Se for ficar contando cada graminha de silício de painel solar e cada quilo de fibra necessário para fazer as pás de hélices das turbinas eólicas, com o fim de e desqualifica-las como não viáveis e não adequadas ao meio ambiente, tem que contar também todas as milhares de toneladas de aço necessárias para construir plataformas de petróleo, torres e perfuração, oleodutos, caminhões tanque, navios petroleiros e demais infraestruturas de extração, refino e distribuição de petróleo e derivados; todo o custo de transporte, refino e distribuição, sem falar da própria, energia necessária para opera-las, do custo dos combustíveis para navios e veículos de transporte etc etc.
Sem contar as infinitas vezes que ocorreram vazamentos, e os custos para evitá-los e saná-los; contar o custo bélico e geopolítico envolvido com a indústria do petróleo (só o custo das guerras do Iraque, irã, Isis, alquaeda etc etc dava para forrar todo aquele monte de areia dos desertos com placas solares para gerar energia para dessalinizar água para todo mundo beber e mijar em cima).
E mesmo assim em vários lugares e oportunidades sempre surge o manjado argumento de que a adoção de carros elétricos vai causar colapso no sistema elétrico, ou pelo menos causar impacto de alto custo na geração e distribuição, sem contar no custo ambiental e todo um imenso trololó.
Os veículos à combustão não vão sumir todos de uma vez e serem automaticamente substituídos por elétricos; será uma troca gradual, muito provavelmente com utilização de híbridos no começo e a adoção de elétricos à medida que o medinho de levar choquinhos e ficar parado na estrada sem carga forem sendo desmistificados; e os receios catastrofistas de apagões generalizados virarem piada em conversa de comadres, o que infelizente demorará algumas décadas e trocas de gerações de consumidores e motoristas.
Ainda mais aqui no Brasil, terra onde, p.ex., a injeção eletrônica demorou vinte anos para tomar o lugar do carburador, se a frota brasileira de VE com bateria passar das dezenas de milhares em uns 10 anos vai ser muito...
Outra coisa é que o consumo por si só dos carros elétricos não vai secar Itaipu ou explodir a usina de angra.
Tem estudos da CPFL estimando que se a frota nacional de elétricos chegar a um milhão de carros até 2030, o que é muito otimista, o aumento da demanda de eletricidade vai ser de menos de 1%...
Sem contar que nesse tempo novas formas de geração e distribuição , como a smart- grid e geração distribuída já vão estar bem disseminadas.
Hoje por menos de R$15k já se instala kit fotovoltaico suficiente para uma casa média, preço que era mais que o dobro três ou quatro anos anos atrás, a despeito do cambio do dólar ter ficado mais caro nesse tempo.
Não é coisa para os netos, no mundo tudo isso que escrevi já está acontecendo, mas aqui no Brasil, sempre avesso ao progresso real e apegado as suas jabuticabas (que não passam de lendas para justificar privilégios para os setores amigos do rei), infelizmente vai demorar um pouco mais...