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Tópico oficial AstrônomOS / FisicuzinhOS | 1a foto de um buraco negro p.35 | Mãe, no céu tem VY Canis Majoris? E morreu p.62 | Fotos TESUDAS James Webb p.63, 64...

Qual o teu nível de conhecimento sobre astronomia?


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MobiusRJ

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Parece muito interessante.

Pena que não tenho PC aqui que aguente rodar isso.

Recomenda algum do gênero que seja mais antigo, consequentemente mais leve pra rodar?
Pior q não. Só conheço esse @The_Merovigian

Uma pena pois esse game é coisa de louco! Ja visitei sistemas q nunca ouvi falar, catei o nome da estrela no google e ela tava la, EXISTE! Vi um cara em outro forum postar fotos da viagem dele ate o centro da galaxia, o cara fotografou diversos planetas e estrelas, inclusive a VY Canis Majoris (Maior estrela conhecida pelo o ser humano).

Tem certeza q o seu PC é tão ruim assim? Pq acho esse jogo bem leve até!

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Gulf

F1 King
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Pior q não. Só conheço esse @The_Merovigian

Uma pena pois esse game é coisa de louco! Ja visitei sistemas q nunca ouvi falar, catei o nome da estrela no google e ela tava la, EXISTE! Vi um cara em outro forum postar fotos da viagem dele ate o centro da galaxia, o cara fotografou diversos planetas e estrelas, inclusive a VY Canis Majoris (Maior estrela conhecida pelo o ser humano).

Tem certeza q o seu PC é tão ruim assim? Pq acho esse jogo bem leve até!

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Não joguei nenhum dos dois mas, não entendo esse frenesi todo pra cima do No Mans Sky vendo esse Elite Dangerous.
Existe muita diferença entre ambos?
 

Ayoshi

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Não joguei nenhum dos dois mas, não entendo esse frenesi todo pra cima do No Mans Sky vendo esse Elite Dangerous.
Existe muita diferença entre ambos?
Sim, pessoal do ps4 nunca teve um jogo do tipo e por ser algo mais apelativo pro casual acabou ficando overhyped.
NMS é mais focado na exploração da superficie de planetas e survival/craft do que do espaço em si, sem contar que o port pro PC ficou uma aberração consolizada...se quer viver no espaço, vá de Elite.
NMS tem um universo ficticio que foi estilizado para diminuir o tempo de viagem entre planetas e luas e para aumentar o impacto visual(suas distancias são muito próximas), já no Elite o universo se baseia no real e logo as leis da física seguem o mesmo, você pode acabar gastando 5min para ir de um planeta para outro dentro do mesmo sistema. Ambos usam sistemas FTL(faster than light) para locomoção.
rbugKls.jpg
 

MobiusRJ

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Não joguei nenhum dos dois mas, não entendo esse frenesi todo pra cima do No Mans Sky vendo esse Elite Dangerous.
Existe muita diferença entre ambos?
Como o amigo acima falou, são jogos bem diferentes e com intenções diferentes.


Quem curte astronomia, elite dangerous eh o jogo

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Tilak

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no Elite o universo se baseia no real e logo as leis da física seguem o mesmo, você pode acabar gastando 5min para ir de um planeta para outro dentro do mesmo sistema. Ambos usam sistemas FTL(faster than light) para locomoção.
rbugKls.jpg
:kpensa
Tá mal explicado isso ae....
...Quem viaja na velocidade da luz, fica congelado no tempo, ele se move instantaneamente cruzando o universo ou um sistema solar...

Esse site aqui, brinca um pouco com as contas da relatividade, pra te dar uma idéia...
https://einstein.stanford.edu/content/relativity/q917.html
 

Ayoshi

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:kpensa
Tá mal explicado isso ae....
...Quem viaja na velocidade da luz, fica congelado no tempo, ele se move instantaneamente cruzando o universo ou um sistema solar...

Esse site aqui, brinca um pouco com as contas da relatividade, pra te dar uma idéia...
https://einstein.stanford.edu/content/relativity/q917.html

Não sei qual sistema usam no NMS, pois joguei uns 30min e pedi reembolso :ksafado
Mas no Elite se baseiam no Alcubierre Drive que automaticamente elimina os problemas relacionados à dilatação temporal.
 


Ayoshi

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Como o amigo acima falou, são jogos bem diferentes e com intenções diferentes.
Quem curte astronomia, elite dangerous eh o jogo
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Para quem quiser realmente explorar do que jogar tem o Space Engine e para quem quiser brincar com o universo tem o Universe Sandbox. Para quem tem um PC capaz realmente não faltam ferramentas.


 

albanibr

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Essa materia mudou totalmente a forma que vejo os outros planetas...Urano é o diferentão!
Os muitos mistérios de Urano
Por Jessica Nunes -
fev 4, 2016
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Artigo traduzido de The Atlantic. Autor: David Moscato.

O melhor planeta em nosso Sistema Solar não é, como Adrienne LaFrance reivindicou há vários meses, Júpiter. Nem é Saturno, como Ross Andersen argumentou em uma refutação no mês passado. Eu ensinei ciência a vida toda, o que significa que faz muito tempo que não permito que uma desinformação passe batida – e depois de ler esses artigos, eu sabia que tinha de intervir antes de qualquer dano intelectual fosse feito.

O melhor planeta é Urano – Urano, o bizarro. Urano, o único. Saturno pode ser chamativo e bonito, e Júpiter pode ser enorme e dramático, mas eles não chegam aos pés de Urano. Enquanto todos os outros planetas giram como piões em torno do Sol, Urano está lado a lado com ele. Não é o planeta mais distante do Sol, mas consegue ser o mais frio. Seu campo magnético está longe de onde deveria estar, e sua macabra atmosfera azul-esverdeada parece alternar entre a estagnação maçante e surtos de atividade.

Até mesmo seu nome é incomum. Urano é o único planeta com um nome derivado de uma divindade grega, em vez de romana. É uma homenagem ao deus grego Urano – quem, vale a pena observar, é o pai de Cronos (Saturno) e o avô de Zeus (Júpiter).

