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Pois é, galera. O Natal chegou, e com ele, presentinhos especiais. Primeiramente, eu gostaria de agradecer imensamente minha namorada, @Lucy van Pelt , que foi a responsável por essa surpresa foda neste final de ano.
O tópico de VRs anda meio caído, e são bem escassas as impressões sobre o PSVR aqui no fórum. Pelo aspecto financeiro da empreitada, sei que é algo ainda bem distante da realidade da maioria dos brasileiros (oras, era algo super distante para mim, também). Portanto, acho válida a criação de um tópico para compartilhar minha experiência e dialogar um pouco sobre o futuro da realidade virtual.
Vamos pela ordem:
Dinheiro e a porta-de-entrada nos VRs
Ok. Vamos falar de cifras. É uma tremenda putaria. Ela comprou o modelo básico, sem câmera nem moves, e por intermédio de meu melhor amigo que mora nos EUA. Ele trouxe e não declarou nada na receita. Ok, obtive da maneira mais barata possível. E nisso já somamos 1500 e tantos reais, se não um pouco mais. Como o VR precisa da câmera, comprei-a. Mais R$ 350. Comprarei os Moves nessa segunda-feira, cada um custando R$150. Somando tudo, chegamos em meados de R$ 2.150~2.200.
Adicionando o valor do PS4 básico e pulamos para R$ 3.700. Sem esquecer, lógico, que como o PSVR não teve lançamento oficial aqui no Brasil, nenhum conteúdo feito exclusivamente para ele, como Until Dawn: RoB e Arkham VR, estão disponíveis na PStore brasileira. Ou seja, preciso pagar em dólar qualquer jogo na Pstore americana. É tudo muito caro. E isso porque estamos falando da plataforma mais acessível em termos de iniciação. Com o Rift e o Vive, a coisa é mais caótica ainda.
Design
Apesar do trambolhão, o PSVR é bastante bonito. O modelo é bem clean e ex-tre-ma-men-te confortável. Além disso, é bastante leve e possui uma distribuição de peso excelente, com um adicional propositalmente atrás para que em nenhum momento ficassemos pendendo para frente. Existe uma haste atrás, acolchoado na região da testa+cabeça e ajuste por slide no setor frontal, onde as lentes estão. O emborrachado que vaza pelas laterais se adapta com diferentes formatos de rosto e garante um eficiente bloqueio de luz externa. Resumindo: é bem fácil e rápido de ajeitar o posicionamento do VR em diferentes formatos de cabeça e rosto, incluindo pessoas que usam óculos ou não.
Os fios. Bom, é fio pra caramba. Settar tudo e posicionar a câmera requer um trabalho considerável para o público mais casual. Existe um pouco de exagero sobre "ficar com uma porrada de coisa espalhada pelo ambiente", pelo menos em relação ao PSVR. Abaixo, duas fotos. Uma com todo o aparato montado e o PSVR ligado na caixa de processamento, junto ao extensor de cabo. E a segunda, sem o VR e o extensor conectados. A primeira foto representa a jogatina com o VR (lógico, dã), e a segunda a jogatina básica na TV. Não é necessário mexer na unidade de processamento. Mesmo com o HDMI ligado da TV diretamente nela, tudo fica OK. Ou seja, a trabalheira pra montar ocorre somente na primeira vez. Depois, basta conectar o PSVR no mini-PS4 e pronto.
O que complica nesse settup todo é transporte. Resolvi levar o VR na casa do meu irmão e foi um parto desmontar tudo e remontar. E isso é uma pena, pois caso fosse mais simples e fácil, a introdução da tecnologia para um maior número de pessoas seria muito mais acessível.
A experiência
Chega de mimimi e vamos ao que importa.
Primeiro, a parte negativa. Para a experiência funcionar 100%, é preciso um ambiente quase ideal. Luz externa, reflexos, distanciamento errado da câmera e pessoas passando na frente da mesma - tudo isso pode atrapalhar o tracking do VR. É preciso praticamente um ritual antes de começar a jogar, preparando tudo para que não ocorram interferências, caso contrário a pessoa precisará pressionar options com certa constância para resetar o tracking. Em contrapartida, isso funciona sem interromper jogo algum e é tudo bem rápido e eficiente.
Os gráficos são beeem mais simples do que as versões usuais na TV. Isso não significa que sejam feios, mas em certos momentos as imagens um pouco borradas pela menor contagem de pixels pode incomodar amantes de gráficos High Def.
E... basicamente é isso, pois a parte positiva é FODA demais. Sério, se no início da tecnologia já temos o nível de imersão atual, futuramente a coisa será assustadora. Joguei algumas demos no disco que veio, como Rigs, PS Worlds, Wayward Skies, a missão de CoD, etc.
