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Você não tem o direito de acreditar no que quiser

Calcifer

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Crer em algo não é um direito é a natureza humana. Você tem o direito de expressar sua crença e todos de discordar.

No mais o assunto não requer muita ponderação, ao contrário do que alguns pensam. Nego pode SIM acreditar no que quiser. Agora os outros podem sim dar sua opinião sobre o que esse nego acredita pois também entra na seara da liberdade de expressão. Acontece que esses que reclamam sobre "perseguição" e o escambau só aceitam as opiniões favoráveis ao que ele acredita, mesmo sendo algo o mais idiota possível. Se for uma opinião contrária já tacam a carteirada da "perseguição", "racismo" e "falta de respeito".

Vi o Leandro Karnal usar uma expressão uma vez que resume bem isso "Bolha ideológica", dentro da bolha ideológica de pessoas que acreditam nisso cara é "O CARA", fora dela todo mundo é retardado segundo "O CARA".
 

EgonRunner

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todos tem o direito que acreditar no que quiserem.
o que as pessoas não tem é o direito de expressar essa crença.
existe uma diferença beeeeeem grande.
 

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Você não tem o direito de acreditar no que quiser
Daniel DeNicola


Temos o direito de acreditar no que quisermos? Esse suposto direito é frequentemente invocado como último recurso pelo ignorante teimoso, quando encurralado pelas evidências e pelos pareceres que se avolumam: “Eu acredito que as mudanças climáticas são uma farsa, o que quer que seja dito, e eu tenho direito de acreditar nisso!” Mas existe tal direito?

Reconhecemos o direito de saber certas coisas. Tenho o direito de saber das condições de meu emprego, do diagnóstico do médico a respeito das minhas doenças, das notas que consegui na escola, do nome do meu acusador e a natureza de suas acusações, e assim por diante. Mas crença não é conhecimento.

Crenças estão ligadas ao factual: acreditar é tomar como verdade. Seria absurdo, como o filósofo analítico G. E. Moore observou na década de 1940, dizer: “Está chovendo, mas não acredito que esteja chovendo”. Crenças aspiram à verdade — mas não a pressupõem. Crenças podem ser falsas, injustificadas por evidências ou considerações baseadas na razão. Também podem ser moralmente repugnantes. Os candidatos mais prováveis são: crenças que são machistas, racistas ou homofóbicas; a crença de que a criação correta de uma criança requer “quebrar sua vontade” e punição física severa; a crença de que deveríamos rotineiramente submeter os mais velhos à eutanásia; a crença de que “limpeza étnica” é uma solução política, e assim por diante. Se consideramos tudo isso moralmente errado, condenamos não apenas os potenciais atos que surgem de tais crenças, mas o conteúdo da crença em si, o ato de se acreditar nela, e consequentemente aquele que acredita nisso.

Tais julgamentos podem implicar que acreditar é um ato voluntário. Mas crenças frequentemente são mais como estados da mente ou atitudes do que ações decisivas. Algumas crenças, tais como valores pessoais, não são escolhidas deliberadamente; são “herdadas” de pais ou “adquiridas” de pares, adquiridas inconscientemente, inculcadas por instituições e autoridades, ou presumidas a partir de boatos. Por esse motivo, penso, não é sempre que o processo de se apegar a uma crença é problemático; é mais o ato de sustentar tais crenças, a recusa em desacreditar ou descartá-las, que pode ser voluntária e eticamente errada.

Se o conteúdo de uma crença é julgado como moralmente errado, ela também é considerada falsa. A crença de que uma raça é menos humana não é apenas um princípio racista moralmente repugnante; é também considerada uma declaração falsa — embora não por aquele que acredita nela. A falsidade de uma crença é uma condição necessária mas não suficiente para uma crença ser moralmente errada; a feiúra de um conteúdo também não é uma condição suficiente para uma crença ser moralmente errada. Infelizmente, existem de fato verdades moralmente repugnantes, mas não é a crença nelas que faz com que sejam assim. Sua feiúra moral faz parte do mundo, não da crença de alguém sobre o mundo.

“Quem é você para me dizer no que acreditar?”, responde o fanático. É um desafio equivocado: implica que verificar a crença de alguém é uma questão de autoridade. Ignora o papel da realidade. Acreditar possui o que filósofos chamam de direção de ajuste “mente-ao-mundo”. Nossas crenças têm a intenção de refletir o mundo real — e é nesse ponto que as crenças podem sair do controle. Existem crenças irresponsáveis; mais precisamente, existem crenças que são adquiridas e preservadas de maneira irresponsável. Pode-se desprezar as evidências; aceitar fofoca, rumor, ou testemunho de fontes duvidosas; ignorar a incoerência em relação a outras crenças que se tenha; adotar esperanças ilusórias; ou demonstrar um gosto por teorias da conspiração.

