Wari0
Bam-bam-bam
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Magi-Nation teve início em 2000 como um jogo de cartas chamado Magi-Nation Duel. Originado como uma espécie de fusão entre os jogos Pokemon e Magic: The Gathering, MND ganhou seguidores, mas sua popularidade diminuiu após o lançamento da última expansão perto do final de 2002. Em 2001, durante a promoção máxima da franquia pela editora Interactive Imagination, eles lançaram Magi-Nation para o Game Boy Color.
Embora tenha servido principalmente como um título promocional, Magi-Nation reflete, de várias maneiras, o cuidado e a paixão dedicados à sua criação. Com pixel art detalhado, um sistema de batalha único, músicas que ultrapassam as capacidades técnicas do processamento de som do Game Boy e uma escrita inteligente, o jogo transmite a sensação de que os desenvolvedores estavam genuinamente apaixonados pelo produto.
Situado no mundo de fantasia das Terras Lunares, Magi-Nation segue o adolescente Tony Jones em sua jornada pelo mundo mágico em busca do caminho de volta para casa. Apesar de ser um projeto dos EUA, o jogo assume características de um JRPG, seguindo a lógica do gênero e incluindo elementos de desconstrução que proporcionam uma experiência única e encantadora.
O cenário vibrante e distintivo das Terras Lunares é visualmente cativante. Os gráficos são impressionantes, aproximando-se dos títulos do GBA. No entanto, algumas criaturas dos sonhos poderiam beneficiar de uma paleta de cores mais contrastante para realçar seus detalhes sobre fundos escuros.
O sistema de combate, vagamente baseado em jogos de cartas, destaca-se pela singular estatística de energia. Essa energia age como HP e combustível, sendo consumida ao invocar criaturas e lançar feitiços. Embora não seja o mais complexo, o sistema contribui para uma experiência de jogo distinta e memorável.
Apesar dos elogios, Magi-Nation apresenta falhas significativas. Os ambientes são excessivamente grandes, com caminhos ramificados inúteis. O sistema de batalha é prejudicado por animações de carregamento demoradas, sem opção de acelerar o texto. No entanto, a maior falha é a ausência de pontos de salvamento, obrigando os jogadores a economizar apenas em cidades com pousadas ou no mundo superior, tornando a jogabilidade mais difícil e frustrante.
Considero que Magi-Nation poderia ter se beneficiado de um design mais adequado a consoles domésticos, dado seu formato longo e exigente. Apesar das falhas, a experiência é gerenciável se o jogador estiver ciente delas e planejar o tempo de jogo adequadamente. Ainda assim, as limitações poderiam ter sido evitadas com testes de jogo mais abrangentes e um design mais cuidadoso, possivelmente transformando Magi-Nation em uma franquia duradoura em vez de um RPG único e agora esquecido.
Nota: 9/10