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Spoiler [TLOUS PT II - Tópico oficial dos spoilers] TLOUS PT II tem spoilers insanos vazados por falta de pagamento e crunch excessivo aos funcionários.

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Shinigami Slash

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Slash, acho que o "nitpicking" está diretamente relacionado à suspensão de descrença. Você encarou o jogo com expectativas moderadas e não teve a suspensão de descrença quebrada. Outros jogadores encararam o jogo com expectativas mais elevadas, por conta do jogo original, sofreram uma decepção enorme e tiveram a suspensão de descrença destruída. No meu caso específico, essa destruição acabou com o fator entretenimento do jogo e resultou numa análise crítica excessiva dos seus pormenores.

Enquanto a suspensão de descrença está ativa, tendemos a relevar muita coisa sem sentido nas mais diversas formas de entretenimento, pelo simples fato de desejarmos ser entretidos e nos divertir. Portanto, você e os demais jogadores que mantiveram a suspensão de descrença estão dispostos a aceitar as conveniências e coincidências do roteiro, enquanto outros como eu e os demais que tiveram a suspensão de descrença destruída não conseguem mais relevá-las. Por causa disso, o que você enxerga como nitpicking e eu enxergo como falha de roteiro. Vamos simplesmente ter que concordar em discordar nesse ponto.
É bem isso mesmo, mas bota "análise critica excessiva" pq por deus, é muita coisa naquele wall que, eu nem preciso te conhecer pessoalmente/profundamente pra saber que muitas vezes aquilo é tolerado por você mesmo, ou vc não consegue apreciar nenhum tipo de história de entretenimento, o que dada a sua participação na pasta cinema, tambem pode se revelar uma possibilidade real.
off:
Fico me perguntando aqui, será que aquela bobagem simplória de franquia Star Wars dos anos 70 ou dos anos 2000 (eps I ao VI) justifica expectativas de roteiro, narrativa, dialogos, argumento tão elevadas para com os episódios VII ao IX? Ou será que vc faz essa troça tão persistente com certas obras por puro hobby? Tem que ver isso aí...

Quando afirmei que os personagens traíram seus próprios caráteres, o fiz com base no que foi mostrado dos ditos cujos nos jogos. O caráter de Joel é explorado e estabelecido durante toda a narrativa do primeiro jogo, enquanto a She-Hulk tem um seguimento gigante de mais de dez horas para estabelecer o dela no segundo jogo. Porque gastar todo esse tempo e esforço narrativo para estabelecer o caráter desses personagens se, num determinado momento, eles podem subitamente ligar o botão "f**a-se" e agir contra esses caráteres, apenas para servir aos interesses da trama? Mudanças de caráter podem acontecer, mas precisam ser devidamente explicadas na narrativa para se tornarem plausíveis. Meu problema está nas mudanças súbitas, ocorridas com o único intuito de servir um determinado objetivo do roteiro.

Eu queria até encerrar a discussão, mas vou deixar um comentário novamente sobre isso aqui, faz muito tempo que joguei TLOU1, até lembro que o Joel era um homem cauteloso acima da média, mas sabe o que eu sinto? Sinto que se um incauto que não conhece a obra lesse suas postagens descrevendo o personagem Joel, acharia que é um homem com virtudes, nível de atenção, estado de vigilância, nível de alerta equiparáveis ao Logan, Solid Snake/Big Boss, Jack Bauer, Frank Castle, será que era tão sagaz assim?
Sinceramente? Só lembro de alguem com cautela acima da média mesmo, que pode falhar a qualquer momento e em situações críticas, mas poss estar enganado.

Mas eu vou admitir uma coisa tambem, o jogo bem que poderia, num determinado flashback (aquele de buscar as cordas de violão por exemplo) colocar o Joel dando uns moles, sendo salvo por quem quer que o acompanhe e esse personagem dizendo "Tá ficando velho/enferrijado hein!"


Enfim, tem vários e vários problemas em TLOU 2. Um deles é relativo inclusive a necessidade que Neil Druckmann sentiu de fazer com que joguemos com a Abby, porque pouco importa para a decisão que a Ellie tomou que é o desfecho final da história. Se a decisão é da Ellie, que diferença faz ter jogado com a Abby? Ou por acaso a Ellie leu a mente da Abby e viu todos os acontecimentos contados ao longo do jogo e por conta disso resolveu poupá-la no final?

Sei que existem pessoas que sentiram ojeriza em cada segundo que jogaram com a Abby mas a ideia do autor tambem funcionou para muitas pessoas que conseguiram ficar imersos na proposta do jogo...meu amigo morreu 3x durante o combate final por não não conseguir bater na Abby, eu mesmo deixei ela me dar uns golpes e respirei aliviado quando ela poupa a Abby a Ellie não sabe tudo sobre a Abby, mas sabe que ela tirou algo valioso dela. (os amigos)
 

Trezoitao38

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Tendo em vista tudo o que foi mostrado no primeiro jogo, realmente não acho que Joel salvaria a She-Hulk naquela situação. Talvez o Bloodstained estivesse inclinado a salvá-la, mas a ND não daria a opção aos jogadores nesse caso: a personagem em questão é importante demais para a trama, então o salvamento simplesmente seria apresentado numa cutscene, como foi feito na Part II.

Nessa parte os jogadores nem sabem direito quem é a Abby, então provavelmente salvariam.

Mas o ponto a respeito disso é que a Naugthy Dog em vários momentos sabe que o jogador tomaria decisões contrárias aquelas tomadas por Neil Druckmann, mas como elas são vitais para a trama que o ND quer contar, então ele que tem que assumir essas decisões. Ele poderia ao menos desenvolver a história um pouco mais para fazer com que o jogador as sentisse como decisões do jogador e não como decisões tomadas pelo escritor do roteiro. A final, isso é um jogo, o jogador tem que se sentir como elemento importante na execução da história.

