ldomingos
Bam-bam-bam
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Tirei essa noticia do Site da UMPI, uma espécie de BLOG bem humorado por sinal que fala sobre games, a MS utiliza de uma pratica ilegal perante a lei nas vendas do 360 e com isso voce que poderia pagar 1875 R$ em seu X360 nacional com garantia acaba tendo que pagar 2499 R$ no mesmo aparelho, pois através de algo ilegal, ela obriga os consumidores a comprarem acessórios e produtos que talvez nem quisesse
http://www.umpi.com.br/sejoga.html
[COLOR="SandyBrown"][SIZE="3"]A Microsoft Brasil e a Prática da Venda Casada[/SIZE][/COLOR]
por André (29/02/2008)
Deixem-me começar dizendo que não sou, nem de longe, um opositor da Microsoft. Não sou adepto do Linux, nem promovo boicotes a tudo o que traga a palavra Windows escrita em suas embalagens, muito pelo contrário. Sou um usuário geralmente satisfeito dos sistemas de Bill Gates, dentre eles o XBOX360. Vibrei com o lançamento oficial do console no Brasil, louvando a Microsoft Brasil pela iniciativa de, apesar de todos os problemas, acreditar no mercado brasileiro e em seus gamers. E, ainda que não tenhamos a tão aguardada Live por aqui, temos suporte técnico, garantia estendida e, o mais importante, jogos com lançamento quase que simultâneo ao resto do mundo, a preços perfeitamente justos, considerando a brutalidade de nossa carga tributária. Tivemos Halo 3 totalmente em português e quem, há não sei, dois anos atrás, poderia prever essa? Tivemos até sua versão Legendária, de novo a um preço absolutamente compatível e válido para os fãs que a consideraram merecedora de seus reais, eu entre eles. E graças a Microsoft Brasil, pudemos participar da grande festa mundial, e rodar nossos discos de Halo 3 simultaneamente aos primeiros de nossos irmãos mundo afora.
A Microsoft Brasil fez muito por nós, gamers. Eu, pessoalmente, não poderia ser mais agradecido. Acho que todos nós, jogadores brasileiros, mesmo aqueles que não possuem um Xbox 360, o são. Mas isto não quer dizer que tenhamos que simplesmente nos calar quanto a um problema que acompanha a vida do 360 brasileiro desde seu lançamento, especialmente quando este vem, ao que tudo indica, há tempos violando nossos direitos como consumidores. E não estou falando das 3RL.
O preço do chamado Kit Oficial BR, contendo o console, três jogos e uma faceplate, sempre foi motivo de desânimo, desde que foi anunciado dois anos atrás e mesmo após sua recente redução. Os quase R$3.000 (hoje quase R$2.500) a serem investidos pela compra do produto nacional e sua aconchegante garantia assustou muitos gamers, mantendo muitos destes ainda clientes das importadoras, nas quais o console é encontrado à metade do preço do Kit brasileiro.
“Ora, mas e os impostos?!” – claro, eu mesmo já apresentei a questão logo acima, e não me esqueci dela. Porém, o problema deste argumento, quando falamos exclusivamente do Kit Oficial, é o seguinte: não estamos pagando R$2.499,00 (falando em valores atuais) pelo console Xbox 360, mas sim por uma caixa grande, com um monte de coisas dentro, uma das quais por acaso o console. Vejamos o que diz o Código de Defesa do Consumidor, em seu Art. 39:
“Art. 39 – É vedado ao fornecedor de produtos e serviços, dentre outras práticas abusivas:
I – Condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;”
Abaixo seguem cópias nota fiscal do meu Kit Nacional, pertencente a uma famosa loja de comércio on-line, datada de 04/07/2007. Atenção para os itens em destaque.
Conforme a nota claramente demonstra, cada item do Kit Oficial Xbox 360 vendido no Brasil, é listado como um produto separado. O console, os jogos, e até a faceplate. Uma matemática simples nos revela que, do preço que pagamos por todo o Kit, praticamente 25% do total corresponde ao valor dos jogos e da faceplate, os quais nem todo consumidor pode ter interesse em levar, estando desta forma protegido pela lei em sua opção por não fazê-lo. Em outras palavras, dos atuais R$2.499,00 cobrados pelo Kit, aproximadamente R$1.875,00 corresponderiam ao console em si. Os demais R$625,00 seriam divididos entre os jogos e o acessório que, até a presente data, a Microsoft Brasil, por meio de seus revendedores, OBRIGA seus consumidores a comprarem, em aparente desrespeito ao CDC.
R$1.875,00. Ainda é alto, se compararmos ao que é pago pelo mesmo console importado, especialmente se é possível compra-lo diretamente nos Estados Unidos, sem utilizar-se de uma importadora. Mas é bem mais barato do que se paga hoje, ao fazer a escolha pelo produto nacional. E mais importante, pagaríamos pelo que realmente nos interessa.
Jogos e acessórios nós escolhemos depois, como é nosso direito.
