MalleoBH
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Plataformas: PS4 e PC lançamento / iOS (TBA) / Outras plataformas a serem anunciadas, lançamento posterior
Desenvolvimento: Thekla, Inc. (Estúdio independente de Jonathan Blow e sua pequena equipe)
Gênero: Puzzle-Exploração
Formato: Digital, no lançamento / Físico, posterior ao lançamento
Lançamento: 26/01/2016
Preço: PSN e Steam $39.99 / €36.99 / £29.99 / R$72,99 (Steam BR) / R$122,90 (PSN BR)
INTRODUÇÃO
Em 2008, o desenvolvedor Jonathan Blow lançou Braid, um plataforma 2D com jogabilidade puzzling e um belíssimo visual (estilo desenho a mão). Braid explodiu em vendas na Xbox Live Arcade e tornou-se um dos principais títulos apontados como parte da revolução dos "indies games".
Um ano depois, em 2009, ele anunciou seu próximo projeto, um adventure puzzle game chamando The Witness. As expectativas eram de lançar o game para 360 e PS3.
"Eu pensava a época que seria um game muito menor, então quando o anunciei disse que seria para o Natal de 2011", relembra Blow, rindo. "Claro, a reação na internet foi, 'Oh meu Deus, falta tanto tempo. Por que eles estão anunciando um game dois anos antes do lançamento?' Agora já são seis anos e meio depois". Esse tempo já seria muito para o desenvolvimento de um game AAA, imagine para uma pequena equipe independente? Blow só conseguiu manter o projeto com o dinheiro que conseguiu com o sucesso de Braid. Mas ele não desistiu de sua visão e levou até o fim sua ideia, sem sacrificar o game.
Não há dúvidas de que houve uma inesperada longa espera pelo próximo projeto de Blow, mas The Witness está finalmente próximo de ser lançando
PUZZLES, EXPLORAÇÃO E UMA ILHA MULTI COLORIDA
É por uma caverna estranha que o jogador tem acesso à misteriosa ilha do game. Quem jogou Myst já deve ter tido essa sensação. E não é por acaso, segundo Blow: "The Witness é deliberadamente uma homenagem a Myst". A única coisa a fazer é vaguear pela ilha resolvendo puzzles.
A escolha por uma exploração open world não foi deliberada, a intensão de Blow é a de que mesmo que o jogador fique empacado em algum puzzle ele pode dar continuidade ao game explorando outras áreas e novas formas de puzzles. A exploração em The Witness é praticamente livre, desde o início o jogador poderá ir aonde ele consegue ver na ilha, mas algumas construções podem exigir a resolução de algum puzzle para serem acessadas.
Construída sobre uma engine própria da equipe, a ilha apresenta variados ambientes com cores vibrantes: uma porção de deserto, um pedaço de floresta tropical, pântano, lago, orquidário e outros muitos ambientes.
Como descobrir o mistério dessa ilha? A solução é simplesmente resolver cada vez mais puzzles e criar uma rede conectada à ilha. Todos os puzzles em The Witness vem de uma premissa simples: em um painel com uma grade de linhas o objetivo é desenhar uma linha que sai de um ponto inicial especifico e vai até um ponto final sem que essa linha se cruze. Em outras palavras, todos os puzzles em The Witness são simplesmente uma certa forma de labirinto.
Mas se engane se você pensa que os puzzles são fáceis. De início os puzzles são realmente simples, mas servem para introduzir a mecânica ou sua regra ao jogador. Apesar da premissa inicial estar presente em todos os puzzles, é a regra para se resolver cada um deles e a combinação dessas regras que ditam a dificuldade deles. Como exemplos: há puzzles em que a linha ao sair de seu ponto inicial até chegar em seu ponto final deve separar pontos brancos de pontos pretos da grade (Fig. 1). Há puzzles que com a linha deve-se passar por todos os pontos espalhados pelo traçado até chegar ao ponto final (Fig. 2). Assim como há a combinação dessas duas regras, onde deve-se separar pontos brancos de pretos da grade passando por todos pontos espalhados pelo traçado (Fig. 3). A cada nova área, novas regras e combinações.