Então, vamos pegar, por exemplo, o final de TLOU 1. Precisava matar o médico e demais daquele hospital para salvar a Ellie? Po, na cena do médico, o médico tá com um bisturi e você com um arsenal de armas de fogo, precisava mesmo matá-lo? Mas como talvez o N. Druckmann imaginou a história do TLOU 2 em torno do tema da vingança, então bem, ele teve que obrigar os jogadores a matar aquele médico.

TLOU 2 inteiro é isso, você é obrigado a matar um cão porque o Neil Druckmann te obrigou a matá-lo, porque ele quis mostrar que "olha só como a Abby é boazinha e trata bem os cãozinhos" ou "sabe aquele cão que você matou de maneira estúpida e cruel (maior mentira, estava apenas tentando sobreviver e 'passar de fase')? Pois é, aquele cão é o cão da nossa queridinha e amada (você é quem está dizendo isso, eu não amo ela) Abby". Tipo, chega a ser ridícula essa espécie de manipulação moral, porque no fundo ele não faz manipulação moral com o jogador, ele faz com ele mesmo, quem disse que o jogador iria matar o cão se pudesse evitar?
 

Trezoitao38

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Sei que existem pessoas que sentiram ojeriza em cada segundo que jogaram com a Abby mas a ideia do autor tambem funcionou para muitas pessoas que conseguiram ficar imersos na proposta do jogo...meu amigo morreu 3x durante o combate final por não não conseguir bater na Abby, eu mesmo deixei ela me dar uns golpes e respirei aliviado quando ela poupa a Abby a Ellie não sabe tudo sobre a Abby, mas sabe que ela tirou algo valioso dela. (os amigos)

Quer dizer então que se você não ver a história de uma pessoa você vai bater nela com crueldade até ela morrer lentamente? Precisa mesmo conhecer a história de vida das pessoas para ter alguma simpatia por elas? Precisa mesmo ver a pessoa com parentes e amigos para acreditar que uma pessoa que você vê tem outras pessoas que se importam com ela?

Vamos pegar aqui os casos da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, ou de qualquer outra guerra. Por acaso algum soldado vai deixar de matar outro soldado em combate porque ele engravidou a namorada antes de ir à guerra?

Não, sabe por que? Porque é uma guerra, e as pessoas estão lutando por um ideal (proteger o próprio provo, expandir a própria nação entre outros motivos) e pelas suas próprias sobrevivências. E é esse muito o caso de TLOU 1.

Quando as coisas se dão assim vingança não faz tanto sentido. Porque mataram o meu pai? Ora, mortes acontecem todos os dias nesse mundo pelos mais variados motivos, alguns estão buscando a cura de uma doença, outros estão tentando sobreviver, outros estão tentando ter recursos, seja de bens de primeira necessidade, seja armas e equipamentos para lidar com os infectados pela epidemia e assim em diante. Esse é um mundo que ninguém está matando o outro porque simplesmente odeia. Entenda uma coisa, vingança faz sentido nesse tipo de morte, mataram meu irmão, meu pai etc simplesmente porque odiavam eles. Agora, buscar vingança porque alguém matou seu ente querido que simplesmente entrou em zona de combate e era um adversário nesse campo, nessa disputa? Não é à toa que a Abby sequer pergunta ao Joel porque ele matou o seu pai, porque o Neil Druckmann provavelmente não conseguiu encontrar justificativas para a Abby seguir realizando a sua vingança depois de ouvir a justificativa de Joel, então bem, é melhor ocultar esse dado e fazer do Joel um assassino e homicida de pais, destruidor de lares e famílias e não um salvador de uma pessoa a quem ele se importa e ama.
 

Trezoitao38

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Só pra uma ideia de comparação.

Sasuke quer matar o seu irmão mais velho porque o Itachi numa situação de paz resolveu matar todos os membros do seu clã, exceto um deles. Isso faz do Itachi no mínimo um psicopata que matou vários dos familiares e amigos do Sasuke sem uma razão aparente. Itachi sabia muito bem quem ele estava matando e ninguém estava interessado na morte dele, ele não estava tentando sobreviver (talvez depois dele ter matado o seu melhor amigo, mas isso é por culpa do próprio Itachi), não estava escapando de nada, não apareceu um monte de gente que ele teve que matar. Ele não matou porque ele teve que matar, ele matou porque ele quis matar.

E é isso que alimenta o desejo de vingança de Sasuke.

Agora, o caso de Joel e Abby é completamente diferente. O médico apareceu como um obstáculo, então Joel teve que matar o médico para conseguir salvar a Ellie. Joel não quis matar o médico, mas ele fez porque teve de fazer.

Isso torna o desejo de vingança da Abby muito fraco, ainda mais porque ela desconhece o Joel, diferentemente de Sasuke, que conhecia, ou ao menos, acreditava conhecer o seu irmão mais velho. Sasuke tem um conflito pessoal a ser resolvido com o seu irmão. Afinal, é o seu irmão mais velho e o homem mais forte do seu clã. E a importância do clã não deve ser deixada de lado, porque Sasuke continua a vestir a camisa com o símbolo do clã, continua a ser um dos poucos herdeiros do sharigan. E ainda assim, é importante frisar que isso não basta. Porque Sasuke se pergunta várias e várias vezes porque Itachi, seu irmão mais velho, fez isso. E por que o fez e o deixou vivo. Sasuke tem um conflito, ele tem algo a ser resolvido, embora ele próprio não saiba a melhor maneira de resolvê-lo.