Na verdade, Urano foi rompendo os padrões enquanto nós o conhecíamos. Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno são facilmente visíveis a olho nu; os seres humanos olhado para esses planetas por milênios, mas Urano foi o primeiro planeta descoberto pela astronomia moderna. Ele está tão longe, e seu movimento é tão lento, que originalmente pensava-se ser uma estrela, até Sir William Herschel revelar sua natureza planetária em 1781. Menos de uma década mais tarde, recebeu um elemento químico xará: urânio, descoberto em 1789 (enquanto isso, Netuno e Plutão não entraram na tabela periódica por mais de 150 anos).

Quanto mais os astrônomos estudavam este novo planeta, mais claro ficava sua estranheza. Considere as estações do ano em um mundo virado de lado: o verão em Urano dura duas décadas de luz solar ininterruptas, e o inverno é uma quantidade igual de tempo na escuridão total, de frente para o vazio e frio do espaço distante. Dia e noite só existem durante primavera e outono, onde o ciclo leva 17 horas. Alguns sugeriram que o planeta ficou torto por um cabo-de-guerra gravitacional com uma grande lua que já se perdeu; outros propuseram que era o resultado de uma colisão com um objeto massivo (muito maior do que a terra), até mesmo múltiplas colisões.

Esta inclinação estranha é apenas um na lista dos mistérios de Urano, uma lista que inclui também sua temperatura. Enquanto os outros planetas gasosos ainda estão lentamente irradiando o calor de sua formação, Urano gera quase nenhum calor interno. Ninguém sabe ao certo o porquê, mas essa falta de calor pode ser a causa subjacente das temperaturas atmosféricas extremas do planeta: camadas de nuvens mais profundas chegam a -217°C, mais frio do que qualquer outro planeta do Sistema Solar, e ainda assim, as camadas ultraperiféricas chegam a mais de 260°C, temperatura muito maior do que qualquer outro gigante gasoso.

Como Júpiter e Saturno, a atmosfera de Urano é cheia de hidrogênio e hélio, mas ao contrário de seus primos maiores, Urano também tem uma abundância de metano, amônia, água e sulfeto de hidrogênio. O gás metano absorve a luz na extremidade do espectro vermelho, dando a Urano sua cor azul-esverdeada. Se você voasse através das camadas da atmosfera, as nuvens que o rodeiam ficariam mais e mais densas, mais e mais frias, mais e mais azuis conforme os gases absorvem mais do espectro visível. E bem abaixo da atmosfera você pode encontrar a resposta para mais um dos grandes enigmas de Urano: seu campo magnético rebelde está inclinado 60° do seu eixo de rotação, muito mais forte em um dos polos do que no outro, e alguns milhares de quilômetros fora do centro. Alguns astrônomos acreditam que o campo magnético irregular pode ser o resultado de vastos oceanos de líquidos iônicos escondidos sob as nuvens esverdeadas, cheios de água, amônia, e até mesmo diamantes derretidos.

Talvez Urano não fosse tão misterioso se mais sondas parassem por lá – enquanto Marte, Júpiter e Saturno parecem receber um fluxo constante de alta tecnologia da Terra, Urano só foi visitado uma vez. Em 1986, a Voyager 2 foi rumo ao espaço profundo. Foi a primeira – e até agora a única missão – que obteve uma visão de perto de Urano, e o que a sonda viu, à primeira vista, foi decepcionante. A Voyager 2 observou pouca atividade atmosférica e algumas formações de nuvens. Por um momento, as nuvens geladas pareciam pouco interessantes. Mas já se passaram 30 anos desde que a Voyager 2 fez sua visita, e estamos mais sábios agora.

Quando a Voyager visitou Urano, ele estava quase em seu solstício – o Polo Sul estava virado quase diretamente para o Sol, e seu Polo Norte estava para o outro lado. Mas à medida que Urano continuou sua órbita lenta, as estações mudaram, e o hemisfério norte voltou lentamente para a luz. Em 2007, Urano alcançou seu equinócio, o momento em que o Equador está virado para a sol e os hemisférios recebem a mesma luz solar. De acordo com Imke de Pater, professor de astronomia da Universidade de, Berkeley, na Califórnia, as observações anteriores de Urano “não parecia em nada com o que vimos durante o equinócio”. Ao longo dos últimos anos, os astrônomos têm testemunhado ventos que sopram centenas de quilômetros por hora, sistemas de tempestades enormes que persistem por horas ou por anos, nuvens luminosas que viajam todo o planeta, e tempestades semelhantes à famosa versão Netuniana.

As viagens de Urano em torno do Sol demoram um pouco mais de oito décadas, mas ele não viaja sozinho. Ele é acompanhado por 27 luas conhecidas e 13 anéis conhecidos, completamente tão bizarros quanto o próprio planeta. Os anéis de Urano não são feitos de gelo brilhante como os de Saturno – feitos principalmente de rochas e poeira, e tão escuros que podem ser difíceis de detectar (mesmo a Voyager 2 não percebeu dois anéis ultraperiféricos de Urano). Mas quando os anéis de Saturno se dissiparem, como os astrônomos suspeitam que acontecerá daqui milhões de anos, os anéis ficarão surpreendentemente estáveis e permanecerão por muito tempo no futuro. Um parece ser feito inteiramente de poeira derrubada pela lua Mab sendo impactada por asteroides; outro anel empoeirado parece ter desaparecido em algum momento nas últimas décadas, enquanto outros apareceram em outros lugares; e talvez o mais incrível, um dos anéis “respira”, expandindo e contraindo por cinco quilômetros, uma vez a cada várias horas. De acordo com Mark Showalter, do Instituto SETI, estes anéis são “totalmente diferentes de tudo que já vimos”.

E também há as luas, que, como o próprio Urano, têm nomes incomuns – a maioria das luas do nosso Sistema Solar herdaram seus nomes da mitologia grega, mas os nomes das luas de Urano vêm da literatura inglesa. Há Umbriel, estranhamente escura, exceto por uma misteriosa faixa brilhante; Oberon, coberta de crateras e uma enorme montanha; Miranda, marcada por rachaduras e fissuras tão extremas que põem o Grand Canyon no chinelo; e mais duas dúzias de luas.

Ao descrever o movimento das luas de Urano, Showalter usa palavras como “aleatório” e “instável”. As luas estão constantemente empurrando e puxando as outras gravitacionalmente, o que torna suas órbitas a longo prazo imprevisíveis, e ao longo de milhões de anos, algumas irão colidir com as outras. De fato, pelo menos um dos anéis de Urano pode ser o resultado de uma dessas colisões.