Não tenho a intenção de voltar ao evidencialismo austero do filósofo matemático do século 19 William K. Clifford, que declarou: “É errado, sempre, em todo lugar, e para qualquer um, acreditar em qualquer coisa baseado em provas insuficientes”. Clifford tentava prevenir irresponsáveis “excessos de crença”, em que esperanças ilusórias, fé ou sentimentos cegos (em vez de evidências) estimulavam ou justificavam crenças. Isso seria muito restritivo. Em qualquer sociedade complexa, deve-se buscar apoio no testemunho de fontes renováveis, julgamento especialista e as melhores evidências possíveis. Além disso, como o psicólogo William James respondeu em 1896, algumas de nossas crenças mais importantes sobre o mundo e as perspectivas humanas precisam ser formadas sem a possibilidade de provas suficientes. Em tais circunstâncias (que, nos escritos de James, às vezes são definidas de maneira estreita, em outras de maneira ampla), a “vontade de acreditar” nos permite escolher acreditar na alternativa que projeta uma vida melhor.

Ao explorar as variedades da experiência religiosa, James nos lembraria que o “direito de acreditar” pode estabelecer um clima de tolerância religiosa. Aquelas religiões que se definem de acordo com crenças (credos) exigidas se envolveram na repressão, tortura e incontáveis guerras contra os não-crentes que só podem cessar com o reconhecimento de um “direito à crença” mútuo. Entretanto, mesmo nesse contexto, crenças extremamente intolerantes não podem ser toleradas. Direitos têm limites e carregam responsabilidades.

Infelizmente, muitas pessoas hoje parecem ter uma grande licença em relação ao direito a acreditar, ignorando suas responsabilidades. A ignorância voluntária e o falso conhecimento que são comumente defendidos pela afirmação “eu tenho direito à minha crença” não se encaixam nas pré-condições de James. Considere aqueles que acreditam que a chegada do homem à Lua ou o ataque à escola em Sandy Hook são dramas falsos criados pelo governo; que Barack Obama é muçulmano; que a Terra é plana; ou que as mudanças climáticas são um embuste. Em tais casos, o direito à crença é proclamado como um direito negativo; ou seja, sua intenção é impedir o diálogo, desviar todos os desafios; impor aos outros que não interfiram em seu compromisso-crença. A mente está fechada, sem abertura para o aprendizado. Pessoas assim podem ser “verdadeiros crentes”, mas não são crentes da verdade.

Acreditar, como desejar, parece fundamental à autonomia, a base maior da liberdade de alguém. Mas, como Clifford também lembrou, “a crença de nenhum homem é em qualquer caso um assunto privado que concerne apenas a ele”. Crenças moldam atitudes e motivos, guiam escolhas e ações. Acreditar e saber são formados dentro de uma comunidade epistêmica, que também lida com seus efeitos. Existe uma ética de acreditar, adquirir, sustentar e abandonar crenças — e essa ética tanto produz como limita nosso direito de acreditar. Se algumas crenças são falsas, ou moralmente repugnantes, ou irresponsáveis, algumas crenças também são perigosas. E a essas não temos nenhum direito.

Daniel DeNicola é professor e catedrático de filosofia do Gettysburg College, na Pensilvânia, e autor de “Understanding Ignorance: The Surprising Impact of What We Don’t Know” (Entendendo a ignorância: o surpreendente impacto do que não sabemos”, de 2017), ganhador do prêmio PROSE na categoria de filosofia em 2018 da Associação dos Editores Americanos.

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/exter...cial&utm_source=Facebook#link_time=1526748110

*** *** ***

Achei interessante, porque a ignorância que ele analisa descreve muito bem a grande parte dos debates sobre comportamento e política no Brasil de hoje, especialmente na internet.
Pior que tem nego que ganha a vida escrevendo essas merdas.

Muito blá-blá-blá.

So long
 

farrokh_bulsara

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E por que não li? Disserta por favor.
Porque chamou o autor de fascista.

Tirando física num nível muito elementar, o nosso conhecimento não é imediatamente reconstruível, e o julgamento sobre o que é ou não verdade depende basicamente da confiância na autoridade de quem está provendo a informação.

Em teoria, é possível seguir os passos de quem construiu o conhecimento para ter segurança quanto ao que foi descoberto em todos os passos, mas na prática é uma tarefa simplesmente inviável.

A busca da verdade da forma que o autor aparenta valorizar, especialmente em áreas humanas onde o critério para confiabilidade é intrinsicamente distinto das ciências "duras"(?), é uma busca cujo fim depende de um critério pessoal:

Quão boas devem ser as evidências, quão rigorosa deve ser a prova para que se aceite uma determinada interpretação ou teoria?

Querendo ou não, o que influencia essa escolha são fatores fora do controle do observador: Motivação pessoal, pressão social, (des)interesse, além do fato do tempo ser limitado.

Pior ainda, quando evidências são inconclusivas para o grau de rigor exigido, a indecisão só pode ser encerrada a partir de uma decisão moral, fruto também de experiência pessoal, mas principalmente do "espírito" do tempo, esse que espanta quem olha para o passado, mas que dificilmente é identificável para quem está submerso nele.
Haller, acho que você não pegou o ponto da coisa. Estamos nós três (eu, você e o autor) cientes dos problemas que o conceito de verdade tem, e de como essa verdade é, antes de tudo, deliberada, consensual, construída a partir de um ponto de vista não neutro. O ponto não é bem esse. A questão do texto, pelo que entendo, é a de quando a crença passa a concorrer com os fatos e começa a contradizer o mundo real, fundando um mundo paralelo pra se sustentar onde não cabe o diálogo.
 