Abby, por outro lado, não tem nada de pessoal contra Joel, se não fosse pela gafe cometida por Tommy sequer saberia reconhecê-lo. Então fica estranho, de onde ela guarda todo esse rancor? Como é que ela tem um rancor imenso por uma pessoa que ela não consegue sequer imaginar como essa pessoa seja? Como é que a mesma pessoa que trata bem os seus cãozinhos, que arrisca a sua vida para salvar crianças e adolescentes que acaba de conhecer, sente uma vontade incontrolável de não só matar, mas também de torturar lentamente e a sangue frio uma pessoa que desconhece a sua feição, seu gestual, seu comportamento, seus trejeitos, sua identidade, seus valores, sua moral, suas intenções e motivações? E sente essa vontade de matar lentamente usando um taco de golf para dar várias tacadas dolorosas, tendo para isso usar a força dos seus braços sem qualquer remorso em alguém que tinha acabado de salvar sua vida? Então porque diabos Joel salvou a vida da Abby Neil Druckmann? Se isso nem tem tem propósito algum na história, se isso não é capaz de forçar alguma reflexão e causar algum conflito psicológico em Abby? Se não é capaz de transformar o caráter da personagem, se não tem impacto algum em qualquer espécie de desenvolvimento dramático?

Então como se vê é uma personagem pobre, mal montada, que além de ser a pessoa que matou o Joel, por motivações rasas, só para encadear um conflito naquela que vai ser de fato a personagem principal da história (Ellie) não tem qualquer importância os seus acontecimentos para o desfecho final da história, e por, consequência, sequer deveríamos ter jogado com ela, pois sua história pouco importa, só importa o fato de que ela matou Joel por vingança.

Agora, vamos fazer outra comparação. Ellie olha Joel morrer na sua frente. Ellie vê Joel não apenas ser executado, mas ser torturado, lentamente e dolorosamente. Joel nos momentos finais de sua vida sequer é capaz de dizer uma única palavra, como um "eu te amo" ou um "desculpa pelo que te fiz", pois a essa altura Joel já estava agonizando de dor, com dificuldades de respirar. Ellie vê os momentos finais de vida de Joel, Ellie vê a falta de misericórdia e compaixão da Abby, que sequer pede para que retirem a Ellie da sala para que a Ellie não sofra de ver o que ela não gostaria de ver. Ao contrário, Abby faz questão que Ellie veja Joel ser torturado, Abby faz questão de que Ellie veja que é ela que está matando Joel. Ellie pede "por favor", mas não adianta, Abby apenas sente mais e mais vontade de matar Joel. E é incrível que depois de tudo isso a Abby ainda diga coisas como: "eu deixei você Ellie e o Joel vivos, será que você não vê que eu não tenho nada contra você e só queria o Joel?" Caramba, tá de brincadeira comigo? Então por que fez questão de torturá-lo e matá-lo em minha frente? Você achou mesmo que isso não teria impacto emocional nenhum em mim? Achou mesmo que eu iria assistir a tudo isso e voltar para a minha terrinha ter uma vida feliz com minha namorada Dina como se nada tivesse acontecido? Abby ter ficado surpresa de Ellie ter se voltado contra ela é completamente ridículo. Abby tinha que ter uma noção mínima das consequências do que tava fazendo. E chega a ser surpreendente que alguém que matou alguém ali a completo sangue frio e com deleite e prazer em fazê-lo não tem a capacidade de matar outras duas testemunhas para evitar consequências mais graves posteriores (que como a gente vê, acontecem várias).

E aí ao final a certa era a Abby que tinha uma razão para a sua vingança e errada era a Ellie que não tinha razão nenhuma para isso. Tá de brincadeira comigo.

Não que eu seja contra a decisão tomada por Ellie. Mas a maneira que veio é completamente sem sentido. Sem qualquer desenvolvimento para isso, um flashback abrupto aparece e bum, ela toma a sua decisão de poupar a vida da Abby. 10 horas de história que não fazem qualquer relação com o desfecho. Só o fato de ser um flashback torna a coisa pior, porque poderia ser um acontecimento no presente da história que levasse a Ellie a repensar, que como colocaram, o fato da Abby ter ali o Lev como uma relação homóloga a qual ela viveu com Joel. Ainda assim, fraquíssimo, porque se isso aí por si só sustentasse, não seria necessário o flashback de Joel. E em segundo lugar, porque se alguém só se simpatiza com outro ser humano porque vê que esse ser humano tem um ente querido que o ama reciprocamente, então meus amigos, é uma simpatia falsa. Eu pessoalmente não preciso ver o ente querido de ninguém para simpatizar com alguém, só o fato dessa pessoa ser humana basta. Espero que com vocês seja o mesmo e que eu não tenha que depender de estar próximo de meu pai, minha irmã, minha mãe quando alguém for tentar me matar para dar um motivo a essa pessoa para não me matar. Só o fato de eu ser um ser humano não basta para você?
 

Agent13

Bam-bam-bam
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O tópico tava legal antes. :ksnif
Só sei de uma coisa: este jogo aqui é mais legal que TloU Part 2:
Yakuza-dead-souls-ps3-cover-1.jpg

=)
 


Lord_Revan

Lenda da internet
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O tópico tava legal antes. :ksnif
Só sei de uma coisa: este jogo aqui é mais legal que TloU Part 2:
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Pessoas de QI Elevado não aguentam que seres inferiores como nós se divirtam só com os memes dessa porcaria.
.
O ego ferido não suporta que existam pessoas que ousem rir dessa bela pilha de b*sta :klolwtf
 

Bridges

Bam-bam-bam
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Bom, pelo menos estamos cientes de que crítica =/= homofobia. Já é um passo importante e suficiente em direção à convivênvia e aceitação das diferenças. Um abraço!
Se a crítica passa pelo incômodo com esse beijinho, é homofobia sim, fera. Não precisa ser estúpido e violento pra ser homofóbico. Falar que é "desnecessário", que "não precisa", que é "desrespeitoso" não anula, só dissimula ela.
 