Uma imagem do Telescópio Espacial Hubble de Urano e seus anéis. (NASA)


Aprendendo o suficiente, é impossível não ficar encantado com a bela dança caótica do sistema de anéis e luas de Urano. Escondidas entre esses movimentos estranhos, podem estar as chaves para a compreensão das interações gravitacionais incomuns de corpos em todo o cosmos.

Então por que não dar uma olhada?

Os astrônomos pensam em enviar uma sonda a Urano, mas há complicações. Por um lado, Urano está incrivelmente longe, quase 3 bilhões de quilômetros da Terra. Além disso, Urano é difícil de prever. Nós não sabemos o que esperar das temperaturas inconstantes da atmosfera superior do planeta, e por mais que o movimento caótico das luas seja muito lento para ameaçar uma nave espacial, há razão para suspeitar que ainda não descobrimos todas as luas e detritos orbitando o planeta.

“O que eu realmente gostaria de fazer”, diz Glenn Orton do Jet Propulsion Laboratory da NASA, “é colocar uma sonda na atmosfera”. Lá, os astrônomos podem ser capazes de começar a desvendar alguns dos enigmas mais duradouros de Urano: a estrutura profunda de sua atmosfera, a causa de seu campo magnético incomum e, talvez, a razão para suas temperaturas internas frias.

Até então, só podemos olhar para o planeta por quase 3 bilhões de quilômetros de espaço, adivinhando seus segredos. As melhores perguntas da ciência são aquelas não respondidas sobre o melhor planeta do Sistema Solar, o sétimo a partir do Sol, envolto em metano e mistério.
 

Tilak

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Tem live stream da JUNO com dados de jupiter... agora no youtube
 

lucord80

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Os muitos mistérios de Urano
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Artigo traduzido de The Atlantic. Autor: David Moscato.

O melhor planeta em nosso Sistema Solar não é, como Adrienne LaFrance reivindicou há vários meses, Júpiter. Nem é Saturno, como Ross Andersen argumentou em uma refutação no mês passado. Eu ensinei ciência a vida toda, o que significa que faz muito tempo que não permito que uma desinformação passe batida – e depois de ler esses artigos, eu sabia que tinha de intervir antes de qualquer dano intelectual fosse feito.

O melhor planeta é Urano – Urano, o bizarro. Urano, o único. Saturno pode ser chamativo e bonito, e Júpiter pode ser enorme e dramático, mas eles não chegam aos pés de Urano. Enquanto todos os outros planetas giram como piões em torno do Sol, Urano está lado a lado com ele. Não é o planeta mais distante do Sol, mas consegue ser o mais frio. Seu campo magnético está longe de onde deveria estar, e sua macabra atmosfera azul-esverdeada parece alternar entre a estagnação maçante e surtos de atividade.

Até mesmo seu nome é incomum. Urano é o único planeta com um nome derivado de uma divindade grega, em vez de romana. É uma homenagem ao deus grego Urano – quem, vale a pena observar, é o pai de Cronos (Saturno) e o avô de Zeus (Júpiter).

Na verdade, Urano foi rompendo os padrões enquanto nós o conhecíamos. Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno são facilmente visíveis a olho nu; os seres humanos olhado para esses planetas por milênios, mas Urano foi o primeiro planeta descoberto pela astronomia moderna. Ele está tão longe, e seu movimento é tão lento, que originalmente pensava-se ser uma estrela, até Sir William Herschel revelar sua natureza planetária em 1781. Menos de uma década mais tarde, recebeu um elemento químico xará: urânio, descoberto em 1789 (enquanto isso, Netuno e Plutão não entraram na tabela periódica por mais de 150 anos).

Quanto mais os astrônomos estudavam este novo planeta, mais claro ficava sua estranheza. Considere as estações do ano em um mundo virado de lado: o verão em Urano dura duas décadas de luz solar ininterruptas, e o inverno é uma quantidade igual de tempo na escuridão total, de frente para o vazio e frio do espaço distante. Dia e noite só existem durante primavera e outono, onde o ciclo leva 17 horas. Alguns sugeriram que o planeta ficou torto por um cabo-de-guerra gravitacional com uma grande lua que já se perdeu; outros propuseram que era o resultado de uma colisão com um objeto massivo (muito maior do que a terra), até mesmo múltiplas colisões.

Esta inclinação estranha é apenas um na lista dos mistérios de Urano, uma lista que inclui também sua temperatura. Enquanto os outros planetas gasosos ainda estão lentamente irradiando o calor de sua formação, Urano gera quase nenhum calor interno. Ninguém sabe ao certo o porquê, mas essa falta de calor pode ser a causa subjacente das temperaturas atmosféricas extremas do planeta: camadas de nuvens mais profundas chegam a -217°C, mais frio do que qualquer outro planeta do Sistema Solar, e ainda assim, as camadas ultraperiféricas chegam a mais de 260°C, temperatura muito maior do que qualquer outro gigante gasoso.

Como Júpiter e Saturno, a atmosfera de Urano é cheia de hidrogênio e hélio, mas ao contrário de seus primos maiores, Urano também tem uma abundância de metano, amônia, água e sulfeto de hidrogênio. O gás metano absorve a luz na extremidade do espectro vermelho, dando a Urano sua cor azul-esverdeada. Se você voasse através das camadas da atmosfera, as nuvens que o rodeiam ficariam mais e mais densas, mais e mais frias, mais e mais azuis conforme os gases absorvem mais do espectro visível. E bem abaixo da atmosfera você pode encontrar a resposta para mais um dos grandes enigmas de Urano: seu campo magnético rebelde está inclinado 60° do seu eixo de rotação, muito mais forte em um dos polos do que no outro, e alguns milhares de quilômetros fora do centro. Alguns astrônomos acreditam que o campo magnético irregular pode ser o resultado de vastos oceanos de líquidos iônicos escondidos sob as nuvens esverdeadas, cheios de água, amônia, e até mesmo diamantes derretidos.

