Análise de Mortal Kombat 11

[ragecom]

Mortal Kombat 11 é um jogo de luta de 2019. Ele foi desenvolvido pela NetherRealm Studios e publicado pela Warner. Como o nome sugere, esse é o 11o jogo principal da franquia Mortal Kombat, mas curiosamente, é o primeiro jogo desde Mortal Kombat 4 que é referenciado por número, considerando que Mortal Kombat X tá escrito em romano. Como sempre, esse jogo foi dirigido por um dos criadores da série, Ed Boon. Steve Beran foi o diretor de arte, mesma função que ele exerceu em Mortal Kombat: Shaolin Monks, Armageddon, e que viria a desempenhar em Mortal Kombat One. Na produção, Graeme Bayless é o nome que mais chama a atenção. Esse cara já tá na indústria tem muito tempo - o primeiro trabalho creditado dele foi como desenvolvedor de Stellar Crusade pra Atari ST, e isso foi em 1988, mas ele acabou se especializando em produção: Splatterhouse 2010 e Injustice 2 são dois exemplos de jogos que ele produziu também. É estranho um jogo de 2019 ter sido criado com a Unreal Engine 3. A 4 já existia há um bom tempo... Mortal Kombat 11 é lindo visualmente falando, e talvez a NetherRealm já tivesse customizado tanto a engine com Mortal Kombat X, que resolveram continuar usando. Ainda assim eu fui confirmar essa informação, e de fato, de acordo com matéria da Hardcore Gamer, foi a Unreal Engine 3 mesmo. Mortal Kombat 11 saiu pra muitas plataformas, mas originalmente pra PS4 e XBox One. No ano seguinte, o jogo sairia pra geração posterior: PS5 e XBox Series X. O jogo foi anunciado pelo próprio Ed Boon na TGA 2018.

Mortal Kombat 11 se passa após os acontecimentos de Mortal Kombat X. Depois da derrota de Shinnok, Raiden acaba ficando com o poderoso amuleto dele. Só que o amuleto corrompe a personalidade de Raiden, além de deixar ele, que já é um ser estupidamente forte, praticamente imbatível. Raiden sempre foi o defensor do Earthrealm, mas agora, como Dark Raiden, ele é muito mais linha dura, e no lugar de ficar esperando o próximo ataque do Netherrealm ou do Outworld, ele resolve atacar primeiro pra destruir os inimigos potenciais do Earthrealm. Então, ele lidera uma invasão ao Netherrealm junto com as Special Forces, surpreendendo o Liu Kang e Kitana zumbis. Sonya morre no processo, mas o exército do Netherrealm foi praticamente aniquilado, eliminando essa ameaça. Então... Dark Raiden é poderoso demais. Isso introduz a antagonista desse jogo: Kronika, que é uma deusa do tempo. Por causa desse desbalanceio todo entre os mundos de Mortal Kombat, Kronika revive personagens do passado, inclusive Shao Kahn, de forma a favorecer acontecimentos que reestabeleçam o balanceio de forças, ou seja, sejam capazes de derrotar o Earthrealm. Sektor, por exemplo, retorna pra dar continuidade na transformação dos ninjas da Lin Kuei em ciborgues. Esse movimento de Kronika acaba trazendo personagens jovens convivendo com os do tempo do jogo. Dois Kanos, dois Johnny Cages... Cara, é uma bagunça do cacete, mas eu achei ótimo. Se liga, eu não curti a campanha de Mortal Kombat X porque eu achei ela curta demais. Mortal Kombat 11 resolveu isso com um enredo muito mais elaborado, mas observe: eu não tô dizendo que o enredo é bom. Eu não acho nenhum enredo de nenhum Mortal Kombat bom pra começo de conversa. Mas a história em Mortal Kombat 11 foi bem trabalhada o suficiente pra sustentar uma campanha maneira de jogar. Dominic Cianciolo foi o escritor principal. Ele já tinha trabalhado como diretor cinematográfico em Mortal Kombat vs. DC Universe e Injustice 1 e 2.