Há ainda uma característica nesse game que é a de não "levar o jogador pela mão". As regras para cada uma das variações dos puzzles não são ditas ao jogador. Toda as informações necessárias para descobri-las estão no painel em si. Então, cabe ao jogador analisar o painel e perceber os detalhes e singularidades de cada um deles. Muitos dos puzzles exigirão tentativas e erros até que se entenda a sua regra e leve à sua resolução. Segundo Blow, há puzzles que certamente nem 1% dos jogadores conseguirão resolver. E essa é a sua intensão, ele não se importa se o jogador ficará horas e horas tentando resolver um puzzle. Mas para terminar o game não será preciso terminar os mais de 650 puzzles presentes no game. Para terminar o game o diretor estima cerca de 20-40 horas de jogo, mas para aqueles que pretendem alcançar os 100% o desafio pode passar das 80 horas.
TRILHA SONORA E SONS
Vocês devem se perguntar se os dois belos arranjos apresentados nos trailers estarão no game final. Só que a resposta é não. Segundo Blow diz: "(quase) não há música no game". E esse "quase" é porque em declaração Blow disse que há somente uma música no game inteiro. E ele explica o por que disso: "Não é uma decisão arbitrária, mas sim um importante fato para a coerência do que estamos fazendo. The Witness é um game sobre ser perceptivo: notando sutilezas nos puzzles encontrados, percebendo detalhes no mundo que te cerca. Se colocássemos uma camada de música tocando arbitrariamente, não vindo realmente do mundo, estaríamos então adicionando uma camada de materiais que iriam contra o game."
A ausência de música levou a um grande foco aos sons do ambiente: "Colocamos um cuidado especial nos sons do mundo que o cerca, de forma que maximize a imersão no game. E isso vem da definição do game: você está sozinho nessa ilha, e não há nem mesmo algum outro animal. Não há pássaros nas árvores! No cotidiano, se pensarmos os sons da natureza certamente pensaremos em elementos que não estão persentes na ilha: uma floresta naturalmente terá sons de pássaros, planícies com matas terão grilos, um pântano terá sons de vários insetos. Não há nenhum deles no game, porque nesse game você está realmente sozinho. E isso nos forçou a sermos bastante criativos com o áudio de forma a assegurar que as coisas tenham profundidade e textura. Esse trabalho está sendo feito pelo Wabi Sabi Sound, que é responsável pelo som da bastante atmosférica série Dead Space e mais recentemente de Ori and the Blind Forest.
Nos vídeos abaixo temos uma demostração da variação do áudio conforme os ambientes da ilha:
HISTÓRIA, VOICEWORK E LOCALIZAÇÃO
O game contará com voice acting (em inglês) de atores reais, um deles em especial é bem conhecido do público (não divulgado ainda). Mas se você está sozinho nessa ilha, de onde essas vozes vem? Blow explica: "Quando vagando pela ilha você poderá encontrar gravações vocais que foram deixadas... bem, no início do game você não sabe por quem; e com o avanço no game há um interessante mistério para resolver sobre quem são ou foram essas pessoas."
O game será localizado para diversos idiomas, incluindo o português do Brasil. Mas a localização não inclui voice acting, a localização será somente em Textos de Menus e Legendas. Blow fala sobre: "Como em muitos games atuais, estamos localizando nosso game de forma que pessoas que falam diferentes línguas possam entender. Não estamos gravando voice acting em diferentes línguas, muito porque é extremamente difícil fazer isso com qualidade. Já é extremamente difícil fazer com que se tenha certa qualidade em uma única língua."
VÍDEOS
Primeiro vídeo oficial (fevereiro de 2013, PS Meeting):
Segundo trailer, data de lançamento (Setembro 2015):
IMAGENS
WALLPAPER
REVIEWS
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TROFÉUS
São 14 troféus: 1 platina, 11 ouro, 2 prata
http://www.exophase.com/game/the-witness-ps4/trophies/
FONTES:
http://the-witness.net/news/
http://www.polygon.com/features/201...-jonathan-blow-interview-ps4-playstation-4-pc
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