Talvez Urano não fosse tão misterioso se mais sondas parassem por lá – enquanto Marte, Júpiter e Saturno parecem receber um fluxo constante de alta tecnologia da Terra, Urano só foi visitado uma vez. Em 1986, a Voyager 2 foi rumo ao espaço profundo. Foi a primeira – e até agora a única missão – que obteve uma visão de perto de Urano, e o que a sonda viu, à primeira vista, foi decepcionante. A Voyager 2 observou pouca atividade atmosférica e algumas formações de nuvens. Por um momento, as nuvens geladas pareciam pouco interessantes. Mas já se passaram 30 anos desde que a Voyager 2 fez sua visita, e estamos mais sábios agora.

Quando a Voyager visitou Urano, ele estava quase em seu solstício – o Polo Sul estava virado quase diretamente para o Sol, e seu Polo Norte estava para o outro lado. Mas à medida que Urano continuou sua órbita lenta, as estações mudaram, e o hemisfério norte voltou lentamente para a luz. Em 2007, Urano alcançou seu equinócio, o momento em que o Equador está virado para a sol e os hemisférios recebem a mesma luz solar. De acordo com Imke de Pater, professor de astronomia da Universidade de, Berkeley, na Califórnia, as observações anteriores de Urano “não parecia em nada com o que vimos durante o equinócio”. Ao longo dos últimos anos, os astrônomos têm testemunhado ventos que sopram centenas de quilômetros por hora, sistemas de tempestades enormes que persistem por horas ou por anos, nuvens luminosas que viajam todo o planeta, e tempestades semelhantes à famosa versão Netuniana.

As viagens de Urano em torno do Sol demoram um pouco mais de oito décadas, mas ele não viaja sozinho. Ele é acompanhado por 27 luas conhecidas e 13 anéis conhecidos, completamente tão bizarros quanto o próprio planeta. Os anéis de Urano não são feitos de gelo brilhante como os de Saturno – feitos principalmente de rochas e poeira, e tão escuros que podem ser difíceis de detectar (mesmo a Voyager 2 não percebeu dois anéis ultraperiféricos de Urano). Mas quando os anéis de Saturno se dissiparem, como os astrônomos suspeitam que acontecerá daqui milhões de anos, os anéis ficarão surpreendentemente estáveis e permanecerão por muito tempo no futuro. Um parece ser feito inteiramente de poeira derrubada pela lua Mab sendo impactada por asteroides; outro anel empoeirado parece ter desaparecido em algum momento nas últimas décadas, enquanto outros apareceram em outros lugares; e talvez o mais incrível, um dos anéis “respira”, expandindo e contraindo por cinco quilômetros, uma vez a cada várias horas. De acordo com Mark Showalter, do Instituto SETI, estes anéis são “totalmente diferentes de tudo que já vimos”.

E também há as luas, que, como o próprio Urano, têm nomes incomuns – a maioria das luas do nosso Sistema Solar herdaram seus nomes da mitologia grega, mas os nomes das luas de Urano vêm da literatura inglesa. Há Umbriel, estranhamente escura, exceto por uma misteriosa faixa brilhante; Oberon, coberta de crateras e uma enorme montanha; Miranda, marcada por rachaduras e fissuras tão extremas que põem o Grand Canyon no chinelo; e mais duas dúzias de luas.

Ao descrever o movimento das luas de Urano, Showalter usa palavras como “aleatório” e “instável”. As luas estão constantemente empurrando e puxando as outras gravitacionalmente, o que torna suas órbitas a longo prazo imprevisíveis, e ao longo de milhões de anos, algumas irão colidir com as outras. De fato, pelo menos um dos anéis de Urano pode ser o resultado de uma dessas colisões.


Uma imagem do Telescópio Espacial Hubble de Urano e seus anéis. (NASA)


Aprendendo o suficiente, é impossível não ficar encantado com a bela dança caótica do sistema de anéis e luas de Urano. Escondidas entre esses movimentos estranhos, podem estar as chaves para a compreensão das interações gravitacionais incomuns de corpos em todo o cosmos.

Então por que não dar uma olhada?

Os astrônomos pensam em enviar uma sonda a Urano, mas há complicações. Por um lado, Urano está incrivelmente longe, quase 3 bilhões de quilômetros da Terra. Além disso, Urano é difícil de prever. Nós não sabemos o que esperar das temperaturas inconstantes da atmosfera superior do planeta, e por mais que o movimento caótico das luas seja muito lento para ameaçar uma nave espacial, há razão para suspeitar que ainda não descobrimos todas as luas e detritos orbitando o planeta.

“O que eu realmente gostaria de fazer”, diz Glenn Orton do Jet Propulsion Laboratory da NASA, “é colocar uma sonda na atmosfera”. Lá, os astrônomos podem ser capazes de começar a desvendar alguns dos enigmas mais duradouros de Urano: a estrutura profunda de sua atmosfera, a causa de seu campo magnético incomum e, talvez, a razão para suas temperaturas internas frias.

Até então, só podemos olhar para o planeta por quase 3 bilhões de quilômetros de espaço, adivinhando seus segredos. As melhores perguntas da ciência são aquelas não respondidas sobre o melhor planeta do Sistema Solar, o sétimo a partir do Sol, envolto em metano e mistério.

Eu quero estar vivo e poder ver ver o interior desses planetas. Deve ser muito diferente do que já vimos.


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SonOfJeffer

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Eu quero estar vivo e poder ver ver o interior desses planetas. Deve ser muito diferente do que já vimos.


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Eu acredito que isso seja impossível. Só podemos especular o núcleo (sólido?) de um gigante gasoso.

Enviado do meu Redmi direto da China.
 

Geo

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A história de Urano é curiosa. Assumindo que não seja um corpo capturado, o plano de rotação de Urano era certamente próximo do plano do sistema solar tal como dos demais planetas. Quem já tentou brincar com um ventilador em funcionamento sabe que ele resiste à mudança de direção. Isso se deve a um efeito giroscópico causado pela conservação de momento angular. Agora imagine isso com um planeta inteiro. Depois de formado ele ainda teria que acretar uma quantidade grande de material de forma assimétrica para que o ângulo de rotação fosse mudando aos poucos até a presente posição. Mas longe do Sol os protoplanetas eram muito escassos... Eu diria que Urano adquiriu essa orientação quando ainda era apenas um núcleo rochoso, portanto muito menor, antes de acretar gás nebular.
 