De comprados, até então Driveclub VR, Eagle Flight e Thumper. Meos amigos, sei nem como descrever. É um misto de sensações. Ultrapassar um carro e mover a cabeça, vendo ele ficando lateralmente para trás de pouco em pouco, depois observá-lo no retrovisor. Pilotar uma nave no espaço, com outra vinda na sua direção, atirar loucamente e explodí-la no limite de as duas se baterem, com o fogo tomando consta da sua visão enquanto passas no meio da explosão. Entrar no frenesi de Thumper, com uma espécie de montanha-russa psicodélica rítmica, observando os bosses gigantes bem diante de ti. Voar por uma frança tomada pela natureza, ir até próximo da água e da cidade, cortando com agilidade os prédios, entrando e saindo de cômodos, tudo isso em alta velocidade e tentando não esmagar sua águia contra a parede.
VR é escroto de se vender justamente porque é algo que DEMANDA a experiência. Sério, esqueçam quaisquer vídeos de gameplay que vocês assistirem. Eu vi o Eagle Flight e achei a coisa mais idiota do mundo. Comprei para minha namorada jogar, e desde então quem se viciou fui eu. Até agora não fiz uma missão sequer da história. Simplesmente ponho no modo livre de voo e fico me desafiando a voar o mais baixo que posso na cidade e na velocidade máxima, sem bater em local algum.
E Resident Evil, caras? E Resident evil?! put* que pariu. Já tinha jogado a demo primeiramente sem VR, e agora pude checar como será a experiência. Incrível. Sim, os gráficos, iguals aos de Driveclub, são infinitamente mais simples. Porém, jogo bonito é o que não falta. Nenhum outro de corrida ou terror me deu as experiências que tive no VR. O som 3D, o ambiente opressor sem a possibilidade de olhar um pouco para o resto do seu quarto e aliviar a tensão... dificilmente tenho medo com jogos de terror, bem difícil MESMO, e me caguei todo na demo. O VR é muito mais capaz de te inserir no contexto e na pele do protagonista do que qualquer textura super definida. É algo inconsciente. Parece que até seu cérebro é enganado e aumenta todos os setores sensoriais do corpo.
Acho muito improvável eu voltar a jogar qualquer coisa em 1a pessoa na TV caso a opção de VR se faça presente. Lógico que é uma experiência dosada, e ficar horas e mais horas jogando com os óculos igual fazemos com a TV é um tanto cansativo pelo simples motivo de se exigir mais da pessoa. Surpreendentemente, nem eu, nem pessoa alguma que testou o VR tivemos motion sickness - nem com o Driveclub, que pela internet é o que mais apresenta casos. Não sei se o VR substituirá 100% todos os games no futuro; acho que não, já que certas experiências são infinitamente melhores nele, e outras na TV, principalmente quando não possuem modo específico de realidade virtual e o PS4 só simula um telão na sua frente... com definição bem mais pobre do que TVs boas conseguem reproduzir. Porém, quando a coisa dá certo, é fenomenal.
Como ainda não estou com os Moves, Until Dawn, Batman e outros jogos que requerem eles ficarão para atualizações futuras aqui.
Conclusão
Minha namorada, que gosta de jogos mas não é uma gamer muito assídua; meu irmão, que amava games e se afastou do mercado; meu melhor amigo, que é um assíduo jogador... perfis diferentes, mas as mesmas reações. Tão qual divertido é jogar, também é assistir os outros vivendo as experiências (a caixa de processamento apresenta um baita diferencial nessa parte em comparação com outros VRs). Meu amigo não tinha interesse em VR, e após testar disse que comprará no ato, assim que voltar para os EUA. Meu irmão parecia criança jogando, e minha namorada até em jogo de corrida quis se arriscar pelo simples fato de a imersão ser demais.
Eu sei que muita gente daqui gosta de falar mal da tecnologia, e também sei que infelizmente boa parte dessas pessoas nunca nem triscou em um VR. Sei o quanto o formato usual de jogos é algo bastante defendido... eu faço isso bastante também. Minha experiência com o motion do Wii e das cópias foi bem pobre, e sempre preferi absolutamente qualquer desses jogos motions substituindo os aparatos por controles tradicionais.
Acreditem, VR não chega nem próximo daquela porquisse de motion. É outro nível. É efetivamente uma revolução, tal qual foi o 3D, o analógico, etc. A tecnologia ainda precisa baratear muito, e evoluir, mas caso o investimento se mantenha... a comparação que gosto de fazer é com celulares. Os primeiros eram uns caixotes, e caros pra caramba, porém já promoveram uma mudança imensa na comunicação daquelas pessoas que compraram. 20, 25 anos depois, e temos os smartphones, e nosso mundo sofreu uma série de adaptações pela existência desses. Esses primeiros VRs são os celulares caixotões.
Ainda tem muita coisa pra falar, como vídeos SDS, youtube e netflix no VR, e afins, mas isso fica pra depois.