BorgezKaka2018

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Claro que tem, estamos numa democracia. Enfim, até numa ditadura dá para fazer isso. Pois ninguém vai controlar tuas crenças. Entendi a intenção do texto. Mas as pessoas podem sim acreditar no que elas querem. Ás vezes uma coitada analfabeta do meio rural por exemplo, acredita que qualquer pessoa com diploma é "doutor". E não é, mas pra ela é, pois a vida dela a fez acreditar nisso.
 

O Rei Rubro

RIP AND TEAR
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Veja bem, na atual conjuntura não podemos levar as frases de uma forma literal ou mesmo espirítual. Dessa forma meu post ser entendido como uma acusação apenas evidencia sua limitada capacidade de focar nos assuntos que são, de fato, importantes mas que se encontram nas entrelinhas.
Dito isso essa conclusão preguiçosa deve ser revistam, ou pode ser repetida seguindo o modus operandi de todos os ditos pombos.

Não sou contra e nem a favor. Muito pelo contrário.
 


O Rei Rubro

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Porque chamou o autor de fascista.


Haller, acho que você não pegou o ponto da coisa. Estamos nós três (eu, você e o autor) cientes dos problemas que o conceito de verdade tem, e de como essa verdade é, antes de tudo, deliberada, consensual, construída a partir de um ponto de vista não neutro. O ponto não é bem esse. A questão do texto, pelo que entendo, é a de quando a crença passa a concorrer com os fatos e começa a contradizer o mundo real, fundando um mundo paralelo pra se sustentar onde não cabe o diálogo.

Sua opinião é essa? De que você tem o direito de cercear a crença alheia somente porque você é provido de um maior intelecto? Ou nem isso: talvez provido apenas de mais informação sobre um tema?
 

okita

Lenda da internet
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Comecei a ler a primeira página , até fui conferir se estava no Vale Tudo mesmo e não na pasta politica :viraolho

Sobre o texto achei meio bobo (master of the obvious) , você pode acreditar no que quiser , ou achar que as provas são insuficientes , etc Isso não quer dizer que você esteja certo (isso pode levar a certa ignorância sim, mas ceticismo sempre foi válido e também ajuda no desenvolvimento do conhecimento). O mais importante é ter bom senso e formar uma opinião baseada em critérios objetivos quando possível , no caso do assunto ser de cunho subjetivo acreditar no que quiser é totalmente válido, aliás nunca vi ninguém usando essa frase em discussões objetivas
 

Citizen Kane

Bam-bam-bam
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O texto é bastante inútil, vago, ingenuo, por ignorar totalmente o que é ESCLARECIMENTO. Bom, vou tentar explicar simplificadamente e resumidamente.

Fazer uma pessoa sair de sua menoridade intelectual não é somente em expor a ela argumentos e fundamentos dos quais ela perceba que sua opinião está errada. Não é aquela belezura do Sócrates lá utilizando maiêutica e o pobre coitado que perdeu o debate pari uma ideia.

Para ter esclarecimento, necessariamente parte da própria pessoa em querer sair do comodismo, da zona de conforto intelectual. Antes de tudo ela precisar querer ir atrás do saber. Isto é um ato de liberdade, inclusive de permanecer no seu comodismo.

Então, não diga mais "direito de acreditar no que quiser", mas sim, tenho liberdade de manter em mim as convicções. Até pq, em boa parte dos assuntos ao menos os mais importantes: Economia, política, etc, discussões de alto nível sempre vão acabar em aporia.

Portanto, ninguem é dono da razão. O sujeito até pode colocar uma opinião justificada, uma tese, uma teoria, mas ela sempre poderá ser contestada. Não existe verdade absoluta.
 

lagom

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Porque chamou o autor de fascista.


Haller, acho que você não pegou o ponto da coisa. Estamos nós três (eu, você e o autor) cientes dos problemas que o conceito de verdade tem, e de como essa verdade é, antes de tudo, deliberada, consensual, construída a partir de um ponto de vista não neutro. O ponto não é bem esse. A questão do texto, pelo que entendo, é a de quando a crença passa a concorrer com os fatos e começa a contradizer o mundo real, fundando um mundo paralelo pra se sustentar onde não cabe o diálogo.

Estava pensando sobre isso depois de escrever o texto.

Eu sei que o texto se refere a quem não está aberto a considerar o contraditório, mas é justamente isso que me irrita.

A exposição do teimoso burro como ferramenta de obfuscação na manutenção da narrativa. O texto parte de considerações pertinentes, mas tropeça ao longo do caminho até chegar à conclusão premeditada.

Jamais aceitarei o argumento moral na busca de modelos que expliquem a realidade. E também não aceito a tese do "fim da discussão".

O contexto em que o texto é relevante é, realmente, o de ambientes virtuais de discussão como esse fórum.

O problema é que a crítica pertinente ao comportamento do crente não se estende ao conteúdo da crença. O agarramento emocional à crença permite a sustentação de ideias autocontraditórias, mas a ocorrência de agarramento emocional frente à informação contraditória apresentada não determina a invalidade da tese em questão.

Resumidamente, a observação comportamental é interessante, mas a brevidade do texto, somada à confusão de verdade com moralidade, além da assertividade quanto a conceitos extremamente difusos me decepcionou. Se você quer focar no aspecto emotivo da racionalização até vai, mas deixar todo o texto aberto a discussão traz todas essas fragilidades a toa.
 

