Junior
Bam-bam-bam
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Como eu não sou de ficar procurando notícias sobre os filmes que estão pra serem lançados – a não ser que se trate de uma produção que eu aguarde muito ansiosamente –, tinha lido pouca coisa a respeito de O Gângster, e só assisti o trailer dele na semana passada. Mas, como os âncoras do filme são nada mais, nada menos do que Denzel Washington e Russel Crowe (que junto com Morgan Freeman, Johnny Deep e Tom Hanks formam o time dos atores que eu mais gosto de assistir atualmente), eu nem precisava de muitas referências pra querer assistir esse filme.
O filme fala da história (baseada em fatos reais) de Frank Lucas, um americano negro que é filho do chefão do tráfico no Harlem Bumpy Johnson, e com a morte de seu tutor, acaba assumindo os "negócios" dele. Mas o filme vai muito além de mais uma história de chefão do tráfico que suborna policiais e mata desafetos. Essa história trata de Frank Lucas como um pai de família, que dá muito valor a amizade, lealdade, família, honra, entre outras coisas. É mais ou menos como ocorre com a máfia italiana, e inclusive essa comparação é feita no filme também. Apesar de tudo isso, Lucas é um personagem frio, insensível, calculista, e que não pensa duas vezes antes de atirar em uma pessoa que ele julgue atrapalhar suas intenções. O que traça uma contradição daquelas, mas ele é exatamente isso que foi descrito agora.
Seus problemas começam quando Richie Roberts (Russel Crowe), um policial que não admite corrupção, se torna o líder de um novo departamento anti-tráfico na polícia americana, que trabalha exclusivamente para evitar que as drogas sejam entregues para os "distribuidores" da mercadoria. O legal desse filme é que ele faz todo um meio de campo, definindo bem os personagens principais, e não passa aquela sensação de que eles simplesmente foram jogados na história. O detetive Roberts também é bem explorado, seus conflitos internos, seus problemas pessoais com sua ex-exposa, tudo isso é exposto pra quem quiser entender. E a direção de Ridley Scott consegue executar isso com grande talento.
Mas, apesar da presença do Russel, esse é um filme do Denzel. E aí é garatia de que, no final do filme, sempre vai se pensar que valeu a pena ter comprado o ingresso e ter ficado 2 horas e meia na frente da telona. A atuação dele, só pra variar, é coisa que pouco se vê nos atores atuais. Ele consegue alternar entre o irmão mais velho que dá conselhos pro caçula e o traficante bandido mesmo, que mata por nada, em questão de segundos. Isso acontece em várias cenas do filme, e faz com que as sensações de quem está assistindo também se transformem numa velocidade absurda. De uma hora pra outra, saímos do sentimento de pena e passamos a odiar Frank Lucas. E dali a pouco lá estamos do lado de Lucas de novo.
Eu já tinha comentado no outro tópico, esse é o melhor filme que assisti no início desse ano. Já levou o meu selo de Filme do Mês - Edição Janeiro. E, mesmo que minha opinião a respeito do elenco principal seja suspeita, tenho certeza de que muito pouca gente aqui vá não gostar dessa produção.
Nota: 8,8.