma devassa em toda a vida de Lula e acabou por condená-lo tanto em processos em Curitiba como no Distrito Federal. Em 2018, Lula acabou preso após ser condenado em segunda instância. Além dele, outras lideranças petistas, como José Dirceu, Antonio Palocci, Delcídio do Amaral, Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, viram-se acusadas por envolvimento nos esquemas de desvio de dinheiro público. O PSDB, por sua vez, não pagou menos caro. Após um período inicial fora do foco da operação, os tucanos foram dragados para o escândalo e viram seus expoentes citados em delações. Aécio Neves, o tucano mineiro quase eleito presidente em 2014 justamente por atacar o envolvimento dos petistas na Lava Jato, só não foi preso após aparecer pedindo 2 milhões de reais para Joesley Batista, da JBS, porque tinha foro privilegiado. A irmã dele, Andrea Neves, não teve tanta sorte.

Chegou a ir para a cadeia. Da ala paulista, os até então imunes a escândalos Geraldo Alckmin e José Serra agora são alvos de investigações por terem aparecido em acordos de delação de empreiteiros como adeptos do mesmo toma lá dá cá que abastecia os cofres petistas. No caso de Serra, além de dinheiro para as campanhas eleitorais, as delações apontam para repasses no exterior realizados para operadores que atuavam em seu nome. No MDB, o ex-presidente Michel Temer foi preso poucos meses após deixar o Palácio do Planalto. Somam-se a ele nomes como Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima, a cujo prontuário foi adicionado o título de proprietário de um bunker de 51 milhões de reais em espécie descoberto pelos investigadores. Descobriu-se que o ex-governador fluminense Sérgio Cabral, do MDB, era chefe de uma quadrilha que espoliou o estado do Rio de Janeiro de uma forma impressionante mesmo para os largos padrões da corrupção nacional. Ele está em cana, condenado até agora a quase 198 anos de prisão. Outros partidos grandes, como PP, PR e DEM também se viram envolvidos e têm alguns de seus principais líderes respondendo a inquéritos ou mesmo a processos.
Finalmente os corruptores foram alcançados
Não foram só os políticos corruptos que sofreram com os cinco anos da operação. Pela primeira vez na história do país, a Lava Jato avançou também sobre os corruptores, aqueles empresários interessados no dinheiro do erário que optaram por anos a fio pelo pagamento de propina como forma de superar a ineficácia de suas empresas em concorrer de forma justa e honesta pelos contratos públicos. Embora alguns empreiteiros tenham sido presos ainda em 2014, na 7ª fase da Lava Jato, foi em junho de 2015 que a operação mostrou de maneira inconteste que seu objetivo era dar um duro golpe na corrupção. Em uma manhã de sexta-feira, o dia da semana que ficou marcado pelas ações mais rumorosas da operação, a 19ª fase da Lava Jato, batizada de Erga Omnes (‘Vale para todos”, em latim), prendeu Marcelo Odebrecht, o maior empreiteiro da América Latina. A partir daí sobrou para empresários de todos os setores. Enquanto Curitiba focou nos empreiteiros, as frentes abertas no Rio de Janeiro e Brasília focaram em outros fronts conhecidos por manter relações íntimas (e suspeitas) com o poder.