Riveler

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The Kong

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Segue minha opinião sobre o texto.

O incentivo ao avanço tecnológico, assim como a determinação clara de objetivos aponta para a melhoria do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades. Por conseguinte, a percepção das dificuldades pode nos levar a considerar a reestruturação das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. Percebemos, cada vez mais, que o comprometimento entre as equipes agrega valor ao estabelecimento do sistema de participação geral. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se a estrutura atual da organização representa uma abertura para a melhoria dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Gostaria de enfatizar que o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação cumpre um papel essencial na formulação do impacto na agilidade decisória. Neste sentido, o acompanhamento das preferências de consumo exige a precisão e a definição dos procedimentos normalmente adotados. As experiências acumuladas demonstram que a revolução dos costumes estimula a padronização das direções preferenciais no sentido do progresso. Acima de tudo, é fundamental ressaltar que a necessidade de renovação processual oferece uma interessante oportunidade para verificação do fluxo de informações.

Pensando mais a longo prazo, o fenômeno da Internet obstaculiza a apreciação da importância de alternativas às soluções ortodoxas. Caros amigos, a complexidade dos estudos efetuados talvez venha a ressaltar a relatividade dos índices pretendidos. Por outro lado, a valorização de fatores subjetivos maximiza as possibilidades por conta do remanejamento dos quadros funcionais. Desta maneira, a adoção de políticas descentralizadoras prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes das condições inegavelmente apropriadas.

Do mesmo modo, o novo modelo estrutural aqui preconizado deve passar por modificações independentemente dos modos de operação convencionais. Não obstante, o surgimento do comércio virtual apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. Evidentemente, a execução dos pontos do programa causa impacto indireto na reavaliação das novas proposições. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como a mobilidade dos capitais internacionais ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. O cuidado em identificar pontos críticos no entendimento das metas propostas estende o alcance e a importância da gestão inovadora da qual fazemos parte.

O empenho em analisar a contínua expansão de nossa atividade afeta positivamente a correta previsão das condições financeiras e administrativas exigidas. O que temos que ter sempre em mente é que a consolidação das estruturas possibilita uma melhor visão global das regras de conduta normativas. É claro que o início da atividade geral de formação de atitudes é uma das consequências dos níveis de motivação departamental. É importante questionar o quanto a constante divulgação das informações não pode mais se dissociar de todos os recursos funcionais envolvidos.

Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que o julgamento imparcial das eventualidades acarreta um processo de reformulação e modernização das formas de ação. A nível organizacional, o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos promove a alavancagem do processo de comunicação como um todo. Todavia, a hegemonia do ambiente político faz parte de um processo de gerenciamento do orçamento setorial. Assim mesmo, a crescente influência da mídia auxilia a preparação e a composição do levantamento das variáveis envolvidas. No mundo atual, o consenso sobre a necessidade de qualificação nos obriga à análise das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições.

Do mesmo modo, o fenômeno da Internet maximiza as possibilidades por conta dos paradigmas corporativos. Assim mesmo, a competitividade nas transações comerciais talvez venha a ressaltar a relatividade de todos os recursos funcionais envolvidos. Desta maneira, a expansão dos mercados mundiais garante a contribuição de um grupo importante na determinação do investimento em reciclagem técnica.

Concordo
 

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Já eu penso que não fosse uma claudicação, o assédio das grandes necessidades orgiânicas opera não per via di porre, e sim per via di levare que não há Outro do Outro. Assim, a tendência sexual inibida é o ponto de fundação de nosso próprio desejo que supostamente nos faria pleno.A psicanálise parte da idéia de que o polo hostil da ambivalência afetiva do complexo paterno recusa a castração que deixa brotar de si o Homem Psicanalítico.

No mundo atual, a consulta aos diversos militantes possibilita uma melhor visão global do levantamento das variáveis envolvidas. Neste sentido, o novo modelo estrutural aqui preconizado facilita a criação das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições. Por outro lado, o desafiador cenário globalizado estende o alcance e a importância do processo de comunicação como um todo.

Desde ontem a noite o último pull request desse SCRUM facilitou a resolução de conflito de uma configuração Webpack eficiente nos builds. Ao mesmo tempo e de maneira simétrica, o estado amoroso na hipnose recusa a castração da nostalgia da suposta presença da "Coisa" que teria nos salvado do desamparo. Por fim, o empenho em analisar a crescente influência da mídia pode nos levar a considerar a reestruturação das direções preferenciais no sentido do progresso.

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farrokh_bulsara

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Sua opinião é essa? De que você tem o direito de cercear a crença alheia somente porque você é provido de um maior intelecto? Ou nem isso: talvez provido apenas de mais informação sobre um tema?
Não, imagina. É só ler mesmo. Tem um monte de gente que está discordando com a leitura.

O texto é bastante inútil, vago, ingenuo, por ignorar totalmente o que é ESCLARECIMENTO. Bom, vou tentar explicar simplificadamente e resumidamente.

Fazer uma pessoa sair de sua menoridade intelectual não é somente em expor a ela argumentos e fundamentos dos quais ela perceba que sua opinião está errada. Não é aquela belezura do Sócrates lá utilizando maiêutica e o pobre coitado que perdeu o debate pari uma ideia.