Bridges

Bam-bam-bam
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Toda a questão da morte do Joel, da cena, é problemática porque ninguém está reclamando que o Joel morre. Isso de certa forma também é problemático, mas vamos ignorar isso por enquanto. Questão é que faltou criatividade por parte do Neil Druckmann, a Abby não faz uma busca por Joel, ela não arma uma armadilha para cima do Joel, pior, ela sai em busca de Tommy antes porque nem sabe onde está Joel. E tudo cai no colo dela, de graça, não tem busca, não tem uma aventura, digamos assim, e por isso, podemos concluir, não tem história.

Seria como um filme do Indiana Jones que logo no começo do filme ele acha a Arca Perdida porque uma série de acontecimentos que desobedecem qualquer lógica ocorrem e a Arca é entregue de graça a ele.
Não acho, não. Você está assumindo que a morte do Joel é mais central pra trama do que ela é de fato. Na verdade, ela é o estopim ou, comparando com Indiana Jones, ela seria a visita que os agentes fazem ao professor Jones na universidade, "trazendo" a aventura pro colo dele. A jornada para encontrar a arca seria justo a busca da Ellie por vingança, o cerne do jogo.

Em versões preliminares, ela acontecia sim bem mais adiante, mas isso adiava justamente o início real da trama, que é essa busca dela. Essa história é sobre ela, não sobre os dois, como no jogo anterior. Teve muita crítica nesse sentido, de gente que "sente falta" do Joel durante o jogo. Eu entendo o apego das pessoas a ele, coisa natural, e o vazio que a morte súbita dele traz. Mas é isso, é preciso lidar com essa perda. Não é falta de criatividade do roteiro, é uma escolha proposital que subverte expectativas, da ao jogador uma coisa inesperada e amarga.

Até, se TLOU 2 tivesse uma história, a morte do Joel poderia ser mais pra frente e com isso se ganharia duas coisas: ela teria mais efeito, seria mais impactante ainda, porque conseguiríamos enxergá-la como uma busca quase que implacável de uma pessoa que se determinou a cumprir essa finalidade. E em segundo lugar se teria mais tempo para desenvolver o conflito entre Joel e Ellie, que passou a acontecer apenas entre a Ellie. E sobre isso também há várias coisas a se considerar, porque esse conflito não é desenvolvido também, ele aparece ali do nada no final apenas para explicar o desfecho da história. O que é muito problemático também, porque se não teve desenvolvimento algum para aquela decisão tomada por Ellie no final, ela fica sem sentido, parece um escritor preguiçoso tentando mudar a história de última hora sem rever toda a série de acontecimentos que antecedem, modificá-los, para fazer com que aquela decisão tenha mais peso, um maior impacto.

Enfim, tem vários e vários problemas em TLOU 2. Um deles é relativo inclusive a necessidade que Neil Druckmann sentiu de fazer com que joguemos com a Abby, porque pouco importa para a decisão que a Ellie tomou que é o desfecho final da história. Se a decisão é da Ellie, que diferença faz ter jogado com a Abby? Ou por acaso a Ellie leu a mente da Abby e viu todos os acontecimentos contados ao longo do jogo e por conta disso resolveu poupá-la no final?
Acho muito doido alguém dizer que o conflito entre a Ellie e o Joel não é desenvolvido, sendo o jogo entrecortado por flashbacks que dão conta de todos os beats da narrativa entre os dois: Ellie desconfia de Joel desde o fim do primeiro jogo (o segundo reforça isso), a distância entre os dois aumenta (patrulha do hotel), Ellie não aguenta, vai atrás da verdade e rompe com Joel (hospital em Salt lake), eles seguem rompidos (baile)... no final, depois de tudo, a gente descobre que ela estava querendo perdoar ele (epílogo) e é por isso que a morte dele causa essa dor imensa nela, esse ódio por quem tirou essa chance (Abby).

E aí, ainda tem o arco da Abby e é mais doido ainda que alguém chegue até aquela luta final das duas querendo matar ela, depois de saber que o Joel matou o pai que ela amava, que a vingança dela começou uma cascata de morte e violência que estraçalhou a vida de ambas. Que ela está em frangalhos, a beira da morte. Eu joguei essa luta final pedindo pra ela parar com aquilo, que a vida já tinha dado a lição que ela merecia... que as duas mereciam, aliás. Porque é também doido quem joga TLOU II totalmente apegado à piração doente e triste da Ellie, que abandona amigos, família, tudo, pra ir matar a Abby. É impossível não questionar as escolhas dela.

Eu entendo todas as razões pelas quais as pessoas não gostam da trama: o apego ao Joel, a dificuldade de lidar com uma protagonista em relação a qual a gente não adere totalmente, que tem falhas e decisões equivocadas, o exercício cruel de empatia - eu mesmo comecei o jogo odiando a Abby e no final passei a gostar dela, mas foi dureza - que o jogo propõe... mas falar que o jogo é mal escrito é viagem das brabas.

Até agora, as críticas nesse sentido ignoram vários elementos - como essa sua, que ignora esses elementos que eu enumerei - e no final podem ser traduzidas como "não era essa a história que eu queria ouvir".

Justo, querer que a história fosse diferente. Mas escrita ruim é outra coisa.
 

xxxnerozzz

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Não acho, não. Você está assumindo que a morte do Joel é mais central pra trama do que ela é de fato. Na verdade, ela é o estopim ou, comparando com Indiana Jones, ela seria a visita que os agentes fazem ao professor Jones na universidade, "trazendo" a aventura pro colo dele. A jornada para encontrar a arca seria justo a busca da Ellie por vingança, o cerne do jogo.