Pimenta_

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A história de Urano é curiosa. Assumindo que não seja um corpo capturado, o plano de rotação de Urano era certamente próximo do plano do sistema solar tal como dos demais planetas. Quem já tentou brincar com um ventilador em funcionamento sabe que ele resiste à mudança de direção. Isso se deve a um efeito giroscópico causado pela conservação de momento angular. Agora imagine isso com um planeta inteiro. Depois de formado ele ainda teria que acretar uma quantidade grande de material de forma assimétrica para que o ângulo de rotação fosse mudando aos poucos até a presente posição. Mas longe do Sol os protoplanetas eram muito escassos... Eu diria que Urano adquiriu essa orientação quando ainda era apenas um núcleo rochoso, portanto muito menor, antes de acretar gás nebular.

Concordo. E já ouvi falar que ele pode ter adquirido essa rotação por algum impacto que aconteceu bilhões de anos atrás.
 

lucord80

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Vcs que estão mais familiarizados, estão mais por dentro desses fatos.

O que se sabe de concreto sobre o planeta Nibiru, planeta X sei lá qualquer nome?

Vejo várias informações na internet, não sei o que é verdadeiro ou falso...


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Pimenta_

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Vcs que estão mais familiarizados, estão mais por dentro desses fatos.

O que se sabe de concreto sobre o planeta Nibiru, planeta X sei lá qualquer nome?

Vejo várias informações na internet, não sei o que é verdadeiro ou falso...


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Então... Esse planeta Nibiru é uma coisa inventada por conspiracionistas loucos que dizem que esse planeta, que estava nos confins do sistema solar está em rota de colisão com a Terra. Que foi lançado para o sistema solar interior por alguma perturbação gravitacional forte. Pura balela, claro. Não sei se chamam ele de X também...

Agora, o Planet NINE é uma teoria que a uma distância mais ou menos 20 vezes maior que a órbita de Netuno existe um planeta, que seria o nono, obviamente. Essa teoria é séria e está sendo estudada depois que cientistas perceberam o que seria uma perturbação gravitacional na órbita de Netuno. Mas por enquanto não tem nada de concreto ainda. Esse planeta estaria tão longe que deve demorar um bom tempo pra conseguirem confirmar isso, se é que ele realmente existe.
 
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albanibr

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Vcs que estão mais familiarizados, estão mais por dentro desses fatos.

O que se sabe de concreto sobre o planeta Nibiru, planeta X sei lá qualquer nome?

Vejo várias informações na internet, não sei o que é verdadeiro ou falso...


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saporra nasceu de uma brisa muito louca dos anos 70 ou 80...como ja foi falado acima...

esse planeta NINE ae tem uma teoria...o foda é o cara apontar um telescópio aleatoriamente pro universo e literalmente e achar o planeta...
 

Escape!

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E mais infos sobre o planeta nove:



E recomendo fortemente o canal, o sergio posta todo dia algo novo referente a astronomia.
 

Geo

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Agora, o Planet NINE é uma teoria que a uma distância mais ou menos 20 vezes maior que a órbita de Netuno existe um planeta, que seria o nono, obviamente. Essa teoria é séria e está sendo estudada depois que cientistas perceberam o que seria uma perturbação gravitacional na órbita de Netuno. Mas por enquanto não tem nada de concreto ainda. Esse planeta estaria tão longe que deve demorar um bom tempo pra conseguirem confirmar isso, se é que ele realmente existe.
Essa teoria é controversa. A distância é muito grande para um planeta ter se formado. Não teria havido material suficiente no disco de matéria primordial para a formação de planetas nessa distância.
 

albanibr

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Essa teoria é controversa. A distância é muito grande para um planeta ter se formado. Não teria havido material suficiente no disco de matéria primordial para a formação de planetas nessa distância.
Eu li uma explicação que Talvez, esse planeta estaria vagando pelo espaço, provavelmente expulso de sua órbita natural por sua estrela formadora. Ae encaixou na órbita do sol...
Tinha os argumentos etc, mas é foda de acreditar numa suposição de outra suposição, já que nem se sabe que esse planeta existe.

Enviado pelo cramunhão ou a pedido dele.
 

Geo

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Eu li uma explicação que Talvez, esse planeta estaria vagando pelo espaço, provavelmente expulso de sua órbita natural por sua estrela formadora. Ae encaixou na órbita do sol...
Tinha os argumentos etc, mas é foda de acreditar numa suposição de outra suposição, já que se sabe que esse planeta existe.

Enviado pelo cramunhão ou a pedido dele.
A mecânica que explica capturas é bem complexa, pois se trata de corpos que não são como naves que têm motores para acelerar ou desacelerar e com isso se "encaixar" em uma órbita. Mas o problema é que nessa distância a gravidade solar é muito pequena para capturar um corpo que provavelmente teria uma velocidade relativa muito alta. E discordo quanto à existência desse planeta. As chamadas perturbações em Netuno já foram descartadas como más interpretações: http://www.vanderbilt.edu/AnS/physics/astrocourses/ast201/pluto_tombaugh.html .
 

HarrisonUnholy

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Exploração de Marte nas agendas de Hillary e Trump

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2030 é o ano previsto pela NASA para a chegada de uma missão tripulada a Marte.
| Fotos: Reuters
A ideia da realização de uma missão humanas a Marte tornou-se uma realidade quando em 2010 o atual presidente Barack Obama deu à NASA o aval para trabalhar no projeto com vista a pôr um ser humano em Marte na década de 2030.

Desde então a agência espacial norte-americana (NASA) tem feito da expedição a Marte o tema central dos seus esforços na exploração do espaço, a par das pesquisas na Estação Espacial Internacional (EEI) e do controverso projeto de redirecionar um asteróide.

Mas o mundo da política não pára e as caras, bem como as vontades, podem mudar de uma eleição para outra.

Os dois candidatos à Casa Branca já foram interpelados sobre o assunto “americanos em Marte” e, embora Donald Trump tenha sido menos convincente, tanto o candidato republicano como a democrata Hillary Clinton acenaram no sentido da continuação do programa.

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Apesar dos custos elevados de colocar um homem em Marte, o feito será sempre um trunfo que a América não quer perder.
Hillary empenhada na demanda lançada por Obama
Naquele que já é um tema da agenda espacial da atual administração, a candidata democrata Hillary Clinton diz apoiar os planos já estabelecidos de enviar humanos a Marte.