Foi assim com companhias do ramo financeiro e com gigantes do ramo de carnes, como a JBS de Joesley e Wesley Batista — que, graças à política dos “campeões nacionais” lançada durante os anos do PT no poder, alcançou a posição de maior conglomerado do setor de proteína animal do planeta. Empresas das áreas de saúde e transporte também passaram a ser alvo. Como consequência dos resultados da Lava Jato, grandes companhias passaram a adotar, para valer, medidas de compliance para evitar problemas com a Justiça. “O avanço da Operação Lava Jato garantiu que o debate sobre os procedimentos que compõem a lei anticorrupção, como a aplicação de multa e a adoção de compliance, garantisse ao estado mais eficácia no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro”, diz Leandro Daiello, ex-diretor-geral da Polícia Federal.
As investigações se espraiaram pelo mundo
A operação foi fundamental para mapear uma complexa teia de corrupção internacional que ia muito além da Petrobras e incluía sofisticados esquemas de lavagem de dinheiro com contas no exterior, escondidas em paraísos fiscais e em nome de laranjas. Um dos exemplos mais simbólicos é o da própria Odebrecht, que teve de fechar acordos de leniência com Estados Unidos, Suíça e Brasil, para devolver o equivalente a 3,5 bilhões de dólares aos três países. Na América Latina, seguindo o exemplo do Brasil, ex-presidentes foram presos por crimes descobertos a partir da Lava Jato. As informações compartilhadas com as autoridades estrangeiras devem gerar novos desdobramentos nos próximos anos. Até aqui, já houve 754 pedidos de cooperação internacional para a troca de informações com outros países. Em 2013, um ano antes de a Lava Jato ir às ruas, procuradores suíços arquivaram parte da investigação envolvendo o pagamento de propinas a autoridades dos governos do PSDB em São Paulo pela multinacional Alstom, devido à falta de cooperação dos investigadores brasileiros. Anos mais tarde, já com as forças-tarefa da Lava Jato a todo vapor, o Brasil passou a “exportar” investigações. Em maio deste ano, por exemplo, veio à luz a notícia de que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em conjunto com o FBI e a Securities and Exchange Comission (o equivalente dos americanos à CVM), passou a investigar as gigantes do setor de saúde Philips, GE, Johnson & Johnson e Siemens. O pontapé inicial da investigação foi o esquema de fraudes e corrupção em licitações de equipamentos médicos revelado pela Lava Jato no Rio.
As instituições brasileiras amadureceram
Independentemente de alguns encarregados da operação terem ganhado fama, como o próprio Sergio Moro, foram as instituições envolvidas nas investigações que mais ganharam com a operação, sobretudo o Ministério Público e a Polícia Federal. Com o amplo apoio popular às investigações, autoridades antes acostumadas a esbarrar nas travas estabelecidas por chefes preocupados em não desagradar seus superiores, quase sempre políticos, passaram a trabalhar com mais liberdade, amparadas na certeza de que têm um papel a cumprir e que, dentro dele, interferências indevidas em favor de investigados não são mais bem-vindas. Como exemplo dessa nova cultura institucional, um diretor da Polícia Federal nomeado por Michel Temer acabou caindo após tentar interferir no trabalho de delegados. Também houve ajustes nos marcos legais que definem o papel dos órgãos encarregados de investigar e processar. Por decisão do Supremo, na esteira de casos concretos levantados pela Lava Jato, a Polícia Federal passou a ser autorizada a fazer acordos de colaboração premiada. Outro fator essencial para o amadurecimento das colaborações premiadas foi a possibilidade de condenados em segunda instância passarem a ser presos imediatamente. Esse entendimento foi chancelado pelo Supremo em 2016, em meio aos avanços da Lava Jato sobre a cúpula das maiores empreiteiras do país, e representou um marco nas práticas até então adotadas no país: com a infinidade de recursos que o sistema brasileiro prevê, os processos nunca terminavam e os réus, especialmente os mais poderosos, dificilmente eram punidos.
Novas frentes de investigação foram abertas
A Lava Jato abriu para as autoridades caminhos para investigar setores nunca antes explorados com a devida atenção. Dois dos maiores exemplos das novas fronteiras abertas pela operação são o sistema financeiro e o Poder Judiciário. Responsáveis por hospedar contas de empresas de fachada e operadores de propina envolvidos nos esquemas de corrupção, os bancos entraram na mira dos investigadores e aumentaram ainda mais as fileiras de inimigos da operação. Poucas semanas antes de vir à tona o caso dos vazamentos de conversas da força-tarefa no Telegram, a Lava Jato de Curitiba prendeu três executivos do alto escalão do banco Paulista. A Lava Jato no Rio, por sua vez, prendeu dois executivos do Bradesco, o segundo maior banco privado. Nos próximos meses, caso os algozes da operação não consigam enterrá-la, mais fases devem mostrar como o sistema financeiro nacional foi utilizado para lavar dinheiro sujo desviado dos cofres públicos. No caso do Judiciário, a Lava Jato não é a primeira a ensaiar um avanço sobre juízes, desembargadores e integrantes de cortes superiores suspeitos de manter relações escusas com grupos criminosos. Mas as anteriores normalmente esbarravam em decisões dos próprios tribunais e, com raras exceções, quase sempre acabavam engavetadas. Agora, a Lava Jato promete expor como se dava a relação de alguns empresários e políticos corruptos com autoridades responsáveis, em tese, por defender o império da lei.

