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A piada que pode redefinir limites de liberdade de expressão no Canadá
  • Alessandra Corrêa
  • De Washington (EUA) para a BBC News Brasil
26 fevereiro 2021


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Jérémy Gabriel (esq) e Mike Ward (dir): o jovem, que é portador de deficiência, diz que piada grosseira do humorista o levou a pensar em suicídio

Em 2010, o humorista canadense Mike Ward estreou um show de comédia stand-up no qual zombava de diversas celebridades, entre elas um jovem cantor, Jérémy Gabriel, que na época tinha 13 anos de idade e já era famoso por ter se apresentado ao lado de Céline Dion e cantado para o papa Bento 16 no Vaticano.

Os alvos de Ward - um dos comediantes mais populares de Quebec, vencedor de vários prêmios e conhecido por material muitas vezes ousado - eram o que ele descrevia como "os intocáveis", ou "vacas sagradas", figuras famosas da província canadense das quais, segundo ele, não se podia debochar.
Gabriel nasceu com síndrome de Treacher Collins, doença rara que causa deformidades no rosto e no crânio. Ele também nasceu surdo, e usa um implante auditivo. O cantor iniciou sua carreira ainda criança e ficou conhecido como "O Pequeno Jérémy".
Na apresentação, Ward ridicularizava a voz e a aparência de Gabriel, descrito por ele como "o menino com um subwoofer na cabeça", em referência ao implante auditivo. Em determinado momento, o humorista dizia que pesquisou na internet a doença do menino e descobriu que ele só era "feio" mesmo.

Em parte da piada, Ward dizia que sempre defendeu Gabriel quando as pessoas reclamavam que ele era péssimo cantor, porque achava que o menino tinha uma doença terminal, mas que, quando percebeu que ele não estava à beira da morte, tentou afogá-lo.

O show foi um sucesso, e Ward repetiu a apresentação mais de 200 vezes nos três anos seguintes. Em vídeos disponíveis na internet, é possível ouvir o público rindo sem parar.
Mas a piada sobre Gabriel acabou virando alvo de uma longa batalha judicial que agora chegou à Suprema Corte, a mais alta instância da Justiça canadense, em um caso que vem dividindo opiniões e que poderá redefinir os limites da liberdade de expressão no país.

Discriminação
Segundo Gabriel, que hoje tem 24 anos de idade, a piada, amplamente divulgada online, o tornou alvo de bullying na escola, em um momento em que ele estava começando o ensino médio.
A deficiência do então adolescente era motivo de risada enquanto outros estudantes repetiam as piadas contadas por Ward. Gabriel entrou em depressão e chegou a pensar em suicídio.
Em 2012, a família de Gabriel encaminhou uma reclamação à Comissão de Direitos Humanos e Direitos da Juventude, agência do governo responsável por fazer cumprir o código de direitos humanos da província. A comissão decidiu levar o caso ao Tribunal e Direitos Humanos de Quebec, que trata de casos de discriminação e assédio que ferem esse código.
Em 2016, o tribunal decidiu que o show de Ward incluía comentários que configuravam discriminação contra Gabriel com base em sua deficiência, o que fere a lei. Segundo os juízes, o direito à dignidade do cantor, que é protegido por lei, foi violado, e o humorista "excedeu os limites" da liberdade de expressão.
O tribunal ordenou Ward a pagar 35 mil dólares canadenses (cerca de R$ 153 mil) ao cantor e 7 mil dólares canadenses (cerca de R$ 30 mil) a sua mãe, Sylvie Gabriel. O humorista entrou com recurso, mas, em 2019, o Tribunal de Apelação de Quebec manteve a decisão, descartando apenas o pagamento à mãe do cantor.

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Segundo juízes do caso, o direito à dignidade do cantor, que é protegido por lei, foi violado, e o humorista "excedeu os limites" da liberdade de expressão

O Tribunal de Apelação disse que sua "intenção não é restringir a criatividade ou censurar as opiniões de artistas", mas que "humoristas, assim como qualquer outro cidadão, são responsáveis pelas consequências de suas palavras quando estas ultrapassam certos limites".
Em declaração após a decisão, Ward disse que "comédia não é crime". "Em um país 'livre', não deveria caber a um juiz decidir o que constitui uma piada", afirmou o humorista, que decidiu recorrer à Suprema Corte. Na semana passada, os nove juízes da corte ouviram os argumentos do caso.

