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Bem, hoje fui à manifestação em Brasília.
Antes que você me classifique como "esquerdinha, herp derp", saiba o seguinte:
1- Eu me considero e ajo como hoje se chama ser "Direita". Acredito em Estado pequeno, liberdade de mercado. liberdade individual nos limites de leis justas/não coletivistas e outros itens que matariam um vermelho engasgado.
2- Eu fui a "trabalho". Explico. Entrei por acidente num sindicato, participando de uma chapa de direita justamente para não irmos pra uma CUT da vida. É um sindicato de servidores de carreira típica de estado, que não está em central sindical ou coisa que o valha. E minha posição politica me impõe seguir certos ritos pra poder continuar tentando representar a parte não pirada da instituição. E a Reforma da Previdência, nos moldes atuais, não assegura o mínimo de dignidade, segundo meus colegas mais escarlates. E eu deveria me manifestar em apoio a essa ala.
3- Eu me sentia indisposto a participar hoje 'at all'. Mas, com as revivoltas da semana passada, me empolguei de leve pra um "Fora Temer". Eu fui a todas as manifestações pró-impeachment e achei por bem ajudar a derrubar outro presidente inepto.
4- Eu não queria ir pro #ocupaBrasília até por conta do cacófato horroroso. Mas, como pra mim era quase um auto-estupro, acabou sendo meio poético dar #ocupaBrasília...
Bem, tudo começou pela manhã. Eu descobri que uma reunião importante havia sido cancelada, então eu não traria prejuízos ao trabalho saindo hoje pra tal marcha.
Me juntei aos aguerridos colegas que chegaram de outras cidades (nada de ônibus, era uma meia dúzia) e subi pro Mané Garrincha.
Bem, apesar do extrato de coxinha que corre em minhas veias, não pude deixara de admirar a organização da concentração. Muitas caravanas vieram de todo o país, tinham vários tipos de manifestantes: sindicalistas e sindicalizados, GLS, aposentados... Tinha os clássicos da mortadela, com Sem teto e Sem terra, tinham os estudantes de 50 anos... Mas tava tudo sussa, como nas manifestações do ano passado.
Entre 10h e 14h, tava tudo na paz. Minha maior emoção negativa era ver um povo pedindo "fora corruptos, volta Lula", mas eu sabia que tinha que deixar o nojinho de lado para participar de uma manifestação democrática, ainda que de um espectro ideológico BEM diferente do meu.
Fomos pelo Eixo Monumental em direção à Esplanada. Era uma verdadeira festa, mais uma vez bem próximo do que tinha com meus colegas coxinhas...
Até que, lá perto do Congresso, o Inferno bateu.
Vou colocar aqui o que escrevi no zap logo a seguir:
Eu vi jogarem bomba em resposta a um tapado no microfone que pediu pro povo ocupar o Palácio (do Planalto);
Foi ação e reação
É óbvio que posso dizer que foi desproporcional
Mas a bomba caiu no meu campo de visão
(bomba de efeito moral)
A marcha estava chegando ainda
Era o primeiro carro
Era o povo da polícia
O caso é que se pessoas foram recebidas com spray de pimenta
Mas o cara foi retirado, todos os outros carros iam repetindo "é uma marcha pacífica, não aceitem provocações, denunciem vândalos"
Depois quer ligou o senso animal de multidão fodeu, né?
Povo correu como louco até a Catedral pra fugir da polícia
Veio aquele bandão de estudantes
Com máscaras Profissionais
E levaram tonfas, cassetetes, escudos
Rojões
Como houve confusão, não tinha mais revista (no começo tinha revista, não podia nem ter mastro de bandeiras)
Aí virou o que está nos jornais
Depois disso quem queira baderna ia pra frente do congresso, a maioria ficou em frente à Catedral
Então está aí o que rolou. Testemunhei a marcha pacífica, a violência iniciada pela polícia, a debandada de quem era manifestante e a chegada dos terroristas.
O pior é que me fizeram pensar aqui.
Os manifestantes eram pacíficos, muita gente idosa,muitos que foram ali porque tinha uma graninha e lanche dados pelas centrais (de onde vem o apelido de mortadelas). Mas os blackblocks vieram organizados, aproveitaram a brecha da polícia que estava batendo em aposentado e deixou os prédios livres de segurança.
E o povo que organiza essas coisas SABE que os baderneiros vão. Protegem as identidades dos guerrilheiros porque muitos CONCORDAM com o uso de violência. É como o povo islâmico: não adianta ser maioria pacífica se a minoria faz estrago considerável em nome do todo.