Para ter esclarecimento, necessariamente parte da própria pessoa em querer sair do comodismo, da zona de conforto intelectual. Antes de tudo ela precisar querer ir atrás do saber. Isto é um ato de liberdade, inclusive de permanecer no seu comodismo.

Então, não diga mais "direito de acreditar no que quiser", mas sim, tenho liberdade de manter em mim as convicções. Até pq, em boa parte dos assuntos ao menos os mais importantes: Economia, política, etc, discussões de alto nível sempre vão acabar em aporia.

Portanto, ninguem é dono da razão. O sujeito até pode colocar uma opinião justificada, uma tese, uma teoria, mas ela sempre poderá ser contestada. Não existe verdade absoluta.
Você acompanhou o Haller e está criticando um espantalho, não o texto. O escrito não passa por estabelecer critérios para alguém "estar com a razão", muito menos, é qualquer esforço para "levar razão" a quem supostamente não a tem. Essas são questões falsas que vocês talvez rodeiam por perderem ou evitarem o essencial, que é: não há crença sem diálogo. A partir do momento em que o argumento "eu acredito e pronto" interdita o debate, o dono do argumento "perdeu".

Nesse sentido o texto não é nada vago e, ao contrário do que você diz, é muito útil quando o leitor está disposto a ler ele de fato, sem recorrer à wishful thinking como no seu caso.

Estava pensando sobre isso depois de escrever o texto.

Eu sei que o texto se refere a quem não está aberto a considerar o contraditório, mas é justamente isso que me irrita.

A exposição do teimoso burro como ferramenta de obfuscação na manutenção da narrativa. O texto parte de considerações pertinentes, mas tropeça ao longo do caminho até chegar à conclusão premeditada.

Jamais aceitarei o argumento moral na busca de modelos que expliquem a realidade. E também não aceito a tese do "fim da discussão".

O contexto em que o texto é relevante é, realmente, o de ambientes virtuais de discussão como esse fórum.
O texto é um ensaio, não uma tese. Ele não tem um caminho que leve a uma conclusão. Ele é uma digressão sobre essa condição da crença teimosa. Mas, mesmo assim, estou ansioso para saber mais sobre esses tropeços.

O problema é que a crítica pertinente ao comportamento do crente não se estende ao conteúdo da crença. O agarramento emocional à crença permite a sustentação de ideias autocontraditórias, mas a ocorrência de agarramento emocional frente à informação contraditória apresentada não determina a invalidade da tese em questão.
Que tese, cara pálida?

Resumidamente, a observação comportamental é interessante, mas a brevidade do texto, somada à confusão de verdade com moralidade, além da assertividade quanto a conceitos extremamente difusos me decepcionou. Se você quer focar no aspecto emotivo da racionalização até vai, mas deixar todo o texto aberto a discussão traz todas essas fragilidades a toa.
Ah, não me diga que o seu incomodo vem do fato do autor falar em "crenças machistas, racistas e homofóbicas", por favor.
 
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Dark Texugo

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Eu acredito no amor. Mas ele funciona.
Sem amor, sem cuidado, até os conceitos mais bonitos podem trazer revolta e ódio.
 

O Rei Rubro

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Não, imagina. É só ler mesmo. Tem um monte de gente que está discordando com a leitura.


Você acompanhou o Haller e está criticando um espantalho, não o texto. O escrito não passa por estabelecer critérios para alguém "estar com a razão", muito menos, é qualquer esforço para "levar razão" a quem supostamente não a tem. Essas são questões falsas que vocês talvez rodeiam por perderem ou evitarem o essencial, que é: não há crença sem diálogo. A partir do momento em que o argumento "eu acredito e pronto" interdita o debate, o dono do argumento "perdeu".

Nesse sentido o texto não é nada vago e, ao contrário do que você diz, é muito útil quando o leitor está disposto a ler ele de fato, sem recorrer à wishful thinking, como é o seu caso.


O texto é um ensaio, não uma tese. Ele não tem um caminho que leve a uma conclusão. Ele é uma digressão sobre essa condição da crença teimosa. Mas, mesmo assim, estou ansioso para saber mais sobre esses tropeços.


Que tese, cara pálida?


Ah, não me diga que o seu incomodo vem do fato do autor falar em "crenças machistas, racistas e homofóbicas", por favor.

Foi lido meu filho. E o papo é exatamente este. Uma bela duma idéia cretina.
 

Grombrindal

Supra-sumo
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Mais um texto que tenta usar um tom culto só para tentar colocar a censura desejada.
Segue minha opinião sobre o texto.

O incentivo ao avanço tecnológico, assim como a determinação clara de objetivos aponta para a melhoria do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades. Por conseguinte, a percepção das dificuldades pode nos levar a considerar a reestruturação das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. Percebemos, cada vez mais, que o comprometimento entre as equipes agrega valor ao estabelecimento do sistema de participação geral. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se a estrutura atual da organização representa uma abertura para a melhoria dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Gostaria de enfatizar que o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação cumpre um papel essencial na formulação do impacto na agilidade decisória. Neste sentido, o acompanhamento das preferências de consumo exige a precisão e a definição dos procedimentos normalmente adotados. As experiências acumuladas demonstram que a revolução dos costumes estimula a padronização das direções preferenciais no sentido do progresso. Acima de tudo, é fundamental ressaltar que a necessidade de renovação processual oferece uma interessante oportunidade para verificação do fluxo de informações.