Pra encerrar, aviso que não sou advogado. Foi o pouco que sei sobre as leis que me levou a pesquisa necessária para fundamentar meu texto. Esta é uma carta aberta aos gamers brasileiros, bem como a Microsoft Brasil, suas revendedoras autorizadas e a quem mais possa interessar. Apresentada primeiramente no site UMPI, estarei remetendo-a a Redação da Revista Oficial do Xbox 360, bem como postando-a também nos principais fóruns sobre o assunto. Considero também apresentar a questão na forma de queixa formal junto ao Ministério Público, mas antes gostaria de ver os comentários dos leitores, especialmente àqueles com maior experiência do que eu no campo do direito, bem como os da Microsoft Brasil se assim for do interesse da empresa.
http://www.umpi.com.br/sejoga.html
[COLOR="SandyBrown"][SIZE="3"]A Microsoft Brasil e a Prática da Venda Casada[/SIZE][/COLOR]
por André (29/02/2008)
Deixem-me começar dizendo que não sou, nem de longe, um opositor da Microsoft. Não sou adepto do Linux, nem promovo boicotes a tudo o que traga a palavra Windows escrita em suas embalagens, muito pelo contrário. Sou um usuário geralmente satisfeito dos sistemas de Bill Gates, dentre eles o XBOX360. Vibrei com o lançamento oficial do console no Brasil, louvando a Microsoft Brasil pela iniciativa de, apesar de todos os problemas, acreditar no mercado brasileiro e em seus gamers. E, ainda que não tenhamos a tão aguardada Live por aqui, temos suporte técnico, garantia estendida e, o mais importante, jogos com lançamento quase que simultâneo ao resto do mundo, a preços perfeitamente justos, considerando a brutalidade de nossa carga tributária. Tivemos Halo 3 totalmente em português e quem, há não sei, dois anos atrás, poderia prever essa? Tivemos até sua versão Legendária, de novo a um preço absolutamente compatível e válido para os fãs que a consideraram merecedora de seus reais, eu entre eles. E graças a Microsoft Brasil, pudemos participar da grande festa mundial, e rodar nossos discos de Halo 3 simultaneamente aos primeiros de nossos irmãos mundo afora.
A Microsoft Brasil fez muito por nós, gamers. Eu, pessoalmente, não poderia ser mais agradecido. Acho que todos nós, jogadores brasileiros, mesmo aqueles que não possuem um Xbox 360, o são. Mas isto não quer dizer que tenhamos que simplesmente nos calar quanto a um problema que acompanha a vida do 360 brasileiro desde seu lançamento, especialmente quando este vem, ao que tudo indica, há tempos violando nossos direitos como consumidores. E não estou falando das 3RL.
O preço do chamado Kit Oficial BR, contendo o console, três jogos e uma faceplate, sempre foi motivo de desânimo, desde que foi anunciado dois anos atrás e mesmo após sua recente redução. Os quase R$3.000 (hoje quase R$2.500) a serem investidos pela compra do produto nacional e sua aconchegante garantia assustou muitos gamers, mantendo muitos destes ainda clientes das importadoras, nas quais o console é encontrado à metade do preço do Kit brasileiro.
“Ora, mas e os impostos?!” – claro, eu mesmo já apresentei a questão logo acima, e não me esqueci dela. Porém, o problema deste argumento, quando falamos exclusivamente do Kit Oficial, é o seguinte: não estamos pagando R$2.499,00 (falando em valores atuais) pelo console Xbox 360, mas sim por uma caixa grande, com um monte de coisas dentro, uma das quais por acaso o console. Vejamos o que diz o Código de Defesa do Consumidor, em seu Art. 39:
“Art. 39 – É vedado ao fornecedor de produtos e serviços, dentre outras práticas abusivas:
I – Condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;”
Abaixo seguem cópias nota fiscal do meu Kit Nacional, pertencente a uma famosa loja de comércio on-line, datada de 04/07/2007. Atenção para os itens em destaque.
Conforme a nota claramente demonstra, cada item do Kit Oficial Xbox 360 vendido no Brasil, é listado como um produto separado. O console, os jogos, e até a faceplate. Uma matemática simples nos revela que, do preço que pagamos por todo o Kit, praticamente 25% do total corresponde ao valor dos jogos e da faceplate, os quais nem todo consumidor pode ter interesse em levar, estando desta forma protegido pela lei em sua opção por não fazê-lo. Em outras palavras, dos atuais R$2.499,00 cobrados pelo Kit, aproximadamente R$1.875,00 corresponderiam ao console em si. Os demais R$625,00 seriam divididos entre os jogos e o acessório que, até a presente data, a Microsoft Brasil, por meio de seus revendedores, OBRIGA seus consumidores a comprarem, em aparente desrespeito ao CDC.
R$1.875,00. Ainda é alto, se compararmos ao que é pago pelo mesmo console importado, especialmente se é possível compra-lo diretamente nos Estados Unidos, sem utilizar-se de uma importadora. Mas é bem mais barato do que se paga hoje, ao fazer a escolha pelo produto nacional. E mais importante, pagaríamos pelo que realmente nos interessa.
Jogos e acessórios nós escolhemos depois, como é nosso direito.
Pra encerrar, aviso que não sou advogado. Foi o pouco que sei sobre as leis que me levou a pesquisa necessária para fundamentar meu texto. Esta é uma carta aberta aos gamers brasileiros, bem como a Microsoft Brasil, suas revendedoras autorizadas e a quem mais possa interessar. Apresentada primeiramente no site UMPI, estarei remetendo-a a Redação da Revista Oficial do Xbox 360, bem como postando-a também nos principais fóruns sobre o assunto. Considero também apresentar a questão na forma de queixa formal junto ao Ministério Público, mas antes gostaria de ver os comentários dos leitores, especialmente àqueles com maior experiência do que eu no campo do direito, bem como os da Microsoft Brasil se assim for do interesse da empresa.