Em versões preliminares, ela acontecia sim bem mais adiante, mas isso adiava justamente o início real da trama, que é essa busca dela. Essa história é sobre ela, não sobre os dois, como no jogo anterior. Teve muita crítica nesse sentido, de gente que "sente falta" do Joel durante o jogo. Eu entendo o apego das pessoas a ele, coisa natural, e o vazio que a morte súbita dele traz. Mas é isso, é preciso lidar com essa perda. Não é falta de criatividade do roteiro, é uma escolha proposital que subverte expectativas, da ao jogador uma coisa inesperada e amarga.


Acho muito doido alguém dizer que o conflito entre a Ellie e o Joel não é desenvolvido, sendo o jogo entrecortado por flashbacks que dão conta de todos os beats da narrativa entre os dois: Ellie desconfia de Joel desde o fim do primeiro jogo (o segundo reforça isso), a distância entre os dois aumenta (patrulha do hotel), Ellie não aguenta, vai atrás da verdade e rompe com Joel (hospital em Salt lake), eles seguem rompidos (baile)... no final, depois de tudo, a gente descobre que ela estava querendo perdoar ele (epílogo) e é por isso que a morte dele causa essa dor imensa nela, esse ódio por quem tirou essa chance (Abby).

E aí, ainda tem o arco da Abby e é mais doido ainda que alguém chegue até aquela luta final das duas querendo matar ela, depois de saber que o Joel matou o pai que ela amava, que a vingança dela começou uma cascata de morte e violência que estraçalhou a vida de ambas. Que ela está em frangalhos, a beira da morte. Eu joguei essa luta final pedindo pra ela parar com aquilo, que a vida já tinha dado a lição que ela merecia... que as duas mereciam, aliás. Porque é também doido quem joga TLOU II totalmente apegado à piração doente e triste da Ellie, que abandona amigos, família, tudo, pra ir matar a Abby. É impossível não questionar as escolhas dela.

Eu entendo todas as razões pelas quais as pessoas não gostam da trama: o apego ao Joel, a dificuldade de lidar com uma protagonista em relação a qual a gente não adere totalmente, que tem falhas e decisões equivocadas, o exercício cruel de empatia - eu mesmo comecei o jogo odiando a Abby e no final passei a gostar dela, mas foi dureza - que o jogo propõe... mas falar que o jogo é mal escrito é viagem das brabas.

Até agora, as críticas nesse sentido ignoram vários elementos - como essa sua, que ignora esses elementos que eu enumerei - e no final podem ser traduzidas como "não era essa a história que eu queria ouvir".

Justo, querer que a história fosse diferente. Mas escrita ruim é outra coisa.
A escrita é ruim, é basicamente apelar para esconder os defeitos, o jogo tem que fazer força para seguir um caminho já que ele não funciona naturalmente, os acontecimentos são empurrados para seguir a história e a mensagem que quer passar, a direção do game faz de tudo para causar tipos emoção, e vc vê esse esforço durante o game ele implorando para vc se emocionar, ele não se importa com o próprio universo criado no jogo com suas regras, personagens, ele joga isso no lixo ou muda só para progredir na sua nova face, pq não consegue passar a mesma coisa de uma forma natural no mesmo universo.

É um jogo sem sensibilidade que diz ter essa sensibilidade.

É um jogo com motivações simples, pessimamente construídas, tudo o que acontece no jogo poderia ter acontecido, não seria problema, o problema é como foi.

Vc falou da Abby, chegar no final e tacar fogo nos dois seria mais coerente com a louça que virou a Ellie que esse final, só que o problema é a protagonista seria claramente um monstro ( Ellie é um monstro só que covarde, no fim amarelou ), mas faltou coragem do diretor pq ficaria muito claro isso, e ela matando queira o não mesmo elas perdendo tudo ainda teria o sentimento de satisfação em muitos jogadores e o diretor não quer isso.
Abby matar Ellie seria totalmente coerente na realidade é idiota deixar ela viva, mas Ellie não pode morrer e acaba cada vez mais complicando o roteiro, que tem que mostrar como o ódio/vingança só trás desgraça a todos.

Quando se faz uma parte 2 tem que ser uma parte 2, e não transformar em outra coisa mudando até a parte 1, para vc conseguir fazer sua sequência.
 

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A escrita é ruim, é basicamente apelar para esconder os defeitos, o jogo tem que fazer força para seguir um caminho já que ele não funciona naturalmente, os acontecimentos são empurrados para seguir a história e a mensagem que quer passar, a direção do game faz de tudo para causar tipos emoção, e vc vê esse esforço durante o game ele implorando para vc se emocionar, ele não se importa com o próprio universo criado no jogo com suas regras, personagens, ele joga isso no lixo ou muda só para progredir na sua nova face, pq não consegue passar a mesma coisa de uma forma natural no mesmo universo.

É um jogo sem sensibilidade que diz ter essa sensibilidade.

Eu lembro de ter visto uma vez um comentário, sobre um filme, aquele que venceu o Oscar contra Central do Brasil, A Vida é Bela. Inclusive, um filme que foi super aclamado em seu tempo e hoje ninguém mais o quer ver. Dizia mais ou menos o seguinte: "esse filme tem cenas onde o diretor diz: aqui é para você rir, aqui é para você chorar." Quando uma história tem muito disso é porque quem a escreveu e quem dirigiu as cenas (no caso de um filme ou de um game) apela para recursos apelativos só para chegar a esse fim. Lembro também de ter visto um comentário recente, numa direção completamente contrária: "meço a qualidade de um filme ou de um videogame na medida que é capaz de me fazer chorar." É, então Pulp Fiction é um desastre de um filme porque ninguém chora ao final de nenhuma cena... E Ghost por consequência o melhor filme de todos os tempos... Não consigo achar nada mais tosco isso.

Vou ver aqui se acho um trecho de um livro que eu tenho aqui que diz algo sobre isso.
 

