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Arcade retro- review: 15 anos de Michael Jackson’s Moonwalker, da Sega
A Sega no fim dos anos 80 dominava o reino dos jogos eletrônicos e simuladores de fliperama. Michael Jackson também estava com a corda toda vendendo milhões de cópias do seu último disco, intitulado Bad. Era considerado pela mídia pop como um mega astro. A aliança desses dois monstros do entretenimento de massas culminou no surgimento de um jogo que foi lançado simultaneamente para os fliperamas e para o console Gênesis Mega Drive: Michael Jackson’s Moonwalker. Esse título agradou uma boa parte dos fãs do cantor, além dos jogadores ávidos por novidades.
Hoje em dia soa meio como uma piada lançar um jogo carregado com o nome de um astro da música. Ainda mais quando se trata do poço de escândalos que se tornou Michael Jackson, de uns anos pra cá. O máximo que poderia acontecer é incluírem as faixas de maior sucesso de determinada banda dentro de um game. Mas naquela época, com Moonwalker, Michael teve o privilégio de acompanhar passo a passo a feitura do jogo que leva o seu nome, participando do conceito e do design do game, além de contar com o merchandising do logotipo do filme Moonwalker. Assim, as massas poderiam conhecer e assistir também o filme, lançado em 1989. Esse musical lançado para os cinemas foi um enorme fiasco de bilheteria. O jogo demonstra claramente a popularidade e o poder que o nome Michael Jackson tinha sobre a mídia de massas.
A placa do game era devidamente colocada numa opulenta caixa arcade toda estilizada. Não tinha como não chamar a atenção de quem passasse por perto. O sound engine era outro show a parte, tocando em alto e bom som as músicas que, naquela época, faziam muito sucesso, como Bad, Billie Jean e Beat It, e outras menos conhecidas como Smooth Criminal e Another Part of Me. Essas músicas são as mesmas tocadas na versão lançada para Mega Drive. A principal diferença presente nas duas versões está na concepção e perspectiva de jogo. Enquanto na versão arcade o jogo é do tipo tridimensional, na versão caseira o jogo é apenas plataforma.
Vamos aos principais departamentos do game.
Nome do arcade original: Michael Jackson’s Moonwalker
Fabricante: Sega
Ano de lançamento: 1990
Tamanho: 32 megas de memória
O jogo.
Moonwalker divide- se apenas em cinco fases, cada uma contendo uma subfase onde Michael encontra um chefe. Os ambientes são variados, como cavernas, estacionamentos e interior de construções, e a concepção do jogo é sempre em perspectiva tridimensional, como aparecem nas fotos. Os inimigos podem aparecer de todas as partes da tela, mas atacam de modo previsível. O jogo portanto não é difícil, basta um pouco de prática para se acostumar aos comandos e memorizar os inimigos quando eles aparecem. No meio do caminho, o jogador poderá resgatar crianças que estão coagidas em determinados pontos. Basta encostar nelas para que Michael ganhe pontos, magias ou mais energia.
Dificuldade
O jogo não é difícil. A maioria dos inimigos ataca de modo previsível, só precisando tomar um pouco mais de cuidado com os chefes. Mesmo o Mr. Big, o último chefe do game, pode ser derrotado com um pouco de treino e atenção em seus movimentos.
Jogabilidade.
É muito simples controlar os movimentos de Michael sobre a tela. São dois botões disponíveis, um deles faz Michael soltar um raio para afastar temporariamente seus inimigos. E o outro botão faz Michael dançar, literalmente, acompanhado de alguns de seus maiores sucessos. Parece piada? Experimente jogar no Mame e veja com seus próprios olhos... com essa dança acompanhada de belos efeitos visuais, ele pulveriza todos os seus oponentes. Além disso, ele pode se transformar em um robô em determinadas partes do game. Com isso, seu poder de fogo aumenta consideravelmente.
Gráficos.
Particularmente eu gostei muito do trabalho artístico do jogo. Os desenhos gráficos são interessantes, possuem muito brilho e bastante variação de cor (o jogo utiliza uma paleta de 4096 cores). Concluindo: o jogo é visualmente bonito e caprichado.
Som.
Outro quesito que chama bastante atenção. Não posso deixar de comentar que me decepcionei com uma coisa: achava que as músicas Bad, Billie Jean e Beat It da versão arcade eram todas cantadas. Não são. As melodias de fundo são todas instrumentais, como as que estão disponíveis na versão para Mega Drive. Não mudou quase nada. Pelo menos essas melodias são muito boas. Outro ponto negativo fica para a inclusão daqueles irritantes gritinhos que o Michael dá quando ele dança ou quando passamos para a próxima fase: aquilo é difícil de engolir...
Bom, pelo menos o jogo toca bem os sucessos já mencionados acima, que fizeram a cabeça da moçada nos anos 80. Os efeitos sonoros, como explosões e golpes, assim como as vozes sintetizadas do jogo, são decentes.
Prós e contras do game.
Prós:
- bons gráficos, o jogo tem um belo visual;
- boa trilha sonora;
- concepção do jogo criativa e original;
- fator diversão;
- possibilidade de até três jogadores participarem simultaneamente do game.
Contras:
- o jogo é muito curto e previsível;
- poderia ter algum “bônus stage”;
- os gritinhos do Michael.
Conclusão.
Michael Jackson’s Moonwalker foi um daqueles arcades diferentes e interessantes, com muita bagagem comercial e merchandising para promover o filme, possuía uma certa qualidade em alguns de seus departamentos e aproveitou- se do popular nome Michael Jackson para atrair o grande público. Para quem quer conhecer um game da Sega diferente, divertido e engraçado, Moonwalker pode ser uma opção.