Pensando mais a longo prazo, o fenômeno da Internet obstaculiza a apreciação da importância de alternativas às soluções ortodoxas. Caros amigos, a complexidade dos estudos efetuados talvez venha a ressaltar a relatividade dos índices pretendidos. Por outro lado, a valorização de fatores subjetivos maximiza as possibilidades por conta do remanejamento dos quadros funcionais. Desta maneira, a adoção de políticas descentralizadoras prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes das condições inegavelmente apropriadas.

Do mesmo modo, o novo modelo estrutural aqui preconizado deve passar por modificações independentemente dos modos de operação convencionais. Não obstante, o surgimento do comércio virtual apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. Evidentemente, a execução dos pontos do programa causa impacto indireto na reavaliação das novas proposições. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como a mobilidade dos capitais internacionais ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. O cuidado em identificar pontos críticos no entendimento das metas propostas estende o alcance e a importância da gestão inovadora da qual fazemos parte.

O empenho em analisar a contínua expansão de nossa atividade afeta positivamente a correta previsão das condições financeiras e administrativas exigidas. O que temos que ter sempre em mente é que a consolidação das estruturas possibilita uma melhor visão global das regras de conduta normativas. É claro que o início da atividade geral de formação de atitudes é uma das consequências dos níveis de motivação departamental. É importante questionar o quanto a constante divulgação das informações não pode mais se dissociar de todos os recursos funcionais envolvidos.

Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que o julgamento imparcial das eventualidades acarreta um processo de reformulação e modernização das formas de ação. A nível organizacional, o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos promove a alavancagem do processo de comunicação como um todo. Todavia, a hegemonia do ambiente político faz parte de um processo de gerenciamento do orçamento setorial. Assim mesmo, a crescente influência da mídia auxilia a preparação e a composição do levantamento das variáveis envolvidas. No mundo atual, o consenso sobre a necessidade de qualificação nos obriga à análise das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições.

Do mesmo modo, o fenômeno da Internet maximiza as possibilidades por conta dos paradigmas corporativos. Assim mesmo, a competitividade nas transações comerciais talvez venha a ressaltar a relatividade de todos os recursos funcionais envolvidos. Desta maneira, a expansão dos mercados mundiais garante a contribuição de um grupo importante na determinação do investimento em reciclagem técnica.
Ponto máximo do tópico.
 

farrokh_bulsara

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Eu não acho que seja possível impedir alguém de "ser" algo..
E? O problema não é esse.

O problema é legitimar o ódio como crença: "eu odeio, essa é a minha crença", diz (mesmo sem perceber) quem é racista, homofóbico ou machista. Existe aí a crença de que é preciso odiar um determinado grupo de seres humanos. Não existe diálogo, não existe autocrítica - coisas que você e o Kane devem adorar, porque leva ao esclarecimento - só existe o apego a uma verdade estúpida.

Caso o homofóbico/racista/machista não entenda que é preciso mudar, a partir do diálogo, vai enfrentar consequências (penais, sociais, morais) todas as vezes em que suas convicções abalarem outras pessoas.
 

lagom

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E? O problema não é esse.

O problema é legitimar o ódio como crença: "eu odeio, essa é a minha crença", diz (mesmo sem perceber) quem é racista, homofóbico ou machista. Existe aí a crença de que é preciso odiar um determinado grupo de seres humanos. Não existe diálogo, não existe autocrítica - coisas que você e o Kane devem adorar, porque leva ao esclarecimento - só existe o apego a uma verdade estúpida.

Caso o homofóbico/racista/machista não entenda que é preciso mudar, a partir do diálogo, vai enfrentar consequências (penais, sociais, morais) todas as vezes em que suas convicções abalarem outras pessoas.

Não acho que racismo ou machismo necessite de ódio, pelo menos nas definições mais generalizadas.

Homofobia tem aversão no nome, então a história é outra.

Eu não falo em direitos, tampouco em consequências sociais. Quando discuto sobre o conceito da verdade não quero que considerações morais entrem em consideração, por chocante que possa parecer.

Podemos falar sobre supressão de ideias perigosas, mas isso é outra conversa, da qual o que é ou não verdade não diz respeito.
 

farrokh_bulsara

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Não acho que racismo ou machismo necessite de ódio, pelo menos nas definições mais generalizadas.
Este é um desafio que eu gostaria de lançar: defina racismo e machismo sem recorrer a alguma versão de ódio, aversão, repulsa, repugnância, antipatia etc. como componente desta definição.

Eu não falo em direitos, tampouco em consequências sociais. Quando discuto sobre o conceito da verdade não quero que considerações morais entrem em consideração, por chocante que possa parecer.
Mas a necessidade de discutir "verdade" é só sua, não do texto. Muito menos, minha. Uma crença de ódio não é contra a "verdade", ela é contra o diálogo. Verdade não tem nada a ver com isso.