Bridges

Bam-bam-bam
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A escrita é ruim, é basicamente apelar para esconder os defeitos, o jogo tem que fazer força para seguir um caminho já que ele não funciona naturalmente, os acontecimentos são empurrados para seguir a história e a mensagem que quer passar, a direção do game faz de tudo para causar tipos emoção, e vc vê esse esforço durante o game ele implorando para vc se emocionar, ele não se importa com o próprio universo criado no jogo com suas regras, personagens, ele joga isso no lixo ou muda só para progredir na sua nova face, pq não consegue passar a mesma coisa de uma forma natural no mesmo universo.

É um jogo sem sensibilidade que diz ter essa sensibilidade.

É um jogo com motivações simples, pessimamente construídas, tudo o que acontece no jogo poderia ter acontecido, não seria problema, o problema é como foi.

Vc falou da Abby, chegar no final e tacar fogo nos dois seria mais coerente com a louça que virou a Ellie que esse final, só que o problema é a protagonista seria claramente um monstro ( Ellie é um monstro só que covarde, no fim amarelou ), mas faltou coragem do diretor pq ficaria muito claro isso, e ela matando queira o não mesmo elas perdendo tudo ainda teria o sentimento de satisfação em muitos jogadores e o diretor não quer isso.
Abby matar Ellie seria totalmente coerente na realidade é idiota deixar ela viva, mas Ellie não pode morrer e acaba cada vez mais complicando o roteiro, que tem que mostrar como o ódio/vingança só trás desgraça a todos.

Quando se faz uma parte 2 tem que ser uma parte 2, e não transformar em outra coisa mudando até a parte 1, para vc conseguir fazer sua sequência.
Mal escrito =/= escreveu uma história que você não queria.

O seu texto parece girar em torno disso e de um incômodo com o que você considera uma profanação do (que você sentiu no) primeiro jogo. Isso está fica claro, mas na hora em que você diz que o jogo "não funciona" e "apela" pro jogador se emocionar, o que fica claro é que você apenas não entrou na onda. Normal, as vezes a gente não entra mesmo.

Quem entrou teve uma experiência incrível e transformadora, aqui no fórum mesmo tem inúmeros relatos. Pra essas pessoas, pra mim, o jogo funciona muito bem. E em geral, a gente consegue explicar o porque dele funcionar. Por outro lado, quando vocês tentam explicar porque ele supostamente "não funciona", o texto é genérico e coloca a frustração quase sempre na quebra de expectativas pessoais.
 

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Mal escrito =/= escreveu uma história que você não queria.

O seu texto parece girar em torno disso e de um incômodo com o que você considera uma profanação do (que você sentiu no) primeiro jogo. Isso está fica claro, mas na hora em que você diz que o jogo "não funciona" e "apela" pro jogador se emocionar, o que fica claro é que você apenas não entrou na onda. Normal, as vezes a gente não entra mesmo.

Quem entrou teve uma experiência incrível e transformadora, aqui no fórum mesmo tem inúmeros relatos. Pra essas pessoas, pra mim, o jogo funciona muito bem. E em geral, a gente consegue explicar o porque dele funcionar. Por outro lado, quando vocês tentam explicar porque ele supostamente "não funciona", o texto é genérico e coloca a frustração quase sempre na quebra de expectativas pessoais.


Primeiro jogo já estabelece o padrão do universo criado, o segundo tem que seguir isso, o segundo jogo chega a mudar cenários para manipular uma outra premissa, a escrita é ruim pq ela não consegue fazer a mesma história sem mudar fatos já feitos na série, isso é um erro grosseiro que mostra zero planejamento para uma sequência, mostra que são ideias que brotam e tentam adaptar dentro de algo já estabelecido.

O problema da parte 2, é em grande parte o primeiro jogo, vc fala que fui genérico.

Abby deixar Ellie viva é uma aberração enorme, naquele universo, personagens tomam decisões estúpidas para o roteiro seguir.

Vc não diz em nenhum momento o que tem de bem escrito, pq bem escrito não vai ter divergência com o primeiro jogo.

Um grande ponto e da suposta cura, de suposta para certeza nesse jogo, até as nstalações mudam nesse jogo, para não mostrar como era precárias no anterior.

Vc vai dizer que o jogo tem harmonia com o anterior ?

O jogo usa vários truques para gerar emoção visíveis, a grávida é um, Ellie chegar para ver a morte de Joel é outro ( esse causa o problema, deixar Ellie viva mesmo jurando vingança ), Abby se apegar fortemente a alguém que nem conhece, e não tem nem um tempo para isso dentro do jogo o desenvolvimento é precário para algo importante.

Lembre que algo bem citado é que o homem é mais perigoso que os infectados.

Sem contar que era um universo que era perigoso e difícil para arrumar comida, nesse jogo parece que cagam para isso personagem vai e vem para onde quiser.

O jogo é repleto de coincidência de roteiro

Muita pretensão e não consegue entregar uma obra dessa pretensão, vamos chocar para não verem nossos erros, tática velha e que funciona, filmes fazem isso, principalmente no drama.


Eu quero coerência, se coerência com o universo já criado não importa para vc, não posso fazer nada.

O jogo tem problemas em pontos chaves e isso é grave, tem que se criar desculpas para aceitar esses pontos, pq eles vão contra o mais lógico.

Mas isso é normal acontecer quanto uma obra cresce fica cada vez mais difícil controlar ela e ser coerente.

Tem gente que acha que Naruto é coerente e até briga e enumera coisas falando que é coerente, pq não iria achar que o jogo coerente. ( Não comparo níveis de obras pq Naruto vira um horror completo, e tlous está em outro nível).


Mas me diga o que de tão doido na história da Abby que vc disse acima ?