Debate
O caso vem ganhando atenção em um momento em que há um grande debate, no Canadá e em outros países como o Brasil, sobre quais devem ser os limites da liberdade de expressão.
A decisão da Suprema Corte deverá ter impacto em várias questões no país norte-americano: se um humorista tem o direito de contar piadas ofensivas, quais os limites da liberdade artística e do humor e qual o papel de tribunais de direitos humanos em julgar questões relativas a liberdade de expressão.
Os apoiadores de Ward argumentam que o humor - inclusive piadas ofensivas - é protegido pelo direito à liberdade de expressão no Canadá. O advogado Julius Grey, que representa o comediante, salienta que somente discurso de ódio ou formas extremas de pornografia costumam ser excluídos desse direito.
Mas a lei na província de Quebec também garante o direito à dignidade e o direito contra discriminação, não apenas com base em deficiência, mas também em raça, cor, sexo, identidade ou expressão de gênero, gravidez, orientação sexual, estado civil, idade, religião, convicções políticas, idioma, origem étnica ou nacional e status social.
Para ser considerada discriminação e violar esse direito, é necessário que a piada ou comentário seja grave o suficiente para afetar a dignidade da pessoa. O Tribunal de Apelação concluiu que a piada de Ward teve esse efeito.
"Há três conceitos fundamentais que este caso poderá redefinir. Um deles é se meras palavras configuram discriminação", diz Grey à BBC News Brasil, ressaltando que, caso contrário, o Tribunal de Direitos Humanos não tem jurisdição, já que trata somente de casos de discriminação, não de difamação ou calúnia.
"O segundo é o quão ampla é a liberdade de expressão. Mesmo se for discriminação, (o direito à) liberdade de expressão deve prevalecer? E o terceiro é sobre liberdade artística", afirma o advogado do humorista.

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Caso será decidido pela Suprema Corte do Canadá


'Direito de não ser ofendido'
Grey argumenta que o caso não trata de discriminação. "Discriminação é relacionada a bens ou serviços. Você não pode negar acesso a emprego, ou moradia, ou o que quer que seja (com base em discriminação)."
O advogado salienta que zombar de alguém não priva essa pessoa de serviços nem fere seus direitos. "Ninguém tem o direito de não ser ofendido", afirma.
Mas o advogado Karim Luigi Fezzani, que, ao lado do advogado Stéphane Harvey, representa Gabriel e sua mãe no caso diante da Suprema Corte, diz que se trata sim de discriminação, como concluído pelo Tribunal de Direitos Humanos e pelo Tribunal de Apelação.
"O Tribunal de Direitos Humanos expressou claramente que, se não fosse por sua deficiência, Gabriel não teria sido alvo dos comentários de Ward", diz Fezzani à BBC News Brasil.
"Quando você ridiculariza uma criança por sua deficiência, quando você diz que ela é feia, quando você sugere que ela é inútil, que ela está prestes a morrer, que todos a consideram digna de pena, você está atacando a dignidade dessa criança por anos no futuro, diminuindo a estima que ela tem por si mesma e, consequentemente, a estima que outros têm por ela."
Fezzani diz que o caso pode ter impacto na maneira como os direitos de pessoas deficientes são tratados.
"Em um momento em que pessoas com deficiências já enfrentam numerosas barreiras na sociedade, como exclusão, estigma e discriminação, este caso envia uma mensagem clara a todos os canadenses vivendo com deficiência, de que certas palavras e ações contra eles não serão toleradas."