Se vocês tiverem qualquer dúvida, perguntem ae.
O tópico de VRs anda meio caído, e são bem escassas as impressões sobre o PSVR aqui no fórum. Pelo aspecto financeiro da empreitada, sei que é algo ainda bem distante da realidade da maioria dos brasileiros (oras, era algo super distante para mim, também). Portanto, acho válida a criação de um tópico para compartilhar minha experiência e dialogar um pouco sobre o futuro da realidade virtual.
Vamos pela ordem:
Dinheiro e a porta-de-entrada nos VRs
Ok. Vamos falar de cifras. É uma tremenda putaria. Ela comprou o modelo básico, sem câmera nem moves, e por intermédio de meu melhor amigo que mora nos EUA. Ele trouxe e não declarou nada na receita. Ok, obtive da maneira mais barata possível. E nisso já somamos 1500 e tantos reais, se não um pouco mais. Como o VR precisa da câmera, comprei-a. Mais R$ 350. Comprarei os Moves nessa segunda-feira, cada um custando R$150. Somando tudo, chegamos em meados de R$ 2.150~2.200.
Adicionando o valor do PS4 básico e pulamos para R$ 3.700. Sem esquecer, lógico, que como o PSVR não teve lançamento oficial aqui no Brasil, nenhum conteúdo feito exclusivamente para ele, como Until Dawn: RoB e Arkham VR, estão disponíveis na PStore brasileira. Ou seja, preciso pagar em dólar qualquer jogo na Pstore americana. É tudo muito caro. E isso porque estamos falando da plataforma mais acessível em termos de iniciação. Com o Rift e o Vive, a coisa é mais caótica ainda.
Design
Apesar do trambolhão, o PSVR é bastante bonito. O modelo é bem clean e ex-tre-ma-men-te confortável. Além disso, é bastante leve e possui uma distribuição de peso excelente, com um adicional propositalmente atrás para que em nenhum momento ficassemos pendendo para frente. Existe uma haste atrás, acolchoado na região da testa+cabeça e ajuste por slide no setor frontal, onde as lentes estão. O emborrachado que vaza pelas laterais se adapta com diferentes formatos de rosto e garante um eficiente bloqueio de luz externa. Resumindo: é bem fácil e rápido de ajeitar o posicionamento do VR em diferentes formatos de cabeça e rosto, incluindo pessoas que usam óculos ou não.
Os fios. Bom, é fio pra caramba. Settar tudo e posicionar a câmera requer um trabalho considerável para o público mais casual. Existe um pouco de exagero sobre "ficar com uma porrada de coisa espalhada pelo ambiente", pelo menos em relação ao PSVR. Abaixo, duas fotos. Uma com todo o aparato montado e o PSVR ligado na caixa de processamento, junto ao extensor de cabo. E a segunda, sem o VR e o extensor conectados. A primeira foto representa a jogatina com o VR (lógico, dã), e a segunda a jogatina básica na TV. Não é necessário mexer na unidade de processamento. Mesmo com o HDMI ligado da TV diretamente nela, tudo fica OK. Ou seja, a trabalheira pra montar ocorre somente na primeira vez. Depois, basta conectar o PSVR no mini-PS4 e pronto.
O que complica nesse settup todo é transporte. Resolvi levar o VR na casa do meu irmão e foi um parto desmontar tudo e remontar. E isso é uma pena, pois caso fosse mais simples e fácil, a introdução da tecnologia para um maior número de pessoas seria muito mais acessível.
A experiência
Chega de mimimi e vamos ao que importa.
Primeiro, a parte negativa. Para a experiência funcionar 100%, é preciso um ambiente quase ideal. Luz externa, reflexos, distanciamento errado da câmera e pessoas passando na frente da mesma - tudo isso pode atrapalhar o tracking do VR. É preciso praticamente um ritual antes de começar a jogar, preparando tudo para que não ocorram interferências, caso contrário a pessoa precisará pressionar options com certa constância para resetar o tracking. Em contrapartida, isso funciona sem interromper jogo algum e é tudo bem rápido e eficiente.
Os gráficos são beeem mais simples do que as versões usuais na TV. Isso não significa que sejam feios, mas em certos momentos as imagens um pouco borradas pela menor contagem de pixels pode incomodar amantes de gráficos High Def.
E... basicamente é isso, pois a parte positiva é FODA demais. Sério, se no início da tecnologia já temos o nível de imersão atual, futuramente a coisa será assustadora. Joguei algumas demos no disco que veio, como Rigs, PS Worlds, Wayward Skies, a missão de CoD, etc.