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Eu lembro de ter visto uma vez um comentário, sobre um filme, aquele que venceu o Oscar contra Central do Brasil, A Vida é Bela. Inclusive, um filme que foi super aclamado em seu tempo e hoje ninguém mais o quer ver. Dizia mais ou menos o seguinte: "esse filme tem cenas onde o diretor diz: aqui é para você rir, aqui é para você chorar." Quando uma história tem muito disso é porque quem a escreveu e quem dirigiu as cenas (no caso de um filme ou de um game) apela para recursos apelativos só para chegar a esse fim. Lembro também de ter visto um comentário recente, numa direção completamente contrária: "meço a qualidade de um filme ou de um videogame na medida que é capaz de me fazer chorar." É, então Pulp Fiction é um desastre de um filme porque ninguém chora ao final de nenhuma cena... E Ghost por consequência o melhor filme de todos os tempos... Não consigo achar nada mais tosco isso.

Vou ver aqui se acho um trecho de um livro que eu tenho aqui que diz algo sobre isso.
Vc entendeu mais ou menos o que eu quero dizer.

Um filme assim é o milagre na cela 7, até falei que não gostei muito do filme na pasta cinema por esse motivo.
 

Bridges

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Primeiro jogo já estabelece o padrão do universo criado, o segundo tem que seguir isso, o segundo jogo chega a mudar cenários para manipular uma outra premissa, a escrita é ruim pq ela não consegue fazer a mesma história sem mudar fatos já feitos na série, isso é um erro grosseiro que mostra zero planejamento para uma sequência, mostra que são ideias que brotam e tentam adaptar dentro de algo já estabelecido.
Eu não consigo ver nada, nesse argumento, além de um apego excessivo ao jogo anterior. A sua reclamação é basicamente "mudou e por causa da mudança está mal escrito"... Qual é a grande "regra do universo" que a parte II quebra?

Tá meio confuso mesmo, mas vou tentar responder estilo Q&A. Suas falas em negrito:

O problema da parte 2, é em grande parte o primeiro jogo, vc fala que fui genérico.
O fato de existir o primeiro, você diz? Não entendi.

Abby deixar Ellie viva é uma aberração enorme, naquele universo, personagens tomam decisões estúpidas para o roteiro seguir.

Não acho não. Ao contrário: acho a decisão de parar a mais crível, a mais realista do ponto de vista de um ser humano. Se ela continuasse estaria mais pra uma versão feminina do Kratos até GOW III, uma assassina doidona que em nada reflete o estrago que a jornada de vingança causa nela, ao longo do jogo. Aliás, até o Kratos foi humanizado nessa geração, coisa linda ficou aquele jogo.

Vc não diz em nenhum momento o que tem de bem escrito, pq bem escrito não vai ter divergência com o primeiro jogo.

Eu acho ele todo bem escrito - gosto dos personagens, gosto das situações em que o jogo me insere etc - mas pra mim a maior das qualidades, um ponto forte de talento de escrita é mesmo a construção dessa jornada de empatia que transforma (para o bem) a nossa imagem da Abby e (para o mal) da Ellie. Eu me entreguei à experiência e foi incrível, senti coisas que nunca havia sentido na mídia (jogos) e isso eu atribuo ao talento de um roteirista que sabe roteirizar jogos, sabe o que significa, o peso que tem o protagonista e o antagonista para o jogador. Pela primeira vez, eu não queria mais matar o finalboss num jogo de videogame. Pela primeira vez, eu revi as minhas ações num jogo anterior da mesma série. Quando o jogo revela quem era o pai da Abby, eu fiquei chocado. Sobre as "divergências", respondo abaixo, mas já adianto que "ter divergência" não é "má escrita", necessariamente. Se fosse, toda retcon seria automaticamente ruim, o que não é verdade.

Um grande ponto e da suposta cura, de suposta para certeza nesse jogo, até as nstalações mudam nesse jogo, para não mostrar como era precárias no anterior. Vc vai dizer que o jogo tem harmonia com o anterior ?

Cura da infecção, você diz? Não tem nada de divergência nisso, de um jogo pro outro. O que tem é o lado que a gente não conhecia. E sempre foi esse o dilema do primeiro jogo. Te falar que eu nem me senti culpado por cagar (jogando com o Joel) a possibilidade de cura da humanidade (sou pai, faria isso mil vezes, como o Joel também faria), mas me arrependi mesmo foi de matar o pai da Abby, isso sim.

O jogo usa vários truques para gerar emoção visíveis, a grávida é um,

"A grávida" é a Dina ou a Mel? De qualquer forma, nenhuma delas achei forçada, "truque", essas coisas. Não pode ter grávida em mundo pós-pandêmico? Qual é a treta?

Ellie chegar para ver a morte de Joel é outro ( esse causa o problema, deixar Ellie viva mesmo jurando vingança ),
Não sei se você percebeu, mas a Abby e os amigos não são um grupo matador sanguinário e insensível... apesar do que fazem com o Joel, claro. Eles estavam lá pra pegar o Joel e só. Isso parece estranho a princípio, porque para nós (Ellie), eles são vermes malditos matando a sua figura paterna com crueldade. Depois, quando a gente joga o arco da Abby, ficamos sabendo de muita coisa - quem são aquelas pessoas, quais são as consequências dentro delas mesmas, do que fizeram - e isso fica bem claro: a postura dos amigos dela, evitando que o Tommy e a Ellie sejam também mortos; o estado de letargia no qual a própria Abby entra, meio que em choque, depois de matar o Joel...

Abby se apegar fortemente a alguém que nem conhece, e não tem nem um tempo para isso dentro do jogo o desenvolvimento é precário para algo importante.
Não sei se você percebeu, mas a Abby tá se sentindo um lixo - por ter matado o Joel, por causa da confusão sentimental com o Owen - quando decide ajudar duas pessoas que SALVARAM A VIDA DELA algumas horas antes. Acho bem verossímil e orgânico, apesar de entender que era meio que um caminho sem volta.

