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[Vale refletir] Crise de imagem no serviço público

Bloodberry

Ilusão e Teatralidade
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Recentemente, o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Wantuir Jacini, concedeu entrevista à Rádio Gaúcha sobre os problemas enfrentados pelo estado. Na ocasião, o repórter da emissora inquiriu o dirigente a respeito de um caso dramático ocorrido semanas atrás. Um casal saiu da concessionária de carro novo, sem seguro. Ao estacionar o veículo na rua, ladrões o levaram. As parcelas do financiamento, entretanto, permanecem.

Ao analisar o episódio, Jacini sugeriu algo que a maioria das pessoas já faz na prática: “Só retire o carro da concessionária depois que fizer seguro.” Falou com a naturalidade de um cidadão que sabe da criminalidade crescente no Rio Grande do Sul. Todavia, ali ele era um representante do estado, isto é, o público merecia uma resposta melhor. Em outras palavras, o secretário afirmou o seguinte: “Façam a sua parte, pois nós não temos como fazer a nossa.”

É uma tristeza, para o contribuinte, ouvir seu representante da Segurança falar assim. Mas o pior ainda estaria por vir. Em agosto, a sede da Secretaria foi alvo de ataques de bandidos. A quadrilha violou os caixas de um banco localizado no interior do local. Em nota, a assessoria de imprensa da pasta justificou que a unidade não tem cobertura da Brigada Militar, mas sim, de seguranças privados. Justificativa frágil. Quando os fatos são contundentes, não há gestão de crise que conserte uma imagem arranhada.

Bombardeio de críticas

O Poder Executivo, definitivamente, é um desafio, em termos de administração de imagem. E por uma simples razão: suas atribuições englobam elementos do convívio diário do contribuinte. Tudo que estiver funcionando parcamente resultará num conceito negativo. Contra isso, que justificativa os assessores de comunicação podem apresentar, exceto admitir os problemas? E um estado que só admite problemas, que reputação vai construir?

Já tive a oportunidade de trabalhar em duas assessorias de instituições públicas. Das funções basilares de um assessor de imprensa, a gestão de crise é prática diária. Há tentativas de equilibrar a balança com a divulgação de iniciativas sustentáveis e inovadoras, mas basta um único equívoco de gestão para a população chover mensagens de desprezo. Sempre atenta, e cumprindo sua função social, a imprensa acompanha com interesse a indignação popular.

Uma das principais dificuldades é a politicagem, isto é, cargos comissionados que estão na instituição apenas de passagem, sem grandes compromissos. Fazem o suficiente para aparecer bem na mídia e cobram remédios comunicacionais para apagar incêndios. Atuar para desgovernos desse tipo é estressante. Os assessores, pressionados, ficam na encruzilhada de revelar a verdade ou fragmentos dela – somente os que interessam.

No caso do Rio Grande do Sul, só há uma coisa a dizer: resistam, assessores públicos, apesar dos bombardeios diários. Num momento em que falta dinheiro para saúde, segurança e educação, os profissionais da área multiplicam esforços, a fim de dar esperança à população. Paralelamente, o jornalismo gaúcho está de parabéns pela pressão exercida contra a política de contenções aplicada no estado. Trabalho de primeira qualidade que ajuda o público a interpretar a realidade. Aguardemos os próximos capítulos.

***

Gabriel Bocorny Guidotti é bacharel em Direito e estudante de Jornalismo

Fonte: http://observatoriodaimprensa.com.br/comunicacao-social/crise-de-imagem-no-servico-publico/

Gostei do texto, achei bem sucinto, chega no ponto que deveria chegar.

Vocês concordam com o ponto de vista do autor?
 

Epinephelus

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É uma situação muito capciosa a do secretário...

Eu concordo, sim. Como cidadão, prefiro ouvir de um representante político uma verdade terrível como essa a uma mentira reconfortante. Isso me faz pensar que pelo menos sanidade mental o sujeito tem. Já é um começo.
 

LucianoBraga

Operador de Marreta
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Pessoal reclama muito, menos do que importa. Eu falo isso há anos: o câncer do serviço público é o tal do cargo comissionado.

Basicamente não existe estrutura de carreira na quase totalidade do serviço público. Cargos de gestão, em 90% dos casos PELO MENOS, são ocupados por pessoas que não manjam nada de porra nenhuma e que só fazem cagada. Toda vez que entra um mané desses, ele resolve reinventar a roda pra aparecer e...trava a porra do serviço inteiro com "inovações" que não agregam absolutamente nada. Ninguém tem compromisso com porra nenhuma, nem precisa ter. Ele fica por ali até arrumar outro cargo.

Não adianta reclamar do funcionário que te atende no guichê. Ele é escravo da burrocracia criada por esses manés que têm poder de decisão.
 

Jefferson *Anjim*

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Pessoal reclama muito, menos do que importa. Eu falo isso há anos: o câncer do serviço público é o tal do cargo comissionado.

Basicamente não existe estrutura de carreira na quase totalidade do serviço público. Cargos de gestão, em 90% dos casos PELO MENOS, são ocupados por pessoas que não manjam nada de porra nenhuma e que só fazem cagada. Toda vez que entra um mané desses, ele resolve reinventar a roda pra aparecer e...trava a porra do serviço inteiro com "inovações" que não agregam absolutamente nada. Ninguém tem compromisso com porra nenhuma, nem precisa ter. Ele fica por ali até arrumar outro cargo.

Não adianta reclamar do funcionário que te atende no guichê. Ele é escravo da burrocracia criada por esses manés que têm poder de decisão.
E duro é isso, quem manda é justamente o comissionado.
 

PROPHETTA

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O sistema está quebrado, e as pessoas que participam dele não movem uma palha pra mudar.

É remendo atrás de remendo. Não têm que dar satisfações à ninguém, e fazem só o suficiente pra durarem até serem substituídos por outros que tbm não farão.
 
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