Ivo Maropo
Bam-bam-bam
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"Pensamento crítico", neste contexto específico, eu defino apenas como uma capacidade de se articular ideias. Eu nem mesmo faço distinção de lados aqui, de "esquerda" ou de "direita" (sim, eu sei que o sentido original do termo "pensamento crítico" não é bem este, mas sim o de uma refutação teórica específica do "status quo").Defina "pensamento crítico"
E defina QUEM exatamente está ou costuma estar censurando, ridicularizando e escorraçando ideias dissonantes (exemplos não faltam aqui, posso trazer muitos hein!) ?
Mas como a "raiva ao conceito", a famosa "fúria misológica", como uma vez a definiu o saudoso Merquior, se apossou de vez deste país, até mesmo articular o próprio conservadorismo já pode nos soar como uma "subversão da ordem vigente", porque ao tentarmos articular questões com maior profundidade, cada vez mais somos acusados de "PTralhas", de "adoradores do Luladrão", etc, sendo que a primeira coisa que eu disse aqui foi que a esquerda estava "falida" e "sem alternativas".
Dizer, por exemplo, que nós precisamos de "valores firmes em tempos catastróficos" não é propriamente "expor um raciocínio", pois só se está lançando mão de frases genéricas e que quotidianamente já circulam em nosso ambiente. Eu quero apenas uma linha de raciocínio que possa minimamente conectar estes pontos, com um começo, meio e fim bem delineados. Chavões políticos não são "linhas de raciocínio", é preciso um pouquinho mais que isso para que se ganhe esta classificação. Mas, já partindo para o mais específico, no "problema da violência", ambas as abordagens gerais têm a sua parcela de culpa.
A esquerda por achar que o delinquente é sempre uma "inocente vítima do Sistema", e a direita (principalmente a mais ao extremo), por achar que "bandido bom é bandido morto" (só para esclarecer, não, eu não levaria nenhum bandido para a minha casa - bandido tem que ser punido e é responsável pelos seus atos). Mas precisamos encarar o fato de que a violência e a criminalidade são "fatos estatísticos" de TODAS as sociedades desiguais. Ou seja, nos determos APENAS sobre a moralidade individual do ato também está equivocado; é perder tempo precioso.