Autocensura
Humoristas em Quebec e outras partes do Canadá acompanham o caso com atenção. A Associação dos Profissionais da Indústria de Humor é uma das organizações que participam do processo na Suprema Corte, em apoio a Ward.
"Se as sanções contra Mike Ward forem mantidas, isso terá um efeito inibidor (sobre o humor)", opina à BBC News Brasil o advogado Walid Hijazi, advogado que representa a associação.
Segundo Hijazi, há o risco de que os artistas recorram a autocensura. "Comediantes ficarão com medo de fazer piadas polêmicas, por medo de serem sancionados, processados, de ter de pagar do próprio bolso. O conteúdo vai ficar mais homogêneo."
Hijazi ressalta que a comédia tem o objetivo não somente de fazer o público rir, mas também de provocar, e sempre foi uma forma de arte polêmica, testando os limites do que é socialmente aceitável.
Segundo o advogado, para permitir que os humoristas criem conteúdo sem medo, a liberdade de expressão artística deve ser a mais ampla possível.
"O limite deve ser discurso de ódio, que, disfarçado de humor, promove violência e ódio. O resto deve ser permitido", afirma.

'Politicamente correto'
Grey, o advogado de Ward, vê problemas para a liberdade de expressão "em um mundo politicamente correto e de conformidade", e questiona o futuro da comédia.
"A questão é: poderá essa forma de arte (comédia stand-up) sobreviver se (o humorista) tiver que se perguntar, a cada vez, se alguém vai dizer que sua dignidade foi ofendida?"
Mas Fezzani, o advogado de Gabriel, observa que, no Canadá, o direito à liberdade de expressão sempre foi razoavelmente equilibrado com outros direitos, como à dignidade.
"A promoção do autodesenvolvimento individual em uma democracia verdadeira como o Canadá, onde a participação de todos é aceita e encorajada, requer o uso ocasional da lei restringindo a expressão para evitar a dor sofrida por grupos que a legislação decidiu proteger", afirma.
"Arte não significa permissão para fazer e dizer qualquer coisa. Os artistas devem ser sensíveis à natureza e ao alcance de seus comentários e não tentar se esconder atrás de um manto artístico para justificar a violação dos direitos dos outros."
A Suprema Corte deverá chegar a uma decisão nos próximos meses.

Fonte:
 

Atlante

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É mais uma questão de dignidade do que de leis. Concordo que insultos não devem ser punidos pela lei. Porém, um humorista profissional que zomba das deficiências alheias por dinheiro e atenção mostra apenas que é, na última análise, uma pessoa de pouca empatia, de caráter duvidoso, e pouco competente na profissão que escolheu. A atmosfera política de hoje favorece isso... é dinheiro fácil "lutar" contra o "politicamente correto".

E sinceramente, esse tipo de humor é aceito não por causar o riso genuíno, mas sim por se utilizar do choque barato. É quase como se ríssemos como "reconhecimento" à "coragem" do suposto humorista, e não porque realmente achamos graça. Eu em particular, já vi humor desse tipo, diante do qual era perfeitamente possível permanecer com a boca fechada. Mas ainda assim, eu ri... como se fosse esperado de mim. Isso não é humor. É alcançar a fruta no galho mais baixo.

Claro que haverá quem diga que sentir-se ofendido é "mimimi" (sim, há quem acredite nisso de verdade). Mas esses, com certeza, não tem nada que possa ser utilizado para lhes ofender de verdade.
 
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VinceVega

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Nesse caso, um dos motivos do riso é simplesmente achar graça da desgraça alheia, uma das piores características da miséria humana.

Mas uma coisa me intriga. O cara é feio, independente se natural ou doença. Então não se pode falar que ele é feio? Não defendo a piada nesse caso mas a constatação do óbvio não pode ser punida.

Como exemplo, chamar portador de síndrome de Down de "especial".
 

a r

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Acho que em um ambiente fechado, como uma casa de shows, seria possível uma comédia sem limites. Até porque quem vai no show conhece o humorista e se não gostasse da comédia dele não iria.

Agora na internet acho que a coisa muda de figura pq tudo é aberto para todos e é mais fácil de ofender alguém
 

Ryu-san

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Para mim qualquer tipo de maldade deveria ser banida do mundo

Eu não entendo como alguém se sente bem magoando diretamente uma pessoa

Se eu faço uma parada que deixa alguém minimamente desconfortável eu já me sinto culpado pra crl
 


ganondorfan

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Tem que ter o direito de fazer a piada que quiser, e tem o direito também de ser vítima de repulsa em massa e eventuais processos caso fira a dignidade de alguém em específico.