Espero que tenham gostado do tópico. Até mais. :D
A Sega no fim dos anos 80 dominava o reino dos jogos eletrônicos e simuladores de fliperama. Michael Jackson também estava com a corda toda vendendo milhões de cópias do seu último disco, intitulado Bad. Era considerado pela mídia pop como um mega astro. A aliança desses dois monstros do entretenimento de massas culminou no surgimento de um jogo que foi lançado simultaneamente para os fliperamas e para o console Gênesis Mega Drive: Michael Jackson’s Moonwalker. Esse título agradou uma boa parte dos fãs do cantor, além dos jogadores ávidos por novidades.
Hoje em dia soa meio como uma piada lançar um jogo carregado com o nome de um astro da música. Ainda mais quando se trata do poço de escândalos que se tornou Michael Jackson, de uns anos pra cá. O máximo que poderia acontecer é incluírem as faixas de maior sucesso de determinada banda dentro de um game. Mas naquela época, com Moonwalker, Michael teve o privilégio de acompanhar passo a passo a feitura do jogo que leva o seu nome, participando do conceito e do design do game, além de contar com o merchandising do logotipo do filme Moonwalker. Assim, as massas poderiam conhecer e assistir também o filme, lançado em 1989. Esse musical lançado para os cinemas foi um enorme fiasco de bilheteria. O jogo demonstra claramente a popularidade e o poder que o nome Michael Jackson tinha sobre a mídia de massas.
A placa do game era devidamente colocada numa opulenta caixa arcade toda estilizada. Não tinha como não chamar a atenção de quem passasse por perto. O sound engine era outro show a parte, tocando em alto e bom som as músicas que, naquela época, faziam muito sucesso, como Bad, Billie Jean e Beat It, e outras menos conhecidas como Smooth Criminal e Another Part of Me. Essas músicas são as mesmas tocadas na versão lançada para Mega Drive. A principal diferença presente nas duas versões está na concepção e perspectiva de jogo. Enquanto na versão arcade o jogo é do tipo tridimensional, na versão caseira o jogo é apenas plataforma.
Vamos aos principais departamentos do game.
Nome do arcade original: Michael Jackson’s Moonwalker
Fabricante: Sega
Ano de lançamento: 1990
Tamanho: 32 megas de memória
O jogo.
Moonwalker divide- se apenas em cinco fases, cada uma contendo uma subfase onde Michael encontra um chefe. Os ambientes são variados, como cavernas, estacionamentos e interior de construções, e a concepção do jogo é sempre em perspectiva tridimensional, como aparecem nas fotos. Os inimigos podem aparecer de todas as partes da tela, mas atacam de modo previsível. O jogo portanto não é difícil, basta um pouco de prática para se acostumar aos comandos e memorizar os inimigos quando eles aparecem. No meio do caminho, o jogador poderá resgatar crianças que estão coagidas em determinados pontos. Basta encostar nelas para que Michael ganhe pontos, magias ou mais energia.
Dificuldade
O jogo não é difícil. A maioria dos inimigos ataca de modo previsível, só precisando tomar um pouco mais de cuidado com os chefes. Mesmo o Mr. Big, o último chefe do game, pode ser derrotado com um pouco de treino e atenção em seus movimentos.
Jogabilidade.
É muito simples controlar os movimentos de Michael sobre a tela. São dois botões disponíveis, um deles faz Michael soltar um raio para afastar temporariamente seus inimigos. E o outro botão faz Michael dançar, literalmente, acompanhado de alguns de seus maiores sucessos. Parece piada? Experimente jogar no Mame e veja com seus próprios olhos... com essa dança acompanhada de belos efeitos visuais, ele pulveriza todos os seus oponentes. Além disso, ele pode se transformar em um robô em determinadas partes do game. Com isso, seu poder de fogo aumenta consideravelmente.
Gráficos.
Particularmente eu gostei muito do trabalho artístico do jogo. Os desenhos gráficos são interessantes, possuem muito brilho e bastante variação de cor (o jogo utiliza uma paleta de 4096 cores). Concluindo: o jogo é visualmente bonito e caprichado.
Som.
Outro quesito que chama bastante atenção. Não posso deixar de comentar que me decepcionei com uma coisa: achava que as músicas Bad, Billie Jean e Beat It da versão arcade eram todas cantadas. Não são. As melodias de fundo são todas instrumentais, como as que estão disponíveis na versão para Mega Drive. Não mudou quase nada. Pelo menos essas melodias são muito boas. Outro ponto negativo fica para a inclusão daqueles irritantes gritinhos que o Michael dá quando ele dança ou quando passamos para a próxima fase: aquilo é difícil de engolir...
Bom, pelo menos o jogo toca bem os sucessos já mencionados acima, que fizeram a cabeça da moçada nos anos 80. Os efeitos sonoros, como explosões e golpes, assim como as vozes sintetizadas do jogo, são decentes.
Prós e contras do game.
Prós:
- bons gráficos, o jogo tem um belo visual;
- boa trilha sonora;
- concepção do jogo criativa e original;
- fator diversão;
- possibilidade de até três jogadores participarem simultaneamente do game.
Contras:
- o jogo é muito curto e previsível;
- poderia ter algum “bônus stage”;
- os gritinhos do Michael.
Conclusão.
Michael Jackson’s Moonwalker foi um daqueles arcades diferentes e interessantes, com muita bagagem comercial e merchandising para promover o filme, possuía uma certa qualidade em alguns de seus departamentos e aproveitou- se do popular nome Michael Jackson para atrair o grande público. Para quem quer conhecer um game da Sega diferente, divertido e engraçado, Moonwalker pode ser uma opção.
Espero que tenham gostado do tópico. Até mais. :D