Em resposta a um questionário lançado pela ScienceDebate.org, Hillary disse estar a par do projeto e disposta a prosseguir o apoio aos esforços científicos e tecnológicos da exploração espacial.

"Hoje, graças a uma série de bem sucedidos exploradores robóticos americanos, sabemos mais sobre o planeta vermelho do que nunca".

Questionada sobre "os objetivos que a nação americana deve ter no espaço", a candidata democrata respondeu que uma meta da sua administração "será expandir ainda mais o conhecimento já obtido e avançar a nossa capacidade de tornar a exploração humana em Marte uma realidade".

Hillary Clinton não detalhou contudo como vai pôr em prática essa política exploratória de Marte, nem avançou com detalhes de orçamento. Não detalhou também quais são os seus planos para a NASA.

Hillary não deixou de sublinhar os esforços de cooperação entre a agência espacial e as parcerias privadas espaciais - neste momento o bote de salvação para as necessidades de reabastecimento da carga e tripulação da EEI, bem como da colocação em órbita dos demais projetos espaciais norte-americanos.

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"Dou a garantia de que a minha administração continuará a apostar neste projeto, promovendo a inovação e um avanço inspirador, exequível e abertura do espaço", explica.

"Vou trabalhar com o Congresso para garantir que a NASA continue a ter a liderança e a flexibilidade de financiamento e operacional necessárias para continuar a trabalhar, empregando novas tecnologias. Poderá desta forma originar inovação, criação de emprego e crescimento da economia americana".
Espaço: A última fronteira para Donald Trump
Donald Trump, na resposta a um eventual apoio governamental na exploração espacial, diz não apoiar formalmente um programa de exploração de Marte, nem outras iniciativas específicas espaciais. Aponta antes no sentido de viabilizar a cooperação internacional, dizendo que "o espaço não é propriedade exclusiva da América".

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Trump sustentou ainda que o governo federal deve incentivar a inovação nas áreas de exploração espacial, tal como o investimento em investigação e desenvolvimento em todas as areas.

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"Um programa espacial viável", como tem sido o norte americano, foi fundamental para a investigação a longo prazo, concluiu.
Marte: o planeta vermelho aqui tão perto
Qual a distância verdadeira entre a Terra e Marte? Fisicamente e na altura do perigue são uns bons 56 milhões de quilómetros. Mas, para a Administração Obama, isso será o que menos importa, já que em jogo está a vitória desse dia em que um ser humano pisar Marte.

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Segundo os cálculos, os custos atualmente previstos para a execução da missão “Mars One” - que colocará quarto pessoas em Marte - custará cerca de seis biliões de dólares, cerca de sete mil milhões de euros.

Fonte: goo.gl/d8pzNF
______________________________________________

Concordo com o que o Trump disse, o Espaço não é dos estado-unidenses, deveria ter uma cooperação mundial a respeito de explorar Marte e o Sistema Solar.
 

Reisen Udongein Inaba

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NASA fará anúncio de “atividade surpreendente” na lua Europa de Júpiter
Por Redação | em 21.09.2016 às 09h43

A NASA agendou uma teleconferência para a próxima segunda-feira, 26, às 15h (horário de Brasília) para apresentar evidências de ‘’atividade surpreendente’’, nas palavras da própria agência, em Europa, a mais intrigante das luas de Júpiter. Os resultados foram obtidos a partir de imagens feitas pelo Telescópio Espacial Hubble. De acordo com o comunicado, astrônomos apresentarão resultados de uma “campanha singular de observação de Europa que resultou em evidências surpreendentes de atividades que podem estar relacionadas à presença de um oceano subsuperficial em Europa”. O Hubble já havia feito uma detecção nessa direção em 2013, mas a não confirmação em anos seguintes, assim como em registros de observações feitas em anos anteriores, inclusive por sondas, deixou a dúvida no ar. As primeiras suspeitas sobre a existência de água na lua de Júpiter surgiram em junho, quando a NASA anunciou a intenção de explorar melhor Europa. A agência espacial também planeja enviar a primeira sonda não tripulada para a órbita de Júpiter em 2020, quando poderá estudar o conteúdo da água mesmo sem realizar um pouso — e, quem sabe, encontrar evidências de vida em seu oceano subsuperficial. Confira abaixo um vídeo que conta mais sobre a missão vindoura, a lua Europa e seus segredos:



http://canaltech.com.br/noticia/cur...dente-na-lua-europa-de-jupiter-80585/?ref=yfp
 

Geo

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NASA fará anúncio de “atividade surpreendente” na lua Europa de Júpiter
Por Redação | em 21.09.2016 às 09h43

A NASA agendou uma teleconferência para a próxima segunda-feira, 26, às 15h (horário de Brasília) para apresentar evidências de ‘’atividade surpreendente’’, nas palavras da própria agência, em Europa, a mais intrigante das luas de Júpiter. Os resultados foram obtidos a partir de imagens feitas pelo Telescópio Espacial Hubble. De acordo com o comunicado, astrônomos apresentarão resultados de uma “campanha singular de observação de Europa que resultou em evidências surpreendentes de atividades que podem estar relacionadas à presença de um oceano subsuperficial em Europa”. O Hubble já havia feito uma detecção nessa direção em 2013, mas a não confirmação em anos seguintes, assim como em registros de observações feitas em anos anteriores, inclusive por sondas, deixou a dúvida no ar. As primeiras suspeitas sobre a existência de água na lua de Júpiter surgiram em junho, quando a NASA anunciou a intenção de explorar melhor Europa. A agência espacial também planeja enviar a primeira sonda não tripulada para a órbita de Júpiter em 2020, quando poderá estudar o conteúdo da água mesmo sem realizar um pouso — e, quem sabe, encontrar evidências de vida em seu oceano subsuperficial. Confira abaixo um vídeo que conta mais sobre a missão vindoura, a lua Europa e seus segredos:



http://canaltech.com.br/noticia/cur...dente-na-lua-europa-de-jupiter-80585/?ref=yfp

Só o fato de haver água em outro mundo no mesmo sistema solar já é surpreendente. Mostra que água pode ser mais comum do que se imagina. Quiçá a vida.
 

