CatólicoZueiro
Novato
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O problema, todo ele, é que você não sabe. Você não sabe nada, ou sabe muito pouco, o que é sempre insuficiente. Mesmo assim você acha.
Você acha que o governo é ruim, ou acha que ele é bom, porque leu em algum lugar, porque ouviu falar, porque um amigo seu lhe disse. Você acha que está ganhando pouco ou acha que está sendo explorado, porque há cada vez mais mês no fim do salário. Você acha que aquele sujeito não presta. Você acha que os católicos são cabeças-duras. Você acha que a culpa é da zelite. Você acha que os EUA querem dominar o mundo. Você acha um monte de coisas, mas não sabe.
Você pode estar certo em algumas destas opiniões, mas a validade de sua opinião é uma coincidência fortuita e você também não sabe disso. Você acha que sua opinião é importante e que ela tem valor como testemunho objetivo da realidade, mas você não sabe nem mesmo que não sabe.
E — o horror — você não sabe a diferença entre achar e saber.
A realidade, para você, é o trajeto de sua casa para o trabalho, jornais e revistas, o noticiário na TV, a previsão do tempo para amanhã, planos embolorados, o cesto de roupas sujas e o preço do sabão em pó — e você continua achando.
Quem realmente sabe de algo tem uma certa vergonha higiênica de ter opiniões. Ter uma opinião significa pisar no lodaçal de conjecturas em que as gentes se acostumaram a viver. É sempre melhor não as ter. E viver limpo.
Você acha que o governo é ruim, ou acha que ele é bom, porque leu em algum lugar, porque ouviu falar, porque um amigo seu lhe disse. Você acha que está ganhando pouco ou acha que está sendo explorado, porque há cada vez mais mês no fim do salário. Você acha que aquele sujeito não presta. Você acha que os católicos são cabeças-duras. Você acha que a culpa é da zelite. Você acha que os EUA querem dominar o mundo. Você acha um monte de coisas, mas não sabe.
Você pode estar certo em algumas destas opiniões, mas a validade de sua opinião é uma coincidência fortuita e você também não sabe disso. Você acha que sua opinião é importante e que ela tem valor como testemunho objetivo da realidade, mas você não sabe nem mesmo que não sabe.
E — o horror — você não sabe a diferença entre achar e saber.
A realidade, para você, é o trajeto de sua casa para o trabalho, jornais e revistas, o noticiário na TV, a previsão do tempo para amanhã, planos embolorados, o cesto de roupas sujas e o preço do sabão em pó — e você continua achando.
Quem realmente sabe de algo tem uma certa vergonha higiênica de ter opiniões. Ter uma opinião significa pisar no lodaçal de conjecturas em que as gentes se acostumaram a viver. É sempre melhor não as ter. E viver limpo.