Antes que você me classifique como "esquerdinha, herp derp", saiba o seguinte:
1- Eu me considero e ajo como hoje se chama ser "Direita". Acredito em Estado pequeno, liberdade de mercado. liberdade individual nos limites de leis justas/não coletivistas e outros itens que matariam um vermelho engasgado.
2- Eu fui a "trabalho". Explico. Entrei por acidente num sindicato, participando de uma chapa de direita justamente para não irmos pra uma CUT da vida. É um sindicato de servidores de carreira típica de estado, que não está em central sindical ou coisa que o valha. E minha posição politica me impõe seguir certos ritos pra poder continuar tentando representar a parte não pirada da instituição. E a Reforma da Previdência, nos moldes atuais, não assegura o mínimo de dignidade, segundo meus colegas mais escarlates. E eu deveria me manifestar em apoio a essa ala.
3- Eu me sentia indisposto a participar hoje 'at all'. Mas, com as revivoltas da semana passada, me empolguei de leve pra um "Fora Temer". Eu fui a todas as manifestações pró-impeachment e achei por bem ajudar a derrubar outro presidente inepto.
4- Eu não queria ir pro #ocupaBrasília até por conta do cacófato horroroso. Mas, como pra mim era quase um auto-estupro, acabou sendo meio poético dar #ocupaBrasília...
Bem, tudo começou pela manhã. Eu descobri que uma reunião importante havia sido cancelada, então eu não traria prejuízos ao trabalho saindo hoje pra tal marcha.
Me juntei aos aguerridos colegas que chegaram de outras cidades (nada de ônibus, era uma meia dúzia) e subi pro Mané Garrincha.
Bem, apesar do extrato de coxinha que corre em minhas veias, não pude deixara de admirar a organização da concentração. Muitas caravanas vieram de todo o país, tinham vários tipos de manifestantes: sindicalistas e sindicalizados, GLS, aposentados... Tinha os clássicos da mortadela, com Sem teto e Sem terra, tinham os estudantes de 50 anos... Mas tava tudo sussa, como nas manifestações do ano passado.
Entre 10h e 14h, tava tudo na paz. Minha maior emoção negativa era ver um povo pedindo "fora corruptos, volta Lula", mas eu sabia que tinha que deixar o nojinho de lado para participar de uma manifestação democrática, ainda que de um espectro ideológico BEM diferente do meu.
Fomos pelo Eixo Monumental em direção à Esplanada. Era uma verdadeira festa, mais uma vez bem próximo do que tinha com meus colegas coxinhas...
Até que, lá perto do Congresso, o Inferno bateu.
Vou colocar aqui o que escrevi no zap logo a seguir:
Eu vi jogarem bomba em resposta a um tapado no microfone que pediu pro povo ocupar o Palácio (do Planalto);
Foi ação e reação
É óbvio que posso dizer que foi desproporcional
Mas a bomba caiu no meu campo de visão
(bomba de efeito moral)
A marcha estava chegando ainda
Era o primeiro carro
Era o povo da polícia
O caso é que se pessoas foram recebidas com spray de pimenta
Mas o cara foi retirado, todos os outros carros iam repetindo "é uma marcha pacífica, não aceitem provocações, denunciem vândalos"
Depois quer ligou o senso animal de multidão fodeu, né?
Povo correu como louco até a Catedral pra fugir da polícia
Veio aquele bandão de estudantes
Com máscaras Profissionais
E levaram tonfas, cassetetes, escudos
Rojões
Como houve confusão, não tinha mais revista (no começo tinha revista, não podia nem ter mastro de bandeiras)
Aí virou o que está nos jornais
Depois disso quem queira baderna ia pra frente do congresso, a maioria ficou em frente à Catedral
Então está aí o que rolou. Testemunhei a marcha pacífica, a violência iniciada pela polícia, a debandada de quem era manifestante e a chegada dos terroristas.
O pior é que me fizeram pensar aqui.
Os manifestantes eram pacíficos, muita gente idosa,muitos que foram ali porque tinha uma graninha e lanche dados pelas centrais (de onde vem o apelido de mortadelas). Mas os blackblocks vieram organizados, aproveitaram a brecha da polícia que estava batendo em aposentado e deixou os prédios livres de segurança.
E o povo que organiza essas coisas SABE que os baderneiros vão. Protegem as identidades dos guerrilheiros porque muitos CONCORDAM com o uso de violência. É como o povo islâmico: não adianta ser maioria pacífica se a minoria faz estrago considerável em nome do todo.