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God of War
Estava muito curioso para jogá-lo, ao assistir os trailers não sabia se iria gostar, parecia ter um ritmo lento com poucas batalhas, porém acabei sendo surpreendido positivamente.
Graficamente é muito bonito como todos já sabem, a arte voltada para a fantasia deixou tudo mais belo. Só não gostei das animações faciais, ficaram muito robóticas e várias vezes o Kratos dava a impressão de sequer estar interagindo com um personagem a sua frente.
A direção narrativa não ficou devendo nada para a Naughty Dog, achei interessante o jogo se passar sem nenhum corte, o ponto negativo é que isso prejudica o replay por obrigar o jogador a ver todas cutscenes e eventos scriptados, mas não deixa de ser um atrativo.
A relação do Kratos com seu filho é bonita, só achei um porre aguentar os diálogos quando a criança descobre um segredo durante a aventura que muda drasticamente a sua personalidade, essa parte ficou desnecessária e chata.
A história não é o ponto forte do jogo, apesar de ter uma mitologia legal, todas as revelações que acontecem no último ato são ruins e a luta contra o final boss é broxante. Boa parte do problema se deve ao vilão ser sem carisma e chato, toda vez que aparece só fica gritando frases repetitivas.
Gostei em parte da jogabilidade no combate, lembra um pouco a série Souls, porém é mais truncado e casualizado com sinais bem claros da hora certa de desviar, mas possui a dificuldade na medida certa, morri em alguns momentos. Alternar entre o ataque com armas e punhos/escudo é bem legal, sem contar o ataque a distância. Só podiam ter feito um atalho melhor para trocar de armas, as vezes quando esquecemos que o machado está perdido pode ser um problema.
Depois dos elogios é hora de fazer a crítica, EU ODIEI a câmera colada nas costas do Kratos para criar o ar cinematográfico, prejudicou demais o gameplay. O jogador só tem a visão dos inimigos na frente dele, os que estão ao lado e atrás não são possíveis de serem vistos, então usam como solução setas que indicam a sua localização e quando vão atacar, porém nada disso substitui poder vê-los. É bizarro como sacrificaram o gameplay, cagaram literalmente em uma jogabilidade muito legal.
Também senti falta das finalizações com QTEs dos antigos God of Wars, trocaram por cutscenes que tiraram todo aquele climax. Engraçado que continuaram usando QTEsnas interações ambientais, ai já não havia tanta necessidade.
Durante toda a aventura existe um inimigo que faz a função de subchefe que aparece várias vezes, é um troll segurando uma pedra, que acabam ficando repetitivos já na metade do jogo, podiam ter criado mais um ou dois inimigos para dar mais variedade.
Já os bosses são todos muito sem graça de se enfrentar, o vilão então é uma piada se resumindo a cutscenes. Para ser justo gostei só do dragão. Nesse sentido é bem broxante em relação aos God of War antigos que sempre tiveram chefes espetaculares e épicos.
Já a rpgização nos status e dos itens eu gostei por ajudar a aumentar a exploração.
Agora, a cereja do bolo é a mecânica do machado de jogá-lo e depois chamá-lo de volta, com isso criaram vários puzzles divertidos. Lembrou muito a filosofia da Nintendo de primeiro criar uma mecânica inovadora para depois fazer um jogo em cima dela, não atoa esse God of War parece uma mistura de Dark Souls com Zelda.
Sem sombra de dúvidas é um dos melhores exclusivos do PS4, mas principalmente por causa da câmera que prejudica o gameplay, a troca das QTEs por cutscenes e bosses ruins a minha nota é: 8,5
A galera é assim, gostam de uma franquia e elogiam sem nem saber se vai ser bom, o contrário também acontece, como games de herois tem má fama já vão dizendo que vai ser uma m****, mas nem esperam pra ver como será.
Devil May Cry V é assim e não deixa de ser um ótimo jogo por isso.
Sim, só quando sair pra saber.
Um jogo da liga sem ser de luta tá fazendo falta mesmo.Tirando os injustice, só tem saído jogos do Batman nesses últimos anos.
Deus Nórdico dando martelada em capanga, aí fica foda.