De comprados, até então Driveclub VR, Eagle Flight e Thumper. Meos amigos, sei nem como descrever. É um misto de sensações. Ultrapassar um carro e mover a cabeça, vendo ele ficando lateralmente para trás de pouco em pouco, depois observá-lo no retrovisor. Pilotar uma nave no espaço, com outra vinda na sua direção, atirar loucamente e explodí-la no limite de as duas se baterem, com o fogo tomando consta da sua visão enquanto passas no meio da explosão. Entrar no frenesi de Thumper, com uma espécie de montanha-russa psicodélica rítmica, observando os bosses gigantes bem diante de ti. Voar por uma frança tomada pela natureza, ir até próximo da água e da cidade, cortando com agilidade os prédios, entrando e saindo de cômodos, tudo isso em alta velocidade e tentando não esmagar sua águia contra a parede.
VR é escroto de se vender justamente porque é algo que DEMANDA a experiência. Sério, esqueçam quaisquer vídeos de gameplay que vocês assistirem. Eu vi o Eagle Flight e achei a coisa mais idiota do mundo. Comprei para minha namorada jogar, e desde então quem se viciou fui eu. Até agora não fiz uma missão sequer da história. Simplesmente ponho no modo livre de voo e fico me desafiando a voar o mais baixo que posso na cidade e na velocidade máxima, sem bater em local algum.
E Resident Evil, caras? E Resident evil?! put* que pariu. Já tinha jogado a demo primeiramente sem VR, e agora pude checar como será a experiência. Incrível. Sim, os gráficos, iguals aos de Driveclub, são infinitamente mais simples. Porém, jogo bonito é o que não falta. Nenhum outro de corrida ou terror me deu as experiências que tive no VR. O som 3D, o ambiente opressor sem a possibilidade de olhar um pouco para o resto do seu quarto e aliviar a tensão... dificilmente tenho medo com jogos de terror, bem difícil MESMO, e me caguei todo na demo. O VR é muito mais capaz de te inserir no contexto e na pele do protagonista do que qualquer textura super definida. É algo inconsciente. Parece que até seu cérebro é enganado e aumenta todos os setores sensoriais do corpo.
Acho muito improvável eu voltar a jogar qualquer coisa em 1a pessoa na TV caso a opção de VR se faça presente. Lógico que é uma experiência dosada, e ficar horas e mais horas jogando com os óculos igual fazemos com a TV é um tanto cansativo pelo simples motivo de se exigir mais da pessoa. Surpreendentemente, nem eu, nem pessoa alguma que testou o VR tivemos motion sickness - nem com o Driveclub, que pela internet é o que mais apresenta casos. Não sei se o VR substituirá 100% todos os games no futuro; acho que não, já que certas experiências são infinitamente melhores nele, e outras na TV, principalmente quando não possuem modo específico de realidade virtual e o PS4 só simula um telão na sua frente... com definição bem mais pobre do que TVs boas conseguem reproduzir. Porém, quando a coisa dá certo, é fenomenal.
Como ainda não estou com os Moves, Until Dawn, Batman e outros jogos que requerem eles ficarão para atualizações futuras aqui.
Conclusão
Minha namorada, que gosta de jogos mas não é uma gamer muito assídua; meu irmão, que amava games e se afastou do mercado; meu melhor amigo, que é um assíduo jogador... perfis diferentes, mas as mesmas reações. Tão qual divertido é jogar, também é assistir os outros vivendo as experiências (a caixa de processamento apresenta um baita diferencial nessa parte em comparação com outros VRs). Meu amigo não tinha interesse em VR, e após testar disse que comprará no ato, assim que voltar para os EUA. Meu irmão parecia criança jogando, e minha namorada até em jogo de corrida quis se arriscar pelo simples fato de a imersão ser demais.
Eu sei que muita gente daqui gosta de falar mal da tecnologia, e também sei que infelizmente boa parte dessas pessoas nunca nem triscou em um VR. Sei o quanto o formato usual de jogos é algo bastante defendido... eu faço isso bastante também. Minha experiência com o motion do Wii e das cópias foi bem pobre, e sempre preferi absolutamente qualquer desses jogos motions substituindo os aparatos por controles tradicionais.
Acreditem, VR não chega nem próximo daquela porquisse de motion. É outro nível. É efetivamente uma revolução, tal qual foi o 3D, o analógico, etc. A tecnologia ainda precisa baratear muito, e evoluir, mas caso o investimento se mantenha... a comparação que gosto de fazer é com celulares. Os primeiros eram uns caixotes, e caros pra caramba, porém já promoveram uma mudança imensa na comunicação daquelas pessoas que compraram. 20, 25 anos depois, e temos os smartphones, e nosso mundo sofreu uma série de adaptações pela existência desses. Esses primeiros VRs são os celulares caixotões.
Ainda tem muita coisa pra falar, como vídeos SDS, youtube e netflix no VR, e afins, mas isso fica pra depois.
Se vocês tiverem qualquer dúvida, perguntem ae.