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Só o fato de haver água em outro mundo no mesmo sistema solar já é surpreendente. Mostra que água pode ser mais comum do que se imagina. Quiçá a vida.

Microorganismos simples devem ser bem comuns mesmo no universo. Agora vida compleza, multicelular, acredito que seja extremamente rara. Talvez sejamos os únicos nessa galáxia.
 

Geo

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Microorganismos simples devem ser bem comuns mesmo no universo. Agora vida compleza, multicelular, acredito que seja extremamente rara. Talvez sejamos os únicos nessa galáxia.
O olho em câmera e o voo, funcionalidades especializadíssimas, evoluíram diversas vezes de forma independente na Terra. Portanto, não creio que as formas metazoárias não possam evoluir alhures a partir de formas unicelulares. Seres multicelulares emergem da especialização celular e especialização (daí o nome espécies) é o que a evolução produz.
 

HarrisonUnholy

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Só o fato de haver água em outro mundo no mesmo sistema solar já é surpreendente. Mostra que água pode ser mais comum do que se imagina. Quiçá a vida.
http://veja.abril.com.br/ciencia/descoberta-a-maior-fonte-de-vapor-de-agua-do-universo-ja-vista/
http://www.space.com/12400-universe-biggest-oldest-cloud-water.html

APM 08279+5255 contains 4,000 times more water vapor than our own Milky Way galaxy, researchers said. That may be because much of the Milky Way's water is locked up in ice rather than vapor.

É água pra chuchu.
 

Sgt. Kowalski

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O texto é de ontem, mas vale pra hoje.
=================
Amanhã não teremos uma mas DUAS sondas chegando em Marte!

Início » Astronomia »
Postado Por Carlos Cardoso em 18 10 2016 em Astronomia, Engenharia, Espaço



Foi um belo susto, depois de 7 meses de viagem, a meros 6 milhões de quilômetros de Marte, o módulo orbital TGO da missão ExoMars parou de se comunicar com a Terra. Imediatamente suspeitou-se de algum dano causado durante o lançamento, quando o módulo-cargueiro russo BRIZ explodiu a 10 km da ExoMars.

Analisando os dados, os cientistas viram que a falha de comunicação aconteceu logo após a manobra de separação do módulo de pouso Schiaparelli. O mecanismo é incrivelmente lowtech: três molas, posicionadas em ângulo e acionadas por um mecanismo que corta os cabos de retenção. Essas molas geram uma força que afasta o módulo da nave a uma velocidade de 0,3 m/s e por causa da inclinação, geram uma velocidade de rotação de 2,75 RPM.

Graças a Newton uma força igual em sentido oposto foi aplicada ao módulo orbital, a EXO_TGO (ExoMars Trace Gas Orbiter) mas em teoria deveria ser anulada em grande parte pelos mecanismos amortecedores.

Perdendo o alinhamento com a Terra, a sonda girou até os mecanismos de manobra identificarem as constelações corretas, calculassem o alinhamento e reposicionassem a antena principal. Nesse momento (ok 9 minutos depois) os 3 picos reconfortantes da portadora do sinal apareceram:



Mas SÓ os sinais da portadora. Nada de telemetria. A EXO_TGO estava viva mas em coma. A separação foi mais violenta do que o planejado e por precaução o computador colocou a sonda em Modo de Segurança. Só que em 12 horas ela teria que realizar uma manobra de 1 min 46 s para um Δv de 11,6 m/s.

Por sorte antes do prazo acabar, o computador reiniciou, rodou o Windows Update, desinstalou o Baidu, atualizou o Steam e reestabeleceu contato com a Terra. Tudo bem, tudo nominal, tudo nos trinques.

A manobra foi realizada com perfeição e está tudo no esquema para o Grande Dia, que só não será melhor por falta de dinheiro e excesso de burocracia.

O projeto ExoMars, da Agência Espacial Européia era originalmente uma colaboração com a NASA, mas a falta de verba fez com que os americanos pulassem fora. Os russos entraram, colaborando com os lançamentos e com um futuro robô.

Cancelamentos e alterações desde 2009, parceiros saindo e entrando, orçamentos encolhendo e depois sendo obrigados a crescer sob pena de perderem o projeto todo culminaram com o adiamento da missão de 2018 pra 2020, mas isso não é nem o pior.

O modelo de desenvolvimento segue o estilo NASA: paciência, muito tempo, testa, avalia, reprojeta, testa mais um pouquinho… por isso o módulo de pouso que chegará em Marte amanhã não faz quase nada. Ele é um equipamento de teste e demonstração de tecnologia. Querem validar o hardware e então usar isso para construir o módulo de verdade pra 2020.

O Schiaparelli (nome do módulo) no momento tem 600 kg, incluindo paraquedas, escudo de calor e outras estruturas. Ele pousará com 3 conjuntos de foguetes E uma base deformável para absorver a energia da porrada. Só que você não verá isso.

Projetado em uma época onde astrônomos não ligavam muito para opinião pública, divulgação, essas coisas, o Schiaparelli só tem uma câmera, a DECA, de Descent Camera, mas ela não é nada decente (eu sei!):



Com 9 × 6 × 6 cm a DECA é uma sobressalente de uma câmera auxiliar que voou no telescópio espacial Herschel. Tem resolução de 512 × 512 pixels e fará 15 imagens durante a descida. Em preto e branco. Depois disso nada, pois fica na borda do Schiaparelli apontando pro chão.

Não que faça diferença. Os sensores do Schiaparelli, que medirão eletricidade atmosférica, pressão, umidade, vento, temperatura e presença e identidade de tempestades de areia só funcionarão por alguns dias, entre 2 e 8 para ser impreciso.

Motivo: burocracia.

Em uma situação de fazer inveja aos Vogons, o Schiaparelli deveria usar um gerador termonuclear de radioisótopos, como a Curiosity. Iria funcionar pelo menos um ano como estação meteorológica.

Os russos iriam prover o equipamento, aí aos 42 do segundo tempo a italiana Thales Alenia Space descobriu que o gerador não poderia ser enviado para Nápoles. A legislação russa proibia a exportação desse tipo de equipamento.

Assim o módulo teria que ser projetado, testado e certificado sem a presença física do gerador, que só seria instalado na montagem para o lançamento, na Rússia, ou mais precisamente no Paquistão Cazaquistão.