Essa história de definir "verdade" é, inclusive, um contratempo que a história do pensamento do século XX já fez questão de superar. Verdade hoje só serve para ser fissurada e problematizada.
 

lagom

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Este é um desafio que eu gostaria de lançar: defina racismo e machismo sem recorrer a alguma versão de ódio, aversão, repulsa, repugnância, antipatia etc. como componente desta definição.
ok

Racista: Grupos humanos não são equivalentes. Essas diferenças são frutos de evolução divergente, onde separação geográfica durante dezenas de milhares de anos levou a adaptações distintas dependentes das pressões evolutivas de cada ambiente habitado.

Machista: Os sexos não são equivalentes. Essas diferenças são fruto de dimorfismo sexual, onde a separação de papéis na concepção durante centenas de milhares de anos sedimentou diferenças já existentes entre machos e fêmeas de hominídeos, além de ter selecionado para características específicas dependendo da estratégia de criação dos filhotes.

Eu não chamaria quem diz algo assim de racista ou machista, mas muitos discordam.

Mas a necessidade de discutir "verdade" é só sua, não do texto. Muito menos, minha. Uma crença de ódio não é contra a "verdade", ela é contra o diálogo. Verdade não tem nada a ver com isso.

Essa história de definir "verdade" é, inclusive, um contratempo que a história do pensamento do século XX já fez questão de superar. Verdade hoje só serve para ser fissurada e problematizada.

Na realidade, o texto claramente fala sobre condições necessárias ou suficientes para que uma crença seja falsa...
 

farrokh_bulsara

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ok

Racista: Grupos humanos não são equivalentes. Essas diferenças são frutos de evolução divergente, onde separação geográfica durante dezenas de milhares de anos levou a adaptações distintas dependentes das pressões evolutivas de cada ambiente habitado.

Machista: Os sexos não são equivalentes. Essas diferenças são fruto de dimorfismo sexual, onde a separação de papéis na concepção durante centenas de milhares de anos sedimentou diferenças já existentes entre machos e fêmeas de hominídeos, além de ter selecionado para características específicas dependendo da estratégia de criação dos filhotes.

Eu não chamaria quem diz algo assim de racista ou machista, mas muitos discordam.
Você não está definindo, mas sim citando possíveis justificativas (já amplamente desconstruídas) para o racismo e para o machismo. Definir é responder: o que é? Racismo não é a diferença entre grupos humanos, assim como machismo não é a diferença entre o homem e a mulher, mas já se tentou justificar ambos nessa linha.

Na realidade, o texto claramente fala sobre condições necessárias ou suficientes para que uma crença seja falsa...
Não fala, ele fala outra coisa, que eu destaco aqui:
Em tais casos [os dos crentes estúpidos], o direito à crença é proclamado como um direito negativo; ou seja, sua intenção é impedir o diálogo, desviar todos os desafios; impor aos outros que não interfiram em seu compromisso-crença. A mente está fechada, sem abertura para o aprendizado. Pessoas assim podem ser “verdadeiros crentes”, mas não são crentes da verdade.
Note que, mesmo ele usando o termo "verdade", ele não tenta estabelecer critérios para definir o que é "verdade", nem os deixa implícitos. A questão aqui é outra, é justamente um reflexão sobre o gesto de alçar algo à condição de verdade, ou em outras palavras, o gesto de "crer" em algo:
Existe uma ética de acreditar, adquirir, sustentar e abandonar crenças — e essa ética tanto produz como limita nosso direito de acreditar. Se algumas crenças são falsas, ou moralmente repugnantes, ou irresponsáveis, algumas crenças também são perigosas. E a essas não temos nenhum direito.
 

lagom

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Você não está definindo, mas sim citando possíveis justificativas (já amplamente desconstruídas) para o racismo e para o machismo. Definir é responder: o que é? Racismo não é a diferença entre grupos humanos, assim como machismo não é a diferença entre o homem e a mulher, mas já se tentou justificar ambos nessa linha.

Eu não te dei uma definição porque o que eu acho que deveria ser considerado machismo ou racismo não interessa. O que importa são os contextos que esses termos são usados, não o que o Joãozinho ou a Mariazinha acha.

Ps. O autor constrói seu argumento ao longo do texto, não é possível que você acredite que os parágrafos anteriores ao trecho citado, falando sobre truísmo, evidencialismo e condições necessárias possa ser atropelado porque "Século XX, cara".
 

farrokh_bulsara

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Eu não te dei uma definição porque o que eu acho que deveria ser considerado machismo ou racismo não interessa. O que importa são os contextos que esses termos são usados, não o que o Joãozinho ou a Mariazinha acha.
Dizer que essas definições agora não importam, a essa altura do campeonato, é sabonetear. Na boa.

Ps. O autor constrói seu argumento ao longo do texto, não é possível que você acredite que os parágrafos anteriores ao trecho citado, falando sobre truísmo, evidencialismo e condições necessárias possa ser atropelado porque "Século XX, cara".
O autor ensaia. Acho que, como eu dizia, vocês não estão muito familiarizados com o ensaio enquanto gênero literário. Um ensaio é como um fluxo de pensamento ou uma conversa. Quando ele cita truísmo, evidencialismo etc, ele o faz na tônica: "não que eu queira voltar a esses conceitos, da forma como eles foram pensados por fulano e beltrano, agora...". Ou seja, ele está recuperando essas noções para o leitor, ciente dos riscos de interpretação que o texto pode ter. Ao mesmo tempo, ele nos informa sobre as perspectivas dele. É algo que enriquece o texto.
 

lagom

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Dizer que essas definições agora não importam, a essa altura do campeonato, é sabonetear. Na boa.