Esse negócio de calar a boca das pessoas com o Politicamente Correto é receita para dar muita m**** a longo prazo. Se você cala uma vertente, por mais inapropriada que ela seja, esta acaba por se manifestar de alguma outra forma, as vezes mais velada e mais perigosa. As pessoas precisam falar o que pensam, até porque, só assim pra termos a mínima ideia do que se passa na cabeça delas.

Outra coisa, NINGUÉM tem o direito de não ser ofendido, isso vai contra a dinâmica da comunicação.
Muito cuidado quando desejar que alguém perca alguma liberdade, seja ela qual for. Na próxima cena tem alguma filho da mãe se aproveitando da jurisprudência pra botar na bunda de geral.
 

Odin Games

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Para mim o humor tem limites sim, o limite do humor é quando o humor deixa de ser humor e vira uma ofensa ou discriminação...

Quando as pessoas não são ofendidas com as piadas e brincadeiras tudo bem, mas quando alguém deixa de fazer a piada e começa a debochar da desgraça aleia, ai não é mais humor, é ofensa mesmo...

Nesse caso ai certamente o humorista pisou feio na bola, debochou dos problemas do cara, fez o cara se sentir muito mal e pensar até em suicídio, prejudicou muito o cara, se o cara não se importasse com as piadas e aceitasse elas, tudo bem, mas elas só fizeram mal ao cara, acredito que ele tenha que correr atrás dos direitos dele sobre isso mesmo.

Eu tenho uma amiga deficiente física, ela é anã, eu brinco muito com a altura dela, e com a cor dela que tem a pele muito branca, mas ela sabe que estou brincando e aceita de boa as brincadeiras, acha engraçado, e folga em mim também, é um caso que é brincadeira mesmo, a gente mexe muito um com o outro, mas se um dia passasse dos limites com ela, coisa que nunca passei, certamente me envergonharia e pediria desculpas pela brincadeira de mau gosto.
 

tortinhas10

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É aquilo né, a piada só é engraçada quando não te ofende. O que eu vejo de comediante que fica irritado quando pega no ponto fraco dele....


Fabio Rabin é um, vive falando que o humor não tem limite, mas ficou puto com o pessoal zoando a mulher dele com câncer.

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Hoitoessinkuentayceiz

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Temos palavras diferentes para distinguir humor, comédia, zombaria e escárnio.
Justamente por que são coisas diferentes. Muita gente finge que não entende, mas é assim.
 

Darkx1

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É aquilo né, a piada só é engraçada quando não te ofende. O que eu vejo de comediante que fica irritado quando pega no ponto fraco dele....


Fabio Rabin é um, vive falando que o humor não tem limite, mas ficou puto com o pessoal zoando a mulher dele com câncer.
Qualquer um no lugar dele ficaria puto também.
 

tortinhas10

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Qualquer um no lugar dele ficaria puto também.

Mas é o que eu digo. Eles vivem falando que o humor é sem limites, inclusive zoam o câncer dos outros e tal, então na hora da zoeira contra tem que aguentar. Eu mesmo adoro uma zoeira, mas sei que a zoeira só é boa quando não é contra mim.

Eu vejo piadas engraçadas contra o world trade center, ok. Mas se tivesse um familiar meu no dia, será que eu acharia?
 
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Gulf

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Para mim o humor tem limites sim, o limite do humor é quando o humor deixa de ser humor e vira uma ofensa ou discriminação...

Quando as pessoas não são ofendidas com as piadas e brincadeiras tudo bem, mas quando alguém deixa de fazer a piada e começa a debochar da desgraça aleia, ai não é mais humor, é ofensa mesmo...

Nesse caso ai certamente o humorista pisou feio na bola, debochou dos problemas do cara, fez o cara se sentir muito mal e pensar até em suicídio, prejudicou muito o cara, se o cara não se importasse com as piadas e aceitasse elas, tudo bem, mas elas só fizeram mal ao cara, acredito que ele tenha que correr atrás dos direitos dele sobre isso mesmo.