Lembre que algo bem citado é que o homem é mais perigoso que os infectados.

Entendi foi nada, aqui.

Sem contar que era um universo que era perigoso e difícil para arrumar comida, nesse jogo parece que cagam para isso personagem vai e vem para onde quiser.

Oxe, nem vem. TLOU I é igualzinho nesse ponto.

O jogo é repleto de coincidência de roteiro

Sem exemplo, não significa muita coisa.

Muita pretensão e não consegue entregar uma obra dessa pretensão, vamos chocar para não verem nossos erros, tática velha e que funciona, filmes fazem isso, principalmente no drama.

Entregar, entrega muita coisa, negar isso é meio que bobo até. Agora, se era o que você queria, aí são outros quinhentos.

Eu quero coerência, se coerência com o universo já criado não importa para vc, não posso fazer nada.

TLOU é super coerente com o universo do anterior. Só não é aquela sequência segura, que aposta "no que dá certo". É uma sequência corajosa, que tenta fazer algo novo com o universo. O jogo me lembra dos melhores momentos das sequências de Metal Gear Solid, desse novo God of War...

O jogo tem problemas em pontos chaves e isso é grave, tem que se criar desculpas para aceitar esses pontos, pq eles vão contra o mais lógico.
Se tem, você não conseguiu expressar eles, viu?

Mas isso é normal acontecer quanto uma obra cresce fica cada vez mais difícil controlar ela e ser coerente.

hum...

Tem gente que acha que Naruto é coerente e até briga e enumera coisas falando que é coerente, pq não iria achar que o jogo coerente. ( Não comparo níveis de obras pq Naruto vira um horror completo, e tlous está em outro nível).

Nunca nem vi. Sei nem o que é.

Mas me diga o que de tão doido na história da Abby que vc disse acima ?
Sobretudo: o fato de eu começar odiando ela e no final criar afeto e empatia, querer que ela viva.
E digo: esse é o cerne da experiência. Se isso não acontece com quem joga, o jogo simplesmente não funciona mesmo. Mas não é problema do jogo, de jeito nenhum, porque ele tem tudo para que isso funcione. O problema (ou desafio) está no jogador se deixar levar pela experiência, se permitir ser transformado pela jornada.

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Tem gente que acha que Naruto é coerente e até briga e enumera coisas falando que é coerente, pq não iria achar que o jogo coerente. ( Não comparo níveis de obras pq Naruto vira um horror completo, e tlous está em outro nível).

Naruto sofre por ser extenso demais, e um tanto enrolado também (mesmo nos episódios canônicos). E no final das contas é apenas um shonen. E shonen em geral vai contra uma série de convenções do que se acredita ser necessário ter em uma história bem contada. Metal Gear Solid sofre do mesmo mal porque segue a mesma lógica de um shonen. Ao invés de você ter uma história, uma trama, você tem personagens se encontrando e realizando diálogos extensos entre si para explicarem suas motivações.
 

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Cacete cara, quando o topico virou esse wall of text?!

Tantos caracteres para tentar corrigir a historia do Neil Druckmann e Halley Gross?! Sério!?

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Pelo menos estão discutindo a historia que é o motivo do desagrado pelo jogo e pararam de insultar o que não gostaram de coisas que não somos principalmente burros ou homofóbicos já é uma evolução do que acontecia antes mas sinto falta dos memes... achei um aqui bem pequeninho pra quebrar o galho.

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Quem fala o nome é o Tommy e realmente roteiro m****! Muito errado salvar a mina e se apresentar, deviam ter salvo ela e enfiado um tiro na cara e gastar bala ao invés de deixar ela lá que já estava praticamente morta.

Ou melhor, deviam ter amarrado ela e decidido o que fazer enquanto uma horda de infectados invadia o lugar.

São burros demais, não sabiam que a Abby queria matar eles? Deviam ter vistos os spoilers que vazaram, que vacilo!

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Azeon

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Sou eu que tá perdendo tempo com jogo que não gostou? Acho que não hein.

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Lord_Revan

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Eu to no meu tempo livre.
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Só entro aqui para ver memes e rir.
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E fechei o GoT ontem. Excelente jogo.
 

ryutorrent

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Nem precisa disso.

Apenas coloca uma pessoa para controlar o Neil Druckmann que tá beleza. Naughty Dog sente falta de alguem como Bruce Straley, Amy Hening e Justin Richmond
 

ryutorrent

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Claro, xingamentos é coisa de quinta série.

Falei mais porque sou velho e tenho preguiça de wall of text.

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ryutorrent

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É muito tempo livre que seria melhor gasto com memes ou jogando um jogo melhor, como sei la, ET.

Cara, tô parado na parte do hospital com a Terminator Austriaca e com preguiça extrema de terminar

Ghost of Tsushima, intercalando com FIFA, tá pegando muito meu tempo e depois vou começar o Control que peguei na promo. Quem sabe em 2021 eu termine essa "obra de arte" do Cuckman.
 

lucas789

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Mais incrivel é o Joel e Tommy nao se perguntarem o que um grupo tao grande e armado até os dentes tava fazendo por ali

E é burro mesmo, darem o nome verdadeiro pra 10 segundos depois se lembrar que existem n motivos pra alguem querer a cabeça dele

“Faz logo o discursinho que você preparou”
 

xxxnerozzz

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Gostaria de saber qual a desculpa do Cuckman para isso aqui.
Art Concept da Abby.

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ele ter mudado ela para loira, sendo que o pai dela não é branco no primeiro jogo ?

Talvez ele não goste de uma protagonista negra.

Ou ele simplesmente não se importa com seu jogo ser uma sequência, e coloca o que quer não se importando com o que aconteceu, ou como é o universo do game.
 
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