European Space Agency, ESA — ExoMars: From separation to landing

Isso claro era receita pra desastre. Os europeus disseram “obrigado por nada, Ivan” enfiaram baterias comuns, e o Schiaparelli depois que se separou da EXO_TGO só tem alguns dias de carga.

Ou seja: por causa de burocracia um equipamento que deveria funcionar por um ano vai funcionar por oito dias. Alguma dúvida de que Elon Musk chegará em Marte antes desses projetos de governos?

A chegada da EXO_TGO e do Schiaparelli será ao mesmo tempo mais ou menos, os eventos serão acompanhados via streaming com links no site da Agência Espacial Européia, começando às 10:00 AM, horário de Brasília.
 

Geo

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Postado Por Carlos Cardoso em 18 10 2016 em Astronomia, Engenharia, Espaço



Foi um belo susto, depois de 7 meses de viagem, a meros 6 milhões de quilômetros de Marte, o módulo orbital TGO da missão ExoMars parou de se comunicar com a Terra. Imediatamente suspeitou-se de algum dano causado durante o lançamento, quando o módulo-cargueiro russo BRIZ explodiu a 10 km da ExoMars.

Analisando os dados, os cientistas viram que a falha de comunicação aconteceu logo após a manobra de separação do módulo de pouso Schiaparelli. O mecanismo é incrivelmente lowtech: três molas, posicionadas em ângulo e acionadas por um mecanismo que corta os cabos de retenção. Essas molas geram uma força que afasta o módulo da nave a uma velocidade de 0,3 m/s e por causa da inclinação, geram uma velocidade de rotação de 2,75 RPM.

Graças a Newton uma força igual em sentido oposto foi aplicada ao módulo orbital, a EXO_TGO (ExoMars Trace Gas Orbiter) mas em teoria deveria ser anulada em grande parte pelos mecanismos amortecedores.

Perdendo o alinhamento com a Terra, a sonda girou até os mecanismos de manobra identificarem as constelações corretas, calculassem o alinhamento e reposicionassem a antena principal. Nesse momento (ok 9 minutos depois) os 3 picos reconfortantes da portadora do sinal apareceram:



Mas SÓ os sinais da portadora. Nada de telemetria. A EXO_TGO estava viva mas em coma. A separação foi mais violenta do que o planejado e por precaução o computador colocou a sonda em Modo de Segurança. Só que em 12 horas ela teria que realizar uma manobra de 1 min 46 s para um Δv de 11,6 m/s.

Por sorte antes do prazo acabar, o computador reiniciou, rodou o Windows Update, desinstalou o Baidu, atualizou o Steam e reestabeleceu contato com a Terra. Tudo bem, tudo nominal, tudo nos trinques.

A manobra foi realizada com perfeição e está tudo no esquema para o Grande Dia, que só não será melhor por falta de dinheiro e excesso de burocracia.

O projeto ExoMars, da Agência Espacial Européia era originalmente uma colaboração com a NASA, mas a falta de verba fez com que os americanos pulassem fora. Os russos entraram, colaborando com os lançamentos e com um futuro robô.

Cancelamentos e alterações desde 2009, parceiros saindo e entrando, orçamentos encolhendo e depois sendo obrigados a crescer sob pena de perderem o projeto todo culminaram com o adiamento da missão de 2018 pra 2020, mas isso não é nem o pior.

O modelo de desenvolvimento segue o estilo NASA: paciência, muito tempo, testa, avalia, reprojeta, testa mais um pouquinho… por isso o módulo de pouso que chegará em Marte amanhã não faz quase nada. Ele é um equipamento de teste e demonstração de tecnologia. Querem validar o hardware e então usar isso para construir o módulo de verdade pra 2020.

O Schiaparelli (nome do módulo) no momento tem 600 kg, incluindo paraquedas, escudo de calor e outras estruturas. Ele pousará com 3 conjuntos de foguetes E uma base deformável para absorver a energia da porrada. Só que você não verá isso.

Projetado em uma época onde astrônomos não ligavam muito para opinião pública, divulgação, essas coisas, o Schiaparelli só tem uma câmera, a DECA, de Descent Camera, mas ela não é nada decente (eu sei!):



Com 9 × 6 × 6 cm a DECA é uma sobressalente de uma câmera auxiliar que voou no telescópio espacial Herschel. Tem resolução de 512 × 512 pixels e fará 15 imagens durante a descida. Em preto e branco. Depois disso nada, pois fica na borda do Schiaparelli apontando pro chão.

Não que faça diferença. Os sensores do Schiaparelli, que medirão eletricidade atmosférica, pressão, umidade, vento, temperatura e presença e identidade de tempestades de areia só funcionarão por alguns dias, entre 2 e 8 para ser impreciso.

Motivo: burocracia.

Em uma situação de fazer inveja aos Vogons, o Schiaparelli deveria usar um gerador termonuclear de radioisótopos, como a Curiosity. Iria funcionar pelo menos um ano como estação meteorológica.

Os russos iriam prover o equipamento, aí aos 42 do segundo tempo a italiana Thales Alenia Space descobriu que o gerador não poderia ser enviado para Nápoles. A legislação russa proibia a exportação desse tipo de equipamento.

Assim o módulo teria que ser projetado, testado e certificado sem a presença física do gerador, que só seria instalado na montagem para o lançamento, na Rússia, ou mais precisamente no Paquistão Cazaquistão.


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Isso claro era receita pra desastre. Os europeus disseram “obrigado por nada, Ivan” enfiaram baterias comuns, e o Schiaparelli depois que se separou da EXO_TGO só tem alguns dias de carga.

Ou seja: por causa de burocracia um equipamento que deveria funcionar por um ano vai funcionar por oito dias. Alguma dúvida de que Elon Musk chegará em Marte antes desses projetos de governos?

A chegada da EXO_TGO e do Schiaparelli será ao mesmo tempo mais ou menos, os eventos serão acompanhados via streaming com links no site da Agência Espacial Européia, começando às 10:00 AM, horário de Brasília.
Mas com o módulo de carga tão colado na sonda, o que acontecerá quando ela precisar desacelerar para entrar na órbita de Marte?
 

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A Europa FRACASSOU de novo!O módulo de pouso da Exo-Mars explodiu.Como a ESA pode ser tão INCOMPETENTE??
 
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