Eu tenho uma amiga deficiente física, ela é anã, eu brinco muito com a altura dela, e com a cor dela que tem a pele muito branca, mas ela sabe que estou brincando e aceita de boa as brincadeiras, acha engraçado, e folga em mim também, é um caso que é brincadeira mesmo, a gente mexe muito um com o outro, mas se um dia passasse dos limites com ela, coisa que nunca passei, certamente me envergonharia e pediria desculpas pela brincadeira de mau gosto.
A questão é: Como saber quando a brincadeira deixa de ser engraçada e passa a ser ofensiva?

Neste exemplo de sua amiga mesmo, como tu pode sequer ter a certeza que não está no fundo, ofendendo ela? Ela pode estar "achando graça" quando você brinca apenas para não parecer inferior e talvez chegue em casa com uma angústia imensa.

Tenho por exemplo meu colega de trabalho. O cara faz piada de tudo a todo tempo e todo mundo só "ri" pq é extremamente forçado e ficam com receio de falar algo, todo mundo já está cansado disso. Mas, ele se acha o super engraçado que todo mundo gosta e continua fazendo as piadas que inclusive várias delas podem ser caracterizadas com assédio.

E ai? Até onde vai a piada?
 

tortinhas10

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A questão é: Como saber quando a brincadeira deixa de ser engraçada e passa a ser ofensiva?

Neste exemplo de sua amiga mesmo, como tu pode sequer ter a certeza que não está no fundo, ofendendo ela? Ela pode estar "achando graça" quando você brinca apenas para não parecer inferior e talvez chegue em casa com uma angústia imensa.

Tenho por exemplo meu colega de trabalho. O cara faz piada de tudo a todo tempo e todo mundo só "ri" pq é extremamente forçado e ficam com receio de falar algo, todo mundo já está cansado disso. Mas, ele se acha o super engraçado que todo mundo gosta e continua fazendo as piadas que inclusive várias delas podem ser caracterizadas com assédio.

E ai? Até onde vai a piada?
Isso aí é verdade. Muitas vezes a gente dá risada e tal, mas não significa que gostamos ou que não ficamos sentindo com a zoeira.

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nominedomine

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Maluco além de feio não tem nem senso de humor.

Temos que judicializar tudo, quero ver a Suprema Corte publicando a lista de quem pode ser zoado. Ta liberado zoar o Stephen Hawking? E a Kim Kardashian? E o menino Neymar? E o Rubinho?

Pra mim qualquer piada tinha que ser proibida porque vai inevitavelmente ofender algum arrombado.

Fora que eu sei que os mesmos filhos da put* que querem censurar os outros fazem piadinha com Jesus, com quem é gordo, com quem é baixo, com tragédias, crimes, etc.
 
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Roveredo

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A piada original nem é ofensiva, risos.

"Céline (Dion) impressed me for one thing, she sang for the Pope when she was young. There was another one that sung for the Pope, and it was Le Petit Jérémy.

I don't know if you recall the kid with a subwoofer on the head. He was sick (the good way of saying sick), you could be beside him and hear the drive-in orders from A&W it was sick (same meaning) and he was a bit less good than Céline we won't deny it, he had a voice a bit less good, but he was doing his best. I recall at the beginning everyone wanted to compare him to Céline, at the beginning I was the only one defending him, he was singing for the Pope and everyone was like "he sucks so bad, he's fucking bad he doesn't get the notes, he's doesn't know how to sing, he's bad" and I was like "Damn it, he's living a dream, he's dying and he's living a dream let him live his dream, his dream was to distort in front of the Pope and now he is making it true, let him live his dream". After that he sung for Céline in Vegas and people we're still like "he's so bad, he's can't get the notes, he's doesn't know how to sing, he's bad" and I was like "Damn it, he's dying, let him fucking live his dream damn it he's a dying child". Then he sung for the Canadians (hockey team), he scrapped the national anthem and people were still like "he's so bad, he's can't get the notes, he's doesn't know how to sing, he's bad" and I was still like "Fuck, he's dying stop insulting him he's living a dream let him live his dream" I was defending him and I didn't stop defending him.