Por tudo isso, resta claro que atacar a Lava Jato e lançar sombra sobre o que ela alcançou desde sua primeira fase, em 2014, não favorece apenas a turma que foi parar atrás das grades graças às investigações. Há também quem queira evitar virar alvo. Inimigos, portanto, não faltam. Mas é preciso avançar — e não anular aquilo que já foi foi feito
 

constatine

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Moro livra Lula e Okamotto de acusação pelo armazenamento das ‘tralhas’

Juiz da Lava Jato absolveu ex-presidente e também o dirigente do Instituto Lula dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no episódio da estocagem pela Granero de utensílios que petista recebeu quando ocupou o Palácio do Planalto por dois mandatos

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Lula, Okamotto e Leo Pinheiro

O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, absolveu o ex-presidente Lula e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e também o empresário Léo Pinheiro, da OAS, das acusações do Ministério Público Federal sobre o armazenamento dos bens que o petista acumulou durante o exercício do cargo custeado pela empreiteira junto à empresa Granero. O ex-presidente chama as peças e utensílios de ‘tralhas’.

Na mesma sentença, Moro condenou Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro de R$ 2,25 milhões por supostamente aceitar para si o triplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, e suas respectivas reformas bancadas pela construtora como forma de propinas oriundas de contratos da Petrobrás.

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Moro considerou insuficientes as provas que embasavam a acusação de que Lula teria cometido crime de lavagem de dinheiro e corrupção passiva ao aceitar para si o pagamento pelo armazenamento de seus bens acumulados à época em que ocupava a Presidência.

O juiz da Lava Jato entendeu que as próprias declarações do ex-presidente da construtora, Léo Pinheiro, que afirmou, em depoimento, que o pagamento tinha como objetivo o ‘estreitamento de laços’, ‘não bastaram para caracterizar corrupção, uma vez que não envolveu pagamento em decorrência do cargo presidencial ou de acertos envolvendo contratos públicos’.

Paulo Okamotto era acusado de lavagem de dinheiro no mesmo episódio, por intermediar as tratativas para o armazenamento dos bens de Lula entre a OAS e a Granero. Okamotto foi absolvido por Moro.

No entanto, o juiz ponderou que há irregularidades no contrato de estocagem do material. “O procedimento mais apropriado seria que a OAS formalizasse o apoio dado à conservação do acervo presidencial em um contrato escrito ou que disponibilizasse os recursos financeiros ao Instituto Lula, por doação, para que este celebrasse o contrato com a Granero e efetuasse os pagamentos.”

Ao absolver Lula e Okamotto, Moro disse levar em consideração os depoimentos de Léo Pinheiro, da OAS, que negou que o armazenamento dos bens fosse parte de um acerto de propinas, e do presidente da Granero, Emerson Granero, que alegou ao magistrado que houve apenas um erro formal no contrato que descrevia as ‘tralhas’ como material de escritório da OAS.
O juiz federal ainda afirmou reconhecer a ‘importância cultural da preservação do acervo presidencial’.


“As declarações de José Adelmário Pinheiro Filho soam críveis. Considerando sua manifesta intenção de colaborar, não se vislumbra por qual motivo admitiria a prática de um crime de corrupção e negaria o outro. Caso sua intenção fosse mentir em Juízo em favor próprio e do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, negaria ambos os crimes. Caso a intenção fosse mentir em Juízo somente para obter benefícios legais, afirmaria os dois crimes. Considerando que a sua narrativa envolvendo o apartamento triplex encontra apoio e corroboração em ampla prova documental, é o caso de igualmente dar-lhe crédito em seu relato sobre o armazenamento do acervo presidencial”, concluiu o magistrado.

https://politica.estadao.com.br/blo...o-de-acusacao-pelo-armazenamento-das-tralhas/




(...)"No entanto, o juiz ponderou que há irregularidades no contrato de estocagem do material. “O procedimento mais apropriado seria que a OAS formalizasse o apoio dado à conservação do acervo presidencial em um contrato escrito ou que disponibilizasse os recursos financeiros ao Instituto Lula, por doação, para que este celebrasse o contrato com a Granero e efetuasse os pagamentos" (...)

Passando pano para criminoso senhor juiz. Acoelhando o réu a não ser pego pela justiça? :kduvida






“Vou ler o código penal pra você, Paulinha”
“Não importa o que diz o código penal Caio!”


Caio tentando explicar física quântica para macacos, boa sorte caio.
 
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