Nem é. Eu concedi em dizer que racismo e machismo não é necessariamente odioso por ver comentários não odiosos classificados como tal. Foi isso que tentei exemplificar com os exemplos que trouxe.


Não sei qual a definição que esses críticos tinham em mente, só posso tentar adivinhar, se você faz tanta questão.

O autor ensaia. Acho que, como eu dizia, vocês não estão muito familiarizados com o ensaio enquanto gênero literário. Um ensaio é como um fluxo de pensamento ou uma conversa. Quando ele cita truísmo, evidencialismo etc, ele o faz na tônica: "não que eu queira voltar a esses conceitos, da forma como eles foram pensados por fulano e beltrano, agora...". Ou seja, ele está recuperando essas noções para o leitor, ciente dos riscos de interpretação que o texto pode ter. Ao mesmo tempo, ele nos informa sobre as perspectivas dele. É algo que enriquece o texto.

A quem o "vocês" se refere?
 

ReInan

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Você não tem o direito de dizer o que eu deva fazer
 

farrokh_bulsara

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Nem é. Eu concedi em dizer que racismo e machismo não é necessariamente odioso por ver comentários não odiosos classificados como tal. Foi isso que tentei exemplificar com os exemplos que trouxe.
Estamos falando de uma crença, não de um comentário. Uma crença machista e racista tem ódio como componente sim.

Não sei qual a definição que esses críticos tinham em mente, só posso tentar adivinhar, se você faz tanta questão.
Não precisa ser nenhuma definição em específico, por isso lancei o desafio: tente trazer uma definição de machismo ou racismo (sem desonestidade intelectual) que não tenha um componente de ódio.

A quem o "vocês" se refere?
Você e o carinha que falou do "esclarecimento", os dois únicos que esboçaram uma preocupação conservadora em relação à "verdade".
 

Gargantua

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É válido adicionar um ponto crucial sobre a natureza humana no questionamento de até onde é válida, ou absolutamente nociva, a crença em ilusões.

O impulso de sobrepujar o próximo, de tornar-se foco de importância, é tão intenso quanto o desejo por liberdade (ou ao menos pela ilusão de liberdade e de supremacia).

Quando o questionamento sobre a “verdade” deixa de existir, os indivíduos que se sentem “deixados de fora”, inevitavelmente vão buscar a própria supremacia com base em uma verdade “reveladora” ilusória. O impulso por liberdade (perante o poder maior, mesmo que esse poder expresse a verdade factual) e supremacia (ou melhor, impressão de supremacia), culmina em manifestações peculiares, como o grupo de indivíduos ressentidos, que acreditam na Terra plana, tendo certeza absoluta que estão sobrepujando a ignorância popular e livres do poder maior, mesmo que para isso, apeguem-se a uma ilusão.

O ressentimento é um fator importante, que potencializa o desejo desesperado por supremacia, mesmo que a justificativa seja ilusória.

Grupos de supremacia racial expressam bem essa combinação entre ressentimento, ilusão e aspiração por supremacia. A frase “Miscigenação é Genocídio” já foi usada por grupos de descendentes de europeus nos EUA, descendentes de africanos no Brasil e até mesmo por semitas. Fica óbvio que ressentimento, cegueira e desejo por maior importância é inerente a condição humana e independente da cor da pele.

O autor cita homofobia- na vida prática, até mesmo fatores positivos, como respeito ao próximo, independente da sexualidade e da vida privada do indivíduo podem ser usados de forma mesquinha, portanto sempre haverão nuances e variáveis a serem discutidas, exemplo:

Transexuais femininas estão sendo integradas em esportes competitivos, para competirem diretamente com mulheres.

O problema é que a estrutura óssea e muscular de um indivíduo que nasceu homem possui vantagens específicas e os tratamentos hormonais, não balanceiam completamente essas vantagens. Resultado, a transexual que competiu no levantamento de peso quebrou por uma larga margem todos os recordes femininos, a combatente transexual de MMA limpou o chão com lutadoras tecnicamente superiores, graças a força física inerentemente maior.

Existe um quadro de possível (na verdade, factualmente comprovada) injustiça perante competidoras que nasceram mulher. Um desbalanço competitivo considerável. Mas a discussão sobre essa questão é completamente censurada com a acusação de preconceito e homofobia.

Sendo assim, a verdade de que uma sociedade justa, que respeita à sexualidade individual (que eu realmente concordo) é distorcida para censurar uma discussão. No final, patrocinadores, times e treinadores que lucram com a certeza da vitória e ainda posam de progressistas, não somente usam a distorção da verdade citada em benefício próprio, como também sobrepujam deslealmente, competidoras mulheres.

As buscas por dominância, supremacia e liberdade, por si só, não são negativas (muito pelo contrário), geram fatores positivos para indivíduos, para a espécie e condizem com a natureza humana (e animal) e no final, falam mais alto do que a busca pela verdade (digo isso sendo alguém que acredita na ruptura de todas as ilusões). Sendo assim, independente da verdade estabelecida, o conflito é perpétuo.
 
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