But then, 5 years later, DAMN IT HE'S STILL NOT DEAD, HE DOESN'T DIE "Le P'tit Tabarnak" I was defending him like an idiot and he doesn't die. I defend you, you die "caliss"! Fucking heartless, he can't die, I saw him last summer at Breaumont in the water slides I tried to drown him, I wasn't able to! Can't do it, I went on the internet to see what is his sickness, do you know what he has? He's ugly "esti"!
 

JessTorvalds

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Eu comprei a opinião de um dos integrantes do Choque de Cultura, que por vezes acho divertido e as vezes não.

O limite do humor é quando o outro não gosta, não gostou não faça mais todos saem felizes.
 

Odin Games

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Neste exemplo de sua amiga mesmo, como tu pode sequer ter a certeza que não está no fundo, ofendendo ela? Ela pode estar "achando graça" quando você brinca apenas para não parecer inferior e talvez chegue em casa com uma angústia imensa.
Nosso caso a gente é amigo pessoal e já nos conhecemos a 11 anos, sabemos o nosso limite um com o outro e já conversamos muito a respeito, a gente se zoa e sabemos o que pode nos ofender e o que podemos brincar um com o outro, eu brinco um pouco com a altura dela, e brinco bastante com ela por ser muito branca, e ela me zoa por causa da minha cabeça grande, e nós zoamos muito nós mesmos com nossos problemas, e eu sei o que não posso brincar com ela, ela tem vários problemas de saúde, e também é fanha, e isso é uma coisa que não posso brincar com ela, pois sei que é a coisa que mais a incomoda, que mais ela sofreu, muito mais do que a altura dela, mas o resto a gente vive brincando um com o outro de boa, nunca tivemos problemas com isso, a gente já conversou muito sobre o bullying que sofremos na escola, e sabemos do limite que temos um com o outro :klol

No mais foi o que falei, a gente precisa saber até quando podemos brincar com alguém, podemos brincar com os problemas da pessoas, mas tem que ter um limite para que não vire uma ofensa, no meu caso com essa amiga a gente sabe bem até onde podemos brincar e temos o consentimento um do outro para brincar com isso.
 

Xenoblade

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O humor deve ter limites, como tudo na vida.

É muito conveniente reproduzir o discurso de que a imposição de certos limites ao humor implica um pretenso e perigoso cerceamento à liberdade individual de expressão quando não é você o alvo do escárnio/humilhação. Quem faz piada de mau-gosto esquece-a rápido; a pessoa objeto da piada poder carregar aquilo consigo pelo resto da vida.

Porém, como disse no começo deste post, tudo na vida precisa se deparar com certos limites e isso também vale para o politicamente correto, que muitas vezes age na forma de patrulha "moral" para silenciar qualquer coisa que supostamente vá de encontro às crenças de alguém que se identifica como o "ofendido".

Bom-senso e ponderação são o remédio para a questão.
 

Vicent Vega

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moro no ceara e vcs sabem que aki e a terra dos humorista que se vestem de mulher e ficam nesses shows de stand up perguntem quantas vezes fui num show desses nunca mano tenho a cabeça enorme se eu for pra uma porra dessas e pra ser piada pros outros uma vez num circo o palhaço me viu do picadeiro eu tava na ultima cadeira da arquibancada
o palhaço - "meu fi acabou com brinquedinho de papai ne ..."

circo todo riu mano e foda tem defeito em casa e tipo o humorista do professor aloprado


173981
eu sou tipo assim
cabeça de cuia uma lenda do piaui
 
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toad02

Lenda da internet
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É muito simples saber onde é o limite: se aquilo não é culpa da pessoa, não é legal zoar.
Pronto.
 

makeikow

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Piada que ofende os outros não é piada.
Logo, esse aí é comediante mirim, e não um comediante profissional.
 

Iraque77

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É muito simples saber onde é o limite: se aquilo não é culpa da pessoa, não é legal zoar.
Pronto.
tem que abolir 99% das piadas então,
piada de português? não pode
de papagaio? não pode
de sogra? não pode
de baixinho? não pode
de user da OS? não pode

comedia não pode ter censura, se ofende, não assiste, ponto.
se o cara é escroto, deixa que o publico dele "censure" ele não indo nos shows, simples

hipocrisia do kct nesse tópico, galera se mata de rir com videocacetada, e não pode tirar sarro do cara ali, se ferrar
 
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