Estamos diante de uma recessão na evolução nos games? Gráficos X modo de interagir X modo de jogar

[Rodrigo Zé do Cx Jr]

Estamos falando de evolução, que é diferente de inovação, mas as vezes andam de mãos dadas.
Toda inovação é uma evolução. Mas evolução não é exatamente uma inovação.

O wiimote, por exemplo, representa uma inovação e por consequência, uma evolução.
A mudança da geração PS360 pra PS4One, no que tange gráficos, foi a evolução, mas não tem nada de inovador.

Logo, entendo que as mudanças na forma de jogar e / ou interagir com os games (explicações abaixo) podem ser inovadoras, mas os gráficos dificilmente serão, pois não tem mais pra onde correr, a partir disso seria querer reinventar a roda.
Alguns games FORAM inovadores, como Mario 64, DKC e outros, mas são o que chamo de "Jogos Moisés" (divisores de águas), teve até tópico sobre:

Moisés news - Jogos divisores de águas

Ou seja: graficamente falando, tudo indica que estamos diante da EVOLUÇÃO natural das coisas.

Mas e quanto a forma de jogar o game e interagir com ele? Nos últimos anos, tivemos wiimote, kinect e afins, foi uma onda. Agora os Oculus Rift da vida vem aí, acho que vai dar um belo upgrade no modo de interagir com o game. Os 3 são exemplos de inovação. Outra discussão é se esses acessórios são / serão meramente um gimmick ou representarão a forma definitiva de jogar, também já fiz tópico sobre isso:

Oculus Rift = TV killer? Só um gimmick? Só um acessório? Modinha...?
Dito isso tudo, vejo basicamente 3 formas de evoluir / inovar nos games:

• MODO DE VER O GAME: são simplesmente os gráficos, simples como a vida. As mudanças de geração trazem isso a tona, como por exemplo a evolução dos pixels pros polígonos, do HD pra fullHD e assim por diante. Dentro de uma mesma geração ou mesmo hardware, talvez seja impossível inovar, apenas evoluir.

• MODO DE INTERAGIR COM O GAME: é o que eu disse aí pra cima sobre o wiimote, Kinect e OR. Muitas vezes vem em ondas, parecendo muito mais acessórios do que uma tentativa de evoluir a forma de jogar. Mas simplesmente colocar um ou 2 botões a mais em um controle já representa uma inovação ou evolução. Exemplo: top buttons (botões dos "ombros") do Snes, stick analógico do N64, L2 x R2 no PS1 e daí pra frente. Por trás disso tudo está a interação ENTRE os jogadores, fomentada nos últimos anos pelo advento da jogatina online, mas aí são outros 500 e se enquadra também no item abaixo.

• MODO DE JOGAR O GAME: essa aqui pra mim é a mais crítica hoje em dia, por ser aparentemente a mais abdicada pelas devs. As mudanças de gerações também trazem isso a tona, mas a inovação / evolução diminui cada vez mais. Vou utilizar um exemplo genérico, mas que serve pra ilustração: Mario. Desnecessário falar da mudança no MODO de jogar do SMW (Snes) pro M64. Mas do M64 pro Mario Sunshine (GC) a mudança foi bem mais sutil. Do GC pro Mario Galaxy do Wii também (aqui entra a capacidade da Nintendo em pensar no modo de INTERAGIR com o game, lançando o wiimote). E o mesmo se aplica na mudança do MG pro SM3DW do WiiU. Nem mesmo a genialidade da BigN é o suficiente pra mudar drasticamente o modo de jogar o game. Esse conceito serve também pra outras séries duradouras, como DK. Então de uma geração pra outra, vemos cada vez mais as distâncias no modo de jogar diminuindo. Não vemos novos recursos nos games, sendo impossível afirmar se é falta de criatividade ou esgotamento das possibilidades. Uma exceção é a Nintendo com o Zelda, que se vira muito bem nos 30, vide as mudanças da franquia de uma geração pra outra, muito se utilizando, claro, da mudança no estilo gráfico (Zelda WW é o maior exemplo).

Por fim, as 3 "classificações" (inventei essa porra agora, sintam-se a vontade para discordar) não são mutuamente excludentes, mas é dificílimo se pensar nas 3 ao mesmo tempo.

Então, onde vocês percebem a maior necessidade de inovação / evolução?

 

[Snake-Eyes]

Acho que quanto mais de tudo melhor, mas se for por uma so, e se focar no melhor aproveitamento dos recursos dos hardwares mas nao aplicados a graficos e sim a modo de jogabilidade.

 

[High_Voltage]

Acho que já está na hora também de usar o poder do hardware na física e na IA. Vc vê o vídeo de Quantum Break por exemplo e acha legal como que os objetos se comportam no tiroteio, mas isso é uma coisa que a Remedy já fazia desde o Max Payne 2, que a Valve explorou ainda mais no HL2 e ainda tem um monte de jogo que não tem. A IA até acho q é um pouco mais complicado, não é uma coisa tipo a física que vc coloca na engine e ela serve pra todo jogo que vc programar ali, mas mesmo assim já tivemos vários jogos com IA exemplar e hoje a maioria das empresas não dá a mínima pra isso.

 

[Rodrigo Zé do Cx Jr]

Acho que já está na hora também de usar o poder do hardware na física e na IA. Vc vê o vídeo de Quantum Break por exemplo e acha legal como que os objetos se comportam no tiroteio, mas isso é uma coisa que a Remedy já fazia desde o Max Payne 2, que a Valve explorou ainda mais no HL2 e ainda tem um monte de jogo que não tem. A IA até acho q é um pouco mais complicado, não é uma coisa tipo a física que vc coloca na engine e ela serve pra todo jogo que vc programar ali, mas mesmo assim já tivemos vários jogos com IA exemplar e hoje a maioria das empresas não dá a mínima pra isso.

IA: como não comentei sobre isso?
Ela estaria no item "modo de jogar o game" e realmente, é algo que requer maior atenção por parte dos devs.